quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

9. O que os sistemas filosóficos do mundo falam sobre o destino do homem?

A. Ateísmo.Não há Deus. Humanos não foram criados, mas evoluíram lentamente por um grande período de tempo, por meio de átomos sem vida que, de alguma maneira, organizaram-se e transformaram-se nas formas de vida que conhecemos hoje. Sendo assim, tudo acaba nessa vida. Abaixo, os comentários de um advogado, filósofo, escritor e cientista refletem a frustração, o desamparo e o completo desespero do ateísmo:1. Robert G. Ingersoll era o ateísta mais famoso da sua época. Ele disse essas palavras no funeral do seu irmão.“Pois, seja em mar aberto ou nas ondas da praia mais distante, o naufrágio será a última marca do fim de todos. E toda vida irá, mesmo que todas as suas horas tivessem sido ricas em amor e todo momento coroado pela alegria, no fim, tornar-se uma tragédia, triste e profunda e tão sombria quanto se pode tecer no tear do mistério e da morte. A vida é um vale estreito entre os picos inférteis e frios de duas eternidades. Em vão, tentamos olhar para além das alturas. Clamamos alto e a única resposta é o eco de nosso choro. Dos lábios mudos dos mortos que não respondem, não vêm palavra”.2. Bertrand Russel.“A vida do homem é uma longa marcha pela noite, cercada de inimigos invisíveis, torturada pelo cansaço e pela dor, em direção a um objetivo que poucos podem esperar alcançar e onde ninguém ficará por muito tempo.”3. Mark Twain.“Uma miríade de homens nasce. Eles lutam uns contra os outros por pequenas vantagens. A idade arrasta-se sobre eles e enfermidades seguem-nos. A vergonha e a humilhação derrubam seus orgulhos e suas vaidades. Aqueles que amam são tirados deles e a alegria da vida transforma-se em doloroso sofrimento. O fardo da dor, a preocupação, a tristeza, tornam-se mais pesados ano após ano”.“Ao longo do tempo, a ambição morre, o orgulho morre, a vaidade morre. O desejo pela libertação toma o lugar deles. Por fim, chega - o único presente salubre que a terra já lhes deu - e eles desaparecem de um mundo onde não deixaram conseqüências, onde não deixaram sinal de que existiram - um mundo que irá lamentar por eles durante um dia e esquecê-los para sempre”.4. Teller.“Conforme o sol perde o peso de mais de quatro milhões de toneladas por segundo, sua força gravitacional está diminuindo rapidamente, e estamos,
a cada ano, em um curso espiral que aumenta cada vez mais, rumo ao colossal abismo adiante. Mesmo não havendo perigo imediato de sermos varridos para o esquecimento, chegará o tempo em que todas as coisas terrestres serão condenadas a perecer, quando a terra estiver fria demais para ter vida e os melhores pensamentos humanos serão perdidos para sempre. Então a nossa terra, como todo o resto, terá se juntado aos bilhões de globos sem vida.”B. Nirvana.O nirvana é uma filosofia oriental hindu e budista (que, em certos períodos da história, tem afetado o pensamento cristão), a qual ensina que, na morte, toda a existência pessoal do homem cessa e é absorvida por um grande princípio que dá vida ao universo. De acordo com esse pensamento, o homem, enquanto viver, pode ser representado por uma pequena onda passando sobre um poderoso oceano. Mas, quando o vento para (o momento da morte), a onda é, então, recebida de volta pelo oceano de onde veio e perde, para sempre, a identidade anterior. Mateus 17.3 está entre os muitos versículos bíblicos que refutam o nirvana.Aqui, vemos Moisés e Elias reaparecendo a Pedro, Tiago e João no monte da Transfiguração. Isso aconteceu, obviamente, muito tempo depois de terem morrido e prova que a ausência nesta terra não significa a extinção da personalidade (veja também 1 Co 15.12-20,42-49).C. Universalismo.O universalismo é a suposição de que a maior parte da humanidade, se não toda, irá para o céu:Nem todos que se chamam (ou são chamados pelos outros) de universalistas, necessariamente, supõem que não exista inferno (pois pode existir um inferno temporário para alguns) ou que o número total de pessoas no céu será igual ao número de humanos e de anjos que foram criados no início (pois alguns anjos e humanos podem ser aniquilados). O que o universalismo exige é que, de eternidade a eternidade, nãohaja pessoas no inferno ou não incluídas no reino do céu. (TOON, Peter. Heaven and Hell. p. 183)Jon Braun identifica duas suposições filosóficas nas quais o universalismo é baseado:A primeira é que o amor de Deus é tão perfeitamente bom e perfeitamente soberano que não é possível que Ele sofra a derrota de permitir que uma de Suas criaturas acabe sendo punida eternamente. Isso poderia significar, segundo ele, que há algo mais poderoso que o amor de Deus. A segunda suposição tem a ver com o livre arbítrio do homem. Despido de toda a linguagem filosófica sofisticada, isso se resume ao argumento de que, se o homem está na encruzilhada com apenas duas opiniões, uma levando ao céu e a outra ao tormento eterno, ele não tem livre arbítrio de verdade. (Whatever Happened to Hell?. p. 42) Orígenes da Alexandria, na verdade, ensinou que até Satanás iria se reconciliar com Deus um dia. Além de seu grave erro em relação ao universalismo, Orígenes também era o pai do arianismo, o qual negava a deidade dejesus Cristo. Seu ensinamento sobre as duas questões foi condenado severamente no concilio de Constanti- nopla em 543 d.C.1. O argumento do universalismo analisado (Jo 12.32; At 3.20,21; Rm 5.18;1 Co 15.22; Ef 1.10; Fp 2.10,11).2. O argumento do universalismo refutado.a. Primeiro, a esperança de Orígenes para a salvação final de Satanás não será realizada definitivamente. Na verdade, será o contrário. Satanás, juntamente com o anticristo e com o falso profeta, sofrerá o julgamento do inferno eterno (Ap20.10).b. Segundo, devemos perceber que a Bíblia usa, com frequência, a palavra todo em um sentido restrito, como uma referência a todos de uma categoria, em vez de todos sem exceção - os exemplos são muitos.
Mateus diz-nos que toda a Judeia foi ouvir João Batista (3.5,6). Lucas registra que um decreto foi feito para que todo o mundo se alistasse (2.1). E os discípulos de João Batista queixaram-se de que todo homem estava seguindo Cristo. Nas passagens escritas por Paulo, está claro que todos os que estão em Adão morrem, enquanto todos os que estão em Cristo têm vida. O todo tem limitações agregadas a ele de acordo com o contexto. (LUTZER, Erwin. Corning to Grips with Hell. Moody, 1990. p. 14)c. Terceiro, a passagem em Filipenses não ensina que todos aceitarão Cristo como salvador, mas que todos irão reconhecê-lo como soberano um dia (Ap 5.13).Essa confissão da criatura sobre o seu criador inclui também o mundo dos demônios (Mc 1.23,24).D. Reencarnação.Essa é a crença na transmigração ou no renascimento da alma, a qual tem sido fundamental para a maior parte das religiões e das filosofias da índia. Se alguém semeia nesta vida, colherá na próxima. Boas obras resultam em um bom estado de nascimento, e ações más, em um mal estado de nascimento. Dessa forma, o estado de vida de alguém não é visto como algo acidental ou sem sentido, mas, para o bem ou para o mal, o resultado dos efeitos de uma existência anterior predetermina um estado futuro. Essa teoria não tem qualquer respaldo bíblico.E. Restauracionismo.Essa é a crença em que, em uma vida futura, todos receberão uma segunda chance de escolher Deus, algo que não fizeram nesta vida.1. Os motivos desta posição.Restauracionistas usam várias partes das Escrituras para “provar” sua visão (1 Tm 2.3,4; 4.10; 1 Pe 3.18,19). Entretanto, uma rápida olhada no contexto desses versículos mostra quetodos os “restaurados”, aqui, são os que aceitaram Cristo como salvador. A passagem em 1 Pedro tem sido objeto de certa controvérsia, mas em qualquer caso, ela não ensina restauracionismo. No versículo 19, o verbo pregou, em grego, não se refere à pregação do evangelho.2. A rejeição dessa posição.O restauracionismo também se contradiz com alguns versículos bíblicos (Pv 29.1; Mt 7.22,23; 12.32; Lc 16.26; Ap 22.11,18,19). Se esses versículos ensinam alguma coisa, eles declaram veementemente que, no momento da morte, não existe chance alguma de salvação para o não salvo. Podemos ficar tentados a discutir com Deus o porquê da questão, mas não o quê da questão.F. Condicionalismo.Erwin Lutzer compara isso à aniquila- ção:Esse ensinamento afirma que nem todos serão salvos, mas tampouco alguém estará consciente do tormento para sempre. Deus ressuscita os ímpios para julgá-los, os quais, depois, são jogados no fogo e consumidos. Os justos recebem vida eterna enquanto os descrentes recebem morte eterna. O inferno é aniquilação. (Corning to Grips with Hell. p.15)Essa falsa doutrina será avaliada com mais detalhes na discussão sobre aniquilação. De certa forma, o condicionalismo é uma heresia ainda maior do que a do universalismo ou do restauracionismo, pois ensina que todos os seres humanos foram criados originalmente sem almas imortais, algo que é claramente refutado nas Escrituras (Dn 12.2). Na passagem, está escrito que os salvos e os perdidos são eternos.G. Aniquilacionismo.Essa teoria, aceita pelas testemunhas de Jeová e também por muitos outros grupos, ensina que todos os ímpios serão descriados ou aniquilados por Deus um dia. Harold Bryson traça algumas variações dessa visão:O aniquilacionismo é expresso de várias formas. Uma delas é que, na morte, todos os não salvos deixam de existir. Outra forma alega que a aniquilação não ocorre imediatamente. De acordo com essa variação, os não salvos permanecem no inferno em um estado consciente até o dia do julgamento. Após o julgamento, eles deixam de existir. Essa forma de aniquila- cionismo permite que haja tempo de sofrimento suficiente para cumprir a penalidade total dos pecados. (Yes, Virgínia, There Is a Hell. p. 39)Peter Toon cita um atual defensor dos aniquilacionismo:Já nos referimos a essa posição aceita neste século pelos principais escritores anglicanos. Mais recentemente, Brian Heb- blethwaite escreveu:Se as criaturas podem rebelar-se contra o solo sagrado do seu ser em um nível que as tornem completamente incapazes de serem remidas, não há sentido em Deus man- tê-las existindo para sempre nesse estado eterno de privação. E muito mais plausível supor que a linguagem da condenação e da perda eterna seja uma figura de linguagem criada para causar a incrível possibilidade de um homem perder, por meio de suas ações e atitudes, o direito ao destino eterno e tornar-se incapaz de ser levado ao amor e à vida de Deus. Mas, se essa terrível possibilidade cumprir-se, deve significar que o perdido traz a própria aniquilação e desaparece da existência em vez de ser ressuscitado para sempre e colocado em um estado de condenação eterna. A pura falta de sentido desse estado de poder continuar para sempre mostra, claramente, que a imortalidade condicional é moral e religiosamente mais plausível do que a punição eterna.Mas, ele não quer realmente acreditar em aniquilação, pois prossegue:Há pessoas que gostariam de ser capazes de esperar que até mesmo a possibilidade de perda eterna, no sentido de aniquilação, nunca seja realizada de fato. Supor que haja um tempo em que o Deus de amor, o qual chegou ao ponto de crucificar Jesus para ganhar o amor dos homens, tem de excluir uma pessoa criada como alguém absolutamente irredimível, é uma conclusão difícil para o cristão.Na verdade, ele quer acreditar em uma segunda chance após a morte, em um processo que é como um purgatório para todos (batizados e não batizados, igualmente). Ele diz:Assim que nos livramos da antiga ideia de que as oportunidades de arrepender-se e de responder ao amor de Deus estão restritas a uma única vida na terra, é melhor esperarmos que o amor paciente e o autos- sacrifício de Deus, no final, prevalecerão acima do pecador mais rebelde. Em outras palavras, a noção de imortalidade condicional faz mais sentido em conjunto com a antiga ideia da finalidade da morte. (Hea- ven and Hell. p. 186,187)Recentemente, alguns estudiosos evangélicos foram para o lado da aniquilação. Dentre eles, Clark Pinnock e Edward Fudge.Erwin Lutzer parafraseia a posição de Pinnock:Clark Pinnock, da Universidade Mc- Master em Toronto, Canadá, pergunta como alguém é capaz de imaginar, por um momento, que o Deus que deu o Seu Filho para morrer na cruz “instalaria uma câmara de tortura em algum lugar, na nova criação, para submeter à dor eterna os que o rejeitam?”. Ele observa que é difícil defender o cristianismo diante do problema do mal e do sofrimento sem ter de explicar o inferno também.Pinnock acredita que o fogo de Deus consome os perdidos. Portanto, Deus não cria os ímpios para torturá-los, mas para declarar julgamento sobre eles e condená- -los à extinção, que é a segunda morte. A punição eterna, de acordo com Pinnock, significa que Deus sentencia os perdidos para a morte final e definitiva. (Corning to Grips with Hell. p. 16)Jon Braun esboça e critica o argumento de Fudge:Um artigo de 1976 do Christianity Today, intitulado “Colocando o inferno no seu lugar”, oferece um exemplo típico de uma versão suave do inferno. Nele, o autor Edward Fudge aborda perigosamente o ensinamento bíblico do tamanho e da extensão da punição eterna.

[...] Ele faz uma tentativa incrivelmente superficial de demonstrar por que devemos falar dos tormentos do inferno como coisas aiônicas ou nova era, em vez de eterno ou perpétuo.Em nossas versões comuns, essa palavra [aionos, a palavra grega para eterno] é geralmente traduzida como perpétuo ou eterno. Uma tradução melhor, provavelmente, seria a transliteração “aiônico” ou “nova era”. Aionos designa uma qualidade da Era que está por vir.De repente, a palavra aionos não significa realmente perpétuo ou eterno. Agora, é uma qualidade - na terra, no céu ou no inferno.[...]Aqui, temos a punição - punição que expressa ira e justiça. Lá, temos a vida. Ambos os termos são ricos em significado para os habitantes da Era atual. Mas, ambos são qualificados pela mesma palavra: aiônico. A punição e a vida são de uma qualidade pertencente à Era que está por vir, e pode finalmente ser descrita por aiônico.Não é possível! Esse malabarismo arbitrário com as palavras foi longe o suficiente. Vida aiônica é vida eterna, não é uma qualidade de duração desconhecida, e punição aiônica, finalmente, pode ser descrita somente por eterno. [...] No Novo testamento, essas palavras referem-se a um período eterno de tempo, não a uma qualidade. [...] A insípida conclusão do artigo é chocante. [...]O inferno é uma retratação do Novo Testamento, apresentando o destino dos não salvos. Mas, como vimos, não é a única: não é nem mesmo a principal. Nem é a definitiva. ('Whatever Happened to Hellf. p. 96,97 [os grifos em itálico são meus])Os que acreditam em aniquilacionismo tentam reforçar as bases de suas alegações citando certos versículos bíblicos em Salmos (SI 37.9; 145.20).Entretanto, é importante observar que a mesma palavra grega, karath, traduzida como desarraigados no Salmo 37.9, também é usada em referência à crucificação do Messias conforme a profecia de Daniel9.26. Cristo certamente não foi aniquilado no Calvário. No Salmo 145.20, a palavra hebraica idêntica, traduzida como destruído, é usada para descrever a punição do Egito (Êx 10.7) e Israel (Os 13.9), e nenhuma das duas foi aniquilada.Quanto ao Novo Testamento, aniquili- nacionistas tentaram mostrar que, independentemente das palavras eterno e perpétuo estarem ligadas a palavras de ação, elas referem-se ao resultado da ação, não à ação em si. Por exemplo, a frase julgamento eterno não significa que a duração do julgamento, em si, será eterna, mas que as conseqüências dele serão. Redenção eterna não significa que o ato de Cristo continua eternamente, embora as conseqüências continuem.Erwin Lutzer, entretanto, logo refuta essa alegação:A palavra grega apollumi é usada em passagens como Mateus 9.17; Lucas 15.4 e João 6.12,17. Em nenhuma dessas ocorrências ela significa passar da existência. Morey escreve: “Não há uma única situação no Novo Testamento em que apollumi significa aniquilação no sentido específico da palavra”. O léxico Inglês-Grego de Thayer define-a como ser liberto da tristeza eterna. (Corning to Grips with Hell. p. 18)H. Nova Era.A filosofia da Nova Era é baseada nas seguintes ideias hinduístas antigas:Monismo - Tudo é um. Há uma unidade essencial a tudo no universo.Panteísmo - Tudo é deus. O universo é deus. Então, cada parte do universo, visível e invisível, é uma parte de deus.Maya - Tudo é uma ilusão. A mente pode manipular a realidade, então, o que é percebido não tem outra realidade senão a que é dada pela mente.Outro conceito hindu, a reencarnação, envolve a eliminação do carma de alguém- pagando pelas más ações - por meio do renascimento em uma sucessão de vidas.Na morte, as reencarnações humanas ocorrem até que a pessoa alcance a unidade com Deus. Não existe, então, vida eterna como uma pessoa ressurreta. Isso significa que não existe céu ou inferno literalmente. A atriz Shirley MacLaine foi a defensora mais famosa do movimento na última parte do século 20. Aqui, temos uma de suas afirmações:Almas individuais separam-se da vibração superior no processo de criar várias formas de vida. Seduzidas pela beleza da própria criação, elas ficam presas no físico, perdendo a conexão com a luz divina. (MACLAINE, Shirley. Dancing in the Li- ght. p. 354)I. Espiritismo.O espiritismo alega que, após a vida na terra, a vida continua no mundo espiritual, onde o espírito da pessoa pode progredir de um nível para outro. O céu e o inferno são meramente estados mentais.

8. O que as seitas falam sobre o destino do homem?

A. Testemunhas de Jeová.As testemunhas de Jeová acreditam que o homem é criação de Jeová, mas negam que o homem foi criado à imagem de Deus com uma alma imortal. Na teologia da Torre de Vigia, o corpo é a alma. O homem consiste em um corpo mortal (a alma) e em uma energia de vida mortal que a ativa (o espírito ou o fôlego, ou a “energia vital”). Para as testemunhas de Jeová, o diabo é o autor da ideia de alma eterna, e é o autor de toda a doutrina cristã.Se ninguém tem espírito imortal, não se pode estar sujeito à punição eterna. Novamente, a alma é o corpo e o espírito é apenas o fôlego, então, quando o corpo morre, a pessoa é extinta. (Isso explica porque as testemunhas de Jeová acreditam em recriação em vez de ressurreição). Como conseqüência, as testemunhas de Jeová negam o ensinamento bíblico de que a morte é uma forma de separação de Deus. Eles preferem uma interpretação materialista de aniqui- lação total ou extinção. A doutrina do inferno é considerada um ensinamento satânico. A aniquilação é o único julgamento divino, ou “punição”, para o pecado.[...]No final, há três possibilidades básicas para o estado futuro após a morte.

Recriação como espírito no céu (imortalidade como um dos 144 mil eleitos).Recriação para uma futura vida física, geral e probatória, na terra, por mil anos.Dependendo do resultado desta vida e de suas provações, haverá resultados de vida eterna sobre a terra ou extinção eterna. (Encyclopedia ofCults and New Religions. p. 156,157)B. Mórmons.Morte. O mormonismo ensina que a salvação é possível após a morte física. A maior parte das pessoas, aparentemente, vai para uma área de espera e, depois, é alocada em um dos três reinos principais onde existem oportunidades de desenvolvimento, para um reino superior possivelmente, pelo menos de acordo com algumas autoridades.Céu e Inferno. Há três reinos principais no céu. O céu celestial é o mais alto e, abaixo, estão o céu terrestrial e telestial. Eles formam vários “graus de glória” e privilégio. A entrada pessoal é baseada no mérito do indivíduo nesta vida, que é baseado no método individual na preexistência. No sentido mais importante, o céu é formado por, apenas, três departamentos no reino mais alto, o celestial. Além disso, a salvação verdadeira (exaltação ou deidade) é encontrada somente por aqueles dignos de receber acesso à parte mais alta do reino celestial. O inferno não é eterno, mas um purgatório temporal. A maioria dos que foram para lá, na punição, pagarão a penalidade pelos seus pecados, serão ressuscitados após o milênio e herdarão um “grau de glória”. A única categoria de pessoa que parece herdar o inferno eterno, literalmente, são os “filhos da perdição”, compostos principalmente por poucos apóstatas mórmons (mórmons que negam a fé) e provavelmente por alguns adúlteros ou assassinos.O mormonismo é quase universalista, ensinando que todos são salvos, exceto alguns poucos filhos da perdição. Alguns mórmons ensinam que até eles serão salvos (Ibid., p. 276).C. Igreja da Unificação.Na teologia da Igreja da Unificação, a existência da morte era parte do propósito original de Deus na criação. “Deus criou o homem para envelhecer e tornar-se pó; isso iria ocorrer mesmo que o homem não tivesse caído. Portanto, quando Adão morreu com a idade bíblica de 930 anos e tornou-se pó, essa não foi a morte causada pela queda” (cf. Rm 5.12) (Ibid., p. 482). Sun Myung Moon ensina que todos serão salvos no fim, até o diabo e seus demônios. Ele também nega o inferno bíblico, substituindo-o pelo conceito do purgatório temporário.Portanto, após a morte, a pessoa vai para o mundo dos espíritos. Não existe ressurreição. Seus membros avançam, convencendo outras pessoas a seguir Sun Myung Moon. Todos serão salvos, até mesmo Satanás.D. Ciência cristã.Temos, aqui, algumas citações de várias fontes da ciência cristã:O inferno é “crença mortal, erro, luxú- ria, remorso, ódio, vingança, pecado, doença, morte [...] que opera abominação ou arrisca uma mentira”. (Science and Health with Key to the Scriptures [SH], 588.1-4)Nenhum julgamento final está à espera dos mortais, pois o dia do julgamento da sabedoria ocorre toda hora e continuamente (SH, 291.28,29).O pecado cria o próprio inferno e a bondade, o próprio céu (SH, 196.18,19).A morte é uma ilusão, a mentira da vida na matéria. O irreal e a inverdade (SH,584.9,10).O corpo não é capaz de morrer, pois a matéria não tem vida para dar (SH,426.30,31).A salvação universal está na progressão e na provação (SH, 291.12).Se o homem não progredir após a morte, mas permanecer no erro, certamente será autoaniquilado (Misc. Writings. p. 2, tradução livre).Portanto, em essência, a morte não é real. O céu e o inferno são estados mentais. O caminho para alcançar o céu é alcançar a harmonia (unidade com Deus).
E. Escola de Cristianismo Prático (Igreja da Unidade).Assim como não há Salvador, expiação nem pecado na igreja da Unidade, não há morte: não há necessidade de nenhum estado ou condição chamado morte. A palavra morte é a negação da ideia que Deus tem de vida.Morte. A morte é mais uma ilusão que os membros da Unidade acreditam poder evitar. Todos morrem, mas a Unidade ensina que a morte é desnecessária. Se os seus membros exercerem a prerrogativa divina, poderão viver para sempre.Céu e Inferno. Considerando a nossa discussão até agora, não é de se surpreender que a Unidade nega o céu e o inferno, considerando-os lugares distantes e externos ao homem. De acordo com a Unidade, na morte, os cinco componentes principais do homem (espírito, alma, intelecto, consciência e corpo) separam-se um do outro e vão para seus respectivos estados até que uma nova encarnação aconteça: “Quando o corpo é destruído, [...] eles se separam e cada um vai para o próprio estado de consciência. O ego espiritual retorna à essência original no seio do Pai. A alma dorme até a próxima encarnação. O corpo e a consciência são presos à terra e, na hora certa, serão desintegrados”. (.Encyclopedia of Cults and New Reli- gions. p. 560)

7. O que as maiores religiões falam sobre o destino do homem?

A. Islã.No último dia, todo homem prestará contas pelo que fez e sua existência eterna será determinada com base nisso: “Nós registramos o destino de todo ser humano; é amarrado ao pescoço dele, e no último dia será colocado diante dele um livro aberto” (17.13).Os muçulmanos reconhecem que indivíduos específicos receberam habilidades específicas e vários graus de perspectivas da verdade. Todo homem será julgado de acordo com a sua situação e todo homem que vive de acordo com a verdade, com todas as suas forças, alcançará o céu. Entretanto, infiéis que são apresentados à verdade do islã e rejeitam-na não receberão misericórdia.O Corão tem descrições vividas do céu e do inferno. O céu é retratado em termos de prazeres terrenos e os tormentos do inferno são mostrados em detalhes chocantes. Os muçulmanos não chegaram a um acordo no fato de essas descrições serem consideradas literalmente ou não. (CORY, Steve. The Spir- it of Truth and the Spirit of Error. Panfleto)B. Nação do islã.O trecho seguinte foi tirado da afirmação de fé deles. Como pode ser visto, a versão americana do islã difere do islã tradicional.Acreditamos na ressurreição dos mortos - não na ressurreição física - mas na ressurreição mental. Acreditamos que os negros são os que mais precisam de ressurreição mental, portanto, serão ressuscitados primeiro.Além disso, acreditamos que somos o povo escolhido de Deus, conforme está escrito, que Deus escolhe os rejeitados e desprezados. Não somos capazes de encontrar nenhuma outra pessoa que se encaixe na descrição nesses últimos dias mais que os negros dos Estados Unidos. Acreditamos na ressurreição dos justos.Acreditamos no julgamento. Acreditamos que esse primeiro julgamento acontecerá assim como Deus revelou, nos Estados Unidos.C. A fé Baha’i.Os crentes Baha’i acreditam em uma imortalidade pessoal baseada em boas obras, com recompensas para os fiéis.f...] O céu e o inferno são mais condicionados por ações positivas e negativas, não lugares. Mas eles não são lugares de verdade. O céu é conhecer a Deus e fazer o que Ele quer. O inferno é não conhecer a Deus ou não fazer o que Ele quer. Alguém que é feliz e obedece a Deus está no céu. Alguém está no inferno quando não gosta do próximo ou de si mesmo ou está sempre infeliz.O Baha’i também oferece uma “segunda chance” para a salvação após a morte. A oração pelos mortos é recomendada e orações específicas são oferecidas. Os vivos podem orar pelos mortos e, quando os vivos morrem, eles podem continuar a orar pelos mortos que são menos avançados espiritualmente, para que possa fazer progresso. Os mortos também podem progredir por meio das próprias orações. (AN- KERBERG, John; WELDON, John. Ency- clopedia of Cults. Eugene, OR: Harvest House Publishers, 1999. p. 27)D. Hinduísmo.O objetivo final da salvação, no hinduísmo, é escapar do ciclo infinito de nascimento, morte e renascimento. Isso pode significar que exista um lugar de descanso eterno para a personalidade individual nos braços de um deus amoroso e pessoal, mas, geralmente, isso significa a dissolução de toda a personalidade no inimaginável abismo de Brahma.Quatro yogas, ou maneiras de alcançar essa salvação, são descritas: (1) jnana yoga, o caminho do conhecimento, emprega a filosofia e a mente para compreender a natureza irreal do universo; (2) bhakti yoga, o caminho da devoção ou do amor, alcança a salvação por meio da adoração, em êxtase, a um ser divino; (3) karma yoga, o caminho da ação, busca a salvação realizando obras sem considerar o ganho pessoal e (4) raja yoga, “a estrada real”, faz uso de técnicas
meditativas de yoga. O raja yoga é visto como o caminho superior geralmente, mas, para a maioria das pessoas, que não podem tornar-se monges andarilhos, os outros caminhos são considerados válidos.A maior parte dos hindus acredita que ainda tem muitas encarnações a fazer para encontrar a salvação final, embora algumas comunidades acreditem que uma graciosa divindade irá levá-los pelo caminho mais rapidamente. (CORY, Steven. The Spirit of Truth and the Spirit of Error, panfleto)E. Hare Krishna.Entoando o nome de Krishna constantemente, total devoção a Krishna, adorando imagens e obedecendo às leis do ISKCON através de muitas vidas reencar- nadas, liberam o seguidor do carma ruim.Os que não são iluminados prosseguem em reencarnação infinita (renascimento na terra) com base nos atos pecaminosos da vida anterior de uma pessoa.F. Budismo.As pessoas não têm alma ou espírito. Entretanto, o desejo e o sentimento de alguém podem reencarnar em outra pessoa. Eles acreditam que não existe céu ou inferno.O budismo vê a ignorância, em vez do pecado, como a barreira da salvação. Ou seja, a crença de que o mundo e o ego existem, verdadeiramente, mantém a roda ilusória da existência girando. Apenas a destruição dessa crença impedirá o curso maligno do mundo.As Quatro Nobres Verdades resumem sua doutrina: (1) a vida é, basicamente, sofrimento ou insatisfação; (2) a origem desse sofrimento está no desejo ou no apego;(3) a cessação do sofrimento é possível por meio da cessação do desejo e (4) o caminho para cessar o desejo e, dessa forma, conseguir escapar do renascimento constante é seguir a prática budista, conhecida como o Nobre Caminho Óctuplo.O ensinamento budista original e o the- ravada enfatizam o indivíduo monge trabalhando por meio do autocontrole e de séries de práticas meditativas que o levam, progressivamente, a perder seu sentido de ego ambicioso.A escola mahayana começou com a visão de que o ideal do monge que luta apenas pela própria salvação era egoísta e fazia pouco pela maior parte dos homens. Os mahayanistas, depois, acabaram representando um grande número de Budas e bodhisattvas, “heróis da fé”, que alcançaram o nível do nirvana, mas se recusaram a entrar nele até que o resto da humanidade fosse trazido junto deles. Em níveis diferenciados, eles podem, graciosamente, conceder auxílio na salvação àqueles que a pedem.Nirvana significa “extinção” literalmente, como se extingue a chama de uma vela. Ou seja, nada pode ser dito sobre isso senão que é um estado transcendental e permanente.

5. Existe diferença entre purgação e purgatório?

Sim, a purgação não requer purgatório. Outra forma de expor isso é dizer que o purgatório é exigido, mas é passado. Uma distinção vital é expressa nessas afirmações. Ela preserva a separação entre o método bíblico de purgação e a alternativa não bíblica de purgação.Antes de respondermos porque o purgatório não é, devemos responder onde fica o purgatório. Concentrando-nos no local da purgação, descobrimos que não há necessidade de purgatório. Purgação é algo do passado. Purgatório é considerado algo do futuro.Não há necessidade de purgatório no futuro porque o purgatório é passado. Essa é uma abordagem única, mas é uma antiga abordagem já esquecida. Purgatório no passado? Como é possível? A Bíblia nos diz onde foi o purgatório. O lugar foi o Calvário, onde Jesus morreu pelos nossos pecados. Ele tornou-se nosso purgatório e tomou nosso inferno (Hb 1.3; Tt 2.14; Ap 1.5). A síntese da mensagem do Novo Testamento é que todos os nossos pecados foram julgados, pagos e punidos em Jesus Cristo, na cruz. Ele sentiu o banimento deum Deus santo ao carregar nossos pecados. A conclusão das Escrituras é que, mesmo que o purgatório tenha sidd necessário para que o pecador pudesse entrar no céu, Jesus Cristo fez a purgação e absorveu completamente a dor causada por todas as nossas iniquidades.Historicamente, os primeiros protestantes ofenderam-se com o purgatório adiante, pois as Escrituras diziam que ele estava atrás.Calvino escreveu:[Essa] é uma ficção mortal de Satanás, que anula a cruz de Cristo. [...] Se está perfeitamente claro [...] que o sangue de Cristo é a única satisfação para os pecados dos crentes, a única expiação, a única purgação, o que resta dizer senão que o purgatório é, simplesmente, uma terrível blasfêmia contra Cristo? (GILMORE, John. Probing Heaven. Grand Rapids, MI: Baker Book House. p. 141,142)

2. Para onde vão as pessoas que morrem agora — após a morte e a ressurreição de Cristo?

O estado dos mortos não salvos permaneceu (e permanece) imutável após a cruz. Eles continuam no Hades, esperando o último julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15).Isso significa que o homem rico e perdido ainda está no Hades, sendo acompanhado por Judas, Herodes, Nero, Hitler etc., e continuará lá até depois do milênio e da ressurreição dos injustos (Ap 20.5).Mas, uma mudança gloriosa ocorreu acerca do estado dos que dormem em Jesus (At 7.55,59,60; 2 Co 5.8; Fp 1.21,23). Portanto, de acordo com esses versículos, juntamente com outros crentes que se foram, Estêvão e Paulo estão no paraíso com Cristo agora. Nas Escrituras, Paulo refere-se a esse lugar como terceiro céu (veja 2 Co 12.1-4).

1. Para onde iam as pessoas que morriam antes da crucificação de Cristo?

Alguns estudantes da Bíblia consideram que, antes de Jesus morrer, as almas de todos os homens desceram para uma habitação localizada em algum lugar na terra conhecido como Hades, no Novo Testamento, ou Sheol, no Antigo Testamento. Originalmente, havia duas sessões do Hades, uma para os salvos e outra para os perdidos. A seção dos salvos é, às vezes, chamada de paraíso e, outras vezes, chamada de seio de Abraão (Lc 16.22; 23.43).O nome da seção dos não salvos não é mencionado, somente a designação geral do Hades. Em Lucas 16.19-31, o Salvador faz o relato de um pobre crente, que morreu e foi para a parte do Hades relativa aos salvos, e de um descrente rico, que morreu e foi para a seção dos não salvos.Algumas conclusões extremamente interessantes podem derivar desse relato histórico relacionado a Cristo.A. As atividades dos anjos que levam os crentes até a recompensa.B. As possibilidades de um corpo pré-ressur- reição, intermediário, para os perdidos e para os salvos.C. A ironia de um habitante do inferno querer tornar-se um ganhador de almas.D. A natureza do pedido do homem rico — que Lázaro fosse enviado para testemunhar aos cinco irmãos perdidos —, concluindo que, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.Esse patético pedido foi negado, é claro, simplesmente porque não teria dado certo.O fato importante é que Cristo realmente ressuscitou um homem chamado Lázaro alguns meses depois. Quais foram os resultados disso? Isso fez com que os judeus descrentes fossem ao Salvador? Dificilmente. Na verdade, aconteceu o contrário apenas, pois os perversos fariseus não só decidiram matar Jesus por Sua ação (Jo11.53), mas planejaram (se necessário) assassinar o Lázaro ressuscitado também (Jo 12.10,11).Entretanto, muitos acreditam que tudo isso mudou depois que, no Calvário, Cristo pagou completamente pelos nossos pecados. A Scofield Bible sugere que, na época de Sua morte e ressurreição, nosso Senhor desceu ao Hades, retirou os salvos até aquele tempo e liderou uma entrada espiritualmente triunfal no paraíso (Ef 4.8-10).Em seu livro, Revelation, o falecido Dr. Donald Barnhouse apoia esta visão:“Quando Ele ascendeu ao alto, Ele esvaziou o Hades e levou os salvos diretamente ao paraíso. O cativeiro foi levado cativo. [...] Desse momento em diante, não há mais nenhuma separação para aqueles que acreditam em Cristo. As portas do inferno nunca mais prevalecerão contra qualquer cristão (Mt 16.18)”.

6. O que o judaísmo fala sobre o destino do homem?

Alguns judeus acreditam que a oração, o arrependimento e a obediência à lei são necessários para a salvação. Outros acreditam que a salvação é a melhoria da sociedade.A existência eterna de alguém é determinada pelo comportamento moral e pelas atitudes. Embora não haja a noção cristã de salvação pela graça, no judaísmo, é ensinado que Deus sempre oferece, até para os homens mais malignos, a possibilidade de arrependimento (;teshuva, “o retorno”). Depois desse arrependimento, é possível redimir-se pela rebelião contra Deus por meio de ações positivas.Mas, a noção de salvação individual e de existência no céu não é proeminente no judaísmo. Na verdade, muitos judeus criticam o cristianismo por ser uma religião egoísta, preocupada demais com recompensas pessoais eternas.A noção de vida após a morte não é bem desenvolvida no Antigo Testamento. Escritores que vieram depois especularam, de forma não sistemática, sobre um dia final de julgamento.Os judeus ainda esperam pela vinda do Messias, que concederá julgamentos eternos e recompensas a todos. Essa esperança é amplamente comunal. Toda a raça judaica e toda a criação estão sendo considerados em vez de homens individualizados.

No final, a vida moral do homem aqui na terra é considerada a preocupação mais apropriada do homem. Os julgamentos finais devem ser deixados para Deus.

4. O que a Igreja Católica Romana fala sobre o destino do homem?

O purgatório e o limbo são duas facetas centrais para a visão deles: 

A. Purgatório.Essa é a crença romana católica de que todos os que morreram em paz com a Igreja, mas não são perfeitos, devem passar por sofrimentos penais e purificadores. Entretanto, isso serve apenas para os que morreram com pecados menores, pois todos os que falecem com pecados mortais estão condenados ao inferno para sempre. A doutrina católica ensina que a permanência de alguém no purgatório pode ser encurtada pelas ofertas ou pelos serviços realizados pelos vivos, em nome do ente querido que se foi, por intermédio da Igreja Católica Romana.

1. A análise da posição. A doutrina do purgatório tem base em duas fontes principais, a. Um decreto do concilio da igreja. Em 1563, o Conselho Católico Romano de Trento aprovou o decreto acerca do purgatório: Porquanto a Igreja Católica tem ensinado, instruída pelo Espírito Santo, com base nos Escritos Sagrados e na tradição antiga dos pais, em Concílios sagrados e, muito recentemente, neste Sínodo ecumênico, que há um purgatório e que as almas retidas nele são auxiliadas pelo sofrimento dos fiéis, mas, principalmente, pelos sacrifícios aceitáveis do altar - o santo Sínodo ordena aos bispos que, diligentemente, reforcem a sã doutrina acerca do purgatório, transmitida pelos santos pais e pelos sagrados concílios, que seja esta acreditada, mantida, ensinada e proclamada em todo lugar pelos fiéis de Cristo.b. Uma referência de 2 Macabeus, um livro não canônico.Após sua vitória contra um inimigo em batalha, o herói judeu chamado Judas recebeu uma oferta de 12 mil peças de prata e enviou- -a a Jerusalém “para o sacrifício a ser oferecido pelos pecados dos mortos (soldados que caíram em batalha)”, concluindo, “é, portanto, um pensamento bom e religioso rezar pelos mortos, para que possam ser livres de suas faltas” (2 Macabeus 12.43,46, tradução livre).2. A refutação da posição.a. As Escrituras ensinam que um pecador arrependido é salvo pela fé na graça de Deus somente, independente de quaisquer boas obras, incluindo o sofrimento do purgatório (veja Ef 2.8,9; Tt 3.5).b. As Escrituras ensinam que a obra de Cristo, na cruz, foi suficiente para salvar todos os pecadores (veja Hb 9.11-14,24-28; 10.12,16, 17).Em seu livreto, Purgatory, Doctrine of Comfort and Hope, o apologista católico Joseph Kenney vê a doutrina do purgatório como uma conclusão lógica em vez de uma premissa fundamental: Em última análise, entretanto, a doutrina católica não depende de nenhuma prova nas Escrituras, mas na tradição, que é cada vez mais clara e inequívoca. Mais de um escritor fez menção a uma crença no purgatório que estava se desenvolvendo constantemente. Não era exatamente uma doutrina que estava sendo discutida, mas uma firme crença que foi concretizada no dia a dia cristão. Como testemunha disso, temos evidência de que os cristãos do início oravam pelos seus mortos. Ao fazer isso, eles não tinham ilusões sobre a completa ausência do pecado de todos que morreram. Eles precisavam claramente de ajuda se quisessem estar preparados para o Céu. (Publicado pelos Cavaleiros de Colombo, p. 5,6)B. Limbo.Esse é outro aspecto da teologia católica romana, a qual ensina que todas as crianças que não foram batizadas e os mentalmente inaptos, após a morte, vão para um lugar de “felicidade natural”, mas não é o céu. Essa visão parece ser contra o ensinamento de Jesus (Mt 18.1-3;19.14).
B. Limbo.Esse é outro aspecto da teologia católica romana, a qual ensina que todas as crianças que não foram batizadas e os mentalmente inaptos, após a morte, vão para um lugar de “felicidade natural”, mas não é o céu. Essa visão parece ser contra o ensinamento de Jesus (Mt 18.1-3;19.14).

3. O que o cristianismo evangélico fala sobre o destino do homem?

Os crentes estarão com Jesus. Após a morte, todos esperarão pelo julgamento final. Os salvos e os perdidos serão ressuscitados. Os crentes viverão com Jesus no céu. Os perdidos sofrerão o eterno tormento da separação de Deus (inferno). 
A ressurreição corporal de Jesus garante, aos crentes, que eles também serão ressuscitados e receberão um corpo novo e imortal.


domingo, 9 de fevereiro de 2020

Aniquilando o aniquilacionismo. A Bíblia ensina a doutrina do niquilismo dos perdidos no lago de fogo 🔥?

Aniquilacionismo: "doutrina que defende a ideia de que os ímpios não sofrerão o castigo eterno, mas serão aniquilados". Se o castigo dos ímpios não será eterno, a vida dos justos, de igual modo, não será eterna. Mas, a vida dos justos será eterna, logo, o castigo dos ímpios será eterno. Pois, o adjetivo (do gr. aionios, "eterno" do hebr, 'olam "eterno") que qualifica o substantivo vida é o mesmo que qualifica o substantivo castigo. (Mt 25:46; Dn 12:2) 
Do gr. Dzoen aionion, "vida eterna" (Mt 25:46) 
Do gr. Colasin aionion, "castigo eterno" (Mt 25:46) 
Do hebr. Lechayiy ‘olam, "para a vida eterna" (Dn 12:2) 
Do hebr. Lacharafot ledir’on ‘olam, "para a vergonha e desprezo eterno" (Dn 12:2) Veja, que, é a mesma palavra, no mesmo versículo e no mesmo contexto, apontando para o futuro. Não tem desculpa, a mesma passagem de Mt 25:46 onde Jesus disse que a vida é eterna (dzoen aionion, "vida eterna"), também diz que o castigo é eterno (colasin aionion, "castigo eterno"). E o mesmo acontece em Dn 12:2. Mas, como os aniquilacionistas não conseguem explicar o óbvio, procuram ficar dando o giro, isto é, "a famosa famosa enroladinha", apresentando passagens fora desse contexto. A besta e o falso profeta foram lançados no lago de fogo (Ap 19:20) e mil anos depois, Satanás foi lançado no mesmo lago de fogo e a besta e o falso profeta ainda estavam lá. Ora, o castigo não é a aniquilação? Então, o que é que a besta e o falso profeta estavam fazendo no lago de fogo depois de mil anos? Apocalipse 20:10 mostra Satanás sendo lançado no lago de fogo, mas não mostra ele sendo aniquilado, mas sendo atormentado pelos séculos dos séculos. Ap 20:15 mostra os ímpios sendo lançado no lago de fogo, mas não mostra eles sendo aniquilados. Porque será?  Isso é ou não é o aniquilamento do aniquilacionismo?
Portanto o inferno é uma realidade inegável e o lago de fogo é o destino eterno de todas as pessoas que negam à cessação do castigo eterno.

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