segunda-feira, 21 de março de 2016

2. Quais são alguns dos argumentos filosóficos que tentam provar a existência de Deus?

2. Quais são alguns dos argumentos filosóficos que tentam provar a existência de Deus?

Ao longo dos séculos, alguns argumentos extrabíblicos têm sido defendidos para confirmar a existência de um ser supremo. Alguns desses argumentos são:

A. O argumento da crença universal diz quetodos os povos têm em comum alguma ideia relativa a um ser supremo. Esse argumento tem sido desafiado com frequência, mas jamais foi refutado. Embora os conceitos de Deus encontrados entre as diversas culturas e civilizações difiram muito no tocante ao número, ao nome e à natureza desses seres supremos, ainda assim, a ideia permanece.Um exemplo clássico disso é a incrível história de Helen Keller (1880-1968)..Com a idade de dois anos, a senhorita Keller ficou cega, surda e perdeu o sentido do olfato. Depois de dois meses de tentativas agonizantes e infrutíferas por parte de sua professora para comunicar-se com a menina, um milagre aconteceu. Um dia, Helenentendeu, subitamente, o conceito e o significado da água corrente. A partir desse humilde alicerce, a senhorita Keller construiu uma grandiosa torre de pensamentos, incluindo a habilidade de usar a própria voz para falar. Ela tornou-se uma pessoa educada e articulada. Algum tempo depois de haver progredido a ponto de poder participar de uma conversa, Helen foi ensinada a respeito de Deus e do Seu amor ao enviar Cristo para morrer na cruz. Relata-se que ela respondeu com alegria: “Eu sempre soube que Ele existia, mas não sabia o Seu nome!”.

B. O argumento cosmológico diz que todo efeito precisa de uma causa adequada.Um dos grandes nomes britânicos da ciência, matemática e filosofia é Sir Isaac Newton (1642-1727). Newton mandou fazer um modelo do Sistema Solar em miniatura. No centro, havia uma grande bola dourada representando o sol, em volta da qual giravam esferas menores qu; representavam os planetas — Mercúrio, Vênus, Terra,Marte, Júpiter e os demais. Cada um [desses planetas] ficava em uma órbita proporcionalmente equivalente às que existem no Sistema Solar verdadeiro. Per meio de varetas, engrenagens e correias, todos os planetas moviam-se em torno da bola dourada central com precisão absoluta. Um amigo, certa vez, chamou a atenção do cientista enquanto este estudava o modelo. O amigo não cria na doutrina bíblica da criação divina. De acordo com os relatos [históricos], esta foi a conversa dos dois:Amigo: “Puxa, Sir Isaac, que dispositivo extraordinário! Quem o construiu para o senhor?”.

Newton: “Ninguém”.Amigo: “Ninguém?”.Newton: “Isso mesmo! Eu disse ninguém! Todas estas bolas, rodas, correias e engrenagens simplesmente se juntaram sem mais nem menos e, na maior das maravilhas, por acaso, começaram a girar em suas próprias órbitas com precisão absoluta!”.E claro que o visitante entendeu o argumento subentendido: No princípio, criou Deus os céus e a terra. (CULVER, Robert. The Living God. p. 29,30)

C. O argumento teleológico afirma que todo design precisa de um designer. O universo inteiro é caracterizado pela ordem e por um sistema eficaz.Isso pode ser visto facilmente pela velocidade constante da luz, pelas leis da gravidade, pela ordem dos planetas ao redor do sol, pela complexidade do ínfimo átomo e pela composição extraordinária do corpo humano. Todo esse design declara a existência de um designer divino.

D. O argumento ontológico afirma:O ser humano possui a noção do Ser mais perfeito. Esse conceito inclui a ideia de existência, já que um ser perfeito que não existisse não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que existisse. Portanto, como a ideia de existência está contida no conceito do Ser mais perfeito, o Ser mais perfeito deve existir. (RYRIE, Charles. Basic Theology. p. 32)

E. O argumento antropológico afirma que a consciência e a natureza moral do homem demandam um Criador autoconsciente e moral. Esse barômetro interno não fornece informação alguma, e as informações nas quais o homem baseia o seu julgamento podem estar incorretas. Porém, ainda assim, a consciência diz-nos que devemos fazer o que é certo, independente das informações que possuirmos.Robert Culver acredita que a moralidade foi plantada no coração dos homens por Deus:O sentido de dever pode ser fraco (1 Co8.12), bom (1 Pe 3.16),contaminado (1 Co8.7), cauterizado (1 Tm 4.2), forte ou puro(1 Co 8.7,9). Mas ele jamais está ausente. A única explicação acurada é que o grande Ser moral, que criou todos nós, plantou esse sentido moral em nós. Nenhuma outra explicação é adequada. (The Living God. p. 31)Esta carta, presumidamente recebida pelo Internai Revenue Service, destaca este argumento de modo divertido:Prezados senhores,Alguns anos atrás, trapaceei na minha declaração de Imposto de Renda ao omitir uma grande soma de dinheiro que eu havia recebido naquele ano. Como resultado disso, minha consciência tem me incomodado terrivelmente. Por favor, recebam o cheque em anexo como pagamento parcial da minha dívida.P.S. Se a minha consciência continuar a perturbar-me, enviarei o restante do dinheiro em uma data posterior.Embora esses cinco argumentos filosóficos sejam válidos de certa forma, devemos lembrar-nos de que a única forma aceitáverde relacionarmo-nos com Deus é pela fé, e tão somente pela fé (Hb 11.6).Portanto, esses argumentos, na verdade, aplicam-se mais aos crentes do que aos incrédulos, servindo para confirmar aquilo que já foi aceito pela fé.

1. Por que eu preciso saber quem é o Deus da Bíblia?

1. Por que eu preciso saber quem é o Deus da Bíblia?
A ideia mais grandiosa e mais profunda que a mente humana pode conceber refere-se à possibilidade da existência de um Deus pessoal. A importância da reação do homem a essa ideia não significa um exagero, já que isso não apenas governará a sua vida aqui na terra, mas também determinará o seu destino final. A menos que o indivíduo responda satisfatoriamente à questão do quem, ele não poderá resolver as questões relativas ao como, ao por que, ao quando e ao onde da sua própria existência.

quarta-feira, 9 de março de 2016

O que significam as sete igrejas do Apocalipse?

As sete igrejas descritas em Apocalipse 2-3 são sete igrejas literais no momento em que João, o apóstolo, estava escrevendo Apocalipse. Embora fossem igrejas literais naquele tempo, há também um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje. O primeiro objetivo das cartas era de se comunicar com as igrejas literais e satisfazer as suas necessidades naquele momento. O segundo propósito era de revelar sete tipos diferentes de indivíduos/igrejas ao longo da história e instruí-los na verdade de Deus.

Um possível terceiro propósito é usar as sete igrejas para prenunciar sete diferentes períodos da história da Igreja. O problema com essa visão é que cada uma das sete igrejas descreve problemas que poderiam existir na Igreja em qualquer momento de sua história. Assim, embora possa haver alguma verdade com as sete igrejas representando sete eras, há especulação demais a esse respeito. Nosso foco deve estar na mensagem que Deus está nos dando através das sete igrejas. As sete igrejas são

(1) Éfeso (Apocalipse 2:1-7) - a igreja que havia abandonado o seu primeiro amor (2:4).

(2) Esmirna (Apocalipse 2:8-11) - a igreja que sofreria perseguição (2:10).

(3) Pérgamo (Apocalipse 2:12-17) - a igreja que precisava se arrepender (2:16).

(4) Tiatira (Apocalipse 2:18-29) - a igreja que tinha uma falsa profetisa (2:20).

(5) Sardes (Apocalipse 3:1-6) - a igreja que tinha adormecido (3:2).

(6) Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) - a igreja que tinha sofrido pacientemente (3:10).

(7) Laodiceia (Apocalipse 3:14-22) - a igreja com a fé morna (3:16).

O que significa que Jesus voltará como um ladrão na noite?

O conceito do retorno de Cristo como um ladrão na noite vem de Mateus 24:43: "Sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa." Os elementos essenciais da advertência de Jesus é que ninguém sabe quando Ele voltará, e temos que estar em um estado de preparação, sempre esperando pelo Seu retorno iminente. Jesus advertiu que devemos estar sempre preparados porque ninguém senão o Pai sabe a hora do Seu retorno (Mateus 24:36-44).

Este evento tornou-se conhecido como o Arrebatamento. A palavra "arrebatamento" não aparece em nenhuma parte da Bíblia, mas o evento sim. A palavra usada no grego é harpazo ("arrebatar; agarrar subitamente"), encontrada em 1 Tessalonicenses 4:16-17: "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor."

A natureza repentina deste evento é descrita em 1 Coríntios 15:51-54 como "num momento, num abrir e fechar de olhos." Não haverá nenhum aviso da vinda de Cristo, assim como um ladrão na noite vem sem aviso. Portanto, Mateus 24:44 noz diz que devemos ficar "também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem."

Para o cristão, o Arrebatamento será um evento bem recebido, mas para todos os outros, será um momento de grande tribulação. Imagine sendo deixado para trás enquanto milhões de cristãos em todo o mundo de repente desaparecem sem explicação. Temos sido suficientemente advertidos pela Bíblia e pelo testemunho do próprio Filho de Deus para estarmos preparados. Devemos estar vigilantes e protegidos pela armadura de Deus (Efésios 6:13-18). O diabo vagueia pela terra à procura de cristãos com uma fenda em sua armadura. Não se iluda acreditando que o diabo só vai atrás dos pecadores. Ele já é o seu dono e não tem motivos para se preocupar com eles, a menos que comecem a despertar espiritualmente a Cristo Jesus. A preocupação do diabo é o cristão. Nós somos os que ele quer corromper e destruir, e é por isso que os cristãos devem estar sempre atentos e prontos para a hora do retorno de nosso Senhor.

Temos também a presença do Espírito Santo de Deus para nos ensinar e nos guiar. Temos tudo de que precisamos para viver uma vida piedosa em obediência à Palavra de Deus, não deixando nenhuma desculpa para não estarmos preparados.

Agradecemos a Deus que Ele nos ama o suficiente para nos fornecer o caminho para escapar o julgamento de Deus. Esse caminho é Jesus Cristo. Ao aceitarmos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, e pela graça de Deus, recebemos o perdão dos pecados, misericórdia e a salvação com a promessa de vida eterna (João 3:16, Efésios 2:8-9). A nossa salvação em Cristo é o meio pelo qual podemos estar preparados e regozijar em Seu retorno.

Quem é o anticristo?

Há muita especulação sobre a identidade do anticristo. Alguns dos alvos mais populares são Vladimir Putin, Mahmoud Ahmadinejad e o Papa Francisco I. Nos Estados Unidos, os antigos presidentes, Bill Clinton e George Bush, e o presidente atual, Barack Obama, são os candidatos mais frequentes. Então, quem é o anticristo e como iremos reconhecê-lo?

A Bíblia não diz nada específico sobre de onde o anticristo vai surgir. Muitos estudiosos bíblicos especulam que ele virá de uma confederação de dez nações e/ou de um império Romano renascido (Daniel 7:24-25; Apocalipse 17:7). Outros o veem como um judeu, já que ele teria que ser um para poder clamar ser o Messias. Tudo é apenas especulação já que a Bíblia não diz especificamente de onde o anticristo vai surgir e qual a sua raça será. Um dia o anticristo será revelado. 2 Tessalonicenses 2:3-4 nos diz como iremos reconhecer o anticristo: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus".

É provável que a maioria das pessoas que estão vivas quando o anticristo for revelado vai estar muito surpresa com a sua identidade. O anticristo pode já estar vivo hoje ou não. Martinho Lutero estava certo de que o Papa de sua época era o anticristo. Durante a década de 40, muitos achavam que Adolf Hitler era o anticristo. Outros que viveram nas últimas centenas de anos têm tido a mesma “certeza” quanto à identidade do anticristo. Até agora, todos estavam incorretos. Devemos deixar para trás todas as especulações e focalizar no que a Bíblia realmente diz sobre o anticristo. Apocalipse 13:5-8 declara: "E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo."

O que é o tempo da angústia de Jacó?

A frase "o tempo de angústia para Jacó" é uma citação de Jeremias 30:7, que diz: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela."

Nos versículos anteriores a Jeremias 30, vemos que o Senhor está falando ao profeta Jeremias sobre Judá e Israel (30:3-4). No versículo 3, o Senhor promete que em um dia no futuro Ele traria Judá e Israel de volta para a terra que havia prometido aos seus antepassados. O versículo 5 descreve uma época de grande temor e tremor. O versículo 6 descreve este tempo de forma tal que retrata os homens sofrendo as dores do parto, novamente indicando um tempo de agonia. Entretanto, há esperança para Judá e Israel, pois embora esse seja chamado do "tempo de angústia para Jacó", o Senhor promete que salvará Jacó (referindo-se a Judá e Israel) deste tempo de grande tribulação (versículo 7).

Em Jeremias 30:10-11 o Senhor diz: "Não temas pois tu, servo meu, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei de terras longínquas, e à tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e ficará tranquilo e sossegado, e não haverá quem o atemorize. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar."

Além disso, o Senhor diz que irá destruir as nações que mantinham Judá e Israel em cativeiro e que nunca permitirá que Jacó seja completamente destruído. No entanto, deve-se destacar que o Senhor descreve este como um tempo de disciplina para o Seu povo. Ele diz de Jacó: "Porquanto darei fim cabal a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida justa, e de maneira alguma te terei por inocente."

Jeremias 30:7 diz: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante!" O único período de tempo que se encaixa nessa descrição é o período da Tribulação. Esse período é sem paralelo na história.

Jesus descreveu a Tribulação usando algumas das mesmas imagens que Jeremias. Em Mateus 24:6-8, Ele declarou que o aparecimento de falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes e terremotos são "o princípio das dores".

Paulo também descreveu a tribulação como dores de parto. Primeiro Tessalonicenses 5:3 diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão." Este evento segue o Arrebatamento e a remoção da Igreja, assim como descritos em 4:13-18. Em 5:9, Paulo novamente enfatiza a ausência da Igreja deste período de tempo, dizendo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." A ira de que se fala aqui é o julgamento de Deus sobre o mundo incrédulo e a Sua disciplina sobre Israel durante a Tribulação.

Essas "dores de parto" são descritas em detalhes em Apocalipse 6-12. Parte do propósito da Tribulação é trazer Israel de volta para o Senhor.

Para aqueles que receberam a Cristo como Salvador do pecado, o tempo da angústia para Jacó é algo pelo qual devemos louvar ao Senhor, pois demonstra que Deus cumpre as Suas promessas. Ele prometeu-nos a vida eterna através de Cristo, nosso Senhor, e prometeu terras, sementes e bênção a Abraão e seus descendentes físicos. No entanto, antes de cumprir essas promessas, Ele amorosamente mas firmemente disciplinará a nação de Israel para que ela se volte a Ele.

O que Jesus quis dizer com 'esta geração não passará?

Esta citação de Jesus no que diz respeito ao fim dos tempos se encontra em Mateus 24:34, Marcos 13:30 e Lucas 21:32. Jesus disse: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram." A chave para compreender o que Jesus quer dizer é o contexto, isto é, devemos entender os versículos antes e depois do versículo 34, mas especialmente os versículos antes. Em Mateus 24:4-31, Jesus está falando de eventos futuros. A geração de pessoas que vivem quando esses eventos ocorrerem é a geração que Jesus diz que "não passará" até que Ele retorne. Jesus já havia dito aos que viviam durante o Seu ministério terreno que o reino havia sido tirado deles (Mateus 21:43). Portanto, é imperativo que Mateus 24-25 seja visto como falando de um tempo futuro. A palavra "geração" refere-se às pessoas vivas no futuro quando os eventos de Mateus 24-25 ocorrerem.

Uma outra possibilidade é que Jesus estava dando uma profecia com um "cumprimento duplo". Parte do que ele estava prevendo ia ocorrer durante o tempo da geração a quem estava falando. Parte da profecia de Jesus pode ter sido cumprida quando os romanos destruíram Jerusalém em 70 DC. No entanto, outros aspectos da profecia de Jesus não ocorreram no ano 70 DC, como Mateus 24:29-31, por exemplo. O problema com essa visão é que não se harmoniza com a afirmação de Jesus de que "todas estas coisas" se cumpram "nesta geração". Portanto, é melhor entender "esta geração" como se referindo à geração com a qual os eventos do fim dos tempos ocorrerão.

Essencialmente, Jesus está dizendo que, quando os eventos do fim dos tempos começarem, eles vão acontecer rapidamente. Pode-se encontrar este conceito em muitas outras Escrituras (Mateus 24:22 e Marcos 13:20, Apocalipse 3:11; 22:7,12,20).

Qual é o papel de Israel no fim dos tempos?

Toda vez que há um conflito em ou em torno de Israel, muitos veem isso como um sinal do fim dos tempos se aproximando rapidamente. O problema com isto é que talvez acabaremos eventualmente nos cansando dos conflitos em Israel, tanto que não vamos reconhecer quando os verdadeiros eventos profeticamente significativos ocorrerem. Um conflito em Israel não é necessariamente um sinal do fim dos tempos.

O conflito em Israel tem sido uma realidade sempre que Israel tem existido como nação. Quer tenham sido os egípcios, amalequitas, midianitas, moabitas, amonitas, amorreus, filisteus, assírios, babilônios, persas ou romanos, a nação de Israel sempre foi perseguida por seus vizinhos. Por que isso? Segundo a Bíblia, é porque Deus tem um plano especial para a nação de Israel e Satanás quer derrotar esse plano. O ódio por Israel que Satanás encoraja - especialmente a Israel de Deus - é a razão pela qual os vizinhos de Israel sempre querem ver essa nação destruída. Quer se trate de Senaqueribe, rei da Assíria; Hamã, funcionário da Pérsia; Hitler, líder da Alemanha nazista, ou Ahmadinejad, o presidente do Irã, as tentativas de destruir completamente Israel sempre falharão. Os perseguidores de Israel vêm e vão, mas a perseguição irá permanecer até a segunda vinda de Cristo. Como resultado, o conflito em Israel não é um indicador confiável da iminente chegada do fim dos tempos.

No entanto, a Bíblia diz que haverá terrível conflito em Israel durante o final dos tempos. É por isso que esse período é conhecido como a Tribulação, a Grande Tribulação e o "tempo de angústia para Jacó" (Jeremias 30:7). Isso é o que a Bíblia diz sobre Israel no fim dos tempos:

Haverá um retorno em massa dos judeus à terra de Israel (Deuteronômio 30:3, Isaías 43:6, Ezequiel 34:11-13; 36:24; 37:1-14).

O Anticristo fará uma aliança de 7 anos de "paz" com Israel (Isaías 28:18; Daniel 9:27).

O templo será reconstruído em Jerusalém (Daniel 9:27, Mateus 24:15, 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 11:1).

O Anticristo quebrará a sua aliança com Israel, o que resultará na perseguição mundial de Israel (Daniel 9:27; 12:1, 11; Zacarias 11:16, Mateus 24:15, 21; Apocalipse 12:13). Israel será invadida (Ezequiel capítulos 38-39).

Israel vai finalmente reconhecer Jesus como o Messias (Zacarias12:10). Israel será regenerada, restaurada e reagrupada (Jeremias 33:8, Ezequiel 11:17, Romanos 11:26).

Há muita confusão em Israel hoje. Israel é perseguida, cercada por inimigos - Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita, Irã, Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah, etc. No entanto, esse ódio e perseguição de Israel são apenas uma amostra do que vai acontecer no fim dos tempos (Mateus 24 :15-21). A última rodada de perseguição começou quando Israel foi reconstituída como uma nação em 1948. Muitos estudiosos das profecias bíblicas acreditavam que a Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses em 1967 foi o "começo do fim". Será que o que está acontecendo hoje em Israel pode indicar que o fim está próximo? Sim. Será que isso significa necessariamente que o fim esteja próximo? Não. O próprio Jesus explicou bem: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim" (Mateus 24:4-6).

Sobrevivendo o fim dos tempos - o que preciso saber?

 Muitas vezes as pessoas sentem ansiedade quando pensam sobre o futuro, mas não tem que ser assim. Para aqueles que conhecem a Deus, os pensamentos sobre o futuro trazem expectativa e conforto. Por exemplo, descrevendo uma mulher que conhece e confia em Deus, Provérbios 31:25 diz: "Ri-se do tempo vindouro."

Dois pensamentos fundamentais para mantermos em mente sobre o futuro são, em primeiro lugar, que Deus é soberano e está no controle de tudo. Ele conhece o futuro e controla absolutamente o que vai acontecer. A Bíblia diz: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade; chamando do oriente uma ave de rapina, e dum país remoto o homem do meu conselho; sim, eu o disse, e eu o cumprirei; formei esse propósito, e também o executarei" (Isaías 46:9-11, ênfase adicionada).

A segunda coisa a lembrar-se sobre o futuro é que a Bíblia descreve o que vai ocorrer no "fim dos tempos" ou "últimos dias". Porque a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, e porque Deus sabe e controla o futuro (como Isaías diz acima), então é lógico que quando a Bíblia fala sobre o que vai ocorrer no futuro, podemos acreditar. Quanto a previsões sobre o futuro, a Bíblia diz: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Esta verdade é evidente no fato de que, ao contrário das falsas profecias feitas em outras religiões ou por indivíduos como Nostradamus, a Bíblia nenhuma vez tem estado errada - cada vez que a Bíblia previu um futuro evento, aconteceu exatamente como a Escritura disse que aconteceria.

Ao considerar como entender e sobreviver no fim dos tempos, responda a estas três perguntas:

1. Como devo interpretar o que a Bíblia diz sobre o futuro (profecia bíblica)?

2. O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?

3. Como deve o que a Bíblia diz sobre o futuro afetar a maneira em que vivo hoje?

Como Interpretar a Profecia Bíblica
Há uma série de pontos de vista sobre quais métodos devem ser usados quando se interpreta passagens sobre o fim dos tempos. Embora haja pessoas boas defendendo crenças diferentes, há boas razões para acreditar que a profecia bíblica deva ser interpretada (1) literalmente, (2) com uma visão futurista, e (3) em uma maneira chamada "pré-milenista". Incentivando uma interpretação literal é o fato de que existem mais de 300 profecias que dizem respeito à primeira vinda de Cristo, todas as quais foram literalmente cumpridas. As previsões em torno do nascimento, da vida, da traição, da morte e da ressurreição do Messias não foram cumpridas alegoricamente ou de uma maneira espiritual. Jesus literalmente nasceu em Belém, realizou milagres, foi traído por um amigo por 30 moedas de prata, foi perfurado em Suas mãos e pés, morreu com os ladrões, foi enterrado no túmulo de um homem rico e ressuscitou três dias depois de Sua morte. Todos estes detalhes foram previstos centenas de anos antes de Jesus nascer e foram literalmente cumpridos. Além disso, embora haja um simbolismo usado em várias profecias (por exemplo, dragões, cavaleiros, etc.), ele retrata seres ou eventos literais, muito semelhante à forma em que Jesus é retratado como um leão e um cordeiro.

Quanto a uma visão futurista, a Bíblia diz claramente que livros proféticos como Daniel e Apocalipse contêm não apenas narrativas de eventos históricos, mas também previsões de eventos futuros. Depois que João recebeu as suas mensagens para as igrejas de sua época, ele recebeu visões sobre o que iria ocorrer no fim dos tempos. João escutou: "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer" (Apocalipse 4:1, ênfase adicionada).

Talvez um argumento ainda mais forte para uma visão futurista envolva as promessas que Deus fez a Abraão (em Gênesis 12 e 15) sobre a terra de Israel. Já que a aliança de Deus com Abraão foi incondicional e Suas promessas ainda não foram cumpridas aos descendentes de Abraão, então uma visão futurista das promessas feitas a Israel é justificada.

Por fim, no que diz respeito à profecia sendo interpretada de uma maneira "pré-milenista", isso significa que, em primeiro lugar, a Igreja será arrebatada, então o mundo irá passar por um período de sete anos de Tribulação e então Jesus Cristo voltará para reinar sobre a terra por 1.000 anos literais (Apocalipse 20).

Mas o que a Bíblia diz que acontecerá antes disso?

O que a Bíblia diz que acontecerá no fim dos tempos?
Infelizmente, a Bíblia prediz uma série de catástrofes, pecado humano e apostasia religiosa antes da volta de Cristo. Paulo escreve: "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos... Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Timóteo 3:1, 13). O mundo vai continuar a rejeitar a Deus, Sua Palavra e o Seu povo.

Algum dia no futuro - ninguém sabe quando - Deus usará um evento conhecido como Arrebatamento para acabar com a Era da Igreja que começou no primeiro século no dia de Pentecostes (ver Atos 2). Naquele dia, Deus removerá todos os crentes em Cristo da terra em preparação para os seus juízos finais. Do Arrebatamento, Paulo diz: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:14-18).

A erosão da paz e o aumento dos tumultos que antecedem o Arrebatamento atingirão proporções épicas quando um número incontável de pessoas desaparecerem da face da terra. Tal evento vai causar pânico e demandas por um líder forte que terá respostas para todos os problemas do mundo. A preparação para este líder tem estado em andamento por algum tempo, assim como o historiador Arnold Toynbee observou: "Ao forçar à humanidade mais e mais armas letais, e ao mesmo tempo tornando o mundo cada vez mais interdependente economicamente, a tecnologia tem trazido a humanidade a tal grau de sofrimento que estamos prontos para o endeusamento de qualquer novo César que tenha êxito em dar ao mundo a unidade e a paz." De um Império Romano restaurado, um organizado de um círculo eleitoral de dez nações europeias (ver Daniel 7:24, Apocalipse 13:1), o Anticristo aparecerá e assinará um pacto com a nação de Israel, o que começará oficialmente a profética contagem regressiva de Deus de sete anos à segunda vinda de Cristo (ver Daniel 9:27).

Por três anos e meio, o Anticristo vai reinar sobre a terra e prometer paz, mas é uma falsa paz que servirá como armadilha aos povos da terra. A Bíblia diz: "pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3). Guerras, terremotos e fomes vão escalar (ver Mateus 24:7) até o fim do reinado de três anos e meio do Anticristo, quando ele vai entrar em um templo reconstruído em Jerusalém, proclamar-se Deus e exigir adoração (ver 2 Tessalonicenses 2:4; Mateus 24:15). É nesse ponto que o verdadeiro Deus responde ao desafio. Por mais três anos e meio, uma grande tribulação ocorrerá, tal como nunca antes existiu. Jesus predisse: "porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mateus 24:21-22).

Uma perda incalculável de vidas e destruição da terra ocorrerão durante a Grande Tribulação. Além disso, um grande número de pessoas colocará sua fé em Cristo, mas muitos irão fazê-lo ao custo de suas vidas. Deus ainda estará no controle enquanto agrupa os exércitos infiéis do mundo a fim de julgá-los. Desse evento, o profeta Joel escreveu: "congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre as nações; repartiram a minha terra" (Joel 3:2). João registra a batalha desta maneira: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso... E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:13-16).

Neste ponto, o Messias Jesus vai voltar, destruir os Seus inimigos e reivindicar o mundo que é seu por direito. "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles" (Apocalipse 19:11-21).

Depois que Cristo derrotar todos os exércitos reunidos no vale do Armagedom, Ele vai reinar com os Seus santos por mil anos e totalmente restaurar Israel à sua terra. No final de mil anos, um juízo final das nações e toda a humanidade restante irá ocorrer, o qual é seguido por um estado eterno: na presença de Deus ou separado de Deus (ver Apocalipse 20-21).

Os eventos acima não são especulações ou possibilidades - são exatamente o que acontecerá no futuro. Assim como todas as profecias bíblicas da primeira vinda de Cristo se tornaram realidade, também irão as profecias bíblicas da Sua segunda vinda.

Dada a veracidade dessas profecias, qual o impacto que devem ter sobre nós agora? Pedro faz esta pergunta: "Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade, aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pedro 3:11-12).

O Efeito da Profecia Bíblica sobre Nós Hoje
Há quatro respostas que devemos ter quanto à profecia bíblica. A primeira é obediência, e é sobre isso que Pedro fala nos versículos acima. Jesus continuamente nos diz para estarmos prontos para a Sua vinda, a qual pode acontecer a qualquer momento (ver Marcos 13:33-37), e para vivermos de tal maneira que não tenhamos vergonha do nosso comportamento.

A segunda resposta é adoração. Deus providenciou uma maneira de escaparmos dos julgamentos do fim dos tempos – através do dom gratuito de salvação oferecido por Jesus Cristo. Devemos ter a certeza de que recebemos a Sua salvação e de que temos uma atitude de gratidão diante dEle. A nossa adoração na terra vai um dia se tornar adoração no céu: "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação" (Apocalipse 5:9).

A terceira resposta é proclamação. A mensagem da salvação de Deus e a verdade da Sua segunda vinda precisam ser proclamadas para todos ouvirem, especialmente para aqueles que ainda não creem. Devemos dar a todos a chance de voltarem-se para Deus e serem salvos da Sua ira vindoura. Apocalipse 22:10 diz: "Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo."

A última resposta à Palavra profética de Deus é serviço. Todos os crentes devem ser diligentes em realizarem a vontade de Deus e executarem boas obras. Parte dos julgamentos de Cristo será das obras realizadas pelos crentes. Elas não determinam a aceitação de um cristão ao céu, mas mostram o que cada crente fez com os dons que lhes foram dados por Deus. Paulo diz desse julgamento: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (2 Coríntios 5:10).

Em suma, Deus é soberano sobre todos os eventos e pessoas do mundo. Ele está firmemente no controle de tudo e vai trazer um final perfeito a tudo o que Ele começou. Uma velha canção cristã explica assim: "Tudo é criação de Deus ... Modelado por uma mão ... Satanás e Salvação ... sob um comando."

Profecias cumpridas são uma prova de que a Bíblia é um livro sobrenatural. Centenas de profecias do Antigo Testamento já se cumpriram, e é razoável concluir que o que ela diz sobre o fim dos tempos será cumprido também. Para aqueles que conhecem a Jesus e têm confiado nEle como o seu Senhor e Salvador, a Sua vinda será a sua bem-aventurada esperança (ver Tito 2:13). Entretanto, para aqueles que rejeitaram a Cristo, Ele será o seu terror santo (ver 2 Tessalonicenses 1:8). Em resumo, para sobreviver o fim dos tempos, certifique-se de que você é um crente em Cristo: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9).

O que é a batalha do Armagedom?

A palavra “Armagedom” vem da palavra grega “Har-Magedone”, que significa Monte Megiddo. Essa palavra passou a ser sinônimo à batalha futura na qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do anticristo como predito em profecia bíblica (Apocalipse 16:16; 20:1-3, 7-10). Milhões de pessoas vão fazer parte da batalha do Armagedom, pois todas as nações unirão suas forças para lutar contra Cristo.

O local exato do vale do Armagedom não é claro porque não existe nenhuma montanha chamada Megiddo. No entanto, já que “Har” também pode significar monte, o lugar mais provável é a área campestre e cheia de montes ao redor da planície de Megiddo, umas sessenta milhas ao norte de Jerusalém. Essa região tem sido o local onde mais de duzentas batalhas aconteceram. A planície de Megiddo e a Planície de Esdraelon vão ser o lugar principal para a batalha de Armagedom, que vai enfurecer toda a região de Israel até a cidade Edomita de Bosra (Isaías 63:1). O vale do Armagedom era famoso por duas grande vitórias na história de Israel: (1) A vitória de Baraque contra os cananitas (Juízes 4:15), e (2) a vitória de Gideão contra os Midianitas (Juízes capítulo 7). Armagedom também foi o lugar de duas grandes tragédias: (1) a morte de Saulo e seus filhos (1 Samuel 31:8), e (2) a morte do rei Josias (2 Reis 23:29-30; 2 Crônicas 35:22).

Por causa dessa história, o vale do Armagedom se tornou um símbolo do conflito final entre Deus e as forças do mal. A palavra “Armagedom” ocorre apenas em Apocalipse 16:16: “Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”. Essa passagem fala dos reis que são fiéis ao anticristo e se reunem para um ataque final em Israel. Durante o Armagedom, Deus vai “dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira” (Apocalipse 16:19), e o anticristo e seus seguidores vão ser destruídos e derrotados. Armagedom se tornou um termo geral que se refere ao fim do mundo, não exclusivamente à batalha que acontece na Planície de Megiddo.

o Papa, ou o próximo Papa, o Anticristo?

 Há muitas especulações sobre a identidade do Anticristo. Uma das mais frequentes "vítimas" da especulação é o Papa da Igreja Católica Romana. Nos dias da Reforma Protestante, Martinho Lutero e alguns dos outros reformadores estavam convencidos de que o Papa da época era o Anticristo. Os papas João Paulo II e Bento XVI foram comumente identificados como o Anticristo. O papa atual, Francisco I, provavelmente vai ser um alvo popular também. Por que isso? Existe alguma coisa na Bíblia que indique que um Papa será o Anticristo?

A especulação sobre o Papa possivelmente sendo o Anticristo gira basicamente em torno de Apocalipse 17:9. Descrevendo o sistema perverso do fim dos tempos, simbolizado por uma mulher cavalgando uma besta, Apocalipse 17:9 declara: "Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada". Nos tempos antigos, a cidade de Roma era conhecida como "a cidade das sete colinas" porque há sete colinas importantes que a cercam. Sendo assim, acredita-se que o Anticristo seja de alguma forma ligado a Roma. Então, se o perverso sistema do final dos tempos for de alguma forma associado a Roma - não é preciso pensar muito para ver uma potencial conexão com a Igreja Católica Romana, a qual é centrada em Roma. Numerosas passagens na Bíblia descrevem um "Anticristo" que irá liderar o movimento anti-Cristo no fim dos tempos (Daniel 9:27; 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 13:5-8). Assim, se o perverso sistema mundial do fim dos tempos for centrado em Roma e liderado por um indivíduo - o Papa é um provável candidato.

No entanto, muitos comentaristas bíblicos dizem que a mulher não pode ser a Igreja Católica e as sete colinas não podem se referir a Roma. Eles citam o fato de que Apocalipse 17-18 identifica claramente a mulher montada na besta como a cidade de Babilônia. (Conhecemos a cidade de Babilônia por um nome diferente hoje - Bagdá.) Além disso, o versículo 10 diz claramente que as sete colinas simbolizam sete reis, cinco dos quais "já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo". Claramente, isso não pode se referir às sete colinas de Roma. Ao invés, é uma referência a sete impérios mundiais governados por sete reis. No momento do Apocalipse, cinco impérios mundiais tinham ido e vindo - Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia - um (Roma) existiu e um (o império mundial do Anticristo) ainda não havia chegado.

Quem quer que o Anticristo acabe sendo, o importante é ser advertido de sua vinda e aprender a reconhecer ele e todos os que possuem o seu espírito. Primeiro João 4:2-3 nos diz como identificar o espírito do Anticristo: "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo." O Papa atual, Francisco I, reconhece que Jesus é Deus e veio em carne (ver 1 João 4:2). Embora estejamos em desacordo com o Papa Francisco I em várias áreas da doutrina católica, a sua visão da Pessoa de Jesus Cristo é bíblica. Portanto, é difícil acreditar que o Papa Francisco I seja o Anticristo. Embora acreditemos que seja possível que um Papa seja o Anticristo, a Bíblia não dá informações específicas suficientes para sermos dogmáticos. Um futuro Papa talvez seja o Anticristo ou o falso profeta do Anticristo (Apocalipse 13:11-17). Se assim for, este futuro Papa vai ser claramente identificado por sua negação de que Jesus veio em carne.

O que acontece no julgamento final?

 A primeira coisa a entender sobre o juízo final é que não pode ser evitado. Independentemente de como interpretemos a profecia sobre o fim dos tempos, a Bíblia nos diz que "como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo" (Hebreus 9:27). Todos nós temos um compromisso divino com o nosso Criador. O apóstolo João registrou alguns detalhes do julgamento final:

"E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo" (Apocalipse 20:11-15).

Essa passagem notável nos apresenta o julgamento final – o fim da história humana e o início do estado eterno. Podemos ter certeza disto: nenhum erro será feito em nossas audiências porque seremos julgados por um Deus perfeito (Mateus 5:48, 1 João 1:5). Isto irá se manifestar em muitas provas inegáveis. Primeiro, Deus será perfeitamente justo e imparcial (Atos 10:34, Gálatas 3:28). Em segundo lugar, Deus não pode ser enganado (Gálatas 6:7). Em terceiro lugar, Deus não pode ser influenciado por quaisquer preconceitos, desculpas ou mentiras (Lucas 14:16-24).

Como Deus Filho, Jesus Cristo será o juiz (João 5:22). Todos os incrédulos serão julgados por Cristo no "grande trono branco" e serão punidos de acordo com as obras que fizeram. A Bíblia deixa bem claro que os incrédulos estão acumulando ira contra si mesmos (Romanos 2:5) e que Deus vai "retribuirá a cada um segundo as suas obras" (Romanos 2:6). Os crentes também serão julgados em um julgamento diferente chamado de "tribunal de Cristo" (Romanos 14:10), mas já que a justiça de Cristo nos foi imputada e nossos nomes estão escritos no Livro da Vida, seremos recompensados, não punidos, de acordo com as nossas ações. No juízo final o destino dos perdidos estará nas mãos do Deus onisciente que julgará cada um segundo a condição de sua alma.

Por enquanto, o nosso destino está em nossas próprias mãos. O fim da jornada da nossa alma será ou o céu eterno ou o inferno eterno (Mateus 25:46). Temos que escolher se vamos aceitar ou rejeitar o sacrifício de Cristo em nosso favor, e precisamos fazer essa escolha antes das nossas vidas físicas na terra chegarem ao fim. Após a morte, não há mais uma escolha e nosso destino é ficar diante do trono de Deus, onde tudo será claramente exposto diante dEle (Hebreus 4:13). Romanos 2:6 diz que Deus "retribuirá a cada um segundo as suas obras".

Como posso me preparar para ser levado no Arrebatamento?

É muito mais simples do que você pensa. A resposta curta é que você deve receber Jesus Cristo como o seu Salvador. Agora, a resposta mais longa. Ao fazer esta pergunta, estamos supondo que você já ouviu falar que nem todos os cristãos serão levados quando o Arrebatamento ocorrer. Você provavelmente já ouviu que somente os "super cristãos" que vivem uma vida santa serão arrebatados e que todos os outros cristãos terão que passar pela Tribulação. Isso não é verdade, e vamos mostrar com a Bíblia por que isso não é verdade.

A primeira coisa que você deve entender é o propósito para a Tribulação. A Tribulação é um tempo de julgamento sobre a terra e de punição para Israel. Por favor note que Israel e a Igreja não são o mesmo grupo de pessoas. A Igreja é um organismo espiritual. As pessoas na Igreja estão relacionadas por causa do seu nascimento espiritual (por terem nascido de novo - João 3:3). O povo de Israel (judeus) são ligados pelo sangue. Esta é uma raça de pessoas a quem Deus fez promessas especiais no Antigo Testamento. Deus declarou um tempo de julgamento sobre Israel por sua infidelidade. Este tempo de julgamento é claramente declarado como sendo apenas para Israel (Daniel 9:24-27).

Gabriel trouxe uma mensagem de Deus para Daniel (9:20-21). Daniel 9:24 diz: "Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo." Nesta mensagem, Gabriel especifica para Daniel que o tempo é "sobre o teu povo". O povo de Daniel era os judeus, a nação de Israel. Deus declarou 70 semanas contra a nação de Israel. Estas "70 semanas" são, literalmente em hebraico, "70 setes." Em outras palavras, 70 vezes 7 anos, ou 490 anos. Desses anos, 483 (69 vezes 7) deles foram cumpridos do fim do cativeiro de Israel em Babilônia à morte do Messias (a crucificação de Cristo). Isso deixa 7 anos de julgamento que ainda não foram cumpridos. Esses 7 anos são os anos da Tribulação. O ponto é que esta profecia se refere a Israel primeiramente e o objetivo do julgamento é "cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo."

Agora, podemos também demonstrar com base nas Escrituras que os cristãos não estarão na Tribulação. Um estudo de 1 Tessalonicenses 4:13 até 5:9 mostra isso. Nesta passagem, Paulo escreve sobre o Arrebatamento e o Dia do Senhor. Primeiro Tessalonicenses 5:9 dá aos cristãos esta promessa: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." Preste atenção a esse versículo. Paulo diz que Deus não nos destinou para a ira, principalmente a ira do Dia do Senhor (5:2).

Outra evidência de que os cristãos não passarão pela Tribulação vem de 1 Coríntios. Nessa carta, Paulo acentuadamente repreende os crentes por serem cristãos carnais. No entanto, no capítulo 15, Paulo escreve sobre o Arrebatamento e nunca indica que alguns dos crentes coríntios, por mais carnais que fossem, seriam deixados para trás. Os verdadeiros crentes em Jesus Cristo não terão de suportar a Tribulação.

A única maneira de ser deixado para trás no Arrebatamento é se você não tiver recebido a Cristo como o seu Salvador.

Será que vai haver uma segunda chance de salvação após o Arrebatamento?

Alguns intérpretes da Bíblia acreditam que não haverá absolutamente nenhuma chance de salvação após o Arrebatamento. No entanto, não há nenhum lugar na Bíblia que diga ou sequer sugira isso. Haverá muitas pessoas vindo a Cristo durante a Tribulação. As 144.000 testemunhas judaicas (Apocalipse 7:4) são crentes judeus. Se ninguém puder vir a Cristo durante a Tribulação, então por que as pessoas estão sendo decapitadas por sua fé (Apocalipse 20:4)? Nenhuma passagem das Escrituras argumenta contra as pessoas terem uma chance de serem salvas após o Arrebatamento. Muitas passagens indicam o contrário.

Uma outra ideia é que aqueles que ouvem e rejeitam o evangelho antes do Arrebatamento não podem ser salvos. Os salvos durante a Tribulação, então, são aqueles que nunca tinham ouvido o evangelho antes do Arrebatamento. O "texto de prova" para este ponto de vista é 2 Tessalonicenses 2:9-11, que diz que o Anticristo fará milagres para enganar "os que perecem" e que o próprio Deus vai enviar-lhes "a operação do erro" para confirmá-los em sua incredulidade . A razão dada é que "não receberam o amor da verdade para serem salvos" (v. 10). Com certeza aqueles que têm duros corações para o evangelho antes do Arrebatamento provavelmente permanecerão assim. E o Anticristo enganará a muitos (Mateus 24:5). Entretanto, aqueles que "não receberam o amor da verdade" não se referem necessariamente a pessoas que ouviram o evangelho antes do Arrebatamento. Pode ser qualquer um que rejeite totalmente a salvação de Deus, a qualquer momento. Assim, não há nenhuma evidência clara das escrituras para apoiar este ponto de vista.

Apocalipse 6:9-11 fala daqueles martirizados durante a tribulação "por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram". Estes mártires corretamente interpretarão o que veem durante a Tribulação, crerão eles mesmos no evangelho e chamarão outras pessoas ao arrependimento e a crer também. O Anticristo e seus seguidores não vão tolerar o seu evangelismo e irão matá-los. Todos esses mártires são pessoas que estavam vivas antes do Arrebatamento, mas que não se converteram até depois. Portanto, deve haver uma oportunidade para vir a Cristo em fé após o Arrebatamento.

Quem são os vinte e quatro (24) anciãos em Apocalipse?

 Apocalipse 4:4 declara: "Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro." O livro do Apocalipse em nenhum lugar especificamente identifica quem os vinte e quatro anciãos são. No entanto, eles provavelmente são representantes da Igreja. É improvável que sejam seres angélicos, assim como alguns sugerem. O fato de que se sentam em tronos indica que reinam com Cristo. Em nenhum lugar nas Escrituras os anjos governam ou sentam-se em tronos. No entanto, diz-se repetidamente que a igreja governa e reina com Cristo (Apocalipse 2:26-27, 5:10, 20:4, Mateus 19:28, Lucas 22:30).

Além disso, a palavra grega traduzida aqui como "anciãos" nunca é usada para se referir a anjos, apenas a homens, particularmente a homens de uma certa idade que são maduros e capazes de governar a Igreja. A palavra ancião seria inadequada para se referir aos anjos, os quais não envelhecem. Seu modo de vestir também indica que são homens. Embora os anjos apareçam em branco, roupas brancas são mais comumente usadas pelos crentes, simbolizando a justiça de Cristo a nós imputada na salvação (Apocalipse 3:5,18; 19:8).

As coroas de ouro usadas pelos anciãos também indicam que estes são homens, não anjos. As coroas nunca são prometidas a anjos, assim como nunca vemos anjos as usando. A palavra traduzida como "coroa" aqui refere-se à coroa do vitorioso, usada por aqueles que tiveram sucesso em competir e conquistar a vitória, assim como Cristo prometeu (Apocalipse 2:10, 2 Timóteo 4:8; Tiago 1:12).

Algumas pessoas acreditam que estes vinte e quatro anciãos representam Israel, mas no momento dessa visão, Israel como uma nação inteira ainda não tinha sido resgatada. Os anciãos não podem representar santos da tribulação pelo mesmo motivo – nem todos tinham sido convertidos no momento da visão de João. A opção mais provável é que os anciãos representam a Igreja arrebatada que canta canções de redenção (Apocalipse 5:8-10). Eles usam as coroas da vitória e foram ao lugar preparado para eles pelo seu Redentor (João 14:1-4).

O que é a Grande Tribulação?

A Tribulação é um período de tempo futuro quando o Senhor vai realizar pelo menos dois aspectos do Seu plano: 1) Ele vai completar a Sua disciplina da nação de Israel (Daniel 9:24), e 2) Ele julgará os habitantes incrédulos e ateus da terra (Apocalipse 6 - 18). O comprimento da Tribulação é de sete anos. Isso é determinado por uma compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9:24-27; ver também o artigo sobre a Tribulação). A Grande Tribulação é a última metade do período da Tribulação, com uma duração de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a Besta, ou o Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar enormemente durante este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que a Tribulação e a Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da escatologia (o estudo das coisas futuras), a Tribulação se refere ao período completo de sete anos, enquanto que a "Grande Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação.

O próprio Cristo usou a frase "Grande Tribulação" com referência à última metade da Tribulação. Em Mateus 24:21, Jesus diz: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Neste versículo Jesus está se referindo ao evento de Mateus 24:15, o qual descreve a revelação da abominação da desolação, o homem também conhecido como o Anticristo. Além disso, Jesus em Mateus 24:29-30 declara: "Logo depois da tribulação daqueles dias... Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória." Nesta passagem, Jesus define a Grande Tribulação (v.21) como começando com a revelação da abominação da desolação (v.15) e terminando com a segunda vinda de Cristo (v.30).

Outras passagens que se referem à Grande Tribulação são Daniel 12:1b, que diz: "E haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Parece que Jesus estava citando este versículo quando falou as palavras registradas em Mateus 24:21. Temos também Jeremias 30:7 referindo-se à Grande Tribulação: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela." A expressão "angústia de Jacó" se refere à nação de Israel, a qual vai experimentar perseguição e desastres naturais como nunca vistos antes.

Considerando as informações que Cristo nos deu em Mateus 24:15-30, é fácil concluir que o início da Grande Tribulação tem muito a ver com a abominação da desolação, uma ação do Anticristo. Em Daniel 9:26-27, descobrimos que esse homem vai fazer uma "aliança" (um pacto de paz) com o mundo por sete anos (uma "semana", novamente, favor ler o artigo sobre a Tribulação). Na metade do período de sete anos - "no meio da semana" - somos informados de que este homem vai quebrar o pacto que fez, interrompendo o sacrifício e a oferta de cereais, o que se refere especificamente às suas ações no templo reconstruído do futuro. Apocalipse 13:1-10 dá ainda mais detalhes sobre as ações da Besta e também verifica o tempo que ela vai estar no poder. Apocalipse 13:5 diz que ela vai estar no poder por 42 meses, o que são três anos e meio, o comprimento da Grande Tribulação.

O Livro de Apocalipse nos oferece o máximo de informação sobre a Grande Tribulação. De Apocalipse 13, quando a Besta é revelada, até a volta de Cristo em Apocalipse 19, temos uma imagem da ira de Deus sobre a terra por causa da incredulidade e rebelião (Apocalipse 16-18). É também uma imagem de como Deus disciplina e ao mesmo tempo protege o Seu povo de Israel (Apocalipse14:1-5) até realizar a Sua promessa a Israel ao estabelecer um reino terreno (Apocalipse 20:4-6).

 

O que é o Apocalipse?

A palavra “apocalipse” vem da palavra grega "apocalupsis", a qual significa “desvelamento, revelação, remover ou tirar a cobertura”. O livro de Apocalipse às vezes é chamado de “Apocalipse de João” porque é Deus revelando o fim dos tempos ao Apóstolo João. Além disto, a palavra grega para apocalipse é a primeira palavra do texto grego do livro de Apocalipse. A frase “literatura apocalíptica” é usada para descrever o uso de símbolos, imagens e números usados para retratar eventos futuros. Fora do livro de Apocalipse, exemplos de literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12.

Por que a literatura apocalíptica foi escrita com tanto simbolismo e tantas imagens? Os livros apocalípticos foram escritos quando era mais prudente disfarçar a mensagem com imagens e simbolismo do que entregar a mensagem com uma linguagem comum. Além disso, o simbolismo criava um elemento de mistério sobre detalhes de tempo e lugar. O propósito de tal simbolismo, no entanto, não era para causar confusão, mas para instruir e encorajar os seguidores de Deus em tempos difíceis.

Além do significado bíblico específico, o termo "apocalipse" é usado frequentemente para se referir ao fim dos tempos em geral, ou aos últimos eventos do fim dos tempos especificamente. Os eventos do fim dos tempos, tal como a Segunda Vinda de Cristo e a Batalha do Armagedom, são também chamados de apocalipse. O apocalipse vai ser a revelação suprema de Deus, Sua ira, Sua justiça e então Seu amor. Jesus Cristo é o “apocalipse” supremo de Deus, já que Ele revelou Deus para nós (João 14:9; Hebreus 1:2).

Quais são os pontos fortes e fracos da visão mesotribulacional do Arrebatamento (Mesotribulacionismo)?

Escatologicamente falando, é importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com três coisas: 1) haverá um tempo futuro de Tribulação tal como o mundo nunca viu, 2) a Segunda Vinda de Jesus Cristo, e 3) uma transição da mortalidade à imortalidade para os crentes, comumente conhecida como o Arrebatamento (João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-52, 1 Tessalonicenses 4:16-17). A questão é a seguinte: quando é que o Arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda? As três principais teorias sobre o momento do Arrebatamento são Pré-tribulacionismo (a crença de que o arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação), Mesotribulacionismo (a crença de que o Arrebatamento ocorrerá no meio da Tribulação) e Pós-tribulacionismo (a crença de que o Arrebatamento irá ocorrer no final da Tribulação). Este artigo trata especificamente da visão mesotribulacional.

O Mesotribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre na metade da Tribulação. Nesse momento, a sétima trombeta é tocada (Apocalipse 11:15), a igreja irá se encontrar com Cristo nos ares e então os julgamentos das taças são derramados sobre a terra (Apocalipse 15-16) em um tempo conhecido como a Grande Tribulação. Em outras palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu reino) são separados por um período de três anos e meio. Segundo essa visão, a Igreja passará pela primeira metade da Tribulação, mas é poupada do pior da Tribulação que ocorre nos últimos três anos e meio. Muito parecida com o Mesotribulacionismo é a crença em um Arrebatamento “pré-ira”, ou seja, a crença de que a igreja é arrebatada ao céu antes do "grande dia da. . . ira" vir (Apocalipse 6:17).

Em apoio da sua tese, os mesotribulacionistas apontam para a cronologia dada em 2 Tessalonicenses 2:1-3. A ordem dos eventos é a seguinte: 1) apostasia, 2) a revelação do Anticristo, e 3) o Dia de Cristo. A visão mesotribulacional ensina que o Anticristo não será revelado decisivamente até "a abominação de desolação" (Mateus 24:15) que ocorre na metade da Tribulação (Daniel 9:27). Além disso, os mesotribulacionistas interpretam "o Dia de Cristo" como o Arrebatamento, portanto, a igreja não será arrebatada ao céu até o Anticristo ser revelado.

Um outro ensinamento fundamental do Mesotribulacionismo é que a trombeta de 1 Coríntios 15:52 é a mesma trombeta mencionada em Apocalipse 11:15. A trombeta de Apocalipse 11 é a última de uma série de trombetas, portanto, faz sentido que seria "a última trombeta" de 1 Coríntios 15. Esta lógica falha, no entanto, tendo em conta os objetivos das trombetas. A trombeta que soa no Arrebatamento é "o som da trombeta de Deus" (1 Tessalonicenses 4:16), mas a de Apocalipse 11 é um prenúncio do juízo. Uma trombeta é uma chamada graciosa aos eleitos de Deus; a outra é um pronunciamento da perdição dos ímpios. Além disso, a sétima trombeta de Apocalipse não é a "última" trombeta cronologicamente - Mateus 24:31 fala de uma trombeta que soa mais tarde, no início do reino de Cristo.

Primeiro Tessalonicenses 5:9 diz que a igreja não tem sido destinada "para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." Isso parece indicar que os crentes não passarão pela Tribulação. No entanto, o Mesotribulacionismo interpreta a "ira" como se referindo apenas à segunda metade da Tribulação – especificamente aos julgamentos das taças. No entanto, parece ser inadequado limitar a palavra de tal maneira. Certamente os terríveis juízos contidos nos selos e trombetas -- incluindo fome, rios envenenados, uma lua escura, derramamento de sangue, terremotos e tormento -- também podem ser considerados a ira de Deus.

O Mesotribulacionismo posiciona o Arrebatamento em Apocalipse 11, antes do início da "grande tribulação". Há dois problemas com essa colocação na cronologia de Apocalipse. Primeiro, a única ocorrência do termo "grande tribulação" em todo o livro do Apocalipse está em 7:14. Em segundo lugar, a única referência a um "grande dia de ira" está em Apocalipse 6:17. Ambas as referências vêm muito cedo para um Arrebatamento mesotribulacional.

E uma fraqueza final da visão mesotribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.

Quem são os 144.000?

O livro do Apocalipse tem sempre sido um desafio para os seus intérpretes. Esse livro é cheio de imagens vívidas e simbolismo, que muitas pessoas têm interpretado de forma diferente, dependendo das suas pressuposições do livro como um todo. Há quatro abordagens principais para interpretar o livro de Apocalipse: 1) Preterista (que vê todos ou quase todos os eventos no livro de Apocalipse como já tendo ocorrido antes do fim do primeiro século); 2) Historicista (que vê o livro de Apocalipse como uma análise da história da Igreja dos tempos apóstolicos até o presente); 3) Idealista (que vê o livro de Apocalipse como uma representação da luta entre o bem e o mal); 4) Futurista (que vê o livro de Apocalipse como profético dos eventos que hão de vir). Dos quatro, apenas a abordagem futurista interpreta o livro de Apocalipse com o mesmo método gramático-histórico que o resto das Escrituras. Esse método também se encaixa melhor com a declaração do livro de Apocalipse de ser profecia (Apocalipse 1:3; 22:7, 10, 18, 19).

Então, a resposta para a pergunta: “quem são os 144,000?” vai depender de qual abordagem de interpretação você usa para o livro de Apocalipse. Com exceção da abordagem futurista, todos as outras abordagens interpretam os 144.000 simbolicamente, como sendo representativos da Igreja, e o número “144,000” é simbólico da totalidade – quer dizer, do número completo – da Igreja. Mesmo assim, ao ler a passagem de forma literal: “Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7:4), não há nada nessa passagem que encoraje a interpretação dos 144.000 de qualquer outra forma que não seja um número literal de 144.000 judeus, 12.000 tirados de cada tribo dos “filhos de Israel”. O Novo Testamento não oferece nenhum texto bem definido para substituir Israel com a Igreja.

Esses judeus foram “selados”, o que significa que eles têm uma proteção especial de Deus de todos os julgamentos divinos e do anticristo para que possam executar a sua missão durante o período da Tribulação (veja Apocalipse 6:17, em cuja passagem pessoas vão desejar saber quem vai poder suster-se da ira que há de vir). O periodo da Tribulação é um futuro período de sete anos no qual Deus vai executar julgamento divino a todo aquele que O rejeitou, e completar seu plano de salvação para a nação de Israel. Tudo isso acontecerá de acordo com a revelação de Deus ao profeta Daniel (Daniel 9:24-27). Os 144.000 judeus são uma espécie de “primícias” (Apocalipse 14:4) de um Israel remidido, o qual tem sido profetizado anteriormente (Zacarias 12:10; Romanos 11:25-27), e sua missão é evangelizar o mundo após o arrebatamento e proclamar o evangelho durante o período da Tribulação. Como resultado do seu ministério, milhões (“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”) vão ter fé em Cristo (Apocalipse 7:9).

Muito da confusão em relação aos 144.000 é o resultado das falsas doutrinas das Testemunhas de Jeová. As Testemunhas de Jeová clamam que 144.000 é um limite ao número de pessoas que vão reinar com Cristo no céu e passar a eternidade com Deus. Os 144.000 têm o que as Testemunhas de Jeová chamam de esperança celestial. Aqueles que não são nascidos de novo vão gozar do que eles chamam de esperança terrestre – um paraíso na terra governado por Cristo e os 144.000. Podemos ver claramente que o ensinamento das Testemunhas de Jeová funda uma sociedade casta depois da morte com uma classe dominante (os 144.000) e aqueles que são dominados. A Bíblia não ensina uma doutrina de “dupla classe”. É verdade que de acordo com Apocalipse 20:4 haverá pessoas reinando no Milênio com Cristo. Essas pessoas serão da Igreja (seguidores de Jesus Cristo), santos do Velho Testamento (seguidores que morreram antes do primeiro Advento de Cristo) e os santos da Tribulação (aqueles que aceitam a Cristo durante o período da Tribulação). Mesmo assim, a Bíblia não coloca nenhum limite numérico a esse grupo de pessoas. Além do mais, o Milênio é diferente do Estado Eterno, o qual vai ocorrer no final do Milênio. Naquela hora, Deus vai habitar conosco na Nova Jerusalém. Ele será o nosso Deus, e seremos o seu povo (Apocalipse 21:3). A herança prometida a nós em Cristo e selada pelo Espírito Santo (Efésios 1:13-14) será nossa e seremos todos co-herdeiros com Cristo (Romanos 8:17).

É possível saber quando Jesus voltará?

Mateus 24:36-44 declara: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.... Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor... Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." À primeira vista, estes versículos parecem fornecer uma resposta clara e explícita à questão. Não, ninguém pode saber quando Jesus voltará. No entanto, esses versículos não dizem que ninguém jamais seria capaz de saber quando Jesus voltaria. A maioria dos estudiosos da Bíblia diria que Jesus, agora glorificado no céu, sabe o momento do Seu retorno, indicando que a frase "nem o Filho" não significa que Jesus nunca saberia quando voltará. Da mesma forma, é possível que, embora Mateus 24:36-44 indique que ninguém naquela época sabia o tempo do retorno de Jesus Cristo, Deus poderia revelar o tempo do retorno de Jesus Cristo para alguém no futuro.

Além disso, há Atos 1:7, que afirma: "A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade." Isto foi dito por Jesus depois de os discípulos perguntarem-lhe se era naquele tempo que Ele restauraria o reino a Israel. Isto parece confirmar a mensagem de Mateus 24. Não é para sabermos o momento do retorno de Jesus. Entretanto, há também a questão de a qual retorno essas passagens se referem. Estão falando do Arrebatamento ou da Segunda Vinda? Qual retorno é incognoscível, o Arrebatamento a Segunda Vinda ou ambos? Embora o Arrebatamento seja apresentado como sendo iminente e misterioso, o momento da Segunda Vinda talvez possa ser conhecido com base na profecia do fim dos tempos.

Com isso dito, vamos ser bem claros: não acreditamos que Deus tenha revelado a ninguém quando Jesus voltará e não vemos nada nas Escrituras que indique que Deus de fato revelará a alguém quando Jesus está voltando. Mateus 24:36-44, embora direcionado diretamente ao povo no tempo de Jesus, também contém um princípio geral. O momento da volta de Jesus e o fim da era presente não são para nós sabermos. As Escrituras em nenhum lugar nos encorajam a tentar determinar a data. Pelo contrário, devemos vigiar "porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor" (v. 42). Temos que ficar "também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem" (v. 44). A força das palavras de Jesus diminuiria se em algum momento no futuro alguém fosse capaz de determinar quando Ele estará voltando. Se a data for descoberta, já não mais precisamos "vigiar" ou "ficar apercebidos". Assim, com o princípio de Mateus 24:36-44 em mente, não, não é possível saber a data do retorno de Jesus.

Apesar deste princípio bíblico claro, muitos ao longo da história cristã têm tentado profetizar a data em que Jesus voltaria. Muitas datas têm sido propostas e todas têm estado erradas. Houve duas datas recentes que foram popularmente propostas: 21 de maio de 2011 e 21 de dezembro de 2012. A data de 21 dezembro de 2012 está relacionada ao calendário maia, sem quaisquer dados bíblicos usados como prova. O “Dia de Julgamento” marcado como 21 de maio de 2011 foi proposto por Harold Camping da Family Radio. Deve-se ressaltar que Harold Camping havia previsto anteriormente que Jesus voltaria em 1994. Obviamente, Camping estava errado. Camping afirmou ter provas bíblicas para 21 de maio de 2011. Ao usar uma data especulativa de 4990 AC para o Dilúvio, então aplicar o "para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" de 2 Pedro 3:8 aos sete dias de Gênesis 7:4 e, em seguida, contar os 7.000 anos de 4990, o ano de 2011 resultava. Então, com base em "no mês segundo, aos dezessete dias do mês" de Gênesis 7:11 e usando o calendário hebraico, a data de 21 de maio foi determinada. Então, houve qualquer validade à metodologia do Camping?

Primeiro, Camping convenientemente ignorou a segunda parte de 2 Pedro 3:8: "e mil anos como um dia". Além disso, 2 Pedro 3:8 não está fornecendo um método para datar o fim dos tempos. Ao contrário, 2 Pedro 3:8 está simplesmente dizendo que Deus está acima e além do tempo. Deus é eterno e infinito. Em segundo lugar, nada no contexto de Gênesis 7:4-11 indica que os "sete dias" e "dia dezessete do segundo mês" devem ser aplicados a outra coisa senão ao que Deus estava dizendo especificamente para Noé. Terceiro, o Dilúvio sendo datado a 4990 AC é especulativo na melhor das hipóteses, sem nenhuma evidência bíblica explícita. O cálculo de Camping de 21 de maio de 2011 se desfez mesmo sob o escrutínio bíblico mais básico. Agora, era possível que Jesus voltasse em 21 de maio de 2011? Sim, mas isso era tão possível quanto qualquer outra data. Será que a metodologia específica de Harold Camping teve qualquer validade bíblica? Não, não tinha. Infelizmente, Camping e outros certamente irão calcular novas datas futuras e tentarão explicar seus erros como "erros na fórmula" ou algo nesse sentido.

Os principais pontos são (1) a Bíblia nunca nos incentiva a tentar descobrir o tempo do retorno de Jesus Cristo e (2) a Bíblia não dá dados explícitos pelos quais o tempo do retorno de Jesus Cristo possa ser determinado. Ao invés de desenvolver cálculos especulativos para determinar quando Jesus voltará, a Bíblia nos incentiva a "vigiar" e "estar pronto" (Mateus 24:42-44). O fato de que o dia da volta de Jesus é desconhecido deve nos motivar a viver cada dia em função da iminência do Seu retorno.

O que é a ceia das bodas do Cordeiro?

Em sua visão em Apocalipse 19:7-10, João viu e ouviu as multidões celestiais louvando a Deus porque a festa das bodas do Cordeiro - literalmente a "ceia das bodas" - estava prestes a começar. O conceito da ceia das bodas é mais bem compreendido à luz dos costumes de casamento no tempo de Cristo.

Esses costumes de casamento tinham três partes principais. Primeiro, um contrato de casamento era assinado pelos pais da noiva e do noivo, e os pais da noiva pagavam um dote ao noivo ou seus pais. Esse passo dava início ao período de noivado. José e Maria estavam nesse período quando ela engravidou do Espírito Santo (Mateus 1:18, Lucas 2:5).

O segundo passo no processo geralmente ocorria um ano depois, quando o noivo, acompanhado por seus amigos, ia à casa da noiva à meia-noite, criando um desfile com tochas pelas ruas. A noiva sabia de antemão que isso ia acontecer, assim se preparando com suas servas, e todos participariam do desfile e iam à casa do noivo. Este costume é a base da parábola das dez virgens em Mateus 25:1-13. A terceira fase era a ceia das bodas em si, a qual podia durar dias, assim como ilustrada pelo casamento em Caná em João 2:1-2.

O que a visão de João em Apocalipse retrata é a festa das bodas do Cordeiro (Jesus Cristo) e Sua noiva (a Igreja) em sua terceira fase. A implicação é que as duas primeiras fases já ocorreram. A primeira fase foi concluída na terra quando cada crente colocou a sua fé em Cristo como Salvador. O dote pago aos Pais do Noivo (Deus Pai) seria o sangue de Cristo derramado a favor da Noiva. A Igreja na terra hoje, então, é a "noiva" de Cristo e, como as virgens prudentes da parábola, todos os crentes devem estar observando e esperando o aparecimento do Noivo (a Segunda Vinda). A segunda fase simboliza o Arrebatamento da igreja, quando Cristo vier para reivindicar a Sua noiva e levá-la para a casa do Pai. A ceia das bodas então segue como o terceiro e último passo.

Não só a Igreja vai participar da festa de casamento como a noiva de Cristo, mas outras pessoas também. Essas "outras pessoas" incluem os santos do Antigo Testamento que serão ressuscitados na Segunda Vinda, bem como os mortos martirizados da Tribulação. Assim como o anjo disse a João para escrever: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus" (Apocalipse 19:9). A ceia das bodas do Cordeiro é uma celebração gloriosa de todos os que estão em Cristo!

O que é a Segunda Vinda de Jesus Cristo?

A Segunda vinda de Jesus Cristo é a esperança dos crentes de que Deus está em controle sobre todas as coisas e é fiel às promessas e profecias em Sua Palavra. Em Sua Primeira Vinda, Jesus Cristo veio à terra como um bebê em uma manjedoura em Belém, exatamente como fora profetizado. Jesus cumpriu muitas das profecias do Messias durante o Seu nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição. Entretanto, há algumas profecias a respeito do Messias que Jesus ainda não cumpriu. A Segunda Vinda de Cristo será o retorno de Cristo para cumprir estas profecias restantes. Em Sua Primeira Vinda, Jesus foi o servo que sofreu. Em Sua Segunda Vinda, Jesus será o Rei conquistador. Em Sua Primeira Vinda, Jesus aqui chegou na mais humilde das circunstâncias. Em Sua Segunda Vinda, Jesus chegará com os exércitos do céu ao Seu lado.

Os Profetas do Antigo Testamento não fizeram distinção entre as duas vindas. Podemos ver isto em Escrituras como Isaías 7:14; 9:6-7 e Zacarias 14:4. Como resultado das profecias aparentemente falarem em dois indivíduos, muitos estudiosos judeus acreditaram que haveria tanto um Messias sofredor quanto um Messias conquistador. O que falharam em compreender é que o mesmo Messias cumpriria os dois papéis. Jesus cumpriu o papel do servo sofredor (Isaías capítulo 53) em Sua Primeira Vinda. Jesus cumprirá o papel do Libertador e Rei de Israel em Sua Segunda Vinda. Zacarias 12:10 e Apocalipse 1:7, descrevendo a Segunda Vinda, recordam Jesus sendo transpassado. Israel e o mundo inteiro se lamentarão por não terem aceitado o Messias em Sua Primeira Vinda.

Após a ascensão de Jesus aos Céus, os anjos declararam aos apóstolos: “Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11). Zacarias 14:4 identifica a localização da Segunda Vinda como o Monte das Oliveiras. Mateus 24:30 declara: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Tito 2:13 descreve a Segunda Vinda como “o aparecimento da glória”.

A Segunda Vinda é descrita em seus mínimos detalhes em Apocalipse 19:11-16: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES.”

Quais são os sinais do fim dos tempos?

Mateus 24:5-8 nos dá algumas indicações importantes para que possamos discernir a aproximação do fim dos tempos: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.” Um aumento de falsos messias, um aumento de guerras e aumento em fomes, pragas, desastres naturais: estes são “sinais” do fim dos tempos. Mas mesmo nesta passagem, entretanto, estamos sendo advertidos. Não devemos nos deixar enganar (Mateus 24:4), pois estes acontecimentos são apenas o “princípio de dores” (Mateus 24:8), e o fim dos tempos ainda está por vir (Mateus 24:6).

Muitos intérpretes apontam cada terremoto, cada agitação política e cada ataque a Israel como um sinal preciso de que o fim dos tempos está rapidamente se aproximando. Mesmo sendo estes eventos sinais de que o fim dos tempos se aproxima, não são necessariamente indicadores de que o fim dos tempos já chegou. O Apóstolo Paulo avisou que os últimos dias trariam um notável aumento nos falsos ensinamentos. “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Timóteo 4:1). Os últimos dias são descritos como “tempos perigosos” por causa do aumento do caráter maligno do homem e pessoas que ativamente “resistem à verdade” (II Timóteo 3:1-9; veja também II Tessalonicenses 2:3).

Outros possíveis sinais incluiriam a reconstrução de um templo judaico em Jerusalém, aumentada hostilidade para com Israel e avanços para um único governo mundial. O sinal mais importante do fim dos tempos, entretanto, é a nação de Israel. Em 1948, Israel foi reconhecido como um Estado soberano pela primeira vez desde 70 d.C. Deus prometeu a Abraão que sua posteridade possuiria Canaã como uma “perpétua possessão” (Gênesis 17:8), e Ezequiel profetizou uma ressurreição física e espiritual de Israel (Ezequiel 37). Ter Israel como nação em sua própria terra é importante à luz da profecia do fim dos tempos, por causa da distinção de Israel na escatologia (Daniel 10:14; 11:41; Apocalipse 11:8).

Tendo em mente estes sinais, podemos ser sábios e discernir em relação à expectativa do fim dos tempos. Não devemos, entretanto, interpretar qualquer destes eventos únicos como uma clara indicação da iminente chegada do fim dos tempos. Deus nos deu informações suficientes para que possamos estar preparados, mas não informação suficiente para que nos tornemos arrogantes.

Anticristo islâmico? O Anticristo será um muçulmano?

Com as crescentes tensões no Oriente Médio nos últimos anos, e especialmente com as declarações de xiitas muçulmanos extremistas sobre o Décimo Segundo Imã, muitas pessoas começaram a perguntar como isso se relaciona com as profecias bíblicas. Para responder, é preciso primeiro descobrir quem é o décimo segundo imã é o que se acredita que ele fará pelo Islã. Em segundo lugar, devemos examinar as declarações de muçulmanos xiitas em relação a essas esperanças e, em terceiro lugar, precisamos ver o que a Bíblia diz sobre a questão.

Dentro do ramo xiita do Islã, houve doze imãs, ou líderes espirituais, designados por Alá. Estes começaram com o imã Ali, primo de Maomé, o qual reivindicou a sucessão profética depois da morte de Maomé. Por volta do ano 868 DC, o Décimo Segundo Imã, Abual-Qasim Muhammad (ou Maomé al Mahdi), nasceu ao décimo primeiro imã. Porque o seu pai estava sob intensa perseguição, Mahdi foi enviado a esconder-se para a sua proteção. Aos 6 anos de idade, ele rapidamente saiu da clandestinidade quando o seu pai foi morto, mas depois voltou a se esconder. Diz-se que ele tem se escondido em cavernas desde então e retornará de forma sobrenatural antes do dia do juízo para erradicar toda a tirania e opressão, trazendo harmonia e paz à terra. Ele é o salvador do mundo na teologia xiita. De acordo com um escritor, o Mahdi vai combinar a dignidade de Moisés, a graça de Jesus e a paciência de Jó em uma pessoa perfeita.

As previsões sobre o Décimo Segundo Imã têm uma impressionante semelhança com as profecias bíblicas do fim dos tempos. De acordo com a profecia islâmica, o retorno do Mahdi será precedido por uma série de eventos durante três anos de horrível caos mundial e ele dominará sobre os árabes e o mundo por sete anos. A sua aparição será acompanhada por duas ressurreições, uma dos ímpios e uma dos justos. Segundo os ensinamentos xiitas, a liderança do Mahdi será aceita por Jesus e os dois grandes ramos da família de Abraão serão reunidos para sempre.

Como as declarações de muçulmanos xiitas, como as do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se relacionam com isso? Ahmadinejad é um xiita profundamente comprometido e afirma que deve pessoalmente preparar o mundo para a vinda de Mahdi. Para que o mundo seja salvo, é necessário que esteja em um estado de caos e subjugação, e Ahmadinejad sente que foi escolhido por Alá para preparar o caminho para isso. Ahmadinejad tem repetidamente feito declarações sobre destruir os inimigos do Islã. O presidente iraniano e seu gabinete supostamente assinaram um contrato com Al Mahdi no qual se comprometem à sua obra. Quando perguntado diretamente pela repórter do ABC, Ann Curry, em setembro de 2009, sobre suas declarações apocalípticas, Ahmadinejad disse: "Imã... virá com a lógica, com a cultura, com a ciência. Ele virá de modo que não haverá mais guerra. Não mais inimizade, não mais ódio. Não mais conflito. Ele vai convidar todos a entrarem em um amor fraternal. É claro que ele vai retornar com Jesus Cristo. Os dois voltarão juntos e trabalharão juntos para preencher este mundo com amor."

O que tudo isso tem a ver com o Anticristo? De acordo com 2 Tessalonicenses 2:3-4, haverá um "homem do pecado" revelado nos últimos dias que vai opor-se e exaltar-se acima de tudo que se chama Deus. Em Daniel 7, lemos da visão de Daniel dos quatro animais que representam reinos que desempenham papéis importantes no plano profético de Deus. O quarto animal é descrito (v. 7-8) como sendo terrível, espantoso, muito forte e diferente daqueles que vieram antes dele. Também é descrito como tendo um "pequeno chifre" que arranca outros chifres. Esse chifre pequeno é frequentemente identificado como o Anticristo. No versículo 25, ele é descrito como falando “palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo" (3 ½ anos). Em Daniel 8, a visão do carneiro e do bode identifica um rei que vai surgir nos últimos dias (v. 23-25), destruir muitas pessoas e se levantar contra Cristo, mas este rei será quebrado. Daniel 9:27 profetiza que o "príncipe que há de vir" faria uma aliança de 7 anos com muitas pessoas e em seguida traria muita desolação. Quem será este Anticristo? Ninguém sabe ao certo, mas muitas teorias foram dadas, inclusive a possibilidade de que seria um árabe.

Independentemente das várias teorias, há alguns paralelos entre a Bíblia e a teologia xiita que devemos observar. Primeiro, a Bíblia diz que o reino do Anticristo governará o mundo por sete anos e o Islã afirma que o Décimo Segundo Imã governará o mundo por sete anos. Em segundo lugar, os muçulmanos antecipam três anos de caos antes da revelação do Décimo Segundo Imã e a Bíblia fala de 3 anos e meio de Tribulação antes do Anticristo se revelar ao profanar o templo judaico. Terceiro, o Anticristo é descrito como um enganador que alega trazer paz, mas que realmente traz a guerra generalizada. A antecipação do Décimo Segundo Imã é que ele vai trazer a paz através de guerra massiva com o resto do mundo.

O Anticristo será um muçulmano? Só Deus sabe. Há ligações entre a escatologia islâmica e a escatologia cristã? Certamente parecem existir correlações diretas, embora sejam como a leitura das descrições de uma grande batalha, primeiro do ponto de vista do perdedor, tentando preservar a sua reputação e, em seguida, da perspectiva do vencedor. Até que vejamos o cumprimento dessas coisas, é preciso prestar atenção às palavras de 1 João 4:1-4: "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo."