(1) passagens bíblicas relevantes,
(2) profetisas na Bíblia,
(3) mulheres envolvidas no ministério de Jesus,
(4) mulheres envolvidas no ministério de Paulo,
e(5) três pontos de vista a respeito do ministério de mulheres na igreja.
A. Passagens bíblicas relevantes.
1. Adão e Eva foram criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27).
2. Eva foi tirada do lado de Adão para ser uma ajudadora idônea (Gn 2.18,21-24).
3. Adão e Eva receberam a ordem de dominar a criação (Gn 1.28).
4. Ambos receberam a ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16,17).
5. Satanás enganou Eva, e assim ela comeu da árvore e deu de seu fruto a Adão (Gn 3.1-6).
6. Esse ato único introduziu o pecado e a morte no mundo (Gn 3.7).
7. A punição de Eva pelo pecado foi dupla (Gn 3.16).
a. Sua dificuldade para dar à luz seria grandemente aumentada.
b. Seu desejo seria para seu marido, e ele a dominaria.
8. Apesar de Eva ter-se tornado a primeira pecadora da história a partir da perspectiva cronológica, Deus, todavia, olhou para Adão como sendo o primeiro a partir da perspectiva teológica.
9. A razão para isso está explicada por Paulo (lTm 2.13,14).
10. O apóstolo então acrescenta 1 Timóteo 2.15. Pergunta: como essas palavras devem ser interpretadas? O Dr. John Walvoord e o Dr. Roy Zuck respondem: Esse é um dos versículos de mais difícil interpretação do Novo Testamento. As palavras ambíguas salvar-se-á, porém, dando à luz filhos têm suscitado muitas interpretações diferentes:
(a) preservada (fisicamente) no difícil e perigoso processo do parto;
(b) preservada (da insignificância) pelo seu papel na família;
(c) salva por meio do supremo parto de Jesus Cristo, o Salvador (uma referência indireta a Gn 3.15);
e (d) protegida da corrupção da sociedade por estar em casa criando os filhos.
A interpretação do versículo fica mais nebulosa pela oração condicional no final: se permanecer, ou seja, a mãe, com modéstia na fé, no amor e na santificação.
O que quer que se entenda que a primeira parte desse versículo esteja afirmando, está condicionada à disposição da mulher de cumprir essas quatro virtudes. Por isso, a segunda das opções parece a mais provável. Uma mulher encontrará sua maior satisfação e significado para a vida, não buscando o papel masculino, mas ao cumprir o plano de Deus para ela, como esposa e mãe com toda modéstia na fé, no amor e na santificação (isto é, autocontrole; cf. 1 Tm 2.9). (The Bible Knowledge Commentary. New Testament Edition. Victor Books. p. 736).
11. Uma mulher deve aprender em silêncio e plena submissão. Paulo não permite que uma mulher ensine ou tenha autoridade sobre um homem; ela deve aprender em silêncio (1 Tm 2.11,12).
12. Simão Pedro toca no assunto da submissão e dá uma importante razão para sua prática (1 Pe 3.1-6).
13. Existe uma ordem estabelecida na família como existe na Trindade (1 Co11.3; Ef 5.23).
14. Paulo admoesta homens e mulheres salvos a conduzirem-se de maneira apropriada quando estiverem na casa de Deus (1 Co 11.4-15). Com esses versículos, aprendemos:
a. Sobre o homem.
(1) Ele não deve ter sua cabeça coberta.
Isso servia para mostrar que não havia nada entre ele e seu Deus.
(2) Ele não deve usar o cabelo comprido, desgrenhado e despenteado. Alguns acreditam que esse era um sinal de homossexualidade na época.
b. Sobre a mulher.
Ela não devia aparecer em público com a cabeça descoberta ou com o cabelo raspado. Parece que havia duas razões para isso:
(1) uma escrava andava em público com a cabeça descoberta,
e (2) uma prostituta usava o cabelo raspado. Mas a mulher salva devia demonstrar sua liberdade em Cristo e sua pureza de vida.
15. Essa conduta devia ser observada quando as mulheres estivessem orando ou profetizando.
16. Assim, agindo dessa forma, ela demonstraria seu respeito (1) por seu marido, e (2) pelos anjos [1 Co 11.10].
17. Se a mulher fosse a esposa de um diácono, ela deveria ser honesta, não mal- dizente, sóbria e fiel em tudo (1 Tm3.11).
18. As mulheres eram instruídas a permanecer em silêncio nas igrejas.
Se quisessem saber de algo, deveriam perguntar ao marido em casa, pois isso era impróprio no santuário (1 Co 14.34,35).
Pergunta: como essas palavras de Paulo podem entrar em acordo com as de 1 Coríntios 11.4-6, onde ele permite que as mulheres orem e profetizem em sua igreja local? A proibição aqui, em 1 Coríntios 14.34,35, provavelmente fez referência ao falar em línguas.
19. Grupos específicos de mulheres.
a. Mulheres mais velhas (Tt 2.3-5).
b. Viúvas mais velhas (1 Tm 5.9,10).
c. Viúvas mais jovens (1 Tm 5.14).
20. Virgens solteiras.
Buscar o conselho de seus pais antes de casarem-se (1 Co 7.36-38).
21. Todas as esposas.
a. Submeter-se a seus maridos (Ef5.22,24,33).
b. Render a devida benevolência a seus maridos (1 Co 7.3).
c. Perceber (tanto a esposa como o marido) que seus corpos não pertencem a si mesmos, mas um pertence ao outro (Gn 2.23,24; Mt 19.5; 1 Co 7.4; Ef 5.31).
d. Satisfazer as necessidades sexuais um do outro (1 Co 7.5).
e. Permanecer com o marido descrente, se possível (1 Co 7.13). Paulo explica o motivo para isso (1 Co 7.12-14).
B. Profetisas na Bíblia:
1.Miriã (Êx 15.20).
2.Débora (Jz 4.4).
3.Hulda (2 Rs 22.14).
4.Noadias (Ne 6.14).
5.Esposa de Isaías (Is 8.3).
6.Ana (Lc 2.36).
7.As quatro filhas solteiras de Filipe (At21.9).
C. Mulheres envolvidas no ministério de Jesus.
1. Sendo abençoado pela profetisa Ana durante Sua dedicação no templo (Lc 2.36-38).
2. Transformando água em vinho para Maria, Sua mãe (Jo 2.1-11).
3. Curas:
a. Sogra de Pedro (Mt 8.14,15).
b. Uma mulher com um problema de sangue (Mt 9.20-22).
c. Uma mulher aleijada no sábado (Lc 13.10-17).
4. Ressurreições:
a. O filho de uma viúva (Lc 7.11-15).
b. O irmão de Maria e Marta (Jo11.17-24).
c. A filha de Jairo (Mt 9.18,19,23,26).
5. Libertações (de possessão demoníaca):
a. A filha de uma mulher siro-fenícia (Mt 15.21-28).
b. Maria Madalena e outras mulheres anônimas (Lc 8.2).
6. Sendo ministrado por essas mulheres:
a. Que o apoiaram com o sustento material durante Seu ministério (Mc 15.40,41; Lc 7.44,50).
b. Que choraram quando Ele estava em Seu caminho rumo ao Calvário (Lc 23.27).
c. Que estavam ao pé da cruz quando Ele morreu (Mt 27.55; Lc 23.49).
d. Que acompanharam Seu corpo ao sepulcro (Lc 23.55).
e. Que o ungiram.
(1) Antes de Sua morte (Mt 26.6- 13).
(2) Depois de Sua morte: na tarde da sexta-feira (Lc 23.55,56), e tentando concluir essa unção no domingo de manhã (Mc16.1).
f. Que deram testemunho a respeito de Sua ressurreição (Mt 28.9,10; Lc 24.22,23).
7. Em duas ocasiões, Jesus comentou sobre a fé encontrada em mulheres (Mt 9.20-22; 15.22,28).
8. As mulheres estavam envolvidas em cada uma das três ocasiões em que Jesus levantou alguém dentre os mortos:
a. A mãe viúva, de Naim.
b. A filha de Jairo.
c. As irmãs Maria e Marta.
9. As mulheres desempenharam algum papel em não menos do que 25% de todos os milagres de Jesus.
10. Um dos dois maiores testemunhos a respeito da divindade de Jesus foi dada por uma mulher (Jo 11.25-27).
11. A primeira pessoa a quem Jesus revelou que era o Messias foi uma mulher (Jo 4.25,26).
12. A primeira pessoa a ver o Cristo ressur- reto foi uma mulher (Jo 20.14-16).
D. As mulheres envolvidas no ministério de Paulo:
1. Cloe (1 Co 1.11). Quem informou Paulo a respeito das contendas dentro da igreja em Corinto.
2. Cláudia (2 Tm 4.21). Quem enviou suas saudações pessoais para Timóteo ao final da última carta de Paulo.
3. Dâmaris (At 17.34). Que se converteu após o sermão de Paulo no Areópago, em Atenas.
4. Evódia e Síntique (Fp 4.2,3). Duas mulheres discutindo na igreja em Filipos. Paulo refere-se a elas como essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho.
5. Júlia (Rm 16.15). Uma mulher para quem Paulo enviou saudações durante sua carta para a igreja em Roma.
6. Loide e Eunice (2 Tm 1.5; 3.15). As piedosas avó e mãe de Timóteo, que eram fiéis cooperadoras de Paulo, haviam ensinado as Escrituras para Timóteo desde sua infância.
7. Lídia (At 16.14,40). Uma negociante de Tiatira, que havia sido levada a Jesus por intermédio de Paulo, e que pode ter oferecido sua casa para uma igreja após a partida do apóstolo.
8. Maria (Rm 16.6). Uma mulher que Paulo citou durante sua carta para a igreja em Roma. Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.
9. Irmã de Nereu (Rm 16.15). Uma mulher a quem Paulo saudou durante sua carta à igreja em Roma.
10. Pérside (Rm 16.12). Uma mulher a quem Paulo saudou durante sua carta à igreja em Roma. A amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor.
11. Febe (Rm 16.1,2). A mulher fiel que levou a carta de Paulo aos romanos, de sua casa em Corinto. Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja.
12. Priscila (At 18.2,18,26; Rm 16.3; 1 Co 16.19; 2 Tm 4.19). Ela e seu esposo, Áquila, eram grandes amigos de Paulo, e trabalharam com ele fazendo tendas, viajando e ensinando (At 18.24-26; Rm 16.3; 1 Co16.19).
13. Trifena eTrifosa (Rm 16.12). Duas mulheres, provavelmente irmãs, e possivelmente gêmeas, a quem Paulo enviou saudações durante sua carta à igreja em Roma. As quais trabalham no Senhor.
14. Mulheres que aceitaram o convite de Paulo para receber a Cristo (At 13.50; 17.4,12,34).
E. Três pontos de vista a respeito do ministério de mulheres na igreja:
1. Liberdade total. Está baseado em (pelo menos) três fatores:
a. Uma interpretação errônea de Gálatas 3.28.
b. A falsa suposição de que aquelas passagens que proíbem as mulheres de usurparem a autoridade sobre os homens ou de permanecerem em silêncio na igreja eram de natureza cultural, relevantes apenas para a história da Igreja primitiva, e que não se aplicam nos dias de hoje.
c. O argumento do silêncio. Já que a Bíblia, na qual devemos crer, não diz a uma mulher: “Não serás ordenada para servir como pastora ou evangelista”, então a porta do ministério está escancarada para todos os cargos cristãos, inclusive o de profetisa ou apóstolo!
Nota: essa incrível afirmação apostólica está baseada em Romanos 16.7, quando certa Júnia estava “entre os apóstolos”.
A principal dificuldade com esse argumento (entre outras) é que a maioria dos eruditos gregos acredita que Júnia era um homem!
2. Pouca ou nenhuma liberdade. Está baseado (em parte) em 1 Timóteo 2.11,12; 1 Coríntios 14.34,35. Robert Deffinbaugh afirma que os antigos judeus e gregos tinham as mulheres em baixa consideração: A. W. Verrall, o grande e clássico erudito, disse certa vez que uma das principais doenças das quais antigas civilizações morreram era a baixa consideração pelas mulheres. Os judeus não consideravam as mulheres. Em sua oração matinal, existia uma sentença na qual um judeu dava graças a Deus por não ter nascido “um gentio, um escravo ou uma mulher”. Na lei judaica, uma mulher não era uma pessoa, mas uma coisa. Ela não tinha nenhum direito legal; era absolutamente uma propriedade de seu marido, que poderia fazer com ela o que bem quisesse. Aristóteles uma vez disse: “Pode-se dizer que a mulher é um ser inferior”. Na época do Novo testamento, “(as mulheres) não recebiam nenhuma educação, nem aprendiam sobre seus escritos religiosos, a Torá. Um rabino que viveu naquela época, disse: ‘é melhor que as palavras da Torá sejam queimadas do que confiadas a uma mulher. Quem quer que ensine a Torá à sua filha é como alguém que ensine a ela a lascívia’”. O próprio Deffinbaugh defende que as mulheres não devem exercer liderança sobre os homens na igreja: Claramente, uma mulher não deve assumir qualquer posição de liderança e autoridade na reunião da igreja.... O senhorio de Jesus Cristo, Sua liderança sobre a igreja, devem ser executadas por homens.Devo dizer que isso pode muito bem significar que liderança e ensino podem não ser tão bons sob a liderança de homens. Em algumas igrejas, estou certo de que há mulheres piedosas que podem pregar melhor que o pastor. Mas a igreja de Jesus Cristo deve ser operada na base do princípio, não do pragmatismo. (Taken from his sermon. The New Testament Church — The Role ofWomen. Bible.org [website]. p.3,6,9)
3. Alguma liberdade. Norm Geisler explica as nuances desse ponto de vista:
a. As mulheres são iguais aos homens pela criação.Tanto os homens como as mulheres são criados à imagem de Deus... (Gn 1.27; Mt 19.4-6; 1 Co11.12).
b. As mulheres são iguais aos homens pela redenção.Os sexos também são iguais por causa de sua redenção (Gl 3.28). Não existem cidadãos de segunda classe no Reino de Deus; pela redenção, todos estão no mesmo nível espiritual.
c. As mulheres igualmente aos homens recebem dons para o ministério. Não existem símbolos de gênero na lista de dons das Escrituras, como
“dom de ensino (M)” ou “dom de socorros (F)”. Todos os dons são para todo o Corpo (1 Co 12.4ff.) Foi dito às mulheres como ora reprofetizar (lCo 11.5); Filipe tinha quatro filhas com o dom de profecia (At 21.9); Priscila (junto com seu marido, Aquila) ensinou o eloqüente pregador Apoio (18.24- 26).
d. As mulheres são funcionalmente superiores ao homem devido ao parto.
De acordo com Paulo, as mulheres têm uma superioridade funcional pelo fato de que apenas elas dão à luz (1 Tm 2.15). Todos os homens, desde Adão, nascem por intermédio de uma mulher (1 Co11.12).
Essa superioridade funcional no parto e na amamentação de crianças é parte da natureza criada das mulheres.
e. As mulheres não devem usurpar a autoridade sobre os homens na igreja.
Assim como uma esposa deve submeter-se à direção de seu marido, da mesma forma a igreja deve submeter-se à direção de Cristo. Falando da manifestação dessa prática na cena local, Paulo escreve: Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo (1 Co11.3). Assim, Paulo exortou que a mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição (1 Tm 2.11); isso significa que tudo deve ser feito decentemente e com ordem (1 Co 14.40), de acordo com o padrão que Deus estabeleceu para a Igreja. (Systematic Theology. Volume IV. “The Church and Last Things”. p. 202-204)4. E minha opinião (HLW) que existem muitos papéis abertos para uma mulher em sua igreja local:
a. Líder de música ou coral.
b. Organista ou pianista.
c. Diretora da educação cristã.
d. Professora das classes de mulheres.
e. Equipe de ensino (ao lado do marido).
f. Classes da escola dominical envolvendo homens e mulheres.
g. Supervisora financeira ou tesoureira da igreja.
h. Secretária da igreja.
i. Diretora de missões.
j. Todos os tipos de trabalhos com crianças.
L. Diretora de visitação.
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