quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Constantino mudou o sábado para o domingo?


Segundo a História Eclesiástica, o imperador Constantino publicou um edito, sancionando o primeiro dia da semana como o dia que os cristãos devem observar (Na verdade o edito apenas dava liberdade de culto aos cristãos marginalizados até então). Os adventistas argumentam à “base” disso que os cristãos observavam o sábado, mas Constantino impôs o domingo (O que nunca aconteceu). Porém, se examinarmos a Bíblia e a História com honestidade, veremos que os cristãos observavam o domingo – o dia do Senhor, e que Constantino, querendo agradar os cristãos, permitiu isso em lei (No edito de Milão, também referenciado como Édito da Tolerância), consentindo deste modo o que os cristãos já vinham fazendo, mesmo sem uma lei que os amparasse.

Gostamos de apoiar as doutrinas que esposamos unicamente nas páginas da Bíblia. Mas como os sabatistas se julgam apoiados pela História Universal ao guardarem o sábado, informamos que, pelo contrário, a História mostra claramente que os cristãos dos séculos II e III observavam o domingo antes de Constantino sancioná-lo. São muitos os registros, mas neste livro registraremos apenas um:

Justino Mártir: “Mas o domingo é o dia em que todos temos a nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana e Jesus Cristo, Nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte” (Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, CPAD, pg. 73, Raimundo F. de Oliveira).

Extraído do livro “IASD: Que Seita É Essa?” – Pr. Joel Santana

quais são os mandamentos de Jesus?

Bíblia Apologética CACP

Nota Apologética:

I João 2:4

Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.

Argumento: "Afirmam os adventistas: “quem não guarda o sábado, que está entre os mandamentos, é mentiroso.”

Resposta apologética: Nada diz que na guarda dos mandamentos, no texto em apreço, esteja incluso o decálogo. É apenas especulação dos adventistas.

  Ponderemos no seguinte:

a) nos versos1 e 2, João fala de Jesus e usa o pronome possessivo “seus” o que revela tratar-se dos mandamentos de Jesus (At 1.2) e não do decálogo;

b) Jesus deu mandamentos aos seus seguidores, mas nunca mandou guardar o sábado (Jo 14.15,21; 15.10; I Jo 2.3; 5.3);

c) O caráter dos mandamentos de Jesus é revelado nas seguintes passagens (I Jo 3.23; 4.21; II Jo 5; Mt 28.18-20); 

d) Paulo declarou todo o conselho de Deus (At 20.20,27) e disse que o que escrevia eram mandamentos de Deus (I Co 14.37), mas nunca mandou ninguém guardar o sábado, pelo contrário, afirmou que o sábado fazia parte das coisas temporárias da lei, que se constituíam de sombras das coisas futuras (Cl 2.14-17; Gl 4.21-31). Afirmou também que, guardar o sábado ou dias religiosos era decair da graça (Gl 4:10,11; 5:4); 

e) Os mandamentos de Jesus não eram pesados (I Jo 5.3), enquanto que os mandamentos da lei do Antigo Concerto o eram (At 15.10); 

f) Além disso os dez mandamentos falham em prescrever os princípios morais de caráter e atitude humanos:

1) mansidão (Sl 37.9-11); 

2) bondade e misericórdia (Mq 6.8);

3) pureza de coração (Sl 24.3); 

4) coração contrito (Sl 51.17), etc.

         Os Adventistas estão errados em admitir que sempre que se fala de Mandamentos no Novo Testamento o entendimento que se deva ter é que se refiram aos dez mandamentos. Os que possuem as qualidades citadas acima cumprem muito além dos dez mandamentos. 

sábado, 7 de agosto de 2021

O que é o Hinduísmo e em que os hindus acreditam?

O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas – alguns dos seus manuscritos sagrados são de 1400 a 1500 A.C. Também é uma das religiões mais diversas e complexas, possuindo milhões de deuses. Os hindus possuem uma grande variedade de crenças básicas e contêm muitas seitas diferentes. Apesar de ser a terceira maior religião do mundo, o Hinduísmo existe primeiramente na Índia, Nepal e em menor escala em alguns países ao redor.

Os textos principais do Hinduísmo são: Veda (considerado o mais importante), Upanishadas, Mahabharata e o Ramayana. Essas escrituras contêm hinos, encantamentos, filosofias, rituais, poemas, e histórias nas quais os hindus baseiam suas crenças. Outros textos usados pelo Hinduísmo são os Brahmanas, Sutras e os Aranyakas.


Apesar de o Hinduísmo ser conhecido como uma religião politeísta, com cerca de 330 milhões de deuses, também tem um "deus" que é supremo: Brahma. Acredita-se que Brahma seja uma entidade que habita em toda área da realidade e existência, por todo o universo. Acredita-se que Brahma seja um deus impessoal que não pode ser conhecido e que ele existe em três formas separadas: Brahma—Criador; Vishnu—Preservador e Shiva – Destruidor. Essas "facetas" do Brahma são também conhecidas através de muitas encarnações de cada uma. É extremamente difícil descrever a teologia hindu exatamente, já que praticamente todo sistema de teologia é influenciado de uma forma ou outra pelo Hinduísmo. O Hinduísmo pode ser:

1) Monístico – Apenas uma coisa existe; a escola de Sankara
2) Panteísta – Apenas uma coisa divina existe, por isso Deus é idêntico ao mundo; Brahmanismo
3) Panenteísmo – O mundo faz parte de Deus; a escola de Ramanuja
4) Teísta – Apenas um Deus, distinto da Criação; Hinduísmo Bhakti

Ao observar outras escolas do Hinduísmo, alguém pode defender a ideia de que o Hinduísmo seja ateísta, deístico ou até mesmo niilista. Com tanta diversidade sob o título "hindu", é preciso perguntar: o que faz uma religião "hindu" em primeiro lugar? O ponto principal em questão é se um sistema de crença enxerga os Vedas como sagrado ou não. Se sim, então é hindu. Se não, então não é. O assunto mais importante, no entanto, é intangível. Os Vedas são mais do que simples livros de teologia. Eles contêm uma rica e colorida "theo-mitologia", quer dizer, uma mitologia religiosa que deliberadamente se mistura com mitos, teologia e história para atingir uma base em forma de histórias. Essa "theo-mitologia" é tão bem fixada à história e cultura da Índia, que rejeitar os Vedas pode ser encarado como rejeitar a Índia. Portanto, um sistema de crença é rejeitado pelo Hinduísmo se não adotar a cultura indiana de uma forma ou outra. Se aceitar a cultura indiana e sua história theo-lendária, então pode ser enxergado como "hindu", mesmo se sua teologia for teísta, niilista, ateísta ou outra. Essa aceitação simultânea de tantas contradições pode ser uma dor de cabeça para as pessoas ocidentais que tentam achar consistência lógica e defesa racional nas opiniões religiosas do Hinduísmo. No entanto, é bem verdade que Cristãos não são mais lógicos do que os hindus quando clamam uma fé no Yahweh, mas ao mesmo tempo vivem suas vidas como ateus praticantes, negando a Cristo com suas vidas. Para o hindu, o conflito é uma contradição lógica e genuína. Para o Cristão, o conflito é provavelmente uma questão de hipocrisia.

O Hinduísmo também tem uma visão diferente da humanidade. Porque Brahma é tudo, o Hinduísmo acredita que todos são divinos. Atman, ou cada ser, é um com Brahma. Toda realidade fora do Brahma é considerada uma simples ilusão. O objetivo espiritual de um hindu é se tornar um com o Brahma, deixando então de existir em sua forma ilusória de "ser individual". Essa liberdade é conhecida como “moksha”. Até o estado “moksha” ser alcançado, o hindu acredita que essa pessoa vai continuar reencarnando para que possa trabalhar em se tornar a auto-realização da verdade (a verdade de que apenas Brahma existe, nada mais). A forma em que cada pessoa reencarna é determinada pelo Carma, o qual é um princípio de causa e efeito governado pelo equilíbrio da natureza. O que uma pessoa fez no passado afeta e corresponde com o que acontece no futuro, incluindo o passado e futuro de diferentes vidas.

Apesar de esse ser um simples resumo, é fácil ver que o Hinduísmo se opõe ao Cristianismo bíblico em quase todas as áreas do seu sistema de crença. O Cristianismo tem um Deus que é pessoal e conhecível (Deuteronômio 6:5; 1 Coríntios 8:6); um só livro conhecido como as Escrituras; ensina que Deus criou a terra e tudo que nela existe (Gênesis 1:1ff; Hebreus 11:3); acredita que o homem foi criado à imagem de Deus e vive apenas uma vez (Gênesis 1:27; Hebreus 9:27-28) e ensina que a salvação é somente através de Jesus Cristo (João 3:16; 6:44; 14:6; Atos 4:12). O Hinduísmo como um sistema religioso falha porque deixa de reconhecer Jesus como o Deus-homem e Salvador, a única fonte suficiente de salvação para toda a humanidade.

Qt