terça-feira, 12 de novembro de 2019

#tbs_819 - Por que Paulo ordenou que as mulheres ficassem caladas na igreja?

Por  que  Paulo  ordenou  que  as  mulheres  ficassem caladas  na  igreja? “Na  carta  aos  Coríntios,  Paulo  ordenou  que  as  mulheres  ficassem  caladas na  igreja,  e  hoje  existem  muitas  mulheres  pregando  o  Evangelho.  Queria entender  o  motivo  pra  ele  dizer  que  as  mulheres  deviam  ficar  caladas. Não  foi  um  pouco  de  machismo  isso?  E  hoje  em  dia,  as  mulheres  não podem  falar  na  igreja?  As que  falam  estão  pecando?” Cara  leitora,  um  dos  textos  que  realmente  causa  muita  polêmica  na  Bíblia Sagrada  é  o  texto  de  1  Coríntios  14.34,  que  diz:  “conservem-se  as mulheres  caladas  nas  igrejas,  porque  não  lhes  é  permitido  falar; mas  estejam  submissas  como  também  a  lei  o  determina”.  Muitos aproveitadores  utilizam  este  texto,  interpretado  de  forma  isolada,  para atacar  a  Bíblia  Sagrada  como  preconceituosa  e  também  muitas  mulheres se  sentem  menosprezadas  por  não  terem  o  entendimento  correto  do  real significado  do  que  Paulo  quis transmitir  aqui. No  contexto  em  que  está  inserido  esse  verso,  Paulo  trata  de  um  culto confuso  que  está  sendo  prestado  a  Deus  na  igreja  de  Corinto  por  causa de  um  exercício  incorreto  dos  dons  (1  Co  14.  26-32).  São  vários  os problemas  ali  e  Paulo  trata  os  principais,  dando  ordens  para  que houvesse  ordem  e  decência  no  culto  para  que  todos  fossem  edificados  (1 Co  14.40).  E  é  nesse  contexto  que  Paulo  parece  trabalhar  um  problema existente  ali  na  igreja  de  Corinto  que  envolve  algumas mulheres. Possivelmente  se  tratava  de  alguma  intrusão  não  autorizada  de  algum grupo  de  mulheres  nos  cultos  da  igreja  e  que  causava  problemas  no culto.  Observe  que  no  verso  35  Paulo  estabelece  que  as  mulheres consultem,  em  casa,  seu  marido:  “Se,  porém,  querem  aprender alguma  coisa,  interroguem,  em  casa,  a  seu  próprio  marido; porque  para  a  mulher  é  vergonhoso  falar  na  igreja.”  (1Co  14. 35). Paulo  não  deixa  claro,  por  exemplo,  sobre  as  que  são  solteiras  e  que  não têm  marido  para  consultar  em  casa,  ou  seja,  não  parecem  estar  incluídas nesse  sermão  de  Paulo.  Por  isso,  é  bem  mais  provável  que  essa  palavra seja  para  algum  grupo  específico  de  mulheres  que  estava  causando desordem  naquela  igreja,  e  não  uma  ordem  de  Paulo  que  proíbe  todas  as mulheres em  todas as  épocas de  falar  qualquer  coisa  na  igreja. Colabora com esse pensamento o fato de Paulo ter falado em 1 Coríntios 11. 5 que “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada”. Observe que nesse texto não existe a proibição da mulher falar. Inclusive relata mulheres que oravam e profetizavam em público. Ao que parece essas práticas de oração e pregação da palavra eram feitas nos cultos ou em reuniões da igreja, o que incluía a participação das mulheres de alguma forma. Esse fato fortalece ainda mais a ideia de Paulo estar tratando um problema pontual da igreja de Corinto. Assim, não há motivo para que as mulheres fiquem ofendidas com tal palavra do apóstolo. As mulheres podem sim ser muito usadas por Deus em diversos ministérios da igreja, inclusive falar na igreja, sem problema algum, claro, da mesma forma que para os homens, que sejam palavras embasadas na Escrituras Sagradas com ordem e decência. O princípio que Paulo trata da ordem e decência, da edificação mútua e da fidelidade às Escrituras são diretrizes para todos os cristãos em todos os tempos. Mulheres e homens que falam o que não devem na igreja, que não têm zelo pelas Escrituras Sagradas, que causam confusão e não edificação no culto, devem ficar calados.

domingo, 3 de novembro de 2019

É verdade que o arcanjo Miguel é Jesus Cristo?

É  verdade  que  o  arcanjo  Miguel  é  Jesus  Cristo? “Tenho  uma  amiga  de  trabalho  que  afirma  que  Jesus  Cristo  e  o  arcanjo Miguel  são  a  mesma  pessoa.  Como  ainda  não  sei  muito  da  Bíblia  não pude  responder,  pois  eu  também  fiquei  confusa.  Poderia  falar  um  pouco desse  assunto  com  base  na  Bíblia  para  me  esclarecer?  O  arcanjo  Miguel  é Jesus Cristo?” Cara  leitora,  realmente  existem  algumas  correntes  de  pensamento  que afirmam  que  o  arcanjo  Miguel  é  Jesus  Cristo.  Existem  muita  coisa  na Internet  a  respeito  desse  tema,  mas  com  base  bíblica  bem  fraca.  Assim, vamos  fazer  algumas  análises  bíblicas  para  chegarmos  juntos  a  uma conclusão  sobre  esse  fato.

(1)  A  Bíblia  cita  o  arcanjo  Miguel  nominalmente  em  poucos  textos,  sendo (Daniel  10.13,  21;  Daniel  12.1;  Judas  1.9  e  Apocalipse  12.7).  Avaliando  o que  é  dito  sobre  Miguel,  mesmo  nestes  poucos  textos  que  o  citam,  e comparando  com  alguns  textos  sobre  Jesus  Cristo,  poderemos  chegar  a nossa  conclusão. 

(2)  Chama-me  muito  a  atenção  o  texto  de  Daniel  10.13,  que  diz:  “Mas  o príncipe  do  reino  da  Pérsia  me  resistiu  por  vinte  e  um  dias; porém  Miguel,  um  dos  primeiros  príncipes,  veio  para  ajudar-me, e  eu  obtive  vitória  sobre  os  reis  da  Pérsia”.  Observe  que  Miguel  é citado  como  “um  dos  primeiros  príncipes”.  Isso  nos  leva  a  compreender que  ele  foi  criado  e  que  havia  outros  iguais a  ele.  Comparando,  Jesus  não foi  criado  (João  1.1-3)  e  não  há  outro  igual  a  Jesus,  Ele  é  único,  Ele  é Deus  (1  Timóteo  6.14-15),  é  o  Alfa  e  o  Ômega  (Apocalipse  22.13).  Logo, esse  primeiro  texto  nos indica  que  o  arcanjo  Miguel  não  pode  ser  Jesus.

 (3)  Miguel  é  citado  na  Bíblia  como  sendo  um  arcanjo,  que  é  uma  espécie de  Anjo-chefe  (Judas  1.9)  e  também  citado  como  sendo  príncipe  (Daniel 10.13).  Essas  duas  atribuições  não  se  enquadram  no  que  Jesus  Cristo  é, pois  Ele  é  chamado  na  Bíblia  de  Rei  dos  reis  e  Senhor  dos  senhores (Apocalipse  17.14).  Estes  textos  também  demostram  que  Jesus  não poderia  ser  Miguel. 

(4)  O  texto  de  Judas  1.9  nos  mostra  também  algo  interessante: “Contudo,  o  arcanjo  Miguel,  quando  contendia  com  o  diabo  e disputava  a  respeito  do  corpo  de  Moisés,  não  se  atreveu  a proferir  juízo  infamatório  contra  ele;  pelo  contrário,  disse:  O Senhor  te  repreenda!”.  Observe  que  nessa  disputa  entre  Miguel  e  o Diabo, Miguel disse a Ele que o Senhor o repreenderia. Sabemos que Jesus Cristo é o Senhor. Se Miguel fosse Jesus, por que razão iria dizer ao diabo que o Senhor o repreenderia, se Jesus é o Senhor? Ele mesmo teria autoridade para repreender o diabo, assim como fez na tentação no deserto (Mateus 4.10). Fica claro que Miguel falava de alguém que está acima dele e que tem o poder de julgar. Logo, Miguel não é Jesus também nesse texto. Assim, fica evidente, que pelas citações bíblicas que temos de Miguel, não podemos afirmar que ele seja Jesus Cristo. São duas pessoas totalmente distintas segundo as análises dos relatos bíblicos. Quem acha que o arcanjo Miguel é Jesus Cristo precisa apresentar boas provas bíblicas que, segundo vimos, não existem.

Para cooperar com a priore resumidamente de que o arcanjo Miguel não é Jesus leia os três pontos a seguir... 

Não podemos confundir o Criador com as suas criaturas, pois anjos são criaturas e por tanto não são auto existentes, eles tiveram um começo. Mas o nosso Deus é eterno. 

Não podemos confundir As coisas que representam o Criador com o mesmo. Há na natureza muitas coisas que são usadas para nos ensinar sobre as grandezas de Deus, mas não podemos confundir a natureza sendo Deus, pois jamais a natureza será Deus. 

Não confundir As representações da dívindade com a dívindade, pois à teofonia não pode ser e jamais poderá ser a coisa que ela representa, ou seja, o Criador.

Por 

Carlos Ribeiro 

TBS... 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

#tbs_818 - "Os cristãos devem ir a casas noturnas? São boates um pecado?"

Para ser franco, os clubes noturnos fazem parte do mundo controlado por Satanás, pois são projetados com a finalidade de entregar-se mais aos desejos pecaminosos. Eles existem principalmente para duas finalidades: o consumo de álcool e conhecer os membros do sexo oposto, na maioria das vezes com a atividade sexual em mente. Sim, há música e dança, mas principalmente os solteiros, em particular, vão a uma discoteca para beber e conhecer alguém. As discotecas são do mundo e embora os cristãos estejam nesse mundo, não devemos fazer parte dele. Ser do mundo significa estar interessado e desejar aquelas coisas que apelam à natureza pecaminosa.

Paulo, falando aos cristãos, aborda a questão das práticas mundanas em Efésios 4:17-24: "Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade." Aqui Paulo descreve aqueles que excluem Deus e se entregam à sensualidade para a prática de todo tipo de impureza com ganância.

Obviamente, Deus não deseja que nos entreguemos ao pecado tão facilmente e voluntariamente. Observe o que Deus diz aqui: “vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano”. Deus diz que quando nos entregamos à nossa natureza pecaminosa, estamos sendo enganados por nossos desejos. Satanás é um falsificador mestre. Em outras palavras, Satanás apresenta algo que parece ser atraente na superfície. A atração de boates é que são muito agradáveis, divertidas e emocionantes. O que não vemos são as consequências, porque Satanás mantém a atração sensual na frente das nossas mentes. Sexo, álcool e drogas - todos encontrados na maioria das casas noturnas - são muito destrutivos, tanto física como espiritualmente. Deus tem um lugar para o sexo onde é o mais prazeroso - no casamento, onde não há doenças sexualmente transmissíveis, HIV, culpa e solidão - e aqueles que não acreditam em Deus quanto a isso estão prejudicando a si mesmos.

Deus deseja que sejamos justos e santos porque Ele nos criou para ser assim. Os benefícios de viver a vida que Deus deseja excedem em muito as emoções passageiras e mesquinhas que este mundo oferece. Muitos dos que vivem ou viviam esse estilo de vida dizem a mesma coisa- não há alegria, não há satisfação; há apenas o vazio. Só Deus pode satisfazer as nossas necessidades e dar-nos a alegria e a felicidade que todos procuramos. Esse tipo de vida oferece nada mais do que uma imitação barata. Nenhuma alegria duradoura pode ser encontrada em casas noturnas, só a tentação para pecar.

Esses lugares não são para os cristãos. Além das tentações óbvias, há a questão do nosso testemunho cristão no mundo. Quando os incrédulos veem um cristão professo engajando-se em um estilo de vida pecaminoso, Cristo é difamado e humilhado. Devemos deixar nossa luz brilhar diante dos homens para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5:16). É difícil ver como a luz da nossa nova vida em Cristo pode brilhar em uma boate. Mesmo se o cristão não estiver participando de atividades pecaminosas, o testemunho que ele ou ela representa para o mundo observador apenas por estar lá é destrutivo e deve ser evitado.

#tbs_817 - "Deve um cristão comparecer ao casamento de um casal gay?"

(1) Primeiro, uma palavra de encorajamento: se você for o tipo de amigo que um casal gay convidaria para o casamento, então você provavelmente está fazendo algo certo. Quando Jesus ministrou, aqueles que foram desprezados pela sociedade, os cobradores de impostos e os pecadores, aproximaram-se dEle (Mateus 9:10; Lucas 15:1). Ele era um amigo para eles.

(2) Além disso, nenhum pecado é maior que o outro. Todo pecado é ofensivo a Deus. A homossexualidade é apenas um dos muitos pecados listados em 1 Coríntios 6:9-10 que afastarão uma pessoa do reino de Deus. Todos pecamos e carecemos da glória de Deus (Romanos 3:23). É somente através de Jesus Cristo que podemos ser salvos das consequências eternas do pecado. (Por favor, veja "O que significa que Jesus salva?")

(3) Alguns argumentariam que um cristão não deveria ter nenhum problema em participar de um casamento gay e que a presença em um casamento gay não indica necessariamente apoio ao estilo de vida homossexual. Em vez disso, eles veem como estendendo o amor de Cristo para um amigo. O pensamento é que a presença de alguém em uma cerimônia de casamento é um ato de amor e amizade para com a pessoa - não para o estilo de vida ou para as escolhas espirituais. Não hesitamos em apoiar amigos e entes queridos que lutam contra outros pecados. Mostrar apoio e amor incondicional pode abrir portas de oportunidade no futuro.

(4) O problema é que um casamento gay é uma celebração de duas pessoas que estão vivendo um estilo de vida que Deus declara ser imoral e antinatural (Romanos 1:26-27). “Digno de honra entres todos seja o matrimônio…” (Hebreus 13:4), mas um casamento gay desonra o casamento por perverter o seu significado. Ao contrário dos casamentos de pessoas de outras religiões, um casamento gay não se qualifica como um casamento, de acordo com o que Deus declara que o casamento seja. Um casamento entre um homem e uma mulher descrentes ainda é um casamento aos olhos de Deus. Ainda é um cumprimento do relacionamento “uma só carne” que Deus pretende (Gênesis 2:24). Até mesmo um casamento entre um crente e um incrédulo é um casamento válido (1 Coríntios 7:14), embora Deus ordene os crentes a evitarem tais casamentos (2 Coríntios 6:14).

(5) Uma união gay não é um casamento aos olhos de Deus. Deus ordenou que o casamento fosse entre um homem e uma mulher por toda a vida; tomar essa santa e abençoada união e ligá-la a algo que Deus declara ser profano é inconcebível. Como podemos pedir a bênção de Deus para uma união que Ele declara não ser natural?

(6) Suponha que um cristão possa participar de um casamento gay e, de alguma forma, comunicar claramente que está apoiando apenas os indivíduos que estão se casando e não seu estilo de vida. Os indivíduos que ele está apoiando ainda estão realizando um evento que celebra a sua imoralidade. Não há como evitar o fato de que uma cerimônia de casamento gay é uma celebração do pecado. Apoiamos um amigo alcoólatra quando o ajudamos a abster-se de beber, não indo a um bar com ele. Apoiamos um amigo viciado em pornografia quando o ajudamos e encorajamos a prestar contas, não ajudando-o a organizar sua coleção de revistas ou a criar mais espaço no hard drive em seu computador. Da mesma forma, apoiamos um amigo homossexual ajudando-o a sair do estilo de vida, não sendo um convidado em uma celebração da homossexualidade. Não ajudamos verdadeiramente nossos amigos quando participamos de um evento onde seu pecado é aplaudido.

(7) É admirável mostrar amor a um amigo. É bom procurar oportunidades para testemunhar e mostrar bondade e amor aos nossos amigos gays. No entanto, tais motivações são equivocadas quando se trata de participar de um casamento gay. Nunca é nosso objetivo afastar nossos amigos de Cristo, mas os cristãos têm a responsabilidade de defender a retidão, mesmo que isso resulte em dor, divisão ou ódio (Lucas 12:51-53; João 15:18). Se formos convidados para um casamento gay, é nossa convicção que um crente em Jesus Cristo deva recusar respeitosamente.

(8)No entanto, essa é a nossa convicção. Um casamento gay não é um problema que a Bíblia aborde explicitamente. Definitivamente não há um “você deve” ou “você não deve” na Palavra de Deus a respeito de participar de um casamento gay. Com base nas razões e princípios listados acima, não podemos imaginar um cenário em que participar de um casamento gay seria a coisa certa a fazer. Se depois de muita oração, estudo da Palavra de Deus, pensamento e discussão, você for levado a uma convicção diferente, não menosprezaremos a sua fé e nem questionaremos o seu compromisso com Cristo.

Por 
Carlos Ribeiro 

TBS 

Quet

#tbs_816 - "Deve um cristão possuir armas?"

(1) Devido ao crescente nível de violência em nosso mundo e à exaltação da paz nas Escrituras, há muito debate entre os cristãos sobre se é apropriado que um cristão possua armas. No entanto, uma visão abrangente da Bíblia oferece uma visão sobre as práticas históricas que informam esta questão hoje.

(2) Temos o exemplo dos apóstolos, os quais possuíam armas. Na noite em que Jesus foi traído, Ele pediu a Seus seguidores que trouxessem espadas. Eles tinham duas, o que Jesus alegou ser suficiente (Lucas 22:37-39). Quando Jesus estava sendo preso, Pedro cortou a orelha de um dos servos do sumo sacerdote (João 18:10). Jesus curou o homem instantaneamente (Lucas 22:51) e ordenou a Pedro que guardasse sua arma (João 18:11). A posse de uma espada por parte de Pedro não foi condenada, apenas seu uso particular dela.

(3) Em outra ocasião, os soldados vieram a ser batizados por João Batista. Quando lhe perguntaram o que fazer para viver para Deus, João lhes disse: "A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso salário" (Lucas 3:14). João não lhes disse para de por suas armas.

(4) E então há Davi, que louvou a Deus "que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra" (Salmo 144:1). O Antigo Testamento contém muitos outros exemplos de homens piedosos que possuíam e usavam armas, geralmente no contexto da guerra.

A Bíblia nunca proíbe um cristão de possuir uma arma, mas oferece alguns princípios a serem considerados.

 Primeiro, os cristãos são chamados para serem pacificadores (Mateus 5:9). Um cristão que esteja considerando a compra de uma arma deve considerar, em oração, se isso ajudaria na construção da paz.

Segundo, um cristão deve apenas possuir uma arma para um propósito que honre a Deus (1 Coríntios 10:23). Usar uma arma para caçar, no serviço militar ou policial, ou como autodefesa pode honrar a Deus. Ainda assim, uma pessoa deve refletir sobre seus motivos para possuir uma determinada arma.

Em terceiro lugar, um cristão deve respeitar as leis locais, inclusive na questão do porte de armas. Romanos 13 deixa claro que as autoridades governamentais são de Deus e devem ser obedecidas. Além disso, devemos orar pelos líderes governamentais que supervisionam nossas comunidades e nações (1 Timóteo 2:1-2).

Em última análise, não há nada de pecaminoso em possuir uma arma. Uma arma pode ser útil e até necessária em alguns contextos; ao mesmo tempo, os cristãos devem considerar cuidadosamente seu motivo e propósito em possuir uma arma, e as ordenanças locais devem ser seguidas.


Por 
Carlos Ribeiro 

Tbs

Quet

"Quem foi Adão na Bíblia?"

Adão foi o primeiro homem a existir (Gênesis 1:27; 1 Coríntios 15:45). Ele foi criado por Deus como o primeiro ser humano e colocado no Jardim do Éden projetado apenas para ele (Gênesis 2:8, 10). Adão é o pai de toda a humanidade; todo ser humano que já existiu é um descendente direto seu, e foi através dele que todo ser humano herdou uma natureza pecaminosa (Romanos 5:12).

Deus falou todo o resto do universo à existência (Gênesis 1). No entanto, no sexto dia Deus fez algo diferente. Ele se baixou ao pó da terra para criar Adão a partir do barro (o nome Adão está relacionado a adamah, a palavra hebraica para "chão" ou "solo"). Deus então soprou o próprio fôlego nas narinas do homem, "e o homem passou a ser alma vivente" (Gênesis 2:7). O sopro de Deus é o que separa os seres humanos do reino animal (Gênesis 1:26-27). Começando com Adão, todo ser humano criado desde então tem um espírito imortal como Deus. Deus criou um ser semelhante a Si mesmo, por isso o homem pode raciocinar, refletir, intuir e escolher seus próprios caminhos.

A primeira mulher, Eva, foi feita de uma das costelas de Adão (Gênesis 2:21-22). Deus os colocou em Seu mundo perfeito, com apenas uma restrição: não deveriam comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (Gênesis 2:16-17). A opção para Adão desobedecer tinha que estar presente, porque sem essa capacidade de escolha, os seres humanos não seriam completamente livres. Deus criou Adão e Eva como seres verdadeiramente livres e permitiu que fizessem uma escolha inteiramente livre.

Gênesis 3 detalha o relato da escolha de Adão para pecar. Adão e Eva desobedeceram ao mandamento de Deus e comeram da árvore que o Senhor havia proibido (verso 6). Nesse único ato de desobediência, eles trouxeram o pecado e todas as suas consequências para o mundo perfeito de Deus. Através de Adão, o pecado entrou no mundo, e com o pecado veio a morte (Gênesis 3:19, 21; Romanos 5:12).

Sabemos que Adão era uma pessoa real, não uma alegoria, porque ele é mencionado como uma pessoa real em todo o resto da Bíblia (Gênesis 5:1; Romanos 5:12-17). Lucas, o grande historiador, traça a linhagem de Jesus até este único homem (Lucas 3:38). Além de ser uma pessoa real, Adão também é o protótipo de todos os seres humanos que viriam. Profetas, sacerdotes e reis, nascidos com uma natureza pecaminosa, eram todos filhos do primeiro Adão. Jesus, nascido na virgem e sem pecado, é "o segundo Adão" (1 Coríntios 15:47). O primeiro Adão trouxe o pecado ao mundo; o segundo trouxe vida (João 1:4). Jesus, nosso segundo Adão, oferece um novo nascimento (João 3:3) com uma nova natureza e nova vida para quem crer (2 Coríntios 5:17; João 3: 16–18). Adão perdeu o paraíso; Jesus vai recuperá-lo.

Por 
Carlos Ribeiro

Tbs

Quet

#tbs_815 - "O que é teísmo aberto?"

(1)"Teísmo aberto”, também conhecido como “teologia da abertura” e “abertura de Deus”, é uma tentaiva de explicar a relação entre o pré-conhecimento de Deus sobre os fatos e o livre arbítrio dos homens. Os argumentos do teísmo aberto são essencialmente estes:

 (1) seres humanos são verdadeiramente livres, (2) se Deus soubesse o futuro absolutamente, os seres humanos não poderiam ser verdadeiramente livres, (3) portanto, Deus não sabe absolutamente tudo sobre o futuro. O teísmo aberto acredita que o futuro não pode ser conhecido. Portanto, Deus sabe tudo o que pode ser sabido – mas Ele não conhece o futuro.

(2) O teísmo aberto baseia estas crenças em Escrituras que descrevem Deus “mudando de idéia”, ou “sendo surpreendido”, ou “parecendo adquirir conhecimento” (Gênesis 6:6; 22:12; Êxodo 32:14; Jonas 3:10). À luz de diversas outras Escrituas que declaram o conhecimento de Deus acerca do futuro, estas Escrituras devem ser entendidas como Deus descrevendo a si próprio de maneira que possamos entender. Deus sabe quais serão nossas ações e decisões, mas Ele “muda de idéia” com relação às Suas idéias baseado nas nossas ações. Deus estando “surpreso” e decepcionado com a perversidade da humanidade não significa que Ele não sabia que as coisas iriam ocorrer.

(3) Em contradição ao teísmo aberto, Salmos 139, versos 4 e 16 declaram: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda... e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”. Como Deus poderia prever detalhes intricados sobre Jesus Cristo no Antigo Testamento se Ele não conhecesse o futuro? Como Deus poderia de alguma maneira garantir a nossa salvação eterna se Ele não soubesse o que haveria de acontecer no futuro?

Por fim, o teísmo aberto falha na sua tentativa de explicar o inexplicável – a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio da humanidade. Assim como formas extremas do Calvinismo falham ao fazer dos seres humanos nada mais que robôs pré-programados, o teísmo aberto falha ao rejeitar a verdadeira onisciência de Deus. Deus deve ser entendido por fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). O conceito do teísmo aberto não é, portanto, escritural. É simplesmente outra forma de o homem finito com a sua mente finita tentar entender um Deus infinito, da mesma forma que se tentasse beber um oceano inteiro. O teísmo aberto deve ser rejeitado pelos seguidores de Cristo. Mesmo que o teísmo aberto seja uma explicação para a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio humano – ele não é a explicação bíblica.

Por
Carlos Ribeiro 

TBS 

Quet

A sorte existe? O que a Bíblia diz sobre isso?

A  sorte  existe?  O  que  a  Bíblia  diz  sobre  isso? “Sempre  fiquei  intrigado  com  relação  a  sorte.  Será  que  existe  sorte,  ou seja,  coisas  boas  e  ruins  que  acontecem  por  sorte  ou  falta  dela  em  nossa vida?  A  Bíblia  teria  alguma  orientação  para  nos  dar  a  respeito  desse tema?” Caro  leitor,  para  responder  a  sua  pergunta,  vamos  analisar  o  que comumente  é  dito  em  nosso  mundo  e  em  nossos  dicionários  a  respeito da  sorte  e  depois  comparar  com  aquilo  que  temos  na  Bíblia  Sagrada sobre  esse  assunto.  Com  essa  comparação  estou  certo  que  chegaremos  a uma  conclusão. Sorte,  o  que as  pessoas  e o  dicionário  dizem: Dentro  do  assunto  que  estamos  estudando  aqui,  o  dicionário  online Priberan  define  sorte  como  a  “Combinação  de  circunstâncias  ou  de acontecimentos  que  influem  de  um  modo  inelutável.  Destino,  Fado, quinhão”.  Ou  seja,  a  sorte  é  normalmente  compreendida  pelo  mundo como  sendo  algo  atribuído  ao  acaso  ou  ao  destino  ou  àquilo  que  não  se conhece  muito  bem,  e  não  a  um  poder  superior.  Geralmente  as  pessoas acreditam  que  a  sorte  é  algo  sem  qualquer  controle  inteligente,  é  apenas a  ação  do  acaso,  da  combinação  de  circunstâncias  que  resultam  naquele resultado,  seja  positivo  ou negativo. Sorte,  o  que a  Bíblia  diz:

 (1)  A  questão  da  sorte  é  muito  mencionada  na  Bíblia.  Encontramos  em vários  momentos  a  sorte  sendo  utilizada  na  vida  diária  do  povo  de  Deus. Exemplo  disso  era  quando  um  sorteio  era  utilizado  para  decidir  qual  dos dois  bodes  escolhidos  seria  o  bode  emissário  e  qual  seria  o  sacrificado: “Lançará  sortes  sobre  os  dois  bodes:  uma,  para  o  SENHOR,  e  a outra,  para  o  bode  emissário.”  (Lv  16.  8).  Outro  exemplo  era  o  uso da  sorte  para  definir  situações  complicadas:  “Pelo  lançar  da  sorte, cessam  os  pleitos,  e  se  decide  a  causa  entre  os  poderosos.”  (Pv 18.  18).  Observe  que  nos  dois  casos  o  recurso  do  sorteio  era  utilizado para  resolver  uma  situação.

 (2)  Os  sorteios  foram  utilizados  também  com  a  aprovação  de  Deus  na divisão  da  terra  prometida  entre  as  doze  tribos  de  Israel,  para  saber  em qual  parte  da  terra  cada  uma  viveria:  “Todavia,  a  terra  se  repartirá por  sortes;  segundo  os  nomes  das  tribos  de  seus  pais,  a herdarão.”  (Nm  26.  55).

(3) Os apóstolos utilizaram a sorte para definir quem seria o substituto de Judas, que traiu Jesus, se José ou Matias: “E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos.” (At 1. 26).

(4) Os três pontos acima nos deixam claro que a Bíblia não apoia a ideia que o mundo tem de que a sorte é uma obra que vem do acaso. A Bíblia mostra o uso da sorte para determinar a vontade soberana de Deus diante das dúvidas que os homens, falhos que são, têm. Ou seja, quando lançavam sortes criam que a mão do Deus Todo Poderoso lhes esclarecia a Sua vontade soberana sobre os fatos. Isso fica bem claro também em Provérbio 16. 33: “A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor.” 

(5) Assim, podemos dizer que a sorte existe sim, mas não como as pessoas creem nela e os dicionários a definem. Ela existe como a aplicação da vontade soberana de Deus sobre tudo e todos. Deus, soberanamente, governa todas as coisas e todos os fatos de nossa vida.

Por 

Carlos Ribeiro

Tbs

P250

O que devo fazer quando Deus não responde minhas orações?

O  que  devo  fazer  quando  Deus  não  responde  minhas orações? “Confesso  que  estou  cansada!  Tenho  buscado  muito  a  Deus  lendo  a Palavra,  jejuando,  orando,  mas  Deus  parece  permanecer  em  silêncio  e não  se  manifesta  quando  peço  algo  ou  pergunto  alguma  coisa.  O  que devo  fazer  para  não  cair  no  desânimo  e  perder  a  minha  fé  em  Deus?  Por que  Deus  não  responde  minhas orações?” Cara  leitora,  creio  que  seja  muito  importante  que  você  coloque  os  pés  no chão  nesse  momento  e  reflita  comigo  em  algumas  verdades  da  Palavra de  Deus  para  que  seu  coração  não  desista  de  crer  no  nosso  Deus.  Você precisa  compreender  esse  possível  “silêncio  de  Deus”  à  luz  do  que  a Bíblia  Sagrada  nos ensina. 

(1)  Você  está  correta  em  buscar  em  Deus  as  respostas  que  deseja.  Vejo que  você  tem  orado,  jejuado  e  buscado  a  compreensão  na  Palavra  de Deus.  Em  tudo  isto  está  agindo  corretamente.  O  grande  problema  está em  sua  ansiedade.  Creio  que  a  resposta  que  você  deseja  seja  muito importante  para  você,  porém,  você  precisa  compreender  que  o  tempo  de Deus  não  é  igual  ao  nosso.  O  salmista  em  um  momento  de  crise  declara a  Deus:  “Deus  meu,  clamo  de  dia,  e  não  me  respondes;  também de  noite,  porém  não  tenho  sossego”  (Salmos  22.  2). Aparentemente  o  salmista  passava  pela  mesma  busca  que  você  e também  se  sentia  ansioso  por  uma  resposta  de  Deus  que  resolvesse  a sua  demanda. Porém,  ele  não  se  deixou  levar  por  esse  desânimo  inicial  e  nem  pela pressa,  pois  sabia  quem  era  o  Deus  que  o  acompanhava:  “Contudo,  tu és  santo,  entronizado  entre  os  louvores  de  Israel.  Nossos  pais confiaram  em  ti;  confiaram,  e  os  livraste.  A  ti  clamaram  e  se livraram;  confiaram  em  ti  e  não  foram  confundidos”  (Salmos 22.3-5).  O  salmista  relembra  quem  é  Deus  e  os  Seus  feitos  na  história para  fortalecer  sua  fé  e  confiança.  Devemos  sempre  relembrar  que  o nosso  Deus  é  um  Deus  que  agiu  no  passado,  que  age  no  presente  e  que agirá  no  futuro  em  favor  de  Seus servos.  Ele  responde  nossas orações!

 (2)  Uma  segunda  atitude  importante  é  confiar  em  Deus  mesmo  que  as circunstâncias  estejam  desfavoráveis.  O  salmista  recebe  de  Deus  uma palavra  importante  a  fim  de  que  sua  ansiedade  fosse  minimizada: “Aquietai-vos  e  sabei  que  eu  sou  Deus;  sou  exaltado  entre  as nações,  sou  exaltado  na  terra.”  (Salmos  46.  10).  É  importante  que aprendamos a aquietar o nosso coração enquanto Deus faz a obra em nossa vida.

 (3) Uma coisa que sempre aprendi desde pequeno, baseada em diversos exemplos bíblicos, é que Deus pode nos dar três respostas aos nossos pedidos: Sim, que a resposta que todos nós sempre buscamos; não; e espere. Muitas vezes o silêncio de Deus é interpretado como uma falta de resposta, quando na realidade pode significar um não ou um espere. Precisamos construir uma sensibilidade para captar isso. E essa sensibilidade é edificada através da fé plena na soberania de Deus sobre nossas vidas. Se cremos que Deus é soberano cremos que Ele está nos conduzindo ao melhor caminho. O salmista declara isso de forma apaixonada: “Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu.” (Salmos 38.15). Esperança e confiança são as chaves para acalmar o nosso coração enquanto esperamos a ação de Deus e a compreensão da resposta Dele aos nossos pedidos.

Por

Carlos Ribeiro 

Tbs

P250

Afinal, Judas morreu ao se jogar de um barranco como está em Atos 1.18 ou se enforcou como está em Mateus 27.5?

Afinal,  Judas  morreu  ao  se  jogar  de  um  barranco como  está  em  Atos  1.18  ou  se  enforcou  como  está em  Mateus  27.5? “Graça  e  paz!  Nas  narrativas  bíblicas  percebi  uma  aparente  contradição. Em  Mateus  27.5  vemos  narrado  que  Judas  se  enforcou.  Já  em  Atos  1.18 diz  que  Ele  se  jogou  de  um  barranco  e  teve  seu  corpo  partido  ao  meio. Fiquei  meio  confusa  com  as  duas  informações,  pois  para  mim  os  dois textos são  contraditórios.  Como  resolver  essa  contradição  nos textos?” Cara  leitora,  vamos  avaliar  os  dois  textos  para  buscar  uma  compreensão a  respeito  do  que  cada  autor  quis  narrar  e  assim  conseguiremos  perceber se  houve  realmente  uma  contradição  na  Bíblia,  ou  um  erro  de  tradução, ou mesmo  uma  compreensão  que  passou  despercebido  na  hora  da  leitura e  interpretação  dos textos.

 (1)  No  texto  de  Mateus  27.5,  vemos  narrado  o  seguinte:  “Então,  Judas, atirando  para  o  santuário  as  moedas  de  prata,  retirou-se  e  foi enforcar-se”.  Nesse  texto  o  evangelista  foi  objetivo  naquilo  que  estava narrando,  não  detalhando  muito  os  acontecimentos.  O  foco  está  no suicídio  de  Judas  e  no  modo  como  ocorreu,  no  caso,  por  enforcamento.  E dentro  do  contexto  o  objetivo  maior  de  Mateus  era  destacar  como  todo  o ocorrido  cumpria  as profecias do  Antigo  Testamento. 

(2)  No  texto  de  Atos  1.18  temos  um  adendo  do  escritor  (Lucas)  à  fala  do apóstolo  Pedro:  “Ora,  este homem  adquiriu  um  campo  com  o  preço da  iniquidade;  e,  precipitando-se,  rompeu-se  pelo  meio,  e  todas as  suas  entranhas  se  derramaram”.  Neste  adendo,  Lucas  esclarece que  Judas  se  precipitou  (caiu)  e,  resultante  desta  queda  houve  um rompimento  de  seu  corpo,  de  forma  que  seus  órgãos  internos (entranhas)  foram  expostos.  Observe  que  Lucas  narra  com  mais  detalhes o  ocorrido. 

(3)  Observemos  que  um  texto  não  contradiz  o  outro.  Pelo  contrário,  os textos  parecem  se  complementar.  Mateus  foca  apenas  no  ato  principal realizado  por  Judas,  em  seu  suicídio  por  enforcamento.  Já  Lucas,  avança com  mais  detalhamento,  explicando  a  tragédia  que  aconteceu... 

(4) Assim, podemos entender que Judas se enforcou (conforme narrou Mateus) e, de alguma forma, essa corda do enforcamento ou o local onde ela foi amarrada se rompeu, fazendo com que o corpo caísse e, pela violência da queda, sofresse danos graves (conforme narrado por Lucas). Qualquer tentativa de colocar um texto contra o outro cairá por terra, pois não existe contradição nestes escritos. 

(5) Porém, algumas questões sobre essa morte permanecem sem explicação: Judas morreu no enforcamento ou na queda posterior? Judas caiu por ter se balançado muito, resultado do desespero do sufocamento, ou por ter usado uma corda frágil, ou mesmo pelo rompimento de um galho de árvore em que poderia ter amarrado a corda? São questões menores que Deus não quis que ficassem registradas sobre esse ato de Judas e suas consequências. O que aconteceu com  o corpo  de  Judas  após  ele  ter  se  enforcado.  Não  é  de  se  admirar  esse interesse  de  Lucas  em  narrar  com  mais  detalhes  o  que  ocorreu  com  o corpo,  já  que  era  médico.

Por 

Carlos Ribeiro 

TBS 

P250

Por que passo por tantos problemas se a Bíblia diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus?

Por  que  passo  por  tantos  problemas  se  a  Bíblia  diz que  todas  as  coisas  cooperam  para  o  bem  daqueles que  amam  a  Deus? “A  Bíblia  diz  que  todas  as  coisas  cooperam  para  o  bem  daqueles  que amam  a  Deus.  Se  isso  é  verdade,  por  que  tenho  passado  por  tantos problemas  em  minha  vida  e  por  tantas  decepções?  Tenho  chorado constantemente  por  tantas  tristezas.  As  coisas  não  deveriam  ser diferentes  em  minha  vida,  já  que  sou uma  serva  de  Deus?” Cara  leitora,  o  texto  que  você  citou  em  sua  pergunta  está  em  Romanos 8:28,  e  diz:  “Sabemos  que  todas  as  coisas  cooperam  para  o  bem daqueles  que  amam  a  Deus,  daqueles  que  são  chamados segundo  o  seu  propósito”.  Muitas  pessoas  não  compreendem  muito bem  esse  texto  e  acham  que  “cooperar  para  o  bem”  significa  que  todas as  coisas  acontecerão  da  forma  que  deseja  o  nosso  coração,  da  forma que  nos dá  mais prazer,  da  forma  que  nós  planejamos,  da  nossa  forma. Como  o  texto  cita  que  todas  as  coisas  cooperam  para  o  bem  daqueles que  amam  a  Deus  e  que  são  chamados  de  Deus,  gostaria  de  avaliar  a vida  de  alguns  destes  servos  de  Deus  para  que  possamos  compreender  o que  significa  cooperar  para  o  bem  em  Romanos 8:28. 

(1)  Deus  não  permitiu  que  Moisés  entrasse  na  terra  prometida,  ainda que  ele  orasse  com  muito  afinco  buscando  essa  bênção  (Deuteronômio 3:25-26).  Ou  seja,  o  bem  para  Moisés  era  não  entrar  na  terra  prometida, ainda  que  fosse  a  coisa  que  o  coração  dele  mais  desejasse  naquele momento.  Não  há  dúvidas  de  que  Moisés  era  um  servo  de  Deus  e, mesmo  assim,  não  obteve  tudo  aquilo  que  desejava. 

(2)  Deus  livrou  a  Daniel  da  cova  dos  leões  (Daniel  6:22).  Vemos  aqui  que Deus  age  poderosamente  em  favor  da  vida  de  Daniel,  livrando-o  do ataque  de  leões  ferozes,  que  podiam  tê-lo  despedaçado.  Ou  seja,  o  bem para  Daniel  foi  ser  liberto  por  Deus  da  cova  dos  leões.  Daniel  foi  um grande  servo  de  Deus  e  recebeu  este  livramento  do  Senhor. 

(3)  Deus  permitiu  que  Estevão,  homem  cheio  do  Espírito  Santo, conforme  é  dito  a  respeito  dele,  fosse  apedrejado  diante  dos perseguidores  da  igreja  de  Cristo  (Atos  7.59).  Ou  seja,  o  bem  para Estevão  foi  NÃO  ser  liberto  da  morte  terrível  por  apedrejamento.  Não  há dúvidas  de  que  era  um  grande  homem  de  Deus,  mas  mesmo  assim  foi morto  por  causa  do  evangelho. 

(4) Deus permitiu que Jó, homem reto e temente a Deus, tivesse sua vida devastada por uma série de tragédias. Perdeu os filhos, os bens, a saúde (Jó 1.13-22; 2.1-13). Esse era o bem que Deus quis que ocorresse na vida de Jó naquele momento, mesmo que Jó não entendesse porque tudo aquilo estava ocorrendo. Mais tarde Deus restaurou totalmente a vida de Jó e ele veio a ter o dobro de tudo aquilo que tinha perdido (Jó 42.10-17). Esse foi também o bem que Deus quis que ocorresse na vida de Jó.

 (5) Deus abençoou a vida de três jovens, Sadraque, Mesaque e AbedeNego, e os livrou da fornalha ardente, na qual foram jogados pelo rei Nabucodonosor (Daniel 3:26). Esse foi o bem de Deus na vida daqueles três, livrá-los da morte na frente de um dos reis pagãos mais terríveis. 

(6) O apóstolo Paulo foi um homem de Deus muito poderoso, que operava grandes milagres e tinha grandes visões a respeito das coisas de Deus. Porém, apesar de orar três vezes para que Deus tirasse o espinho de sua carne, Deus não o tirou (2 Coríntios 12:7-9). Esse foi o bem de Deus que cooperou para o bem da vida de Paulo. O que quero mostrar com esses exemplos é que esse “bem” citado em Romanos 8:28 não é determinado por nós e por nossas preferências, mas pelo próprio Deus, que tem planos para cada um de nós e, ainda que passemos por tribulações diversas, os crentes verdadeiros podem confiar na direção de Deus, sabendo que Ele fará sempre o melhor para a nossa vida, ainda que isso não pareça o melhor e o mais prazeroso aos nossos olhos. Podemos e devemos sim orar, buscar, clamar ao Senhor sempre crendo na direção Dele e não na nossa. Cabe a nós olharmos para as situações difíceis e também para as situações prazerosas, com olhos de fé, sabendo que Deus está na direção de nossas vidas em TODAS as situações, não apenas naquelas que mais nos agradam, mas também nas difíceis como fez com outros servos de Deus que citei acima. 

Por Carlos Ribeiro 

Tbs

P250