segunda-feira, 21 de março de 2016

2. Quais são alguns dos argumentos filosóficos que tentam provar a existência de Deus?

2. Quais são alguns dos argumentos filosóficos que tentam provar a existência de Deus?

Ao longo dos séculos, alguns argumentos extrabíblicos têm sido defendidos para confirmar a existência de um ser supremo. Alguns desses argumentos são:

A. O argumento da crença universal diz quetodos os povos têm em comum alguma ideia relativa a um ser supremo. Esse argumento tem sido desafiado com frequência, mas jamais foi refutado. Embora os conceitos de Deus encontrados entre as diversas culturas e civilizações difiram muito no tocante ao número, ao nome e à natureza desses seres supremos, ainda assim, a ideia permanece.Um exemplo clássico disso é a incrível história de Helen Keller (1880-1968)..Com a idade de dois anos, a senhorita Keller ficou cega, surda e perdeu o sentido do olfato. Depois de dois meses de tentativas agonizantes e infrutíferas por parte de sua professora para comunicar-se com a menina, um milagre aconteceu. Um dia, Helenentendeu, subitamente, o conceito e o significado da água corrente. A partir desse humilde alicerce, a senhorita Keller construiu uma grandiosa torre de pensamentos, incluindo a habilidade de usar a própria voz para falar. Ela tornou-se uma pessoa educada e articulada. Algum tempo depois de haver progredido a ponto de poder participar de uma conversa, Helen foi ensinada a respeito de Deus e do Seu amor ao enviar Cristo para morrer na cruz. Relata-se que ela respondeu com alegria: “Eu sempre soube que Ele existia, mas não sabia o Seu nome!”.

B. O argumento cosmológico diz que todo efeito precisa de uma causa adequada.Um dos grandes nomes britânicos da ciência, matemática e filosofia é Sir Isaac Newton (1642-1727). Newton mandou fazer um modelo do Sistema Solar em miniatura. No centro, havia uma grande bola dourada representando o sol, em volta da qual giravam esferas menores qu; representavam os planetas — Mercúrio, Vênus, Terra,Marte, Júpiter e os demais. Cada um [desses planetas] ficava em uma órbita proporcionalmente equivalente às que existem no Sistema Solar verdadeiro. Per meio de varetas, engrenagens e correias, todos os planetas moviam-se em torno da bola dourada central com precisão absoluta. Um amigo, certa vez, chamou a atenção do cientista enquanto este estudava o modelo. O amigo não cria na doutrina bíblica da criação divina. De acordo com os relatos [históricos], esta foi a conversa dos dois:Amigo: “Puxa, Sir Isaac, que dispositivo extraordinário! Quem o construiu para o senhor?”.

Newton: “Ninguém”.Amigo: “Ninguém?”.Newton: “Isso mesmo! Eu disse ninguém! Todas estas bolas, rodas, correias e engrenagens simplesmente se juntaram sem mais nem menos e, na maior das maravilhas, por acaso, começaram a girar em suas próprias órbitas com precisão absoluta!”.E claro que o visitante entendeu o argumento subentendido: No princípio, criou Deus os céus e a terra. (CULVER, Robert. The Living God. p. 29,30)

C. O argumento teleológico afirma que todo design precisa de um designer. O universo inteiro é caracterizado pela ordem e por um sistema eficaz.Isso pode ser visto facilmente pela velocidade constante da luz, pelas leis da gravidade, pela ordem dos planetas ao redor do sol, pela complexidade do ínfimo átomo e pela composição extraordinária do corpo humano. Todo esse design declara a existência de um designer divino.

D. O argumento ontológico afirma:O ser humano possui a noção do Ser mais perfeito. Esse conceito inclui a ideia de existência, já que um ser perfeito que não existisse não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que existisse. Portanto, como a ideia de existência está contida no conceito do Ser mais perfeito, o Ser mais perfeito deve existir. (RYRIE, Charles. Basic Theology. p. 32)

E. O argumento antropológico afirma que a consciência e a natureza moral do homem demandam um Criador autoconsciente e moral. Esse barômetro interno não fornece informação alguma, e as informações nas quais o homem baseia o seu julgamento podem estar incorretas. Porém, ainda assim, a consciência diz-nos que devemos fazer o que é certo, independente das informações que possuirmos.Robert Culver acredita que a moralidade foi plantada no coração dos homens por Deus:O sentido de dever pode ser fraco (1 Co8.12), bom (1 Pe 3.16),contaminado (1 Co8.7), cauterizado (1 Tm 4.2), forte ou puro(1 Co 8.7,9). Mas ele jamais está ausente. A única explicação acurada é que o grande Ser moral, que criou todos nós, plantou esse sentido moral em nós. Nenhuma outra explicação é adequada. (The Living God. p. 31)Esta carta, presumidamente recebida pelo Internai Revenue Service, destaca este argumento de modo divertido:Prezados senhores,Alguns anos atrás, trapaceei na minha declaração de Imposto de Renda ao omitir uma grande soma de dinheiro que eu havia recebido naquele ano. Como resultado disso, minha consciência tem me incomodado terrivelmente. Por favor, recebam o cheque em anexo como pagamento parcial da minha dívida.P.S. Se a minha consciência continuar a perturbar-me, enviarei o restante do dinheiro em uma data posterior.Embora esses cinco argumentos filosóficos sejam válidos de certa forma, devemos lembrar-nos de que a única forma aceitáverde relacionarmo-nos com Deus é pela fé, e tão somente pela fé (Hb 11.6).Portanto, esses argumentos, na verdade, aplicam-se mais aos crentes do que aos incrédulos, servindo para confirmar aquilo que já foi aceito pela fé.

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