quinta-feira, 31 de outubro de 2019

É pecado consultar cartomantes e pessoas que fazem previsão do futuro?

É  pecado  consultar  cartomantes  e  pessoas  que fazem  previsão  do  futuro? “Sou  novo  convertido  e,  quando  ainda  não  conhecia  Jesus,  gostava  muito de  ir  a  cartomantes,  ciganas  que  leem  as  mãos  e  pessoas  que  faziam previsões  sobre  o  meu  futuro.  Hoje  conheci  Jesus  e  estou  estudando  a Bíblia,  mas  ainda  não  sei  muito  bem  o  que  a  Palavra  de  Deus  diz  sobre essas práticas.  O que  a  Bíblia  diz sobre  estas coisas,  são  pecado  ou não?” Caro  leitor,  fico  muito  feliz  por  você  ter  se  libertado  destas  práticas,  pois a  Bíblia  não  as  aprova.  Mas  sempre  gosto  de  mostrar  na  própria  Bíblia Sagrada  o  que  ela  diz  sobre  os  temas  abordados  para  que  possamos responder  as  objeções  de  quem  nos  pedir  respostas  sobre  a  nossa  fé fundamentados no  que  diz a  Palavra  do  Senhor.

 (1)  Deus  proibiu  em  Sua  palavra  que  Seu  povo  consultasse  quem  quer que  seja  que  fosse  cartomante,  adivinhador,  agoureiro,  necromante,  etc.: “Não  vos  voltareis  para  os  necromantes,  nem  para  os  adivinhos; não  os  procureis  para  serdes  contaminados  por  eles.  Eu  sou  o SENHOR,  vosso  Deus”  (Levítico  19.31).  Deus  via  a  atitude  de consultar  essas  pessoas  como  um  pecado  grave,  chegando  ao  ponto  de tratar  esses  atos  como  contaminação  e  prostituição  (Deus  chamava  de prostituição,  pois  via  isso  como  uma  quebra  da  aliança  que  fez  com  o povo). 

(2)  O  povo  de  Deus  deveria  única  e  exclusivamente  se  guiar  em  suas vidas  pela  vontade  de  Deus  expressa  em  Sua  Palavra  e  através  de  Seus servos.  Deus  era  a  direção  e  não  pessoas  que  supostamente  consultavam astros  ou  espíritos  de  mortos:  “Quando  vos  disserem:  Consultai  os necromantes  e  os  adivinhos,  que  chilreiam  e  murmuram,  acaso, não  consultará  o  povo  ao  seu  Deus?  A  favor  dos  vivos  se consultarão  os  mortos?”  (Isaías  8:19).  Fica  claro  que  Deus desaprovava  a  consulta  a  esse  tipo  de  pessoa. 

(3)  Muitas  pessoas  se  perguntam  porque  Deus  proibiu  essas  práticas. Fica  bastante  claro  que  essa  proibição  se  dá  porque  essas  coisas  não procedem  do  próprio  Deus.  Se  não  procedem  de  Deus  procedem  do inimigo  de  nossas  almas,  o  diabo.  Apesar  da  roupagem  moderna  de “magia  branca”  e  outros  nomes  “bonitinhos”  que  dão  a  esse  tipo  de prática  em  nossos  dias,  tentando  fazer  delas  algo  natural  e  que  é aprovado  por  Deus,  fica  claro  que  a  Bíblia  rejeita  veementemente  tais práticas.

 (4) No Novo Testamento vemos claramente uma jovem que “adivinhava” e algumas pessoas usavam isso como fonte de lucro. A Bíblia declara claramente que esta jovem estava possessa e precisou ser liberta, ou seja, não existe menção de nada positivo a respeito dessas práticas nem no Antigo nem no Novo Testamento: “Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.” (Atos 16:16). As práticas de adivinhação, consulta a mortos, e coisas do gênero, sempre são mencionadas na Bíblia vinculadas a ação de espíritos malignos, daí a proibição categórica de Deus de que seus servos entrassem em contato com elas. 

(5) Assim, podemos concluir claramente que é proibido por Deus consultar cartomantes, adivinhadores, bruxos, quem consulta mortos e coisas do gênero, sendo um grave pecado diante de Deus consultar essas pessoas. E os que praticam essas coisas infelizmente estão longe de Deus e precisam de nossas orações.

Por 

Carlos Ribeiro 

Tbs
P250

Minha esposa está doente e eu não consigo ficar sem sexo, O que eu devo fazer?

Minha  esposa  está  doente  e  eu  não  consigo  ficar sem  sexo “Sou  casado  há  cerca  de  5  anos.  Nesse  tempo  eu  e  minha  esposa desfrutamos  muito  bem  nosso  casamento.  Porém,  nesse  último  ano,  ela está  com  uma  grave  depressão  e  não  tem  tido  vontade  de  fazer  sexo comigo.  O  problema  é  que  gosto  muito  de  sexo  e  não  consigo  ficar  sem sexo,  abalando  muito  o  meu  casamento  e  o  meu  amor  por  elaO  que devo  fazer?  Confesso  que  já  cheguei  a  pensar  em  separação,  mas gostaria  de  uma  opinião  bíblica  sobre  o  assunto.” Caro  leitor,  sei  que  a  sua  situação  não  é  fácil.  Enfrentar  doença  na  família realmente  é  algo  difícil  e  que  muitas  vezes  nos  desestabiliza.  Mas  vamos pensar  "biblicamente"  sobre  essa  questão  para  que  você  saiba  a  vontade de  Deus  para  seu  caso  e  não  tome  atitudes  das  quais  se  envergonhará mais tarde,  mas sim  atitudes que  serão  abençoadas por  Deus. 

(1)  O  casamento  é  uma  aliança  ordenada  por  Deus  para  homem  e mulher  que  se  amam  e  que  desejam  constituir  uma  família  juntos (Gênesis  2:2).  Essa  é  uma  aliança  incondicional,  ou  seja,  os  dois  são casados  e  devem  se  manter  casados  na  saúde  e  na  doença,  da  riqueza  e na  pobreza,  etc.  Creio  que  você  precisa  trazer  à  sua  memória  esse princípio  tão  importante,  pois  agora  que  sua  esposa  está  “na  doença”  sua aliança  que  fez  com  ela  está  sendo  abalada,  coisa  que  não  aconteceu  nos primeiros  anos  em  que  você  relata  que  teve  momentos  muito  bons.  Essa sua  atitude  não  agrada  a  Deus,  pois é  uma  atitude  interesseira. 

(2)  Na  descrição  que  Paulo  faz  do  verdadeiro  amor,  chama  a  atenção  as características  desse  amor:  “O  amor  é  paciente,  o  amor  é  bondoso. Não  inveja,  não  se  vangloria,  não  se  orgulha.  Não  maltrata,  não procura  seus  interesses,  não  se  ira  facilmente,  não  guarda rancor.  O  amor  não  se  alegra  com  a  injustiça,  mas  se  alegra  com a  verdade.  Tudo  sofre,  tudo  crê,  tudo  espera,  tudo  suporta.”  (1 Corintios  13:4-7).  É  esse  tipo  de  amor  que  deve  ser,  mais  do  que nunca,  buscado  dentro  de  um  casamento  que  passa  por  tribulações. Qualquer  pessoa  que  esteja  passando  por  problemas  no  casamento  deve avaliar  se  tem  demonstrado  ao  seu  cônjuge  esse  padrão  de  amor  que  a Bíblia  ensina,  e  que  agrada  a  Deus,  e  que  é  um  dos  combustíveis  mais poderosos para  superar  as crises.

 (3)  Deus  também  traz  uma  palavra  de  advertência  aos  maridos,  de  como devem  amar  suas  esposas  e,  veja,  não  existem  condições  no  texto,  ou seja, Deus não manda amar a esposa apenas quando tudo vai bem, quando a vida sexual está satisfatória, mas, simplesmente, manda: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). O amor de Cristo pela Sua igreja é o padrão do amor que o marido deve ter para com a esposa. Aí pergunto: Será que o amor de Cristo seria capaz de abandonar alguém que passa por uma depressão porque está desanimada para fazer sexo? Lembremos que o verdadeiro amor “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”, exatamente o amor que Cristo demonstrou por cada um de nós. É esse amor que será capaz de te ajudar a superar a crise em seu casamento. 

(4) Por outro lado, compreendo a sua dificuldade na área sexual, pois, em geral, é uma área que afeta muito os homens. Mas será que existe algo que você poderia fazer? Sim! Comece pela oração. Sim, buscar diante de Deus a cura de sua esposa, que é uma só carne com você e que também deve estar sofrendo por não poder te satisfazer satisfatoriamente nesse momento. Você pode também buscar em Deus a paciência para enfrentar esse momento difícil. Outra coisa: Una-se ainda mais com sua esposa, converse com ela, ore com ela, compartilhe as suas dificuldades e resolvam as dores do casal juntos. Isso trará Deus para o centro do seu casamento. Nesse momento, em sua mente, o sexo está sendo o centro do seu casamento e isso não é bom. Com Deus no centro vocês passarão por esse deserto e sairão dele, pode ter certeza!

Por
Carlos Ribeiro 

Tbs

P250

É verdade que as palavras têm poder?

É  verdade  que  as  palavras  têm  poder? “Uma  vez  fui  orientado  por  um  amigo  meu  que  frequentava  uma  igreja evangélica  que  eu  só  deveria  dizer  palavras  profetizando  coisas  boas, dizer  palavras  que  atraíssem  aquilo  que  eu  queria  para  minha  vida,  pois as  palavras  têm  poder.  Ele  me  repreendeu  porque  eu  comentei  que  meu filho  é  muito  arteiro.  Ele  me  disse  que  eu  não  deveria  dizer  aquilo  porque estava  profetizando  sobre  meu  filho  que  ele  teria  mal  comportamento. Afinal,  as palavras têm  poder  mesmo?” Caro  leitor,  precisamos  de  certo  equilíbrio  nessa  questão  para  avaliar  se realmente  as  palavras  têm  poder  e  que  tipo  de  poder  é  esse  que  elas têm.  Sabemos  que  as  palavras  que  saem  da  nossa  boca  não  têm  um poder  sobrenatural  de  realizar  nada,  pois,  caso  tivessem,  poderíamos,  por exemplo,  começar  a  dizer  agora  mesmo  para  a  violência  acabar,  para  as guerras  deixarem  de  existir,  para  as  doenças  serem  curadas,  etc. Resolveríamos  todos  os  problemas  do  mundo,  não  é  verdade?  Sabemos que  não  temos  esse  poder  através de  simplesmente  mencionar  palavras. Ao  mesmo  tempo,  podemos  notar  que  as  palavras  têm  poder  de  trazer consequências  boas  ou  ruins  dependendo  da  forma  com  que  são mencionadas.  Por  exemplo,  um  pai  que  somente  critica  o  filho  poderá prejudicar  a  confiança  do  filho  e  trazer  tristeza  ao  coração  dele.  Um marido  que  nunca  elogia  sua  esposa,  antes,  só  a  menospreza  com palavras,  poderá  trazer  problemas  ao  seu  casamento.  Alguém  que  usa  as palavras  de  forma  ríspida  arrumará  muitas  brigas.  Uma  pessoa  que  é acostumada  a  usar  palavrões  pode  magoar  alguém.  Uma  pessoa  que  fala demais  poderá  ser  taxada  de  fofoqueira.  Esse  é  o  tipo  de  “poder”  que  as palavras têm. O  fato  de  fazer  um  comentário  com  seu  amigo  sobre  o  comportamento ruim  de  seu  filho  não  trará  nenhum  mal  “sobrenatural”  ao  seu  filho.  As palavras  não  tem  poder  de  fazer  isso.  Isso  é  besteira.  É  dar  um  poder que  a  palavra  não  tem.  Será  que  se  fosse  o  contrário,  você  ficar  somente falando  para  seu  amigo  (mentindo)  que  seu  filho  é  muito  bom,  que sempre  faz  a  lição,  que  não  dá  nenhum  trabalho,  fará  com  que  seu  filho tenha  todas  estas  qualidades?  Evidente  que  não!  Para  ele  ser  assim  seu trabalho  será  muito  maior  do  que  dizer  apenas  algumas  palavras positivas. É  importante  observar  que  a  Bíblia  traz  orientações  sobre  as  palavras  que dizemos  para  que  a  usemos  com  sabedoria  e  aproveitemos  esse  poder que  as  palavras  têm.  Ela  nos  diz  que  não  devemos  usar  palavrões,  que nossas palavras devem edificar e transmitir graça aos que ouvem: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.” (Ef 4:29). Também diz que nossas palavras devem ser equilibradas e sensatas: “Tenham uma conversa agradável e sensata, pois assim vocês terão a resposta certa para todo o mundo.” (Cl 4:6 – Bíblia Viva). E traz outras diversas orientações sábias para o bom uso das palavras. Por exemplo em Pv 12:6; Pv 14:23; Pv 15:23; Pv 24:26. Assim, podemos concluir que as palavras têm poder, mas não um poder sobrenatural como alguns insistem em pregar, mas um poder de gerar consequências boas ou ruins dependendo de como são usadas. 

Por
Carlos Ribeiro 

TBS 

P250

Meus pais não querem que eu vá à igreja. Devo obedecê-los?

Meus  pais  não  querem  que  eu  vá  à  igreja.  Devo obedecê-los? “Eu  sou  novo  convertido,  faz  3  meses  que  entreguei  minha  vida  a  Jesus. Ainda  moro  com  meus  pais  e  eles  são  totalmente  contrários  à  minha  fé, pois  são  de  outra  religião.  Isso  causa  muitas  discussões  entre  nós,  o  que me  deixa  muito  chateado.  Eu  sei  que  a  Bíblia  manda  honrar  pai  e  mãe, mas,  nesse  caso,  devo  obedecê-los  e  abandonar  Jesus  e  a  igreja  que estou  frequentando?  Estou  muito  confuso  com  tudo  isso,  por  favor,  me ajude!” Caro  leitor,  vamos  avaliar  a  sua  questão  por  partes  para  que  você  tenha um  entendimento  correto  sobre  isso  e  tome  atitudes  sabias com  relação  a forma  como  deve  lidar  com  seus  pais. Como  honrar  pai  e mãe quando  eles  se opõe a  fé em  Jesus?

 (1)  Honrar  pai  e  mãe  é  um  dos  dez  mandamentos,  está  registrado  em Êxodo  20.12  e  devemos  sim  cumpri-lo.  Porém,  muitos  confundem  honrar pai  e  mãe  com  ser  obediente  cegamente  mesmo  quando  pai  e  mãe apontam  caminhos  que  não  agradam  ao  Senhor.  Honrar  pai  e  mãe  não  é isso.  A  honra  significa  respeito,  consideração,  estima  por  aqueles  que cuidaram  e  cuidam  de  você  como  uma  missão  dada  por  Deus  a  eles. Posso  honrar  pai  e  mãe  mesmo  não  concordando  plenamente  com  eles em  tudo.  Discordar  com  respeito  também  é  honrar. 

(2)  Seguir  a  Jesus  Cristo  é  um  mandamento  bíblico,  logo,  é  uma  ordem de  Deus.  Deus  está  acima  de  nossos  pais  aqui  na  terra.  Os  pais  não podem  usar  o  fato  de  a  Bíblia  dizer  que  temos  de  honrá-los  para  dar  uma ordem  contrária  aos  princípios  de  Deus,  pois  a  Bíblia  é  clara  quando aponta  que  “Antes,  importa  obedecer  a  Deus  do  que  aos  homens.” (Atos  5:29).  Jesus  Cristo  também  se  posicionou  a  esse  respeito  dizendo que  “Quem  ama  seu  pai  ou  sua  mãe  mais  do  que  a  mim  não  é digno  de  mim;  quem  ama  seu  filho  ou  sua  filha  mais  do  que  a mim  não é digno  de mim”  (Mateus  10:37). 

(3)  Isso,  porém,  não  significa  que  você  deva  declarar  uma  guerra  contra seus  pais  pelo  fato  de  não  concordarem  com  a  sua  fé.  Aqui  cabe  ao crente  ser  sábio  e  equilibrado  e,  através  do  diálogo,  encontrar  caminhos para  tentar  manter  a  paz  na  família.  Isso  é  o  ideal.  Porém,  não  podemos negar  que  Jesus  também  declarou  que  “os  inimigos  do  homem  serão os  da  sua  própria  casa”  (Mateus  10:36).  Às  vezes  a  oposição  dos familiares é muito grande a ponto de declararem guerra e haver perseguição dentro do lar. Mas é importante também recordar o que Jesus mandou: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). Honrar pai e mãe nesse caso é orar para que eles também conheçam Jesus.

 (4) Você disse que tem tido muitas discussões com seus pais. Veja, é importante ter diálogos saudáveis. Brigar por causa dessa questão não é sábio. Tente deixar claro aos seus pais o que a Bíblia diz e não entre em provocações, gritaria, violência. Honre-os na maneira de conversar com eles e de tratá-los e ore pela vida deles para que enxerguem que Deus em Sua palavra manda que sigamos a Jesus Cristo e é isso que você irá fazer e que gostaria que eles te respeitassem nessa decisão. 

(5) Um testemunho pessoal: quando eu e o meu irmão nos convertemos tínhamos por volta de 15, 16 anos de idade. Nossa família era católica e os primeiros meses em uma fé diferente da deles não foram fáceis. Mas viver o evangelho dentro de casa, sendo bons filhos e honrando os pais da forma correta nos ajudou a vencer essa barreira inicial. Hoje minha mãe já entregou a vida a Jesus e meu pai está cada vez mais ouvindo de Deus. Não foram dias fáceis. O ideal é não abandonar a Jesus e nem a igreja e também não abandonar seus pais, mas ser sal e luz para eles.

Por

Carlos Ribeiro tbs. 

P250

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Como Deus pode mandar um espirito maligno para atormentar o rei Saul?

Como  Deus  pode  mandar  um  espirito  maligno  para atormentar  o  rei  Saul? Muitas  pessoas  ficam  confusas  quando  leem  o  texto  de  1  Samuel  16:14, que  diz:  “Tendo-se  retirado  de  Saul  o  Espírito  do  SENHOR,  da parte  deste  um  espírito  maligno  o  atormentava”.  Como  Deus,  que é  amor,  poderia  permitir  que  um  espírito  maligno  atormentasse  alguém? E  o  pior:  como  o  próprio  Deus  pode  mandar  um  espírito  desse  para atormentar  uma  pessoa?  Destas  perguntas  surge  a  necessidade  de compreendermos  melhor  esse  texto  e,  assim,  compreendermos  ainda mais  a  soberania  de  Deus  em  Suas  ações  e  planos  e  qual  deve  ser  a nossa  atitude  diante  dos atos de  Deus. 

(1)  Em  primeiro  lugar  é  importante  ressaltar  que  Saul  foi  rejeitado  por Deus  por  causa  de  sua  desobediência  (1  Sm  15.27-28).  As  atitudes  de Saul  e  sua  trajetória  como  rei  de  Israel  demonstraram  que  ele  não  era um  homem  de  Deus.  Daí  o  texto  mencionar  que  o  Espírito  do  Senhor  já não  estava  sobre  Ele  e  de  Deus  ter  se  arrependido  de  tê-lo  constituído  rei (1  Sm  15:35).  Sem  a  direção  de  Deus  Saul  estava  com  o  coração  aberto para  o  mal.  O  homem  sem  Deus  pende  totalmente  para  o  mal  e  é controlado  por  ele. 

(2)  É  importante  observar  que  os  judeus  creditavam  a  Deus  coisas  boas ou  más  que  aconteciam,  pois  criam  na  soberania  Dele  sobre  tudo  e todos,  o  que,  de  fato,  a  Bíblia  ensina:  “Tocar-se-á  a  trombeta  na cidade,  sem  que  o  povo  se  estremeça?  Sucederá  algum  mal  à cidade,  sem  que  o  SENHOR  o  tenha  feito?”  (Am  3:6).  É exatamente  isso  que  os  servos  de  Saul  deduzem  da  observação  da mudança  repentina  do  comportamento  de  Saul:  “Então,  os  servos  de Saul  lhe  disseram:  Eis  que,  agora,  um  espírito  maligno,  enviado de Deus,  te atormenta.”  (1Sm  16:15). 

(3)  As  Escrituras  são  claras  quando  afirmam  a  soberania  plena  de  Deus. Isso  significa  que  até  o  maligno  está  debaixo  da  autoridade  do  Senhor. Lembremos  do  livro  de  Jó,  que  nos  mostra  o  diabo  pedindo  autorização de  Deus  para  tentar  a  Jó,  homem  integro,  reto  e  que  se  desviava  do  mal (Jó  1:12).  Não  existe  qualquer  evidência  na  Bíblia  de  que  o  maligno  aja soberanamente  em  alguma  coisa.  Inclusive,  o  próprio  destino  do  maligno já  está  traçado  por  Deus  e  acontecerá  no  tempo  determinado  por  Ele  (Ap 20:10).  O  espírito  maligno  que  atormentava  Saul  apenas  cumpria  o  plano de  Deus  na  vida  dele.  Mas  como  dissemos,  Saul,  por  estar  longe  do Senhor,  tinha  a  porta  de  seu coração  aberta  à  ação  do  mal.

 (4)  O  plano  maior  de  Deus  no  castigo  que  deu  a  Saul  foi  introduzir  o jovem  Davi  dentro  do  Palácio  real,  pois  Davi  seria  o  novo  rei  de  Israel  em breve.  Note  como  todas  as  circunstâncias  cooperam  para  que  Davi entrasse  no  palácio  e  logo  caísse  no  gosto  de  toda  a  família  de  Saul  (1 Sm  16:18).  Assim,  concluímos  que  tudo  aquilo  que  Saul  passou  teve autorização  de  Deus  e  fazia  parte  do  plano  de  Deus,  tanto  o  que  ocorreu com  Saul  por  causa  de  sua  desobediência,  quanto  o  que  ocorreu  com Davi,  que  tinha  sido  escolhido  por  Deus  para  governar  Israel.

 (5)  Mas  alguém  ainda  pode  dizer:  Essa  forma  com  que  Deus  agiu  parece injusta  e  não  amorosa!  Deus não  é  amor?  Somos muitas vezes tentados  a compreender  Deus,  Seus  atributos  e  Suas  atitudes  baseando-nos  em nosso  limitado  conhecimento,  compreensão  e  julgamento.  A  Bíblia  diz que  Deus  é  justo  e  santo,  santo,  santo  (Sl  11:7).  Assim,  nisto  que  fez com  Saul  não  foi  injusto  e  nem  manchou  Sua  santidade,  ainda  que  alguns questionem  e  não  consigam  compreender  como  Deus  pode  mandar  um espírito  maligno  para  atormentar  Saul. 

(6)  Cabe  aqui  para  finalizarmos,  refletirmos  no  texto  de  Romanos  9:20, que  nos  ajuda  a  nos  colocar  em  nosso  lugar  diante  daquilo  que  não compreendemos  bem  a  respeito  de  Deus  e  de  Suas  atitudes:  “Quem  és tu,  ó  homem,  para  discutires  com  Deus?!  Porventura,  pode  o objeto  perguntar  a  quem  o  fez:  Por  que  me  fizeste  assim?”  E ainda  sobre  as  atitudes  de  Deus,  a  Bíblia  declara:  “Pois  ele  diz  a Moisés:  Terei  misericórdia  de  quem  me aprouver  ter  misericórdia e  compadecer-me-ei  de  quem  me  aprouver  ter  compaixão”  (Rm 9:15).

Por Carlos Ribeiro 

TBS... 

P250

#tbs_814 - "O que é a visão preterista do fim dos tempos?"

(1) A visão preterista trata o Apocalipse como uma imagem simbólica de conflitos da igreja primitiva que já se cumpriram. Esta visão nega a qualidade de previsão do futuro de grande parte do livro de Apocalipse. Em diferentes níveis esta visão combina a interpretação alegórica e sombólica com o conceito de que o Apocalipse não lida com eventos futuros específicos. O movimento preterista ensina essencialmente que todas as profecias do Novo Testamento sobre o fim dos tempos se cumpriram em 70 d.C. quando os romanos atacaram e destruiram Jerusalém e Israel.

(2) Ao passo que as cartas para as igrejas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse foram escritas para igrejas reais do primeiro século, e têm aplicações práticas para as igrejas de hoje em dia, os capítulos 6-22 contêm escritos sobre eventos que ainda são futuros. Não há razão para interpretar profecias não cumpridas de forma alegórica. Profecias cumpridas foram cumpridas literalmente. Tome, por exemplo, todos os versículos do Antigo Testamento prevendo a primeira vinda de Cristo. Cristo veio no tempo em que estava predito que viria (Daniel 9:25-26). Cristo nasceu de uma virgem (Isaías 7:14). Cristo sofreu e morreu pelos nossos pecados (Isaías 53:5-9). Estes são alguns poucos exemplos das provavelmente centenas de profecias do Antigo Testamento que o Senhor deu aos profetas registrados nas Escrituras e que foram literalmente cumpridas. Simplesmente não faz sentido tentar alegorizar profecias não cumpridas, ou entender profecias não cumpridas de qualquer outra forma senão por uma leitura normal.

(3) Quando você lê Apocalipse capítulos 6-18, você lê sobre o tempo mais terrível que irá existir na terra – o tempo em que a besta (anticristo) irá governar por sete anos (Grande Tribulação), e o falso profeta promoverá a besta para que o mundo inteiro a adore como deus. Então, no capítulo 19, tudo chega a um clímax com o retorno literal de Cristo. Cristo derrota a besta e o falso profeta na batalha do Armagedom, e então os lança no lago de fogo. No capítulo 20, Cristo aprisiona Satanás no abismo, e estabelece o seu reinado na terra por 1000 anos. Ao final dos 1000 anos, Satanás é solto e causa uma breve rebelião, porém Cristo rapidamente termina a rebelião e lança Satanás no lago de fogo. Então vem o juízo final, a ressurreição e o julgamento de todos os incrédulos. Os capítulos 21 e 22 descrevem o estado eterno – a forma como todos os crentes irão aproveitar a presença e a comunhão com o Senhor por toda a eternidade.

(4) O preterismo é inteiramente inconsistente na sua interpretação do livro de Apocalipse. De acordo com a visão preterista do fim dos tempos, os capítulos 6-18 de Apocalipse são simbólicos e alegóricos, não descrevendo eventos literais. No entanto, o capítulo 19, de acordo com o preterismo, deve ser entendido de forma literal. Jesus Cristo irá retornar literal e fisicamente. Então, o capítulo 20 é de novo interpretado alegoricamente pelos preteristas. A seguir, os capítulos 21-22 são entendidos pelo menos parcialmente de forma literal, que haverá realmente um Novo Céu e uma Nova Terra. Ninguém nega que o Apocalipse contém visões incríveis e muitas vezes confusas. Ninguém nega que o Apocalipse descreve algumas coisas de forma figurativa. No entanto, seletivamente negar a natureza literal de partes do Apocalipse resulta em não ter base para interpretar qualquer parte do Apocalipse de forma literal. Se os selos, as trombetas, os flagelos, as testemunhas, os 144 mil, a besta, o falso profeta e Reino Milenar, etc. são alegóricos ou simbólicos – com que base afirmamos que a Segunda Vinda de Cristo e a Nova Terra são literais? Esta é a falha do preterismo – ele deixa a interpretação do Apocalipse para as opiniões do interpretador. Ao invés disso, nós devemos lê-lo, acreditar nele e obedecer a ele – literal e exatamente.

Por 

Carlos Ribeiro tbs... 

Parauapebas Pará 31/10/2019

No shopping carajas.

Quet. 

A Bíblia diz que Deus odeia o pecador?

“Sempre  aprendi  que  Deus  ama  o  pecador.  Mas  de  uns  tempos  para  cá tenho  visto  na  Internet  muita  gente  falando  que  Deus  odeia  o  pecador. Não  consigo  entender  isso  muito  bem.  Deus  ama  ou  odeia  o  pecador segundo  a  Bíblia?” Caro  leitor,  essa  é  uma  excelente  pergunta  e  uma  boa  oportunidade  para esclarecer  esse  fato  segundo  o  que  diz a  palavra  de  Deus.  Muitas pessoas confundem  demais  essa  questão  e  acabam  por  ter  uma  visão  distorcida  a respeito  do  amor  de  Deus  e  se  Deus  odeia  o  pecador.  Então,  vamos tentar  compreender  melhor  tudo  isso: Deus  odeia  o  pecador? Antes  de  responder  a  essa  questão  precisamos  definir  quem  é  o  pecador segundo  a  Bíblia.  Essa  resposta  é  simples.  Pecador  é  todo  aquele  que pecou.  E  a  Bíblia  diz  que  todos  são  pecadores  porque  todos  pecaram: “pois  todos  pecaram  e  carecem  da  glória  de  Deus”  (Romanos 3:23).  Assim,  todo  ser  humano  é  um  pecador. Esclarecida  essa  questão,  vamos  a  próxima:  Deus  odeia  o  pecador?  A resposta  é  sim.  A  Bíblia  afirma  em  diversos  textos  que  Deus  não  somente odeia  o  pecado  (coisa  que  já  sabemos  claramente),  mas  também  aquele que  pratica  o  pecado,  ou  seja,  o  pecador.  Vejamos:  “O  SENHOR  põe  à prova  ao  justo  e  ao  ímpio;  mas,  ao  que  ama  a  violência,  a  sua alma  o  abomina.”  (Salmos  11:5).  A  palavra  “abomina”  citada  no texto  também  pode  ser  traduzida  como  “odeia”.  Em  Provérbios  3:32 vemos  também  claramente  essa  questão  do  ódio  de  Deus  pelos perversos:  “porque  o  SENHOR  abomina  o  perverso,  mas  aos  retos trata  com  intimidade.” Outro  exemplo  bem  interessante  está  em Provérbios  6.16-19,  onde  diz  que  a  alma  de  Deus  abomina  “o  que semeia  contenda  entre irmãos”. Creio  que  está  claro  até  aqui  que  Deus  odeia  não  só  o  pecado  (atos), mas  também  aquele  que  o  pratica  (pessoa),  pois  este  está  se  rebelando contra  Deus  por  praticar  atos  que  ofendem  ao  Senhor.  Mas  ainda  fica uma  importante  pergunta  a  ser  respondida: Deus  ama  o pecador? A  Bíblia  diz  que  sim.  Jesus  ensina  que  Deus  derrama  de  Sua  graça  sobre justos  e  injustos:  “…porque  ele  faz  nascer  o  seu  sol  sobre  maus  e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” (Mateus 5:45). Injustos são aqueles que estão rebelados contra Deus. De onde vem esse cuidado de Deus até pelos injustos? Não podemos negar que essa graça derramada vem de algum amor que Deus nutre por eles. Se Deus apenas odiasse os pecadores (injustos), como poderia derramar sobre eles essas bênçãos citadas por Jesus? Além disso, o contexto nos mostra que Jesus estava ensinando Seus discípulos a amar os seus inimigos, e Jesus termina o ensino mostrando que esse padrão de amor pelos inimigos, que eles deveriam praticar, é o padrão que é visto no próprio Pai: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5:48). Outro texto que demostra que Deus tem amor pelos pecadores está em Romanos 5:8: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. O ódio (ira) de Deus estava sobre nós, pois éramos pecadores. Mas mesmo na condição de pecadores fomos amados por Deus, que deu Seu filho para nos salvar e nos tirar daquela condição. Os que hoje são justificados por Cristo já foram outrora pecadores. Aqui surge uma nova questão que deve dar um nó na cabeça de muita gente: Como é possível Deus odiar o pecador e amá-lo ao mesmo tempo? Nem sempre os atos de Deus são tão fáceis de compreender. Que tipo de amor é esse em que Deus odeia o pecador e ao mesmo tempo o ama de alguma forma? Nem sempre a grandeza de Deus, de Seus atributos, de Sua forma de lidar com as situações, conseguem ser compreensíveis tão facilmente pela nossa mente limitada. A forma mais clara pela qual eu (pessoalmente) consegui compreender melhor essa questão de amar e odiar ao mesmo tempo foi comparando a atitude de um pai humano por seus filhos. Não há dúvida de que um pai ame seus filhos. Mas existem ocasiões em que o pai pode odiar um filho mesmo amando-o. Quando o filho é obstinado em desobedecer, quando o filho vira as costas para as instruções do pai, isso gera no pai grande descontentamento que pode chegar ao ódio. Mas isso não extingue o amor do pai, que está presente em suas atitudes pelo filho, ainda que tenha de corrigi-lo severamente. É claro que Deus é muito maior do que um pai humano e um ímpio não está na condição de filho de Deus, mas talvez com essa comparação possamos entender melhor que existe a possibilidade de amar e odiar ao mesmo tempo. Mas ainda surge outra questão ainda mais complexa que parece tirar o sono de muita gente: Se Deus realmente ama os pecadores, como pode enviá-los ao inferno? A Bíblia é clara quando diz que o inferno existe. Quem vai para lá? Os pecadores não regenerados. Mas como Deus pode amar e permitir existir o inferno e ainda enviar pessoas para lá? Muitas pessoas confundem amar com ser permissivo com todas as coisas e aceitar a injustiça. A justiça de Deus em punir aqueles que são inveterados pecadores e rejeitaram a Sua obra não invalida o Seu amor. Amar alguém não significa fechar os olhos para todo o mal realizado e passar a mão na cabeça da pessoa. A justiça de Deus é totalmente compatível com Seu amor. Aliás, quem ama não se alegra com a injustiça, ou seja, faz justiça (1 Coríntios 13:6). Não podemos dizer que quando Deus aplica a Sua justiça retira de si o amor, pois Deus é amor (1 João 4.8). Podemos dizer que não entendemos com nossa mente “pequena” como Deus faz tudo isso, mas não podemos negar o que a Bíblia diz sobre o amor, o ódio e a justiça de Deus. 

P250

Por 

Carlos Ribeiro da tbs... 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

#tbs_813 - "O aniquilacionismo é bíblico?"

(1) Aniquilacionismo é a crença de que os incrédulos não irão viver uma eternidade de sofrimento no inferno, mas serão “extinguidos” após a morte. A crença no aniquilacionismo é o resultado da falta de entendimento de um ou mais das seguintes doutrinas: (1) as conseqüências do pecado, (2) a justiça de Deus, (3) a natureza do inferno.

(2) Em relação à natureza do inferno, aniquilacionistas não entendem o significado do lago de fogo. Obviamente, se um ser humano fosse lançado em um lago de lava, ele seria instantaneamente consumido. No entanto, o lago de fogo é um domínio tanto físico quanto espiritual. Não é simplesmente o corpo de um humano sendo lançado no lago de fogo, é o corpo, a alma e o espírito de um humano. Uma natureza espiritual não pode ser consumida por fogo físico. Ao que tudo indica, os não-salvos são ressuscitados com um corpo preparado para a eternidade da mesma forma que os salvos (Apocalipse 20:13; Atos 24:15). Estes corpos estão preparados para um destino eterno.

(3) A eternidade é outro aspecto que o aniquilacionismo falha em adequadamente compreender. Aniquilacionistas estão corretos quando dizem que a palavra grega “aionion”, que é traduzida como eterno, não significa eterno por definição. Ela se refere especificamente a uma “era” ou “eon”, um período de tempo específico. No entanto, está claro que no Novo Testamento o uso de “aionion” é algumas vezes feito para se referir a um período de tempo eterno. Apocalipse 20:10 fala de Satanás, da besta e do falso profeta sendo lançados no lago de fogo e sendo atormentados “de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Está claro que estes três não são “extinguidos” por serem lançados no lago de fogo. Por que seria o destino dos não-salvos diferente (Apocalipse 20:14-15)? A evidência mais convincente para a eternidade do inferno é Mateus 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. Neste versículo, exatamente a mesma palavra grega é usada para se referir ao destino nos injustos e dos justos. Se os injustos são atormentados apenas por uma “era”, então os justos irão viver no Paraíso por apenas uma era. Se os crentes forem para o Paraíso para sempre, então os incrédulos irão para o inferno para sempre.

(4) Outra freqüente objeção à eternidade do inferno feita pelos aniquilacionistas é que seria injusto se Deus punisse os incrédulos no inferno pela eternidade por causa de uma quantidade finita de pecado. Como seria justo se Deus punisse durante a eternidade uma pessoa que viveu em pecado por, por exemplo, 70 anos? A resposta é a seguinte: nosso pecado tem uma eterna conseqüência porque vai contra um Deus eterno. Quando o Rei Davi cometeu os pecados de adultério e assassinato ele disse: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos...” (Salmos 51:4). Se Davi havia pecado contra Bate-Seba e Urias, como poderia afirmar que havia pecado apenas contra Deus? Davi entendeu que todo pecado é derradeiramente contra Deus. Deus é um Ser eterno e infinito. Como resultado, todo pecado é merecedor de punição eterna. Um exemplo terreno disto seria comparar um ataque contra o seu vizinho com um ataque contra o presidente dos Estados Unidos. Sim, ambos são crimes, mas atacar o presidente resultaria em conseqüências muito piores. Quão mais terrível é a conseqüência acarretada pelo pecado contra um Deus santo e infinito?

(5) Um aspecto mais pessoal do aniquilacionismo é a idéia de que nós não teríamos a possibilidade de sermos felizes no Paraíso se nós soubéssemos que alguns dos nossos amados estivessem sofrendo uma eternidade de tormentos no inferno. Quando nós chegarmos ao Paraíso, nós não teremos nada do que reclamar ou do que nos entristecer. Apocalipse 21:4 nos diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Se alguns dos nossos amados não estiverem no Paraíso, nós estaremos 100% de acordo que eles não deveriam estar ali – que eles serão condenados pela própria recusa de aceitar Jesus Cristo como seu Salvador (João 3:16; João 14:6). É difícil entender isso, mas nós não seremos entristecidos pela falta da presença deles. Nosso foco não deve ser em como aproveitar o Paraíso sem os nossos amados, mas em como nós podemos encaminhar nossos amados para a fé em Cristo – para que eles estejam lá.

(6) O inferno é talvez a razão primária pela qual Deus enviou Jesus para pagar pelo preço dos nossos pecados. Ser “extinguido” depois da morte não é um destino a temer, mas uma eternidade no inferno definitivamente o é. A morte de Jesus foi uma morte infinita, pagando nosso débito infinito pelo pecado – para que nós não o tivéssemos que pagar eternamente no inferno (2 Coríntios 5:21). Tudo o que temos a fazer é depositar nossa fé Nele e então seremos salvos, perdoados, limpos e receberemos a promessa de um lar eterno no Paraíso. Deus nos amou tanto para prover a nossa salvação. Se nós rejeitarmos Seu dom de vida eterna, nós iremos encarar as eternas conseqüências dessa decisão.

#tbs_812 - "O que é ateísmo?"

(1) Ateísmo é o ponto de vista de que Deus não existe. O ateísmo não é uma novidade. O Salmo 14, escrito por Davi por volta de 1000 a.C., menciona o ateísmo: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”. Estudos recentes mostram um número crescente de pessoas se tornando atéias, com 10% das pessoas do mundo inteiro declarando-se aderentes ao ateísmo. Então, por que mais e mais indivíduos estão se tornando ateus? O ateísmo é realmente a posição lógica que os ateus afirmam ser?

(2) Por que o ateísmo sequer existe? Por que Deus simplesmente não se revela para as pessoas, provando que Ele existe? Certamente, se Deus aparecesse, todos acreditariam Nele! O problema com esta idéia é que não é a vontade de Deus convencer as pessoas de que Ele existe. A vontade de Deus é que as pessoas acreditem Nele por fé (2 Pedro 3:9) e aceitem o Seu dom da salvação (João 3:16). Sim, Deus poderia aparecer e demonstrar de uma vez por todas que Ele existe. O problema é que Deus claramente demonstrou a sua existência diversas vezes no Antigo Testamento (Gênesis capítulos 6-9; Êxodo 14:21-22; 1 Reis 18:19-31). As pessoas acreditaram que Deus existe? Sim! Elas viraram as costas para os seus caminhos maus e passaram a obedecer a Deus? Não! Se uma pessoa não está disposta a aceitar a existência de Deus por fé, então ela definitivamente não está pronta para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador por fé (Efésios 2:8-9). Esta é a vontade de Deus - que as pessoas se tornem cristãs, não simplesmente teístas (aqueles que acreditam que Deus existe).

(3) A Bíblia nos diz que a existência de Deus deve ser aceita por fé. Hebreus 11:6 declara: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A Bíblia nos lembra de que nós somos abençoados quando nós acreditamos e confiamos em Deus pela fé: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).

(4) O fato de que a existência de Deus deve ser aceita por fé não significa que acreditar em Deus seja algo ilógico. Existem diversos bons argumentos para a existência de Deus. “Deus existe?”. (a) A Bíblia ensina que a existência de Deus é claramente vista no universo (Salmos 19:4), (b) na natureza (Romanos 1:18-22) (c) e nos nossos corações (Eclesiastes 3:11). Dito isso, mais uma vez, a existência de Deus não pode ser provada, ela deve ser aceita por fé.

(5) Ao mesmo tempo, deve-se ter a mesma fé para acreditar no ateísmo. Afirmar “Deus não existe!” é afirmar que se tem o conhecimento de absolutamente tudo o que pode ser conhecido – e de ter ido em todos os lugares possíveis do universo – e de ter testemunhado tudo o que poderia ser visto. É claro, nenhum ateu faria estas exatas afirmações. No entanto, isso é essencialmente o que eles estão afirmando ao dizer que Deus não existe. Os ateus não podem provar, por exemplo, que Deus não vive no centro do Sol ou debaixo das nuvens de Júpiter, ou em alguma nebulosa distante. Isto não pode ser provado, então não pode ser provado que Deus não existe. É necessário ter a mesma quantidade de fé para ser um ateu quanto para ser um teísta.

(6) Então, estamos de volta ao mesmo ponto. O ateísmo não pode ser provado e a existência de Deus deve ser aceita por fé. Eu acredito fortemente que Deus existe. Eu prontamente admito que a minha crença na existência de Deus é baseada em fé. Ao mesmo tempo, eu fortemente rejeito a idéia de que a crença em Deus é ilógica. Eu acredito que a existência de Deus pode ser claramente vista, distintamente sentida e ser provada filosófica e cientificamente necessária. Mais uma vez, para mais informações visite a nossa página “Deus existe?”. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até os confins do mundo” (Salmos 19:1-4).

Por

Carlos Ribeiro 

TBS.... 

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

#tbs_811 - "O que é agnosticismo?"

(1)Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.

(2) A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). (a) A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), (b) percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e (c) confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).

(3) O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe.

(a) Teístas acreditam que Deus existe. 
(b) Ateus acreditam que Deus não existe. (c) Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.

(4) Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?

(5) É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”

#tbs_810 - "O universalismo/salvação universal é bíblico?"

(1) Universalismo é a crença no fato de que todos serão salvos. Há várias pessoas hoje em dia que defendem o ponto de vista da “Salvação Universal” - a idéia de que todos os homens eventualmente irão para o Céu com o Senhor. Talvez seja o pensamento de homens e mulheres vivendo uma vida de tormento no inferno que faz com que alguns rejeitem o ensinamento das Escrituras nesta questão. Para alguns é a sua ênfase exacerbada no amor e na compaixão de Cristo que os levam a acreditar que Deus terá misericórdia de toda alma vivente. Mas as Escrituras ensinam que alguns homens irão passar a eternidade no inferno, enquanto outros irão passar a eternidade no Paraíso com o Senhor.

(2) Antes de tudo, há prova de que os homens não redimidos irão habitar no inferno para sempre. As palavras do próprio Jesus confirmam que o tempo que os redimidos irão passar no Céu durará tanto quanto o tempo que os não redimidos irão passar no inferno. Mateus 25:46 diz: “E irão estes [não-redimidos] para o castigo ETERNO, porém os justos, para a vida ETERNA” (minha ênfase). Alguns acreditam que aqueles no inferno irão eventualmente cessar de existir, mas o Senhor mesmo confirma que irá durar para sempre. Este “fogo eterno” é mencionado anteriormente em Mateus 25:41 também. Em Marcos 9:44 Jesus diz que o inferno é onde “nem o fogo se apaga”. Ele nunca irá se apagar porque irá durar para sempre.

(3) Como alguém pode evitar este “fogo que não se apaga”? Muitas pessoas acreditam que todos os caminhos levam para o Céu, ou consideram que Deus é tão cheio de amor e misericórdia que irá permitir que todos entrem no Céu. Enquanto Deus é certamente cheio de amor e misericórdia, foram estas qualidades que o levaram a enviar o Seu Filho, Jesus Cristo, para a terra para morrer na cruz por nós. Jesus Cristo é a porta exclusiva que leva a uma eternidade no Céu. Atos 4:12 diz: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. 1 Timóteo 2:5: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...”. Em João 14:6, Jesus diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. João 3:16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que TODO O QUE NELE CRÊ não pereça, mas tenha a vida eterna”. Se o homem escolhe por rejeitar o Filho de Deus, então ele não satisfaz os requisitos para a salvação (João 3:16,36).

(4) Com versículos como estes, fica claro que o Universalismo e a Salvação Universal são crenças antibíblicas. O Universalismo não se alinha com o que as Escrituras ensinam. Enquanto muitas pessoas hoje em dia acusam os cristãos de serem intolerantes e “excludentes”, é importante lembrar que estas são as palavras do próprio Cristo. O cristianismo não desenvolveu essas idéias por conta própria, os cristãos simplesmente afirmam o que o Senhor já disse. As pessoas escolhem por rejeitar a mensagem porque não querem encarar o seu pecado e admitir que precisam do Senhor para que sejam salvas por Ele. Dizer que aqueles que rejeitam a provisão de Deus para a salvação através do Seu Filho serão salvos é diminuir a santidade e a justiça de Deus e negar a necessidade do sacrifício de Jesus em nosso favor.

Não intendo o Espírito Santo e seus dons espirituais, e principalmente o batismo e o dom de línguas. há alguma diferença entre as línguas de atos 2 e as línguas estranhas de 1 Coríntios 12? e quais são as evidências que provam que alguém foi batizado ou não com o Espírito Santo?

Para responder essas e outras perguntas vamos fazer um exposição detalhada sobre o Espírito Santo começando pelo livro dos atos dos apóstolos na via do Espírito Santo. Eu creio que muitas dúvidas serão sanadas durante a exposição das verdades contidas no livro de atos sobre as manifestações do Espírito Santo em especial o capítulo 2 de atos e o capítulo 12 de 1 aos Coríntios. Estes dois capítulos são essências para um entendimento hermenêutico correto dos vários dons do Espírito Santo, pois há várias hermenêuticas incoerentes que muitos fazem sobre o Espírito Santo e seus dons espirituais e outros dons do Espírito Santo. Já que estou falando sobre hermenêutica faz bem enfatizar que para termos um entendimento hermeuticamente correto sobre o Espirito Santo equivale conhecê-lo ortopraticamente como uma pessoa no nosso dia a dia através da oração e leitura constante das escrituras sagradas para que as nossas experiências sejam verdadeiras e submissas a Jesus e ao Espírito Santo. Pois há muitos que tem o Espírito Santo que fazem uma tremenda farra com os dons espirituais com expressões extremamente exquisitas que não tem nada a ver com a vontade do Espírito Santo. As vezes a imaturidade de muitos no uso dos Dons do Espírito Santo levam há cometerem vários pecados aberrantes contra o Espírito Santo e Jesus Cristo. Por exemplo: alguém que tem o Espírito Santo pode se alegrar e Pular e bater com suas mãos em outros irmãos machucando os que estão de olhos fechados. Será que foi o Espírito Santo que alegrou o irmão para machucar os outros irmãos? Claro que não! Foi a falta de maturidade espiritual advinda de uma comunhão que vem dá palavra de Deus e não de experiências que tem suas próprias regras que desconstrói a boa espiritualidade da palavra de Deus.

Vamos agora mapiar o espírito santo no livro de atos no capítulo 2.

O Pentecostes: o derramamento do 
Espírito Santo (At 2.1-47)

Lucas é o evangelista que mais en­fatiza a obra do Espírito Santo na vida de Jesus e da igreja. O mesmo Espíri­to que desceu 
sobre Jesus no Jordão, guiou-o no deserto e revestiu-o com poder para salvar, libertar e curar (Lc 3.21,22; 4.1,14,18) agora vem sobre os discípulos de Jesus (At 1.5,8; 2.33). Nos capítulos iniciais de Atos, Lucas refere-se à promessa, à dádiva, ao batismo, ao poder e à plenitude do Espírito na expe­riência do povo de Deus.

O Pentecostes não foi um acontecimento casual, mas uma agenda estabelecida por Deus desde a eternidade. Como o Calvário, o Pentecostes foi um acontecimento único e irrepetível. O Espírito Santo foi enviado a fim de estar para sempre com a igreja. Temos outros derramamentos do Espírito registrado em Atos e no decurso da história, mas todos eles decorreram deste Pentecostes. Concordo com John Stott quando diz que devemos cuidar para não diminuir nossas expectativas ou relegar à categoria do excepcional aquilo que Deus talvez queira que seja a experiência normal da igreja. O vento e o fogo eram extraordinários, e provavelmente também as línguas; mas a nova vida e a alegria, a comunhão e o culto, a liberdade e o poder, não. Destacamos no capítulo 2 de Atos quatro pontos importantes: (1) a descida do Espírito, (2) o fenômeno das línguas, (3) o sermão de Pedro (4)e a vida da igreja.

(1) A descida do Espírito Santo (2.1-4)
Cristo subiu, e o Espírito Santo desceu. O Cristo ressurreto ascendeu aos céus e enviou o Espírito a fim de habitar para sempre com a igreja.Destacamos aqui alguns pontos importantes. Em primeiro lugar, o significado do Pentecostes (2.1a). Ao cumprir-se o dia de Pentecostes... A palavra pentecoste significa o quinquagésimo dia. Pentecostes era a festa que acontecia cinquenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15,16), portanto era o primeiro dia da semana. E também chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Êx 23.16) e Festa das Primícias (Nm 28.26). Cristo ressuscitou como as primícias dos que dormem e durante quarenta dias deu provas incontestáveis de sua ressurreição com várias aparições a seus discípulos. Dez dias após sua ascensão, o Espírito Santo foi derramado no Pentecostes. John Wesley afirma que, no Pentecostes do Sinai no Antigo Testamento e no Pentecostes de Jerusalém no Novo Testamento aconteceram duas grandes manifestações de Deus, a legal e a evangélica; uma da montanha e a outra do céu; a primeira terrível, e a segunda, misericordiosa. Em segundo lugar, a espera do Pentecostes (2.1b)... estavam todos reunidos no mesmo lugar. Os 120 discípulos estavam congregados no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Estribados na promessa do Pai anunciada por Jesus, havia no coração deles a expectativa do revestimento de poder. Todos estavam no mesmo lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito. Em terceiro lugar, o derramamento do Espírito no Pentecostes (2.2-4). O historiador Lucas registra a descida do Espírito com as seguintes palavras: De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem (2.2-4) O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. Foi incontestável e irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi definitivo, ele veio para ficar para sempre com a igreja. Aquilo que aqui se denomina ficar cheio, também é chamado de batismo (1.5; 11.16), derramamento (2.17,18; 10.45) e recebimento (10.47). William MacDonald diz que a vinda do Espírito envolveu (1)um som para ouvir, (2)um cenário para ver e (3) um milagre para experimentar. O versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar. O termo todos, que aparece mais uma vez no versículo 4, deve ser entendido no sentido de que não só os doze estão presentes, mas também as mulheres e os outros discípulos mencionados em 1.13-15. Foi sobre todos esses, e não só sobre os doze, que o Espírito desceu. Três fatos nos chamam a atenção. Primeiro, o derramamento do Espírito veio como um som(2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. O derramamento do Espírito foi um acontecimento audível, verificável, público, reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão para ouvir a Palavra. Segundo, o derramamento do Espírito veio como um vento(2.2). O vento é símbolo do Espírito Santo (Ez 37.9,14; Jo 3.8). O Espírito veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade e inescrutabilidade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer. O Espírito sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde gostaríamos que ele soprasse. Como o vento, o Espírito é soberano; ele sopra irresistivelmente. O chamado de Deus é irresistível, e sua graça é eficaz. O Espírito sopra no templo, na rua, no hospital, no campo, na cidade, nos ermos da terra e nos antros do pecado. Quando ele sopra, ninguém pode detê-lo. Os homens podem até medir a velocidade do vento, mas não podem mudar o seu curso. Como o vento, o Espírito também é misterioso; ninguém sabe donde vem nem para onde vai. Seu curso é livre e soberano. Deus não se submete à agenda dos homens nem se deixa domesticar.

É errado um cristão entrar na justiça para cobrar os seus direitos?

É  errado  um  cristão  entrar  na  justiça  para  cobrar  os seus  direitos? “Tenho  um  filho  do  meu  primeiro  casamento,  quando  ainda  não  conhecia Jesus.  Naquele  tempo  me  divorciei  do  meu  marido.  O  pai  do  menino  não honra  o  compromisso  dele,  não  paga  a  pensão,  e  eu  tenho  passado  por muitas  dificuldades  por  causa  disso.  Estou  pensando  em  entrar  na  justiça para  regularizar  isso,  mas  fico  preocupada  se  isso  é  bíblico  e  agrada  a Deus.  É  errado  um  cristão  entrar  na  justiça  contra  alguém  para  cobrar  os seus  direitos?” Cara  leitora,  creio  que  poderei  te  ajudar  dando  uma  resposta  bíblica  que te  dê  segurança  para  tomar  a  melhor  atitude  nesse  caso.  Vamos  analisar juntos  algumas questões  importantes: Em  primeiro  lugar,  o  ideal  seria  que  conseguíssemos  resolver  todas  as questões  pelo  diálogo,  onde  cada  um  respeitasse  o  direito  do  outro  e cumprisse  o  seu  papel,  sem  que  houvesse  a  necessidade  de  advogados, juízes  e  sistema  judicial  para  isso.  Porém,  sabemos  que  nem  sempre  isso acontece,  pois,  a  injustiça  faz  parte  do  coração  pecaminoso  do  ser humano.  Daí  a  necessidade  de  leis  para  organizar  questões  importantes para  que  cada  um  faça  a  sua  parte  e  respeite  os direitos do  outro. Mas  sabemos  que  nem  mesmo  existindo  leis  que  devem  ser  cumpridas, algumas  pessoas  respeitam.  Por  isso  existe  um  sistema  judiciário  para julgar  os  entraves  que  acontecem  quando  alguém  sente  que  teve  seu direito  ferido  e  para  punir  aquele  que  viola  as leis estabelecidas. Em  segundo  lugar,  vamos  avaliar  algumas  questões  bíblicas  sobre  o assunto.  Alguns  usam  o  texto  de  1  Coríntios  6:1-11  para  proibir  qualquer cristão  entrar  na  justiça  contra  alguém.  Principalmente  este  verso:  “Para vergonha  vo-lo  digo.  Não  há,  porventura,  nem  ao  menos  um  sábio  entre vós,  que  possa  julgar  no  meio  da  irmandade?  Mas  irá  um  irmão  a  juízo contra  outro  irmão,  e  isto  perante  incrédulos! (1  Coríntios 6:5-6). Porém,  nesse  texto  Paulo  está  trabalhando  o  fato  de  irmãos  da  igreja entrarem  na  justiça  para  resolverem  problemas  que  poderiam  ser resolvidos  dentro  da  igreja  de  forma  amigável.  Paulo  considerava  esse fato  uma  derrota  para  igreja  (v.7).  Nesse  texto  Paulo  não  está  proibindo a  luta  por  direitos na  justiça,  mas  lamentando  o  fato  de  irmãos da  própria comunidade  apelarem  para  tribunais  de  incrédulos  para  julgarem desentendimentos na igreja, quando deveriam fazer isso internamente na igreja. Um caso interessante que vemos na Bíblia foi quando o próprio apóstolo Paulo estava sendo acusado pelos judeus, que queriam matá-lo, armando-lhe ciladas (Atos 25.3-4). Paulo estava ciente de sua inocência (Atos 25.8). Apesar de nenhuma das autoridades que julgaram a Paulo acharem nele crime algum, Paulo “bateu o pé” e quis ser enviado a Roma para que seu caso fosse apreciado por César (Atos 26:32). O que vemos aqui é Paulo lutando pelos seus direitos e usando a lei da época para que seus direitos fossem respeitados diante daqueles que estavam injustiçando-o. Assim, cara leitora, vejo que em seu caso, caso tenha esgotado as possibilidades de diálogo e seu ex-marido permaneça não cumprindo o que a lei diz em relação a pensão alimentícia, entre sim na justiça, pois é direito de seu filho, é legal e não tem nenhum mandamento bíblico que proíba você de exercer sua cidadania e fazer valer os seus direitos e, principalmente, os de seu filho. O cristão entrar na justiça para buscar seus direitos é algo totalmente licito. Evidentemente que a orientação de Paulo sobre irmãos em Cristo que vão a tribunais um contra o outro deve ser considerada e pensada, pois os discípulos de Cristo foram chamados a viver como pacificadores. Fora isso, temos total liberdade de fazer valer os nossos direitos na justiça quando são violados.

P250

Por
Carlos Ribeiro tbs... 

Afinal, após a morte os mortos estão dormindo ou estão conscientes?

Afinal,  após  a  morte  os  mortos  estão  dormindo  ou estão  conscientes? “Sempre  tive  essa  dúvida  se  quando  morremos ficamos dormindo  até  que chegue  o  dia  do  juízo  final  ou  se  ficamos acordados  e  conscientes.  Alguns textos  da  Bíblia  falam  que  ficamos  dormindo,  mas  outros  parecem mostrar  que  ficamos  conscientes.  Mas,  afinal,  os  mortos  estão  dormindo ou estão  conscientes?” Cara  leitora,  essa  questão  é  bem  interessante  e  não  é  tão  difícil  de respondermos.  Veremos  que  é  mais  uma  questão  de  interpretar corretamente  os  textos  bíblicos  dentro  de  seus  respectivos  contextos  do que  algo  obscuro  que  a  Bíblia  não  nos  revela. A  Bíblia  diz  que os  mortos  estão  dormindo?

(1)  É  bem  interessante  notar  que  alguns  textos  usados  por  aqueles  que afirmam  que  ficamos  dormindo  após  a  morte  são  usados  isoladamente sem  a  interpretação  correta  de  seu  contexto.  

Vejamos  um  deles:  “Isto dizia  e  depois  lhes  acrescentou:  Nosso  amigo  Lázaro adormeceu…”  (João  11:11).  Observe  que  Jesus  afirma  que  Lázaro “adormeceu”.  Jesus  estava  falando  que  a  alma  do  morto  Lázaro  estava dormindo?  Evidentemente  que  não!  O  próprio  Jesus  esclarece  logo  a frente,  em  João  11:14:  “Então,  Jesus  lhes  disse  claramente:  Lázaro morreu”.  Outro  texto  também  muito  usado  para  embasar  o  sono  da alma,  é  1  Tessalonicenses  4:13:  “Não  queremos,  porém,  irmãos,  que sejais  ignorantes  com  respeito  aos  que  dormem,  para  não  vos entristecerdes  como  os  demais,  que  não  têm  esperança”.  Paulo está  falando  nesse  texto  que  as  almas  dos  parentes  daquelas  pessoas estavam  dormindo?  Também  não.  Note  o  contraste  que  Paulo  faz  com  a palavra  “vivo”  no  verso  17.  O  foco  de  Paulo  aqui  é  a  morte  física  e  como ela  não  é  o  fim  de  nossa  vida.

 (2)  A  Bíblia  usa  muitas  palavras  diferentes  para  descrever  a  morte.  Por exemplo:  adormeceu  (João  11:11;  Atos  13:36).  A  pessoa  dormindo  tem  a mesma  postura  de  uma  pessoa  morta,  fica  deitada.  Outra  palavra: Dormir  (Daniel  12:2;  1  Tessalonicenses  4:13).  A  pessoa  morta  parece uma  pessoa  dormindo.  Mais  uma:  Sono  (Jeremias  51:39).  São  palavras mais  “amenas”,  e  até  poéticas,  usadas  para  lidar  com  mais  tranquilidade com  esse  duro  momento  para  o  ser  humano.  Em  nenhuma  dessas passagens  bíblicas  há  embasamento  que  apoie  o  pensamento  de  que  os mortos  estão  dormindo. 

A Bíblia diz que os mortos estão conscientes?

(1) Sim, a Bíblia diz isso claramente. Paulo diz em 2 Coríntios 5:8: “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor”. Como Paulo poderia encontrar-se com o Senhor e habitar com Ele depois de sua morte se estaria dormindo?

(2) Quando Jesus e alguns discípulos sobem ao monte e acontece a transfiguração de Jesus, vemos algo interessante: “E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele” (Mateus 17:3). Como Moisés e Elias poderiam falar com Jesus se a alma deles estava dormindo o sono da alma? Alguns afirmam que Elias não passou pela morte (isso é verdade), mas Moisés não só morreu como foi sepultado pelo próprio Deus (Deuteronômio 34:5-7). 

(3) Na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31) Jesus usa como pano de fundo de Sua parábola mortos que estavam conscientes tanto no céu quando no inferno, que dialogavam e, inclusive, interagiam com outro que já tinha morrido há muito tempo (Abraão). Será que Jesus usaria uma mentira como parábola? Se os mortos ficam dormindo após a morte, então, Jesus mentiu nessa parábola.

 (4) Mais incrível ainda é ver o que Apocalipse 6:9-10 diz: “Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”. Observe que esses mortos citados estavam clamando a Deus por justiça, pois foram mortos por perseguição religiosa. Como alguém que está dormindo (e, portanto, inconsciente) pode clamar a Deus?

(5) Assim, creio que está evidente na Palavra de Deus que há certa consciência daqueles que morreram onde quer que estejam. Apesar de a Bíblia não nos dar grandes detalhes de como isso funciona na prática, não podemos negar que a Bíblia deixa claro que não existe essa questão de a alma ficar dormindo após a morte. Existe consciência e isso está provado pelos textos bíblicos.

P259

Por 
Carlos Ribeiro 

A Bíblia diz que a mulher não pode usar roupas parecidas com as dos homens?

A  Bíblia  diz  que  a  mulher  não  pode  usar  roupas parecidas  com  as  dos  homens? “Estou  com  uma  dúvida  a  respeito  do  uso  de  roupas  de  homens  e mulheres:  em  Deuteronômio  22:5  diz:  “A  mulher  não  usará  roupa  de homem,  nem  o  homem,  veste  peculiar  à  mulher;  porque  qualquer  que faz  tais  coisas  é  abominável  ao  SENHOR,  teu  Deus”Como  fica  nesse caso?  Os  homens  usam  calças,  então,  a  mulher  está  proibida  pela  Bíblia de  usar  calças?  Vejo  muitas  igrejas  que  proíbem  as  mulheres  de  usar calças  e  até  outras peças de  roupa.” Cara  leitora,  muito  boa  a  sua  observação.  Vamos  fazer  juntos  uma avaliação  dessa  lei  descrita  na  Bíblia  e  entender  se  a  Bíblia  traz  uma proibição  da  mulher  usar  calças  e  outras  roupas  que  os  homens  também usam  e  vice-versa.

 (1)  A  primeira  coisa  importante  a  se  observar  é  o  que  significa  a expressão  “roupa  de  homem”  e  “veste  peculiar  a  mulher”  empregadas  no texto.  É  pouco  provável  que  signifique  um  tipo  específico  de  roupa,  pois, se  assim  fosse,  a  Lei  deveria  descrever  com  maiores  detalhes  que  roupas eram  essas  que  causavam  “abominação”  no  Senhor,  quando  homens  e mulheres  as  usavam  de  forma  trocada.  Não  temos  essa  informação  na Bíblia. 

(2)  É  muito  mais  provável  que  o  texto  esteja  falando  sobre  os  papeis  do homem  e  da  mulher  dentro  da  criação  de  Deus.  Deus  criou  homem  e mulher  com  papeis  distintos  e complementares.  Homens  querendo  ser mulheres  e  mulheres  querendo  ser  homens  não  era  algo  que  agradava  a Deus,  pois  era  um  desvirtuamento  dos  papeis  criados  por  Ele  para  cada um. 

(3)  O  foco  do  texto  certamente  é  algum  tipo  de  “travestismo”  onde  o homem  queria  intencionalmente  ser  uma  mulher  e  a  mulher  ser  um homem  e,  assim,  usavam  as  vestes  como  um  sinal  desse comportamento.  Vemos  igualmente  na  lei  de  Moisés,  que  relações homossexuais  eram  chamadas  de  abominação  (Levítico  18:22).  Da mesma  forma,  nesse  verso  que  estamos  discutindo,  essa  troca  de “roupas”  intencional  para  se  parecer  com  o  sexo  oposto,  também  é chamada  de  abominação.  Talvez  um  indício  de  que  realmente  esse  uso de  vestes  trocadas  seja  um  indicativo  de  homens  que  queriam  estar  no papel  de  mulher  e  o  contrário  também.  Essa  é  a  interpretação  que  me parece  mais sensata  desse  texto  bíblico. 

(4) Aos que defendem que esse texto proíba, por exemplo, a mulher usar calça jeans, ficam algumas importantes perguntas que não estão no texto bíblico:

👉🏿 Quais são as vestes de mulher e quais são as vestes de homem?

👉🏿 Quem define o que é uma roupa de homem e o que é uma roupa de mulher?

 👉🏿No caso da “polêmica” calça jeans, quem definiu que ela é uma roupa de homem, já que existem cortes específicos para mulheres? 

(5) Assim, em minha opinião, fica bem evidente que o texto de Deuteronômio 22:5 não tem a intenção de falar de moda e regular o tipo de veste que homens e mulheres devem usar, mas de orientar que Deus não se agrada da inversão dos papeis sexuais de cada um. É evidente que homens e mulheres devem procurar se portar cada qual em seu papel, avaliando com sabedoria o que deve ou não usar como vestimenta para que esse papel não fique comprometido diante de Deus e dos homens.

P250

Por 
Carlos Ribeiro da tbs... 

Meu marido tem me trocado pela pornografia. O que fazer?

Meu  marido  tem  me  trocado  pela  pornografia.  O  que fazer? “Estou  muito  triste.  Já  faz  um  tempo  que  venho  percebendo  que  meu marido  não  me  procura  como  antigamente.  Quando  questiono  ele  sobre isso,  ele  me  dá  um  monte  de  desculpas,  diz  que  está  cansado,  que  está trabalhando  muito,  etc.  Mas  já  vi  no  computador  e  no  celular  dele  vários filmes  e  imagens  pornográficas  e,  às  vezes,  ele  fica  até  tarde  da  noite acordado  para  ver  pornografia.  O  que  devo  fazer?  Nós  dois  somos cristãos  e  creio  que  essa  situação  não  tem  agradado  a  Deus.” Cara  leitora,  esse  é  um  problema  que  é  enfrentado  por  milhares  de pessoas,  já  que  a  pornografia  tem  sido  muito  difundida  no  mundo  e  com cada  vez  mais  liberdade  (e  muitos  a  consideram  algo  normal). Antigamente  era  mais  velada,  mas  hoje  a  vemos  na  tevê,  nas  ruas,  em outdoors,  e  a  apenas  um  clique  através  da  Internet.  Muitos  casamentos têm  sido  prejudicados  pela  pornografia.  Apesar  de  alguns  acharem-na inofensiva,  na  realidade  não  é.  Sobre  seu  marido  ver  pornografia  e  estar desinteressado  em  você,  vamos pensar  em  algumas questões: 

(1)  Creio  que  a  primeira  coisa  a  ser  feita  é  na  área  da  oração.  Como  você mencionou  que  vocês  dois  são  cristãos,  você  poderia  começar  a  chamá-lo para  orar  todos  os  dias  por  alguns  instantes  e  mencionar  em  suas orações  que  deseja  que  Deus  dê  a  ele  mais  interesse  por  você.  A  Bíblia diz  que  “…Muito  pode,  por  sua  eficácia,  a  súplica  do  justo”  (Tiago 5:16).  Quem  sabe  nesses  momentos  de  oração  “caia  a  ficha”  dele  e perceba  que  precisa  mudar  a  postura  não  só  com  você,  mas  também diante  de  Deus,  já  que  ver  pornografia  não  é  algo  que  agrada  a  Deus. 

(2)  Mas  é  provável  que,  inicialmente,  ele  fique  incomodado  com  essas orações.  Se  esse  pecado  de  ver  pornografia  estiver  enraizado  na  vida dele  como  um  vício,  talvez  ele  esteja  já  com  o  coração  insensível  ou mesmo  bastante  ferido  por  estar  tentando  lutar  contra  esse  vício.  Nesse caso,  o  segundo  passo  é  o  diálogo.  Ache  um  momento  certo  para confrontá-lo  com  amor.  Diga  que  sabe  que  ele  vê  pornografia  e  que  se sente  muito  triste  por  isso,  pois o  ama  muito  e  que  gostaria  que  a  vida  de casados  de  vocês  fosse  diferente  nessa  área.  É  muito  importante  reforçar os  sentimentos  nessa  conversa,  sem  esconder  nada.  Esse  tipo  de conversa  é  dura,  mas pode  resultar  no  início  do  processo  cura.

 (3)  Agora  vamos  olhar  para  o  seu  coração,  leitora.  Eu  sei  que  isso  é  um golpe  muito  duro  no  coração  da  mulher.  O  fato  do  homem  fantasiar  com outras mulheres fere o coração da esposa. Mas como estou vendo em você uma postura de buscar a solução para o problema, creio que está disposta a perdoá-lo para o bem da relação. Será muito importante que você também trabalhe seu coração para que haja perdão e cura e uma disposição para o recomeço, deixando o passado no passado. Não vai ser fácil, mas é importante que você desde já comece a buscar a presença de Deus em busca da cura da ferida que está em seu coração. Deus tem poder para sarar os corações: “sara os de coração quebrantado e lhes pensa as feridas” (Salmos 147:3). 

(4) Algo a se pensar é que não é incomum que casais com temperamento muito diferente e já muito distantes pelo fato de o problema não ter sido tratado logo, já estejam bem insensíveis um com o outro. Se esse for o caso de vocês, isso vai gerar muita dificuldade de diálogo e de entrarem em um acordo sobre a situação. Alguns preferem fingir que o problema não existe e o negam até o fim. Nesse caso é importante recorrer a pessoas cristãs de confiança que possam ajudar o casal a alcançar a cura nessa área. Geralmente o homem cristão fica com muita vergonha quando é descoberto em um pecado na área sexual e não quer se expor de modo algum. Aí entra a oração e a força da ação de Deus. Quando não se consegue resolver o problema sozinhos, é importante procurar ajuda, afinal, a cura da relação vale a pena. A ajuda é algo muito importante: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5:16)

(5) Assim, cara leitora, e também outras mulheres que passam por esse problema, vale lembrar o que a palavra de Deus diz a respeito da mulher sábia: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba” (Provérbios 14:1). Que vocês sejam sábias e vitoriosas em seu lar, ajudando os maridos a vencerem a pornografia e ajudando a trazer os maridos novamente para o centro da vontade Deus, construindo uma família sólida para a glória de Deus!

P250

Por
Carlos Ribeiro da tbs...