segunda-feira, 29 de abril de 2019

#tbs_65 - "A profecia bíblica prevê que haverá uma Terceira Guerra Mundial antes do fim dos tempos?"

 Não há dúvida de que uma guerra mundial será uma parte do futuro. Ezequiel previu a batalha de Gogue e Magogue, a qual ocorrerá logo antes da tribulação ou em algum lugar perto do meio (Ezequiel 38-39). Cristo claramente ensinou que haveria guerra antes de Sua segunda vinda (Mateus 24:4-31). Alguns afirmam que Jesus esteja falando em geral da era da igreja nos versículos 4-14 e do período da tribulação (começando em seu ponto médio) nos versículos 15-31. Outros acreditam que Cristo esteja falando apenas do período da tribulação de sete anos nessa passagem. Embora os versículos 4-14 aparentem estar dando descrições gerais, eles se igualam à descrição dada mais cedo em Apocalipse 6:1-8, que registra detalhes sobre o início da tribulação. Mateus 24:6-7 diz que haverá "guerras e rumores de guerras… Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino".

O futuro terá pelo menos mais uma guerra mundial. No entanto, não há nada nas Escrituras que diga que haverá apenas um certo número de guerras mundiais. As Guerras Mundiais I e II não são explicitamente mencionadas nas Escrituras, nem uma possível Terceira Guerra Mundial. Apenas a última guerra é mencionada em detalhe, o que permite que outras aconteçam antes disso.

Começando em Apocalipse 6, o apóstolo João registrou o que viu sobre o futuro. A guerra é encontrada neste capítulo e continua a ser uma parte dos eventos que se desenrolam até a segunda vinda de Cristo no capítulo 19 (Apocalipse 6:2, 4; 11:7; 12:7; 13:4, 7; 16:14; 17:14; 19:11, 19).

Apocalipse 19:11 diz: "... O seu cavaleiro (Cristo) se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça." Apocalipse 19:19 diz que João viu "a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo (Cristo) e contra o seu exército." Isto claramente descreve uma guerra mundial. O vencedor é Cristo, que apanha a besta/Anticristo e o falso profeta e os lança no lago de fogo, também destruindo em seguida os exércitos que os seguiram (Apocalipse 19:20-21). Não há dúvida do resultado - a justiça prevalecerá quando Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, derrotar todos os que se opõem a Ele.

Após o reinado de 1.000 anos de Cristo, haverá uma outra revolta que pode ter o alcance de uma guerra mundial. Antes do reinado milenar, Satanás será preso e, depois do milênio, será libertado. Ele imediatamente liderará uma rebelião entre os povos da terra. Cristo derrubará esta revolta e julgará permanentemente a Satanás, lançando-o no lago de fogo, assim como fez com a besta/Anticristo e o falso profeta (Apocalipse 20:7-10).

Gotq

#tbs_64 - "Quem ou o que é a meretriz da Babilônia/mistério da Babilônia?"

Parte da visão de João em Apocalipse inclui uma descrição simbólica de uma entidade conhecida como o "Mistério da Babilônia" ou "A Meretriz da Babilônia". Apocalipse 17:1-2 descreve a visão: "Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra." Apocalipse 17:5 dá o seu nome: "Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA."

De acordo com Apocalipse 17:3, a meretriz na visão está montada numa besta escarlate com sete cabeças e dez chifres e "repleta de nomes de blasfêmia". A besta neste versículo é a mesma que em Apocalipse 13:1 - a descrição é exatamente a mesma - uma besta simbólica do Anticristo, o homem da iniquidade (2 Tessalonicenses 2:3-4 e Daniel 9:27). Assim, a meretriz da Babilônia, quem ou o que quer que seja, está intimamente ligada ao Anticristo do fim dos tempos.

O fato de que a meretriz da Babilônia é mencionada como um "mistério" significa que não podemos estar completamente certos quanto a sua identidade. Entretanto, a passagem nos dá algumas pistas. Apocalipse 17:9 diz: "Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada." Alguns comentaristas ligam esta passagem à Igreja Católica Romana porque nos tempos antigos a cidade de Roma era conhecida como "a cidade em sete colinas". No entanto, o versículo 10 segue a explicar que as sete colinas representam sete reis ou reinos, cinco dos quais caíram, um atual e outro que está por vir. Portanto, a "meretriz da Babilônia" não pode se referir exclusivamente a Roma. Pelo contrário, ela está conectada com sete diferentes impérios mundiais (um dos quais é ainda futuro).

Apocalipse 17:15 liga a meretriz a "povos, multidões, nações e línguas". Ela terá grande influência mundial. Também exercerá por um tempo o domínio sobre o mundo, pois é "a grande cidade que domina sobre os reis da terra" (Apocalipse 17:18). No entanto, em algum momento os reis que governam sob o Anticristo irão se voltar contra ela em ódio e destruí-la (Apocalipse 17:16).

Pode o mistério da meretriz da Babilônia ser resolvido? Sim, pelo menos em parte. A meretriz da Babilônia é um sistema mundial maligno, controlado pelo Anticristo, durante a tribulação. Os reis da terra cometem "adultério" com ela, e os habitantes da terra são "intoxicados" por seus adultérios. Muitas vezes, o adultério é usado nas Escrituras como metáfora da idolatria e da infidelidade espiritual (por exemplo, Êxodo 34:16; Ezequiel 6:9). Parece que a meretriz da Babilônia é o ponto culminante de todos os falsos sistemas religiosos ao longo da história. O fato de que ela está "embriagada com o sangue dos santos" (Apocalipse 17:6) mostra o seu ódio da religião verdadeira e piedosa, e seu fim macabro mostra o ódio de Deus à religião falsa e ímpia (versículos 16-17).

Gotq

#tbs_63 - "Está a guerra no céu em Apocalipse 12 descrevendo a queda original de Satanás ou uma batalha angelical do fim dos tempos?"

A última grande batalha angélica e a expulsão final de Satanás do céu é descrita em Apocalipse 12:7-12. Nesta passagem, João vê uma grande guerra que coloca Miguel e os anjos de Deus contra o dragão (Satanás) e seus anjos caídos ou demônios. Isso ocorrerá no fim dos tempos, durante a tribulação. Satanás, em seu grande orgulho e ilusão de que pode ser como Deus, vai liderar uma rebelião final contra o Senhor. Esse será um descompasso cósmico. O dragão e seus demônios perderão a batalha e serão expulsos do céu para sempre.

Sabemos que esta batalha ainda é futura por causa do contexto de Apocalipse 12. O versículo 6 diz que a mulher (Israel) foge do dragão (Satanás) "para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias." O versículo 7 começa com as palavras Houve peleja.Enquanto Israel foge, explode uma guerra no reino celestial. A fuga da mulher em Apocalipse 12:6 corresponde ao chamado de Jesus para que os judeus que vivem na Judeia "fujam para os montes" ao verem a abominação da desolação (Mateus 24:16). No ponto médio da tribulação, o Anticristo mostrará quem realmente é, Satanás será confinado à terra, e Israel será divinamente protegido por 1.260 dias (três anos e meio ou a segunda metade da tribulação).

Um equívoco comum é que Satanás e seus demônios foram trancados no inferno após a queda de Satanás. Muitas passagens bíblicas deixam bem claro que Satanás não foi barrado do céu após a sua primeira rebelião. Em Jó 1:1-2:8, ele aparece diante de Deus para acusar Jó de ter segundas intenções em sua adoração a Deus. Em Zacarias 3, Satanás aparece novamente diante de Deus para acusar Josué, o sumo sacerdote. Além disso, o profeta Micaías relata uma visão de espíritos malignos na presença de Deus em 1 Reis 22:19-22. Assim, mesmo depois da queda, Satanás ainda tinha algum acesso ao céu.

Nesta era, Satanás e seus anjos ainda têm acesso limitado ao céu e se opõem aos anjos de Deus (Daniel 10:10-14). Entretanto, na batalha registrada em Apocalipse 12, Satanás e seus servos perderão todo acesso ao céu (versículo 8) e ficarão confinados a este planeta (versículo 9). Sua liberdade será reduzida, Satanás ficará "cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (versículo 12).

Haverá grande regozijo no céu quando o antigo acusador for proibido para sempre de caluniar os eleitos. No entanto, os habitantes da terra sofrerão terrivelmente após este evento por causa da raiva de Satanás e dos julgamentos restantes de Deus sobre a terra.

A batalha entre Miguel e Satanás será crucial. Quando os santos anjos de Deus derrotarem as hordas demoníacas, uma grande voz no céu dirá: "Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo" (Apocalipse 12:10). Os santos de Deus também participarão desta vitória: "Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram" (versículo 11).

Gotq

#tbs_62 - "O que é a trindade profana nos tempos finais?"

Uma tática comum de Satanás é imitar ou falsificar as coisas de Deus para se fazer parecer Deus. O que é comumente conhecido como a "trindade profana", descrita em Apocalipse 12 e 13, é um excelente exemplo. A Santíssima Trindade é constituída por Deus, o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo. A trindade profana consiste de Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta. Enquanto a Santíssima Trindade é caracterizada pela infinita verdade, amor e bondade, a trindade profana retrata os traços diametralmente opostos de decepção, ódio e mal autêntico.

Apocalipse 12 e 13 contêm passagens proféticas que descrevem alguns dos principais eventos e figuras envolvidos durante a segunda metade da tribulação de sete anos. Satanás é descrito em Apocalipse 12:3 como um "dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas." A cor vermelha indica sua personalidade viciosa e homicida. As sete cabeças simbolizam sete reinos malignos que Satanás tem usado por toda a história em uma tentativa de impedir que o plano de Deus avançasse. Cinco dos reinos já tinham vindo e ido quando João escreveu esta profecia - Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia. Um reino estava no poder nos dias de João - Roma. E o reino final será o do Anticristo. As sete coroas representam um reino universal, e os dez chifres representam a divisão do reino do Anticristo em dez sub-reinos, como também indicado pelos dez dedos na imagem no sonho de Nabucodonosor (Daniel 2:41-43) e pelos dez chifres na "terrível" besta em Daniel 7:7, 24.

Apocalipse 12 indica muitos fatos importantes sobre Satanás, além de sua natureza semelhante a de um dragão. Primeiro, a descrição figurativa de "um terço das estrelas" sendo varrida do céu indica que um terço dos anjos foi expulso do céu durante a rebelião de Satanás (Apocalipse 12:4, ver Isaías 14:12-14 e Ezequiel 28:12-18). Em algum momento durante a tribulação, o arcanjo Miguel e uma série de santos anjos lutam com Satanás e seus demônios nos reinos celestiais, e Satanás é expulso do céu para sempre (Apocalipse 12:7-9). Em sua tentativa de impedir o cumprimento de Deus de Seu reino terrestre, Satanás tentará mais uma vez aniquilar os judeus, mas Deus protegerá sobrenaturalmente um remanescente em algum lugar fora de Israel durante os últimos 42 meses (três anos e meio) da tribulação (Apocalipse 12:6, 13-17, Mateus 24:15-21).

O segundo membro da trindade profana é a Besta - ou Anticristo - descrita em Apocalipse 13 e Daniel 7. Na visão de João, a besta sai do mar, o que a Bíblia normalmente usa em referência às nações gentias. Ele é descrito como tendo sete cabeças e dez chifres - exatamente como o dragão - indicando a sua conexão com Satanás. Os dez chifres representam os dez assentos do governo mundial que fornecerão poder ao Anticristo (Daniel 7:7, 24). Esse governo mundial será uma perversão faminta de poder, blasfema e sanguinária do reino vindouro de Cristo.

Apocalipse 13:3, 12 e 14 indicam que o Anticristo será mortalmente ferido na metade da tribulação, mas Satanás sanará milagrosamente a sua ferida. Após este milagre enganador, o mundo ficará totalmente encantado pelo Anticristo e adorará tanto a ele quanto a Satanás (Apocalipse 13:4-5). O Anticristo ficará mais forte e, dispensando toda pretensão de ser um governante pacífico, quebrará seu tratado com os judeus, blasfemará abertamente a Deus, atacará os santos e profanará o templo judaico reconstruído (Daniel 9:27, Apocalipse 13:4-7, Mateus 24:15).

O personagem final da trindade profana é o Falso Profeta, descrito em Apocalipse 13:11-18. Esta segunda besta sai da terra, não do mar, possivelmente indicando que será um judeu apóstata de Israel. João o vê como um cordeiro com chifres e com a voz de um dragão (versículo 11). Embora se apresente como uma pessoa mansa, suave e benevolente, os chifres indicam o seu poder. E o seu discurso é do diabo. O Falso Profeta falará persuasivamente e enganosamente para afastar as pessoas de Deus e promover a adoração do Anticristo e Satanás (Apocalipse 13:11-12). O Falso Profeta será capaz de produzir grandes sinais e maravilhas, inclusive chamar fogo do céu (Apocalipse 13:13). Ele erguerá uma imagem do Anticristo, dará vida à imagem e exigirá que todas as pessoas adorem a imagem (Apocalipse 13:14-15). A imagem da besta, habilitada pelo Falso Profeta, fará "morrer quantos não adorassem a imagem da besta" (versículo 15).

O Falso Profeta também obrigará cada pessoa a receber uma marca de algum tipo para mostrar sua devoção ao Anticristo. Aqueles que receberem a marca reconhecerão o Anticristo como deus e submeter-se-ão a sua agenda. Tomar a marca será uma exigência para se envolver no comércio da economia mundial. A Escritura diz que receber a marca da besta condenará aquela pessoa à morte eterna (Apocalipse 14:9-10). Os santos da tribulação vão recusar a marca e serão perseguidos como resultado.

Satanás é o anti-Deus, a Besta é o anti-Cristo, e o Falso Profeta é o anti-Espírito. Esta trindade profana perseguirá crentes e enganará muitos outros. No entanto, o reino de Deus prevalecerá. Daniel 7:21-22 afirma: "Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles, até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino."

Gotq

#tbs_61 - "Quem são os santos da tribulação?"

Os santos da tribulação são simplesmente os santos que vivem durante a tribulação. Cremos que a igreja será arrebatada antes da tribulação, mas a Bíblia indica que um grande número de pessoas durante a tribulação colocará sua fé em Jesus Cristo. Em sua visão do céu, João vê um grande número desses santos da tribulação que foram martirizados pelo Anticristo: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos" (Apocalipse 7:9). Quando João pergunta quem são, ele recebe a resposta: "São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (versículo 14).

A tribulação será um tempo de grande angústia para os ímpios por causa dos juízos de Deus. Também será um tempo de grande perseguição para os crentes - ou santos - por causa da perseguição do Anticristo (Apocalipse 13:7). Daniel viu o Anticristo, o qual "fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles" (Daniel 7:21). Naturalmente, a salvação eterna dos santos é segura: Daniel também viu que "veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Daniel 7:22; Apocalipse 14:12-13).

Os santos da tribulação ouvirão o evangelho de várias fontes possíveis. A primeira é a Bíblia. Haverá muitas cópias da Bíblia deixadas no mundo e, quando os julgamentos de Deus começarem a cair, muitas pessoas provavelmente reagirão pegando uma Bíblia para ver se as profecias lá encontradas estão sendo cumpridas. Muitos dos santos da tribulação também terão ouvido o evangelho das duas testemunhas (Apocalipse 11:1-13). A Bíblia diz que esses dois indivíduos profetizarão "por mil duzentos e sessenta dias [três anos e meio]" (versículo 3) e realizarão grandes milagres (versículo 6). E então há os 144.000 missionários judeus que são redimidos e selados por Deus durante a tribulação (Apocalipse 7:1-8). Imediatamente após a descrição de seu selamento em Apocalipse 7, lemos sobre as multidões de santos da tribulação que são salvos de todos os cantos do mundo (versículos 9-17).

Os santos da tribulação servirão ao seu Senhor Jesus Cristo no meio de um ambiente desesperado. Fiéis até o fim, muitos desses crentes morrerão pela fé. No entanto, em sua morte, eles venceram: "Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida" (Apocalipse 12:11). E Deus os recompensará: "e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Apocalipse 7:15-17).

Louvamos ao Senhor que o grande dia da tribulação será também um grande dia de graça. Mesmo quando Deus está cumprindo Sua justa punição em um mundo incrédulo, Ele restaurará Israel à fé e estenderá a graça a todos os que creem, tanto judeus quanto gentios. Deus sempre esteve no negócio de salvar as pessoas, e essa salvação ainda estará disponível durante a tribulação. No entanto, não espere até lá - receba Jesus agora (João 1:12).

Gotq

#tbs_60 - "O que são as setenta semanas de Daniel?"

A profecia "setenta semanas" é uma das mais significativas e detalhadas profecias messiânicas do Antigo Testamento. Encontra-se em Daniel 9. O capítulo começa com Daniel orando por Israel, reconhecendo os pecados da nação contra Deus e pedindo a Deus por misericórdia. Enquanto Daniel orava, o anjo Gabriel apareceu a ele e lhe deu uma visão do futuro de Israel.

As Divisões das 70 Semanas
No versículo 24, Gabriel diz: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade." Quase todos os comentaristas concordam que as setenta "semanas" devem ser entendidas como setenta "semanas" de anos, ou seja, um período de 490 anos. Estes versículos fornecem uma espécie de "relógio" que dá uma ideia de quando o Messias viria e alguns dos eventos que acompanhariam o Seu aparecimento.

A profecia continua a dividir os 490 anos em três unidades menores: uma de 49 anos, uma de 434 anos e uma de sete anos. A "semana" final de sete anos é dividida pela metade. O versículo 25 diz: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas." Sete "semanas" são 49 anos, enquanto que sessenta e duas "semanas" são outros 434 anos: 49 anos + 434 anos = 483 anos.

O Propósito das 70 Semanas
A profecia contém uma declaração sobre o propósito de Deus em causar esses eventos a acontecerem. Esse propósito pode ser dividido em seis pontos. O versículo 24 explica: 1) "cessar a transgressão", 2) "dar fim aos pecados", 3) "expiar a iniquidade", 4) "trazer a justiça eterna", 5) “selar a visão e profecia”, e 6) "ungir o Santo dos Santos".

Observe que esses resultados dizem respeito à erradicação total do pecado e ao estabelecimento da justiça. A profecia das 70 semanas resume o que acontece antes que Jesus estabeleça o Seu reino milenar. De especial nota é o terceiro na lista de resultados: "expiar a iniquidade". Jesus realizou a expiação pelo pecado por Sua morte na cruz (Romanos 3:25 e Hebreus 2:17).

O Cumprimento das 70 Semanas
Gabriel disse que o relógio profético começaria no momento em que um decreto fosse emitido para reconstruir Jerusalém. Desde a data desse decreto até a época do Messias haveria 483 anos. A história nos diz que o mandamento de "restaurar e reconstruir Jerusalém" foi dado pelo rei Artaxerxes da Pérsia c. 445 aC (ver Neemias 2:1-8).

A primeira unidade de 49 anos (sete "semanas") cobre o tempo que levou para reconstruir Jerusalém, "praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos" (Daniel 9:25). Esta reconstrução é narrada no livro de Neemias.

Usando o costume judaico de um ano de 360 dias, 483 anos depois de 445 aC nos coloca no ano 30 dC, o que coincidiria com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mateus 21:1-9). A profecia em Daniel 9 especifica que após a conclusão dos 483 anos, "será morto o Ungido" (versículo 26). Isto foi cumprido quando Jesus foi crucificado.

Daniel 9:26 continua com uma previsão de que, depois que o Messias for morto, "o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário". Isto foi cumprido com a destruição de Jerusalém em 70 dC. O "príncipe que há de vir" é uma referência ao Anticristo, o qual, ao que parece, terá alguma ligação com Roma, já que foram os romanos que destruíram Jerusalém.

A Semana Final das 70 Semanas
Das 70 "semanas", 69 foram já foram historicamente cumpridas. Isso deixa mais um "sete" ainda a ser cumprido. A maioria dos estudiosos acredita que agora estamos vivendo um enorme intervalo entre a semana 69 e a semana 70. O relógio profético foi pausado, por assim dizer. A final "semana" de Daniel é o que normalmente chamamos do período de tribulação.

A profecia de Daniel revela algumas das ações do Anticristo, o "príncipe que há de vir". O versículo 27 diz: "Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana.” No entanto, “na metade da semana, …. sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição” no templo. Jesus advertiu sobre esse evento em Mateus 24:15. Depois que o Anticristo quebrar a aliança com Israel, um tempo de "grande tribulação" começa (Mateus 24:21).

Daniel também prevê que o Anticristo enfrentará julgamento. Ele só governa "até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele" (Daniel 9:27). Deus só permitirá que o mal vá tão longe, e o julgamento que o Anticristo enfrentará já foi planejado.

Conclusão
A profecia das 70 semanas é complexa e surpreendentemente detalhada, e muito tem sido escrito sobre isso. Claro que existem várias interpretações, mas o que apresentamos aqui é a visão dispensacional e pré-milenista. Uma coisa é certa: Deus tem um calendário e está mantendo as coisas dentro do cronograma. Ele conhece o fim desde o princípio (Isaías 46:10), e devemos estar sempre aguardando o retorno triunfante de nosso Senhor (Apocalipse 22:7).

Gotq

#tbs_59 - "Pode-se dizer que o retorno de Cristo é iminente?"

A palavra iminente significa "provável que aconteça a qualquer momento; muito próximo". Quando falamos da iminência do retorno de Cristo, queremos dizer que Ele poderia voltar a qualquer momento. Não há nada mais na profecia bíblica que precise acontecer antes que Jesus venha novamente para arrebatar a igreja. A iminência do retorno de Cristo é geralmente ensinada entre os evangélicos, com algum desacordo de acordo com a visão do dispensacionalismo e se a pessoa tem uma visão pré, média ou pós-tribulacional do arrebatamento.

Jesus falou de Seu retorno repetidamente durante o Seu ministério, o que naturalmente levou os seus discípulos a fazerem perguntas. Uma delas foi: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas?” (Marcos 13:4). Jesus respondeu: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo" (versículos 32-33). É importante lembrar, em qualquer discussão sobre a escatologia, que Deus não pretende que entendamos completamente a cronometragem de Seus planos.

No entanto, a Bíblia diz que o retorno de Jesus está próximo, e que devemos esperar ansiosamente por isso (Romanos 8:19-25, 1 Coríntios 1:7, Filipenses 3:20, Judas 21). Tiago nos encoraja: "Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima" (Tiago 5:8). Apocalipse 1:3 e 22:10 também dizem que "o tempo está próximo".

Jesus ensinou os Seus discípulos a vigiarem pelo Seu retorno. "Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá" (Lucas 12:40). O comando "ficai apercebidos" implica iminência. Ao longo do Novo Testamento, a igreja recebe instruções para estar pronta (Mateus 24:42, 44; 1 Tessalonicenses 5:6). Se os discípulos e a igreja primitiva deviam esperar a vinda do Senhor a qualquer momento, quanto mais devemos nós esperar com grande expectativa?

Nossa salvação está "preparada para revelar-se no último tempo" (1 Pedro 1:5). Jesus poderia retornar para os Seus a qualquer momento, e esse evento iniciará a série de eventos detalhados em Apocalipse 6-18. Como as cinco virgens sábias na parábola de Jesus (Mateus 25:1-13), devemos estar prontos. "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora" (Mateus 25:13).

Gotq

#tbs_58 - "Por que Deus vai libertar Satanás após o reinado de 1.000 anos?"

Apocalipse 20:7-10: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos." Nesta passagem a Bíblia prediz uma rebelião final, instigada pelo diabo, e a vitória decisiva sobre ela.

No início do milênio, somente os crentes estarão vivos (Apocalipse 19:17-21) - aqueles que sobreviverem a tribulação e aqueles que retornam com o Senhor na Sua segunda vinda. Será um tempo de paz sem paralelo na história (Isaías 2:4, Joel 3:10, Miqueias 4:3). Jesus se sentará no trono de Davi, governando toda a Sua criação. Jesus se assegurará de que todos terão todas as necessidades supridas, e não tolerará o pecado tão prevalecente na sociedade de hoje (Salmo 2:7-12, Apocalipse 2:26-29, 19:11-16). É incrível imaginar um tempo como esse "céu na terra".

É provável que os crentes que sobreviverem a tribulação serão mortais e irão repovoar a terra durante o reino milenar. Sem a devastação e consequências do pecado, podemos imaginar que o crescimento da população durante o milênio será enorme. Todos aqueles que nascerem durante o milênio desfrutarão dos benefícios e bênçãos do reinado de Cristo sobre a terra. No entanto, ainda nascerão com uma natureza pecaminosa e terão que se arrepender e crer livremente no evangelho, escolhendo pessoalmente Cristo como Salvador e Senhor.

No final do milênio, Satanás será solto do abismo. Ele começará a enganar uma vasta multidão para segui-lo em uma rebelião final. Parece que quanto mais a tribulação retroceder na história, mais que a humanidade enxergará suas vidas pacíficas como garantidas. Alguns podem até duvidar da bondade de Deus. Embora diga-se que o número que se rebela com Satanás seja como "a areia do mar" (Apocalipse 20:8), ele ainda pode ser uma minoria em comparação com o número que não se rebela.

Já que Deus sabe do problema que Satanás causará (novamente) no mundo, por que Ele o liberta? As Escrituras não dão uma resposta definitiva. Entretanto, uma das razões pode ser dar à humanidade um teste final. Por mil anos, o tentador estará trancado, e a maioria dos mortais na terra nunca terá experimentado uma tentação externa do reino espiritual. Deus criou a humanidade com um livre-arbítrio, e Ele permite que essa vontade seja testada. Os futuros "milenistas" - os nascidos durante o reino milenar - ainda precisarão fazer uma escolha consciente de seguir a Cristo ou seguir a Satanás. Deus libertando o diabo proporcionará uma oportunidade para escolherem.

Uma outra razão possível para que Deus libere Satanás é demonstrar a extensão da natureza do pecado inerente a toda a humanidade (ver Jeremias 17:9). Mesmo depois de mil anos de uma utopia divina na terra, a humanidade terá uma capacidade latente de se rebelar. Uma outra razão para libertar Satanás pode ser ensinar-nos mais uma vez quão facilmente somos enganados. Assim como Adão e Eva rejeitaram o seu Éden por causa de algumas palavras do enganador, assim também farão multidões de seus descendentes. Somos de carne e osso, e somos propensos ao engano.

Ao liberar Satanás do poço, Deus também pode pretender revelar algo sobre Sua própria natureza. Durante 1.000 anos, Sua graça e bondade serão mostradas continuamente, mas no final desse tempo, Ele terá tolerância zero para a rebelião. Sua justiça cairá, e Ele não oferecerá uma "segunda chance" para aqueles que escolherem se rebelar.

Deus libertando Satanás no final do milênio também mostrará que Satanás tem sido e sempre será o inimigo da humanidade. Assim como Deus fixou Seu amor sobre nós, Satanás tem por nós um ódio especial. Desde a queda de Satanás (Isaías 14, Ezequiel 28), ele tem sido o adversário dos crentes, e é apropriadamente descrito como o enganador final da humanidade (João 8:44). Tudo que ele pode dar ou prometer ao homem é morte e destruição (João 10:10). Satanás também é mostrado em Apocalipse 20 como sendo um inimigo verdadeiramente derrotado, e seu destino final é certo junto com o de todos os que o seguem. Satanás é um ser criado que é impotente diante de Deus.

Por que Deus libertará Satanás no fim dos mil anos? Poderíamos facilmente perguntar por que Deus permite a Satanás qualquer liberdade, mesmo agora. No fim das contas, a resposta deve ser encontrada no plano soberano de Deus para revelar a plenitude de Sua glória. A soberania de Deus se estende até a Satanás, e Deus é capaz de usar qualquer coisa – até mesmo as ações malignas de Satanás - para realizar o Seu plano santo (ver 1 Timóteo 1:20 e 1 Coríntios 5:5).

Gotq

#tbs_57 - "Haverá um arrebatamento parcial?"

Há alguns crentes que afirmam que somente cristãos fiéis serão levados no arrebatamento enquanto cristãos infiéis são deixados na terra para sofrer a tribulação. O problema é que a Bíblia não apoia esse conceito. As passagens que descrevem o arrebatamento (1 Coríntios 15:50-57; 1 Tessalonicenses 4:13-18) aplicam-se universalmente a todos os cristãos, maduros e imaturos, fiéis e desobedientes. Versículos como Romanos 8:1 e 1 Tessalonicenses 5:9 nos dizem que Deus não derrama a Sua ira sobre os cristãos. Não há evidência bíblica alguma para um arrebatamento parcial. Todo crente será levado para o céu no arrebatamento.

A parábola de Jesus das dez virgens em Mateus 25:1-13 tem sido para alguns a "prova" de um arrebatamento parcial. No entanto, as cinco virgens cujas lâmpadas não tinham óleo não são simbólicas de crentes sendo deixados para trás, mas de incrédulos. O versículo-chave é o 12, onde o noivo diz para aqueles que ficaram para trás: "Em verdade vos digo que não vos conheço." Aqueles que Jesus conhece são crentes nEle, quer fossem ou não vigilantes. O elemento essencial na parábola é o óleo nas lâmpadas – o óleo sendo simbólico do Espírito Santo. Aqueles que têm o Espírito Santo vivendo em seus corações serão levados no arrebatamento porque são verdadeiramente cristãos. Aqueles que professam fé em Cristo, mas não possuem o Seu Espírito serão deixados para trás.

A lição para nós é que devemos estar prontos porque Cristo está voltando para os Seus, mas Ele virá como um "ladrão" (1 Tessalonicenses 5:4) - de repente, inesperadamente e sem aviso prévio. Apenas aqueles cujas lâmpadas (corações) contêm o óleo (o Espírito Santo) serão tomados. O resto, independentemente do que professe, será deixado para trás. Jesus conhece os Seus, e quando Ele nos chama, nós responderemos. Hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6:2), e aqueles que não conhecem Cristo não devem ousar demorar mais um momento.

Gotq

#tbs_56 - "Em que os preteristas parciais acreditam? O preterismo parcial é bíblico?"

O preterismo é a visão escatológica de que as profecias bíblicas dos "tempos finais" já foram cumpridas. Então, quando lemos o que a Bíblia diz sobre a tribulação, estamos lendo a história. O preterismo é dividido em dois campos: o preterismo completo (ou consistente) e preterismo parcial. O preterismo completo toma uma visão extrema de que toda profecia bíblica já foi cumprida de uma maneira ou de outra. Os preteristas parciais adotam uma abordagem mais moderada, e muitos preteristas parciais consideram os preteristas completos culpados de heresia.

Aqueles que defendem o preterismo parcial acreditam que as profecias de Daniel, Mateus 24 e Apocalipse (com exceção dos últimos dois ou três capítulos) já foram cumpridas e foram cumpridas o mais tardar no primeiro século d.C. De acordo com o preterismo parcial, não há arrebatamento, e passagens descrevendo a tribulação e o Anticristo estão realmente se referindo à destruição de Jerusalém em 70 d.C. e ao imperador romano Tito. Os preteristas parciais acreditam no retorno de Cristo à Terra e em uma futura ressurreição e julgamento, mas eles não ensinam um reino milenar ou que Israel como nação tem um lugar no plano futuro de Deus. De acordo com os preteristas parciais, as referências bíblicas aos "últimos dias" estão falando dos últimos dias da Antiga Aliança Judaica, não dos últimos dias da Terra.

Para que os preteristas parciais mantenham sua posição, eles insistem que o livro de Apocalipse foi escrito cedo (antes de 70 d.C.). Eles também devem usar uma hermenêutica inconsistente ao interpretar passagens proféticas. De acordo com a visão preterista do fim dos tempos, os capítulos 6-18 do Apocalipse são altamente simbólicos, não descrevendo nenhum evento literal. Visto que a destruição de Jerusalém não envolveu a destruição total da vida marinha (Apocalipse 16:3) ou uma escuridão agonizante (versículo 10), esses julgamentos são interpretados pelo preterista como puramente alegóricos. Entretanto, de acordo com os preteristas, o capítulo 19 deve ser compreendido literalmente - Jesus Cristo retornará fisicamente. Ademais, o capítulo 20 é novamente interpretado alegoricamente pelos preteristas, enquanto que os capítulos 21-22 são entendidos literalmente, pelo menos em parte, no que diz respeito a um novo céu e nova terra.

Ninguém nega que Apocalipse contenha visões incríveis e às vezes confusas. Ninguém nega que Apocalipse descreva muitas coisas figurativamente - essa é a natureza da literatura apocalíptica. No entanto, negar arbitrariamente a natureza literal de partes selecionadas do Apocalipse é destruir a base de interpretar literalmente qualquer livro. Se as pragas, as testemunhas, a besta, o falso profeta, o reino milenar, etc., são todos alegóricos, então em que base reivindicamos que a segunda vinda de Cristo e a nova terra são eventos literais? Esse é o fracasso do preterismo - deixa a interpretação do Apocalipse às opiniões do intérprete.

Aqueles que sustentam o preterismo parcial também não leem Mateus 24 no sentido literal. Cristo falou da destruição do templo (Mateus 24:2). Entretanto, muito do que Ele descreveu não ocorreu em 70 d.C. Cristo fala desse tempo futuro como um de "grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mateus 24:21-22). Certamente, isso não pode ser aplicado aos eventos de 70 d.C. Tem havido tempos piores na história mundial desde então.

O Senhor também diz: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (Mateus 24:29-30). Para que os eventos desses dois versículos já tenham ocorrido, Jesus Cristo deve ter retornado corporalmente em 70 d.C. - mas Ele não o fez. O preterista parcial acredita que esses versículos não estão se referindo a um retorno corporal de Cristo, mas a uma aparição de Seu julgamento. No entanto, isso não é o que uma leitura normal e literal do texto levaria alguém a acreditar. É o "Filho do Homem" que as pessoas veem, não apenas o Seu julgamento.

Os preteristas parciais também apelam a Mateus 24:34, onde Jesus fala de "esta geração". Eles dizem que Cristo estava se referindo àqueles que viviam na época em que Ele falou as palavras registradas naquele capítulo. Assim, a tribulação deve ter ocorrido dentro de cerca de 40 anos de Sua declaração. No entanto, acreditamos que Jesus não estava se referindo ao povo de Seu dia, mas à geração que testemunharia os eventos registrados em Mateus 24:15-31. Essa geração futura testemunhará todos os eventos que se moverão rapidamente nos últimos dias, incluindo o retorno corporal de Cristo (versículos 29-30).

O ponto de vista preterista parcial leva à crença no amilenialismo (ou pós-milenialismo) e está associado à teologia da aliança. Evidentemente, rejeita o dispensacionalismo. No entanto, o seu principal problema é sua hermenêutica inconsistente e sua alegorização de muitas profecias bíblicas que são mais bem compreendidas literalmente. Embora o preterismo parcial esteja dentro do âmbito da ortodoxia, não é a visão majoritária entre os cristãos de hoje.

Gotq

#tbs_ 55 - "Será que a Bíblia profetiza sobre um governo mundial e uma moeda mundial no fim dos tempos?"

A Bíblia não usa a frase "governo mundial" ou "moeda mundial" ao se referir ao fim dos tempos. Contudo, ela fornece ampla evidência para nos permitir tirar a conclusão de que ambos existirão sob o governo do Anticristo nos últimos dias.

Em sua visão apocalíptica no livro de Apocalipse, o apóstolo João vê a "Besta", também chamada de Anticristo, que se levanta do mar. Esta besta tem sete cabeças e dez chifres (Apocalipse 13:1). Combinando esta visão com a semelhante de Daniel (Daniel 7:16-24), podemos concluir que algum tipo de sistema político mundial será inaugurado pela besta, o mais poderoso "chifre", que derrotará três dos dez reis e entrará em guerra contra os cristãos. A confederação de dez nações também é vista na imagem de Daniel da estátua em Daniel 2:41-42. Nesta visão, o governo mundial final, constituído por dez entidades, é representado pelos dez dedos da estátua. Quem quer que sejam os dez e qualquer que seja a forma em que cheguem ao poder, a Escritura deixa claro de que a besta subirá ao poder de entre eles e se tornará o rei mais proeminente do grupo. No final, os outros reis farão a sua vontade.

João descreve o governante deste vasto império como tendo poder e grande autoridade, dados a ele pelo próprio Satanás (Apocalipse 13:2). Ele recebe adoração de "toda a terra" (13:3-4) e tem autoridade sobre "cada tribo, povo, língua e nação" (13:7). Desta descrição, é lógico supor que esta pessoa seja o líder de um governo mundial que é reconhecido como soberano sobre todos os outros governos. É difícil imaginar como tais governos tão diversos que estão no poder hoje se subjugariam voluntariamente a um único governante, e há muitas teorias sobre o assunto. Uma ideia é que os desastres e pragas descritos no Apocalipse como os julgamentos do selo e da trombeta (capítulos 6-11) serão tão devastadores e criarão uma crise global tão monumental que as pessoas vão seguir quem promete alívio.

Uma vez entrincheirado no poder, a besta (o Anticristo) e o poder por trás dele (Satanás) mover-se-ão para estabelecer o controle absoluto sobre todos os povos da terra. Seu verdadeiro fim é receber a adoração que Satanás tem buscado desde que foi expulso do céu (Isaías 14:12-14). Uma maneira de conseguir isso é controlando todo o comércio, que é onde entra a ideia de uma moeda mundial. Apocalipse 13:16-17 descreve algum tipo de marca satânica que será necessária para comprar e vender. Qualquer pessoa que recuse a marca será incapaz de comprar alimentos, roupas ou outras necessidades. Sem dúvida, a grande maioria das pessoas no mundo receberá a marca simplesmente para sobreviver. O versículo 16 deixa claro que este será um sistema universal no qual todos, ricos e pobres, grandes e pequenos, terão a marca na mão ou na testa. Há muita especulação sobre como exatamente esta marca será afixada, mas as tecnologias que estão disponíveis agora poderiam realizar isso muito facilmente.

Aqueles que ficam para trás após o arrebatamento da Igreja serão confrontados com uma escolha terrível - aceitar a marca da besta a fim de sobreviver ou enfrentar a fome e horrível perseguição pelo Anticristo e seus seguidores. No entanto, aqueles que vierem a Cristo neste tempo, aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Apocalipse 13:8), escolherão suportar até mesmo o martírio.

Gotq

#tbs_54 - "Qual é o significado de 666?"

No final de Apocalipse 13, que discute a besta (o Anticristo) e seu falso profeta, lemos: "Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis" (versículo 18). De alguma forma, o número 666 é uma pista para a identidade da besta. Apocalipse 13 também menciona a "marca da besta" (versículos 16-17), e o pensamento popular muitas vezes liga 666 com a marca. No entanto, a marca da besta e 666 parecem ser duas coisas diferentes. A marca da besta é algo que as pessoas devem receber para comprar e vender. O número 666 está de alguma forma associado à besta/Anticristo como o "seu" número. Claro que o seu número poderia ser parte de sua marca, mas a Bíblia não fornece uma ligação definida.

O significado de 666 é um mistério, e parece que o apóstolo João, escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, pretendia que fosse assim. Calculá-lo, diz João, requer "sabedoria". Alguns, usando a gematria (atribuindo um valor numérico a cada letra de um nome ou palavra e depois combinando os números para chegar a um total), identificaram o Anticristo como várias pessoas na história do mundo. Alguns dos alvos populares foram "César Nero", "Ronald Wilson Reagan", "Mikhail Gorbachev" e vários papas na história da Igreja Católica Romana. É impressionante o quanto alguns se esforçam para que a soma do nome de alguém seja 666. Praticamente qualquer nome pode dar 666 se suficiente “ginástica matemática” for empregada.

Curiosamente, em alguns manuscritos gregos antigos do livro de Apocalipse, o número é dado como 616 em vez de 666. A evidência do manuscrito é fortemente a favor de 666, mas a leitura alternativa de 616 deve nos fazer pausar antes de começarmos a usar calculadoras.

O número 666 identificará de alguma forma a besta, mas precisamente como666 está conectado à besta não é o ponto principal de Apocalipse 13:18. A Bíblia frequentemente usa o número 7 para se referir a Deus e Sua perfeição. Pensa-se que o número 6 seja o número do homem, criado no sexto dia e sempre "carecendo" de Deus. A besta/Anticristo se esforçará para ser como Deus. É provável que afirme ser Deus. Entretanto, assim como o número 6 fica aquém do número 7, assim também a besta/Anticristo, com sua "trindade" de seis, no final das contas fracassará em seu esforço para derrotar a Deus.

Gotq

#tbs_53 - "Estamos vivendo no fim dos tempos?"

Em certo sentido, temos estado nos "últimos dias" por séculos. Pedro refere-se ao tempo em que ele estava vivendo como "o fim dos tempos" (1 Pedro 1:20, ver Hebreus 1:2), e Paulo fala da igreja como aqueles "sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (1 Coríntios 10:11). É nesta dispensação que a Palavra veio (João 1:14), nossa salvação foi assegurada (Hebreus 9:26), e o Espírito foi derramado (Atos 2:16-18). Estamos vivendo na era final antes de Deus julgar o mundo.

Entretanto, geralmente, quando as pessoas falam dos "últimos dias" ou dos "tempos finais", estão se referindo à tribulação e ao período bem antes, quando ocorrem os eventos apocalípticos descritos no livro de Apocalipse. A tribulação já começou? No momento da redação deste artigo, não, pois a igreja não foi arrebatada, e a tribulação ainda não começou. Estamos vivendo nos dias imediatamente anteriores ao arrebatamento e à tribulação? Possivelmente. A Bíblia profetiza muitos eventos que ocorrerão no fim dos tempos. Esses eventos podem ser categorizados como naturais, espirituais, sociológicos, tecnológicos e políticos. Embora talvez não possamos ver os eventos acontecendo diretamente, podemos ver os seus precursores. Assim como pequenos tremores geralmente precedem um maior terremoto, o mundo de hoje pode estar mostrando "pequenos choques" do que vem a seguir.

Lucas 21:11 enumera alguns dos sinais naturais que ocorrerão antes da segunda vinda de Jesus: "haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu." Claro que esse mundo caído tem visto muitos terremotos e outros desastres. A profecia de Jesus é que esses eventos se intensificarão à medida que o fim se aproxima. Em 13 anos, entre 1991 e 2004, só nos Estados Unidos ocorreram 5 de seus furacões mais terríveis da história, 3 de seus 4 maiores enxames de tornados na história, e 9 dos 10 maiores desastres conforme determinados pela FEMA. Nos últimos anos, vimos o furacão Sandy, que alguns chamaram de "tempestade perfeita". Quanto a grandes sinais do céu, em 2013 o meteoro Chelyabinsk explodiu sobre a Rússia e emitiu uma onda de choque poderosa que feriu cerca de 1.500 pessoas. Todos esses eventos podem ter sido um aquecimento ao final dos tempos - "princípio das dores", como Jesus os chamou (Mateus 24:8).

A Bíblia lista os sinais espirituais positivos e negativos. Em 2 Timóteo 4:3-4 descobrimos que muitas pessoas seguirão os falsos mestres. Vemos agora um aumento nas seitas, heresia, decepção e ocultismo, com muitos escolhendo seguir a nova era ou religiões pagãs. Do lado positivo, Joel 2:28-29 profetiza que haverá uma grande efusão do Espírito Santo. A profecia de Joel foi cumprida no dia de Pentecostes (Atos 2:16), e ainda estamos vendo os efeitos desse derramamento em avivamentos e movimentos cristãos liderados pelo Espírito, em pregações mundiais da mensagem do evangelho e no surgimento do judaísmo messiânico.

Junto com os sinais nos reinos naturais e espirituais, há também sinais na sociedade. A imoralidade desenfreada na sociedade de hoje é um sintoma da rebelião da humanidade contra Deus. O aborto, a homossexualidade, o abuso de drogas e o abuso de crianças são a prova de que "os homens perversos e impostores irão de mal a pior" (2 Timóteo 3:13). Vivemos agora numa sociedade hedonista e materialista. As pessoas são amantes de si mesmas - "cuidando apenas de si" - e fazendo o que é certo em seus próprios olhos. Todas estas coisas, e muitas mais, podem ser vistas ao nosso redor todos os dias (ver 2 Timóteo 3:1-4).

O cumprimento de algumas profecias dos últimos tempos parecia impossível até o advento da tecnologia moderna. Alguns dos julgamentos em Apocalipse são mais facilmente imaginados em uma era nuclear. Em Apocalipse 13, o Anticristo controlará o comércio ao forçar as pessoas a tomar a marca da besta e, dados os avanços de hoje em tecnologia de chip de computador, as ferramentas que a besta usará podem muito bem já estar aqui.

E há sinais políticos. A restauração de Israel em sua terra em 1948 é a mais impressionante profecia cumprida, o que prova que as coisas estão se ajeitando para os tempos finais. Na virada do século 20, ninguém teria sonhado que Israel estaria de volta em sua terra, muito menos ocupando Jerusalém. Jerusalém está definitivamente no centro da geopolítica e está sozinha contra muitos inimigos. Zacarias 12:3 confirma: “Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.” Mateus 24:6-7 prevê que, antes do tempo do fim, "se levantará nação contra nação, reino contra o reino". As "guerras e os rumores de guerras" são definitivamente características da presente era.

Estes são apenas alguns dos sinais de que estamos nos movendo em direção ao fim da era. Deus nos deu essas profecias porque não quer que ninguém pereça, e sempre dá amplo aviso antes de derramar a Sua ira (2 Pedro 3:9).

Estamos vivendo no fim dos tempos? O arrebatamento pode ocorrer a qualquer momento. O Dia do Juízo está chegando, e Deus lidará com o pecado neste mundo. A era da graça durará até então. João 3:36 diz: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus." Aqueles que não aceitam a Jesus Cristo como seu Salvador permanecerão sob a ira do Senhor.

A boa notícia é que não é tarde demais para escolher a vida eterna. Tudo o que é necessário é a aceitação, pela fé, do dom gratuito da salvação de Deus. Não há nada que você possa fazer para ganhar a graça de Deus; Jesus pagou o preço no seu lugar (Romanos 3:24). Você está pronto para o retorno do Senhor? Ou vai experimentar a Sua ira?

Gotq

#tbs_52 - "O que são Gogue e Magogue?"

Historicamente falando, Magogue era um neto de Noé (Gênesis 10:2). Os descendentes de Magogue se estabeleceram no extremo norte de Israel, provavelmente na Europa e no norte da Ásia (Ezequiel 38:15). Magogue eventualmente se tornou o nome da terra onde os seus descendentes se estabeleceram. O povo de Magogue é descrito como guerreiros habilidosos (Ezequiel 38:15; 39:3-9). Gogue é o nome de um futuro líder em Magogue que irá liderar um exército para atacar Israel. O Senhor prediz a condenação de Gogue: "Filho do homem, volve o rosto contra Gogue, da terra de Magogue…profetiza contra ele" (Ezequiel 38:2).

Gogue e Magogue são mencionados em Ezequiel 38-39 e em Apocalipse 20:7-8. Embora essas duas passagens mencionem os mesmos nomes, um estudo detalhado das Escrituras demonstra que elas não se referem às mesmas pessoas e eventos. Na profecia de Ezequiel, Gogue será o líder de um grande exército que ataca a terra de Israel. Gogue é descrito como "da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal" (Ezequiel 38:2). A batalha descrita por Ezequiel que envolve Gogue e Magogue ocorre no período da tribulação, provavelmente nos primeiros três anos e meio. A evidência mais forte para este ponto de vista é que o ataque virá quando Israel estiver em paz (Ezequiel 38:8, 11) – quando a nação tiver diminuído suas defesas. Israel definitivamente não está em paz agora, e é inconcebível que a nação baixaria suas defesas, salvo algum evento extremamente importante. Quando a aliança de Israel com o Anticristo estiver em vigor no início da 70ª semana de Daniel (a tribulação de sete anos - Daniel 9:27a), Israel estará em paz. Possivelmente a batalha ocorrerá pouco antes da metade do período de sete anos. De acordo com Ezequiel, o próprio Deus derrotará Gogue nos montes de Israel. A matança será tão grande que levará sete meses para enterrar todos os mortos (Ezequiel 39:11-12).

Gogue e Magogue são mencionados novamente em Apocalipse 20:7-8. Esta é uma batalha diferente, mas a repetição dos nomes Gogue e Magogue mostra que a história se repetirá. A mesma rebelião contra Deus descrita em Ezequiel 38-39 será vista novamente.

O livro de Apocalipse alude à profecia de Ezequiel sobre Magogue para descrever um ataque final dos últimos tempos contra a nação de Israel (Apocalipse 20:8-9). O resultado dessa batalha é que todos os inimigos de Deus são destruídos, e Satanás encontrará seu lugar final no lago de fogo (Apocalipse 20:10).

Abaixo estão algumas das razões mais óbvias por que Ezequiel 38-39 e Apocalipse 20:7-8 referem-se a pessoas e batalhas diferentes:

1. Na batalha de Ezequiel 38-39, os exércitos vêm principalmente do norte e envolvem apenas algumas nações da terra (Ezequiel 38:6, 15; 39:2). A batalha em Apocalipse 20:7-9 envolverá todas as nações, de modo que os exércitos virão de todas as direções, não apenas do norte.

2. Não há menção de Satanás no contexto de Ezequiel 38-39. Em Apocalipse 20:7, o contexto claramente coloca a batalha acontecendo no final do milênio, e apresenta Satanás como o principal instigador.

3. Ezequiel 39:11-12 afirma que os mortos serão sepultados por sete meses. Não haveria necessidade de enterrar os mortos se a batalha em Ezequiel 38-39 fosse a mesma descrita em Apocalipse 20:8-9, pois imediatamente após Apocalipse 20:8-9 é o grande julgamento do trono branco (20:11- 15), e então o céu ou a terra atuais são destruídos e substituídos por um novo céu e terra (Apocalipse 21:1). Obviamente, haverá necessidade de enterrar os mortos se a batalha ocorrer na primeira parte da tribulação, pois a terra de Israel será ocupada por mais 1.000 anos, o comprimento do reino milenar (Apocalipse 20:4-6).

4. A batalha em Ezequiel 38-39 é usada por Deus para trazer Israel de volta para Ele (Ezequiel 39:21-29). Em Apocalipse 20, Israel tem sido fiel a Deus por mil anos (o reino milenar). Os rebeldes em Apocalipse 20:7-10 são destruídos sem mais oportunidades de arrependimento.

Gotq

#tbs_51 - "Vai a geração que viu o Estado de Israel ser proclamado ainda estar viva para a Segunda Vinda?"

Este conceito é geralmente tirado de Mateus 24:34: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça." Os versículos anteriores, Mateus 24:1-33, descrevem os acontecimentos do fim dos tempos em relação a Israel. Como resultado, alguns intérpretes achavam que o fim dos tempos começaria quando o Estado de Israel fosse "reconstituído" como uma nação (o que aconteceu em 1948). Contudo, à medida que mais e mais tempo se passou desde 1948, o período abrangido por uma "geração" teve que se alongar e alongar. Já faz mais de 60 anos - o que vai muito além da definição padrão de uma geração.

O maior problema com este ensinamento é que Mateus 24 não menciona uma reformulação de Israel ou nos dá qualquer outro ponto de partida para contarmos os anos da "geração". O que o contexto parece dizer é que, quando os eventos do fim dos tempos começarem a acontecer, eles vão acontecer rapidamente. "Esta geração" é a geração viva durante "o princípio das dores" (verso 8). Quando o problema começar, as coisas vão progredir rapidamente. 

As palavras proféticas de Jesus em Mateus 24 também poderiam ter uma "dupla realização". Alguns dos eventos ocorreram em 70 d.C., quando os romanos destruíram Jerusalém. Outros eventos (nos versículos 29-31, por exemplo) ainda não ocorreram. Algumas das palavras de Jesus foram cumpridas pouco depois dEle ter falado (dentro de Sua geração). Por outro lado, outras não serão cumpridas até que a geração dos últimos tempos esteja em cena.

Gotq

#tbs_50 - "Como posso superar meu medo do fim dos dias?"

Jesus disse que o fim dos tempos incluirá alguns eventos aterrorizantes. De fato, "haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados" (Lucas 21:26). Algumas pessoas hoje estão cheias de medo apenas pensando sobre o que vai acontecer. No entanto, o Senhor não quer que tenhamos medo: "Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino" (Lucas 12:32).

A melhor maneira de superar o medo do fim dos dias é estar espiritualmente preparado para isso. Em primeiro lugar, você deve ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo para ter a vida eterna (João 3:16, Romanos 10:9-10). Somente através dEle você pode receber o perdão do pecado e passar a eternidade com Deus. Se Deus é o seu Pai e Jesus é o seu Senhor, então realmente não há nada para se preocupar (Filipenses 4:7).

Segundo, todo cristão deve viver uma vida digna do chamado que temos em Cristo. Efésios 4:1-3 ensina: "Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz." Conhecer a Cristo e caminhar em Sua vontade realmente muito ajudam a diminuir qualquer tipo de medo.

Terceiro, os cristãos têm a promessa da libertação de Deus, e isso é muito encorajador. Primeiro Tessalonicenses 4:13-18 afirma:

“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.”

Longe de temer o futuro, devemos antecipá-lo com alegria. Aqueles que estão em Cristo serão "arrebatados" para encontrá-lo, e "estaremos para sempre com o Senhor".

Além disso, a Escritura diz que não precisamos temer o dia do juízo: "Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor" (1 João 4:17-18).

Aqueles que não conhecem a Cristo não têm a promessa de paz para o futuro. Para os incrédulos, há uma preocupação real porque ainda não resolveram a questão de onde vão passar a eternidade. Os descrentes não serão levados no arrebatamento, mas experimentarão a tribulação. Sendo esse o caso, realmente têm algo a temer. Os crentes não temem o fim dos dias. Em vez disso, nos esforçamos para viver uma vida digna de nosso chamado, antecipando o retorno de Jesus e descansando no conhecimento de que nossos tempos estão em Suas mãos (Salmo 31:15).

Gotq

#tbs_49 - "Haverá um templo do fim dos tempos em Jerusalém?"

A Bíblia menciona que alguns eventos do fim dos tempos ocorrerão em um templo em Jerusalém (Daniel 9:27 e Mateus 24:15). Segundo Tessalonicenses 2:4, falando do Anticristo, nos diz: "o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus." Antes que alguns eventos dos últimos tempos ocorram, um templo deve estar presente em Jerusalém. Este será o terceiro templo - o primeiro era de Salomão e o segundo era de Zorobabel, mais tarde expandido por Herodes.

Há ainda o "pequeno" problema da Cúpula da Rocha islâmica estando no local onde é para ser o templo judaico. Os muçulmanos acreditam que este é o lugar a partir do qual Maomé ascendeu ao céu, tornando-o o mais sagrado dos santuários muçulmanos. Dado o clima político de hoje, é impensável que os judeus assumiriam este lugar e construiriam um templo ali. No entanto, antes ou durante a tribulação, o templo será construído, provavelmente como resultado da aliança do anticristo com Israel (Daniel 9:24-27).

A construção do templo judaico será uma indicação segura de que as profecias do fim dos tempos estão sendo cumpridas. Será o templo da era da tribulação que o Anticristo vai profanar com sua "abominação que causa a desolação", mencionada por Cristo em Marcos 13:14. O arrebatamento pode ocorrer a qualquer momento - a reconstrução do templo não precisa acontecer primeiro - então é importante estar pronto.

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#tbs_48 - "Por que Elias deve voltar antes do fim dos tempos (Malaquias 4:5-6)?"

Malaquias 4:5-6 oferece uma profecia intrigante: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição." Até hoje, os sêderes judeus incluem uma cadeira vazia na mesa na expectativa de que Elias volte para anunciar o Messias em cumprimento da palavra de Malaquias.

De acordo com Malaquias 4:6, a razão para o retorno de Elias será "converter corações" de pais e filhos uns para os outros. Em outras palavras, o objetivo será a reconciliação. No Novo Testamento, Jesus revela que João Batista foi o cumprimento da profecia de Malaquias: "Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir" (Mateus 11:13-14). Este cumprimento também é mencionado em Marcos 1:2-4 e Lucas 1:17; 7:27.

Especificamente relacionado com Malaquias 4:5-6 é Mateus 17:10-13: "Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista."

Os "escribas" eram os mestres religiosos judeus, na sua maioria fariseus e saduceus, que faziam comentários sobre as Escrituras judaicas. Pedro, Tiago e João estavam familiarizados com seus ensinamentos e perguntaram a Jesus sobre Elias depois de terem visto Jesus com Moisés e Elias na transfiguração (Mateus 17:1-8). Jesus declarou claramente que Elias já tinha vindo, mas, tragicamente, não foi reconhecido e tinha sido morto. Jesus então previu que Ele também morreria nas mãos de Seus inimigos (17:12).

Uma breve olhada no ministério de João Batista revela muitas maneiras notáveis em que Ele era "Elias". Primeiro, Deus previu a obra de João como sendo semelhante à de Elias (Lucas 1:17). Segundo, ele se vestia como Elias (2 Reis 1:8 e Mateus 3:4). Terceiro, como Elias, João Batista pregou no deserto (Mateus 3:1). Quarto, ambos os homens pregaram uma mensagem de arrependimento. Em quinto lugar, os dois homens resistiram a reis e tiveram inimigos de alto perfil (1 Reis 18:16-17 e Mateus 14:3).

Alguns argumentam que João Batista não era o Elias por vir porque o próprio João afirmou não ser Elias. "Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não." (João 1:21). Há duas explicações para esta aparente contradição. Primeiro, porque Elias nunca havia morrido (2 Reis 2:11), muitos rabinos do primeiro século ensinavam que Elias ainda estava vivo e reapareceria antes da chegada do Messias. Quando João negou ser Elias, ele poderia estar contrariando a ideia de que ele era o verdadeiro Elias que tinha sido transportado para o céu em uma carruagem de fogo.

Em segundo lugar, as palavras de João poderiam indicar uma diferença entre a visão de João sobre si mesmo e a visão de Jesus sobre ele. João pode não ter se visto como o cumprimento de Malaquias 4:5-6. No entanto, Jesus o fez. Sendo assim, não há contradição - era simplesmente um profeta humilde dando uma opinião honesta de si mesmo. João rejeitou a honra (João 3:30), mas Jesus deu-lhe o crédito de ser o cumprimento da profecia de Malaquias a respeito do retorno de Elias.

Como o Elias metafórico, João chamou as pessoas ao arrependimento e à vida de obediência, preparando o povo de sua geração para a vinda de Jesus Cristo, Aquele que tinha vindo "buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10) e para estabelecer o ministério da reconciliação (2 Coríntios 5:18).

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#tbs_ 47 - "Como podemos confiar que a profecia bíblica pode de fato prever o futuro?"

A principal razão pela qual podemos confiar na profecia bíblica é que ela, como o resto da Escritura, nos foi dada pelo Criador do universo. É divinamente inspirada, inerrante, perfeita e verdadeira. Deus não pode mentir (Tito 1:2), e a fidedignidade da profecia bíblica está enraizada no caráter e no conhecimento de Deus: "que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Isaías 46:10).

A profecia bíblica prediz o futuro e explica quais serão os resultados positivos ou negativos decorrentes dele. Uma profecia pode anunciar eventos que trazem alegria e prazer ou medo e pressentimento. Quando as profecias de Deus são ignoradas, geralmente é porque os ouvintes não gostam do que ouvem por uma razão ou outra. A profecia bíblica é geralmente muito específica em como afetará alguém ou algo. Além disso, ela é sempre confiável e digna de nossa total confiança. Podemos permitir que as promessas divinas ajudem a moldar nossas vidas, dando-nos direção no serviço ao Senhor. A profecia deve ser uma fonte de força e instrução para nós. Ao contrário do que ouvimos hoje sendo chamado de "profecia", tanto na igreja quanto fora dela, a verdadeira profecia bíblica é sempre correta e precisa. O que Deus profetiza sempre ocorre (Isaías 14:24).

A profecia do dilúvio em Gênesis 6 é um exemplo. Deus explica as Suas razões para o dilúvio, dá instruções específicas para que Noé possa construir a arca para preservar vidas, e então permite esta catástrofe mundial. Os sonhos de José em Gênesis 37:5-10 contêm profecias que vieram a ocorrer mais tarde em sua vida. Deuteronômio 18:18 diz: "Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar." Esta profecia aponta para o Messias judeu, nosso Senhor Jesus, e é citada em Atos 3:22. Isaías capítulo 53 contém uma profecia convincente de Jesus Cristo: Sua juventude, Seu ministério, Seu sofrimento e Sua oferta de Si mesmo. O Salmo 22 nos dá uma outra profecia do sofrimento de nosso Senhor, formulada em uma descrição do rei Davi.

Nas profecias do próprio Senhor, tais como as de Mateus 24, Ele falou de guerras, fome, terremotos, perseguições, apostasias, traições e, finalmente, de Seu próprio retorno. Essas e outras profecias do fim dos tempos são tão confiáveis quanto a advertência de Deus sobre o dilúvio. Previsões semelhantes de eventos catastróficos ainda por vir são encontradas em 2 Pedro 3 e Apocalipse 6-16. Além disso, em 1 Tessalonicenses 4:13-18, os cristãos são prometidos um resgate daquele dia de tribulação. A profecia bíblica nos fornece um roteiro do futuro. Deixar de entender a profecia do arrebatamento é perder um dos maiores dons de Deus.

Podemos confiar que Deus nos ama e nos deu Seu Filho (João 3:16). Certamente podemos também confiar nEle como o Autor da profecia bíblica. O Nosso Senhor disse: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar" (João 14:2). Então Ele nos deu a bendita segurança: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (versículo 3). Essa promessa deve ser um encorajamento para todos os cristãos.

Coloque sua confiança nas profecias de Deus, assim como você confia em Seu Filho. "Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim" (2 Coríntios 1:20).

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#tbs_46 - "Quem são as duas testemunhas no livro de Apocalipse?"

Há três pontos de vista principais sobre a identidade das duas testemunhas em Apocalipse 11:3-12: 1) Moisés e Elias, 2) Enoque e Elias, e 3) dois crentes desconhecidos a quem Deus chama para serem Suas testemunhas nos tempos finais.

Moisés e Elias são vistos como possibilidades devido ao poder das testemunhas de transformar a água em sangue (Apocalipse 11:6), pelo qual Moisés é conhecido (Êxodo capítulo 7). As duas testemunhas também têm o poder de destruir pessoas com fogo do céu (Apocalipse 11:5), pelo qual Elias é conhecido (2 Reis capítulo 1). Também dando força a essa visão é o fato de que Moisés e Elias apareceram com Jesus na transfiguração (Mateus 17:3-4). Além disso, a tradição judaica espera que Moisés e Elias retornem no futuro. Malaquias 4:5 prevê a vinda de Elias, e alguns judeus acreditam que a promessa de Deus de levantar um profeta como Moisés (Deuteronômio 18:15, 18) também precise do retorno de Moisés.

Enoque e Elias são vistos como possíveis identidades das duas testemunhas porque são os dois indivíduos na história que nunca experimentaram a morte (Gênesis 5:24; 2 Reis 2:11). O fato de que nem Enoque e nem Elias morreram parece capacitá-los para a morte e ressurreição das duas testemunhas (Apocalipse 11:7-12). Os defensores deste ponto de vista alegam que Hebreus 9:27 (todos os homens morrem uma vez) desqualifica Moisés de ser uma das duas testemunhas, já que Moisés já morreu uma vez (Deuteronômio 34:5). Entretanto, existem vários outros na Bíblia que morreram duas vezes - por exemplo, Lázaro, Dorcas e a filha de Jairo - então não há realmente nenhuma razão para que Moisés seja eliminado com base nisso.

A terceira visão sustenta essencialmente que Apocalipse capítulo 11 não atribui nenhum nome famoso às duas testemunhas. Se as testemunhas fossem Moisés e Elias, ou Enoque e Elias, por que a Escritura ficaria em silêncio sobre suas identidades? Deus é perfeitamente capaz de tomar dois crentes "comuns" e capacitá-los a realizar os mesmos sinais e maravilhas como Moisés e Elias. Não há nada em Apocalipse 11 que exija que assumamos uma identidade "famosa" para as duas testemunhas.

Qual ponto de vista é o correto? Não sabemos ao certo. A possível fraqueza da primeira visão é que Moisés já morreu uma vez e, portanto, não poderia ser uma das duas testemunhas (uma vez que sua morte seria uma contradição de Hebreus 9:27). No entanto, os defensores deste ponto de vista argumentam que todas as pessoas que foram milagrosamente ressuscitadas na Bíblia (por exemplo, Lázaro) mais tarde morreram novamente. Hebreus 9:27 pode ser visto, então, como uma "regra geral" e não um princípio universal. Quanto às previsões da Bíblia sobre a vinda de Elias e do profeta como Moisés, o Novo Testamento deixa claro que essas profecias foram cumpridas por João Batista e pelo próprio Jesus, respectivamente.

Não há fraquezas claras para a segunda visão de Enoque e Elias, pois resolve o problema de "morrer uma vez". Faz sentido que Deus possa ter levado Enoque e Elias ao céu sem morrerem a fim de "salvá-los" para um propósito especial mais tarde. Também não há pontos fracos claros para a terceira possibilidade.

Todas as três visões são interpretações plausíveis, mas não podemos ter absoluta certeza sobre nenhuma delas, uma vez que a Bíblia não revela as identidades das testemunhas. Os cristãos, portanto, não devem ser dogmáticos sobre esta questão.

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#tbs_45 - "Pode um engano alienígena fazer parte do fim dos tempos?"

Sabemos que os eventos que cercam o fim dos tempos, como descritos na Bíblia, incluirão um poderoso engano (Mateus 24:24). Recentemente, o interesse tem aumentado na teoria de que este engano incluirá seres alienígenas de outro planeta. Por mais estranho que pareça, de uma perspectiva cristã, esta teoria até que traz uma certa quantidade de plausibilidade. Embora a Bíblia não nos diga se os extraterrestres existem ou não - não há menção deles em nenhum lugar - a Bíblia nos conta sobre os visitantes de um outro mundo - do mundo espiritual.

Desde o início, visitas de demônios (anjos caídos) à terra foram testemunhadas e registradas. Por causa do encontro de Eva com Satanás, sabemos que os demônios estão interessados em monitorar (e alterar) o progresso da humanidade. Eles querem estar envolvidos, com o objetivo de afastar a humanidade da adoração de Deus e, ao invés, aproximá-la deles.

Um outro exemplo notável de sua interação conosco é encontrado em Gênesis 6:4 com a chegada dos "filhos de Deus". Esta passagem afirma que esses poderosos seres tiveram relações sexuais com mulheres e produziram uma super-raça conhecida como Nefilim. Existem semelhanças marcantes entre o relato bíblico e os relatos encontrados em outras culturas antigas. A mitologia grega, por exemplo, é cheia de relatos de Titãs e semideuses. Os escritos dos antigos sumérios mencionam a presença dos "Anunnaki" - deidades que vieram do céu para habitar na terra com os homens. Também é interessante notar que os "deuses" dos sumérios costumavam vir a eles sob a forma de cobras.

Esses relatos, vistos ao lado das coisas surpreendentes criadas pelo homem antigo, levam à teoria de que os demônios, na forma de seres de outro mundo, vieram à Terra em um ponto, trazendo sabedoria e conhecimento espetaculares para os homens e "se casando" com mulheres humanas em uma tentativa de afastar a humanidade de Deus. Vemos da experiência de Eva com a serpente que os demônios usarão a tentação da sabedoria superior para atiçar o homem e que ele, de fato, é muito suscetível.

Pode o fim dos tempos incluir um engano semelhante em que os demônios novamente se apresentam como extraterrestres? A Bíblia não aborda diretamente a questão, mas é certamente plausível por uma variedade de razões. Primeiro, a Bíblia nos diz que o mundo se unirá sob o poder do Anticristo. A fim de alcançar a unidade entre todas as religiões do mundo, faria sentido que o "líder" viesse de uma fonte externa e "não-partidária" - uma fonte extraterrestre. É difícil imaginar uma religião se tornando o cabeça de todas as outras, a menos que um conhecimento novo e sobrenatural fosse o seu apelo e o poder. Isso estaria de acordo com enganos passados e seria um meio eficaz de enganar um grande número de pessoas.

Em segundo lugar, este engano demoníaco poderia fornecer uma resposta para a questão das origens da terra. A teoria científica prevalecente de que a evolução da vida na Terra foi gerada espontaneamente ainda não tem resposta para os começos da vida. Mesmo se um "big bang" tivesse dado início ao universo, essa teoria ainda não explica o que o causou. Se "seres alienígenas" chegassem e dessem uma explicação extraterrestre para a vida na Terra, ela seria muito persuasiva.

Terceiro, demônios mascarados como visitantes alienígenas seriam capazes de enganar muitos com sinais e maravilhas. O Anticristo e o falso profeta realizarão milagres: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira" (2 Tessalonicenses 2:9, Apocalipse 13:3).

Dada toda a atenção que os extraterrestres recebem de vários meios de comunicação, seria uma tarefa fácil para os anfitriões demoníacos fazerem tal mentira. Tantos filmes, livros e programas de televisão tratam a existência de alienígenas como fato e fantasiam sobre outras visitas mundanas. Mais e mais pessoas acreditam que esses seres existem. Além disso, para cada filme de "alienígenas ruins", em que os invasores são hostis (como Guerra dos Mundos e Sinais), provavelmente existem dois filmes de "bons alienígenas" que apresentam visitantes de outros planetas como criaturas benignas e até úteis (ET, O Dia em que a Terra Parou, Encontros Imediatos do Terceiro Grau, O Homem de Aço, etc.).Tais filmes têm um efeito sobre a consciência pública. Não é que todos os filmes sobre alienígenas sejam ruins, mas, de acordo com a teoria em discussão, eles podem estar ajudando a moldar a opinião pública em preparação para o fim dos tempos. O caminho pode estar sendo pavimentado para uma farsa satânica de proporções globais.

Mesmo se os demônios tiverem tal plano em andamento, não devemos temer. Conhecemos a verdade, então não tememos a mentira. O Senhor disse que Ele não nos deixará nem nos abandonará e que Ele nos protegerá (Isaías 41:10, Mateus 10:31). Demônios/anjos não são onipotentes, nem são onipresentes. Além disso, Deus não nos escolheu para a ira (1 Tessalonicenses 5:9). Quando o Anticristo aparecer e o engano demoníaco se apoderar do mundo, acreditamos que a igreja já terá sido raptada. Confiamos no Senhor como Salvador, Redentor e Protetor de nossas almas (Salmo 9:10; 22:5). A verdade vence no final, e dizemos, com João: "Amém! Vem, Senhor Jesus!" (Apocalipse 22:20).

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#tbs_44 - "Quem ou o que é Abadom/Apoliom?"

O nome Abadom ou Apolioma parece em Apocalipse 9:11: "e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom." Em hebraico, Abadom significa "lugar de destruição". O título grego "Apoliom" literalmente significa "O Destruidor".

Em Apocalipse 8-9, João descreve um período durante os tempos finais quando os anjos tocarão sete trombetas, sinalizando a vinda de sete julgamentos diferentes sobre as pessoas da terra. Quando o quinto anjo tocar a sua trombeta, o Abismo (uma grande fornalha) se abrirá, e uma horda de "gafanhotos" demoníacos se levantará dela (Apocalipse 9:1-3). Essas criaturas terão o poder de torturar qualquer pessoa que não tenha o selo de Deus (versículo 4). A dor que infligirão será tão intensa que os sofredores desejarão morrer, mas a morte lhes será negada (versículo 6). Abadom/Apoliom é o governante do Abismo e o rei desses gafanhotos demoníacos.

Abadom/Apoliom é usado frequentemente como um outro nome para Satanás. No entanto, a Escritura parece distinguir Satanás de Apoliom. Encontramos Satanás mais tarde no Apocalipse, quando é aprisionado no Abismo por 1.000 anos (Apocalipse 20:1-3). Ele é então liberado para causar estragos na terra (versículos 7-8) e finalmente recebe a sua punição final e eterna (versículo 10). Abadom/Apoliom é provavelmente um dos subordinados de Satanás, um demônio destruidor e um dos "governantes", "autoridades" e "poderes" mencionados em Efésios 5:12.

A clássica alegoria de John Bunyan, O Peregrino, inclui uma cena memorável em que Cristão enfrenta um monstro demoníaco chamado Apoliom. Fiel ao seu nome, Apoliom quase destrói Cristão. O peregrino em sua armadura resiste ao ataque e empunha sua espada para repelir o demônio. O "Apoliom" de Bunyan é uma representação simbólica do nosso inimigo espiritual, mas a inspiração para o personagem é literal. O Abadom/Apoliom do Apocalipse é um ser real que um dia infligirá dor sobre as pessoas durante o julgamento de Deus.

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#tbs_43 - "O que Apocalipse capítulo 12 significa?"

Em Apocalipse capítulo 12, João vê uma visão de uma mulher "vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas" (Apocalipse 12:1). Observe a semelhança entre essa descrição e a descrição que José deu de seu pai Jacó (Israel) e sua mãe e seus filhos (Gênesis 37:9-11). As doze estrelas referem-se às doze tribos de Israel. Assim, a mulher em Apocalipse 12 é Israel.

Evidência adicional para essa interpretação é que Apocalipse 12:2-5 fala da mulher estando grávida e dando à luz. Embora seja verdade que Maria deu à luz Jesus, também é verdade que Jesus, o filho de Davi da tribo de Judá, veio de Israel. Em certo sentido, Israel deu à luz (gerou) Cristo Jesus. O versículo 5 diz que o filho da mulher era "um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono". Isso está claramente descrevendo Jesus. Jesus ascendeu ao céu (Atos 1:9-11), um dia vai estabelecer o Seu reino sobre a terra (Apocalipse 20:4-6) e reinará com juízo perfeito (a "vara de ferro", ver Salmo 2: 7-9).

A fuga da mulher para o deserto por 1.260 dias refere-se ao tempo futuro chamado de Grande Tribulação. Mil duzentos e sessenta dias são 42 meses (de 30 dias cada), o que é o mesmo que três anos e meio. Na metade do período da Tribulação, a Besta (o Anticristo) colocará uma imagem de si mesmo no templo que será construído em Jerusalém. Esta é a abominação de que Jesus falou em Mateus 24:15 e Marcos 13:14. Quando a Besta fizer isso, ela quebra o pacto de paz que havia feito com Israel e a nação tem de fugir por segurança – possivelmente à Petra (ver também Mateus 24; Daniel 9:27). Esta fuga dos judeus é retratada como a mulher fugindo ao deserto.

Apocalipse 12:12-17 fala de como o diabo vai fazer guerra contra Israel, tentando destruí-la (Satanás sabe que o seu tempo é curto, relativamente falando – ver Apocalipse 20:1-3, 10). Essa passagem também revela que Deus vai proteger Israel no deserto. Apocalipse 12:14 diz que Israel vai ser protegida contra o diabo por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” ("um tempo" = 1 ano; "tempos" = 2 anos; "metade de um tempo"= meio ano; em outras palavras, três anos e meio).

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#tbs_42 - "Será que vai haver uma segunda chance de salvação após o Arrebatamento?"

Alguns intérpretes da Bíblia acreditam que não haverá absolutamente nenhuma chance de salvação após o Arrebatamento. No entanto, não há nenhum lugar na Bíblia que diga ou sequer sugira isso. Haverá muitas pessoas vindo a Cristo durante a Tribulação. As 144.000 testemunhas judaicas (Apocalipse 7:4) são crentes judeus. Se ninguém puder vir a Cristo durante a Tribulação, então por que as pessoas estão sendo decapitadas por sua fé (Apocalipse 20:4)? Nenhuma passagem das Escrituras argumenta contra as pessoas terem uma chance de serem salvas após o Arrebatamento. Muitas passagens indicam o contrário. 

Uma outra ideia é que aqueles que ouvem e rejeitam o evangelho antes do Arrebatamento não podem ser salvos. Os salvos durante a Tribulação, então, são aqueles que nunca tinham ouvido o evangelho antes do Arrebatamento. O "texto de prova" para este ponto de vista é 2 Tessalonicenses 2:9-11, que diz que o Anticristo fará milagres para enganar "os que perecem" e que o próprio Deus vai enviar-lhes "a operação do erro" para confirmá-los em sua incredulidade . A razão dada é que "não receberam o amor da verdade para serem salvos" (v. 10). Com certeza aqueles que têm duros corações para o evangelho antes do Arrebatamento provavelmente permanecerão assim. E o Anticristo enganará a muitos (Mateus 24:5). Entretanto, aqueles que "não receberam o amor da verdade" não se referem necessariamente a pessoas que ouviram o evangelho antes do Arrebatamento. Pode ser qualquer um que rejeite totalmente a salvação de Deus, a qualquer momento. Assim, não há nenhuma evidência clara das escrituras para apoiar este ponto de vista.

Apocalipse 6:9-11 fala daqueles martirizados durante a tribulação "por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram". Estes mártires corretamente interpretarão o que veem durante a Tribulação, crerão eles mesmos no evangelho e chamarão outras pessoas ao arrependimento e a crer também. O Anticristo e seus seguidores não vão tolerar o seu evangelismo e irão matá-los. Todos esses mártires são pessoas que estavam vivas antes do Arrebatamento, mas que não se converteram até depois. Portanto, deve haver uma oportunidade para vir a Cristo em fé após o Arrebatamento.

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#tbs_41 - "O que significam as sete igrejas do Apocalipse?"

As sete igrejas descritas em Apocalipse 2-3 são sete igrejas literais no momento em que João, o apóstolo, estava escrevendo Apocalipse. Embora fossem igrejas literais naquele tempo, há também um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje. O primeiro objetivo das cartas era de se comunicar com as igrejas literais e satisfazer as suas necessidades naquele momento. O segundo propósito era de revelar sete tipos diferentes de indivíduos/igrejas ao longo da história e instruí-los na verdade de Deus.

Um possível terceiro propósito é usar as sete igrejas para prenunciar sete diferentes períodos da história da Igreja. O problema com essa visão é que cada uma das sete igrejas descreve problemas que poderiam existir na Igreja em qualquer momento de sua história. Assim, embora possa haver alguma verdade com as sete igrejas representando sete eras, há especulação demais a esse respeito. Nosso foco deve estar na mensagem que Deus está nos dando através das sete igrejas. As sete igrejas são

(1) Éfeso (Apocalipse 2:1-7) - a igreja que havia abandonado o seu primeiro amor (2:4).

(2) Esmirna (Apocalipse 2:8-11) - a igreja que sofreria perseguição (2:10).

(3) Pérgamo (Apocalipse 2:12-17) - a igreja que precisava se arrepender (2:16).

(4) Tiatira (Apocalipse 2:18-29) - a igreja que tinha uma falsa profetisa (2:20).

(5) Sardes (Apocalipse 3:1-6) - a igreja que tinha adormecido (3:2).

(6) Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) - a igreja que tinha sofrido pacientemente (3:10).

(7) Laodiceia (Apocalipse 3:14-22) - a igreja com a fé morna (3:16).

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#tbs_40 - "Sobrevivendo o fim dos tempos - o que preciso saber?"

Muitas vezes as pessoas sentem ansiedade quando pensam sobre o futuro, mas não tem que ser assim. Para aqueles que conhecem a Deus, os pensamentos sobre o futuro trazem expectativa e conforto. Por exemplo, descrevendo uma mulher que conhece e confia em Deus, Provérbios 31:25 diz: "Ri-se do tempo vindouro."

Dois pensamentos fundamentais para mantermos em mente sobre o futuro são, em primeiro lugar, que Deus é soberano e está no controle de tudo. Ele conhece o futuro e controla absolutamente o que vai acontecer. A Bíblia diz: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; chamando do oriente uma ave de rapina, e dum país remoto o homem do meu conselho; sim, eu o disse, e eu o cumprirei; formei esse propósito, e também o executarei" (Isaías 46:9-11, ênfase adicionada).

A segunda coisa a lembrar-se sobre o futuro é que a Bíblia descreve o que vai ocorrer no "fim dos tempos" ou "últimos dias". Porque a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, e porque Deus sabe e controla o futuro (como Isaías diz acima), então é lógico que quando a Bíblia fala sobre o que vai ocorrer no futuro, podemos acreditar. Quanto a previsões sobre o futuro, a Bíblia diz: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Esta verdade é evidente no fato de que, ao contrário das falsas profecias feitas em outras religiões ou por indivíduos como Nostradamus, a Bíblia nenhuma vez tem estado errada - cada vez que a Bíblia previu um futuro evento, aconteceu exatamente como a Escritura disse que aconteceria.

Ao considerar como entender e sobreviver no fim dos tempos, responda a estas três perguntas:

1. Como devo interpretar o que a Bíblia diz sobre o futuro (profecia bíblica)?

2. O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?

3. Como deve o que a Bíblia diz sobre o futuro afetar a maneira em que vivo hoje?

Como Interpretar a Profecia Bíblica
Há uma série de pontos de vista sobre quais métodos devem ser usados quando se interpreta passagens sobre o fim dos tempos. Embora haja pessoas boas defendendo crenças diferentes, há boas razões para acreditar que a profecia bíblica deva ser interpretada (1) literalmente, (2) com uma visão futurista, e (3) em uma maneira chamada "pré-milenista". Incentivando uma interpretação literal é o fato de que existem mais de 300 profecias que dizem respeito à primeira vinda de Cristo, todas as quais foram literalmente cumpridas. As previsões em torno do nascimento, da vida, da traição, da morte e da ressurreição do Messias não foram cumpridas alegoricamente ou de uma maneira espiritual. Jesus literalmente nasceu em Belém, realizou milagres, foi traído por um amigo por 30 moedas de prata, foi perfurado em Suas mãos e pés, morreu com os ladrões, foi enterrado no túmulo de um homem rico e ressuscitou três dias depois de Sua morte. Todos estes detalhes foram previstos centenas de anos antes de Jesus nascer e foram literalmente cumpridos. Além disso, embora haja um simbolismo usado em várias profecias (por exemplo, dragões, cavaleiros, etc.), ele retrata seres ou eventos literais, muito semelhante à forma em que Jesus é retratado como um leão e um cordeiro.

Quanto a uma visão futurista, a Bíblia diz claramente que livros proféticos como Daniel e Apocalipse contêm não apenas narrativas de eventos históricos, mas também previsões de eventos futuros. Depois que João recebeu as suas mensagens para as igrejas de sua época, ele recebeu visões sobre o que iria ocorrer no fim dos tempos. João escutou: "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer" (Apocalipse 4:1, ênfase adicionada).

Talvez um argumento ainda mais forte para uma visão futurista envolva as promessas que Deus fez a Abraão (em Gênesis 12 e 15) sobre a terra de Israel. Já que a aliança de Deus com Abraão foi incondicional e Suas promessas ainda não foram cumpridas aos descendentes de Abraão, então uma visão futurista das promessas feitas a Israel é justificada.

Por fim, no que diz respeito à profecia sendo interpretada de uma maneira "pré-milenista", isso significa que, em primeiro lugar, a Igreja será arrebatada, então o mundo irá passar por um período de sete anos de Tribulação e então Jesus Cristo voltará para reinar sobre a terra por 1.000 anos literais (Apocalipse 20).

Mas o que a Bíblia diz que acontecerá antes disso?

O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?
Infelizmente, a Bíblia prediz uma série de catástrofes, pecado humano e apostasia religiosa antes da volta de Cristo. Paulo escreve: "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos... Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Timóteo 3:1, 13). O mundo vai continuar a rejeitar a Deus, Sua Palavra e o Seu povo.

Algum dia no futuro - ninguém sabe quando - Deus usará um evento conhecido como Arrebatamento para acabar com a Era da Igreja que começou no primeiro século no dia de Pentecostes (ver Atos 2). Naquele dia, Deus removerá todos os crentes em Cristo da terra em preparação para os seus juízos finais. Do Arrebatamento, Paulo diz: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:14-18).

A erosão da paz e o aumento dos tumultos que antecedem o Arrebatamento atingirão proporções épicas quando um número incontável de pessoas desaparecerem da face da terra. Tal evento vai causar pânico e demandas por um líder forte que terá respostas para todos os problemas do mundo. A preparação para este líder tem estado em andamento por algum tempo, assim como o historiador Arnold Toynbee observou: "Ao forçar à humanidade mais e mais armas letais, e ao mesmo tempo tornando o mundo cada vez mais interdependente economicamente, a tecnologia tem trazido a humanidade a tal grau de sofrimento que estamos prontos para o endeusamento de qualquer novo César que tenha êxito em dar ao mundo a unidade e a paz." De um Império Romano restaurado, um organizado de um círculo eleitoral de dez nações europeias (ver Daniel 7:24, Apocalipse 13:1), o Anticristo aparecerá e assinará um pacto com a nação de Israel, o que começará oficialmente a profética contagem regressiva de Deus de sete anos à segunda vinda de Cristo (ver Daniel 9:27).

Por três anos e meio, o Anticristo vai reinar sobre a terra e prometer paz, mas é uma falsa paz que servirá como armadilha aos povos da terra. A Bíblia diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3). Guerras, terremotos e fomes vão escalar (ver Mateus 24:7) até o fim do reinado de três anos e meio do Anticristo, quando ele vai entrar em um templo reconstruído em Jerusalém, proclamar-se Deus e exigir adoração (ver 2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15). É nesse ponto que o verdadeiro Deus responde ao desafio. Por mais três anos e meio, uma grande tribulação ocorrerá, tal como nunca antes existiu. Jesus predisse: "porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mateus 24:21-22).

Uma perda incalculável de vidas e destruição da terra ocorrerão durante a Grande Tribulação. Além disso, um grande número de pessoas colocará sua fé em Cristo, mas muitos irão fazê-lo ao custo de suas vidas. Deus ainda estará no controle enquanto agrupa os exércitos infiéis do mundo a fim de julgá-los. Desse evento, o profeta Joel escreveu: "congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra" (Joel 3:2). João registra a batalha desta maneira: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso... E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:13-16).

Neste ponto, o Messias Jesus vai voltar, destruir os Seus inimigos e reivindicar o mundo que é seu por direito. "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles" (Apocalipse 19:11-21).

Depois que Cristo derrotar todos os exércitos reunidos no vale do Armagedom, Ele vai reinar com os Seus santos por mil anos e totalmente restaurar Israel à sua terra. No final de mil anos, um juízo final das nações e toda a humanidade restante irá ocorrer, o qual é seguido por um estado eterno: na presença de Deus ou separado de Deus (ver Apocalipse 20-21).

Os eventos acima não são especulações ou possibilidades - são exatamente o que acontecerá no futuro. Assim como todas as profecias bíblicas da primeira vinda de Cristo se tornaram realidade, também irão as profecias bíblicas da Sua segunda vinda.

Dada a veracidade dessas profecias, qual o impacto que devem ter sobre nós agora? Pedro faz esta pergunta: "Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pedro 3:11-12).

O Efeito da Profecia Bíblica sobre Nós Hoje
Há quatro respostas que devemos ter quanto à profecia bíblica. A primeira é obediência, e é sobre isso que Pedro fala nos versículos acima. Jesus continuamente nos diz para estarmos prontos para a Sua vinda, a qual pode acontecer a qualquer momento (ver Marcos 13:33-37), e para vivermos de tal maneira que não tenhamos vergonha do nosso comportamento.

A segunda resposta é adoração. Deus providenciou uma maneira de escaparmos dos julgamentos do fim dos tempos – através do dom gratuito de salvação oferecido por Jesus Cristo. Devemos ter a certeza de que recebemos a Sua salvação e de que temos uma atitude de gratidão diante dEle. A nossa adoração na terra vai um dia se tornar adoração no céu: "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação" (Apocalipse 5:9).

A terceira resposta é proclamação. A mensagem da salvação de Deus e a verdade da Sua segunda vinda precisam ser proclamadas para todos ouvirem, especialmente para aqueles que ainda não creem. Devemos dar a todos a chance de voltarem-se para Deus e serem salvos da Sua ira vindoura. Apocalipse 22:10 diz: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo."

A última resposta à Palavra profética de Deus é serviço. Todos os crentes devem ser diligentes em realizarem a vontade de Deus e executarem boas obras. Parte dos julgamentos de Cristo será das obras realizadas pelos crentes. Elas não determinam a aceitação de um cristão ao céu, mas mostram o que cada crente fez com os dons que lhes foram dados por Deus. Paulo diz desse julgamento: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (2 Coríntios 5:10).

Em suma, Deus é soberano sobre todos os eventos e pessoas do mundo. Ele está firmemente no controle de tudo e vai trazer um final perfeito a tudo o que Ele começou. Uma velha canção cristã explica assim: "Tudo é criação de Deus ... Modelado por uma mão ... Satanás e Salvação ... sob um comando."

Profecias cumpridas são uma prova de que a Bíblia é um livro sobrenatural. Centenas de profecias do Antigo Testamento já se cumpriram, e é razoável concluir que o que ela diz sobre o fim dos tempos será cumprido também. Para aqueles que conhecem a Jesus e têm confiado nEle como o seu Senhor e Salvador, a Sua vinda será a sua bem-aventurada esperança (ver Tito 2:13). Entretanto, para aqueles que rejeitaram a Cristo, Ele será o seu terror santo (ver 2 Tessalonicenses 1:8). Em resumo, para sobreviver o fim dos tempos, certifique-se de que você é um crente em Cristo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9).

Gotq