(1) A questão da sorte é muito mencionada na Bíblia. Encontramos em vários momentos a sorte sendo utilizada na vida diária do povo de Deus. Exemplo disso era quando um sorteio era utilizado para decidir qual dos dois bodes escolhidos seria o bode emissário e qual seria o sacrificado: “Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a outra, para o bode emissário.” (Lv 16. 8). Outro exemplo era o uso da sorte para definir situações complicadas: “Pelo lançar da sorte, cessam os pleitos, e se decide a causa entre os poderosos.” (Pv 18. 18). Observe que nos dois casos o recurso do sorteio era utilizado para resolver uma situação.
(2) Os sorteios foram utilizados também com a aprovação de Deus na divisão da terra prometida entre as doze tribos de Israel, para saber em qual parte da terra cada uma viveria: “Todavia, a terra se repartirá por sortes; segundo os nomes das tribos de seus pais, a herdarão.” (Nm 26. 55).
(3) Os apóstolos utilizaram a sorte para definir quem seria o substituto de Judas, que traiu Jesus, se José ou Matias: “E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos.” (At 1. 26).
(4) Os três pontos acima nos deixam claro que a Bíblia não apoia a ideia que o mundo tem de que a sorte é uma obra que vem do acaso. A Bíblia mostra o uso da sorte para determinar a vontade soberana de Deus diante das dúvidas que os homens, falhos que são, têm. Ou seja, quando lançavam sortes criam que a mão do Deus Todo Poderoso lhes esclarecia a Sua vontade soberana sobre os fatos. Isso fica bem claro também em Provérbio 16. 33: “A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor.”
(5) Assim, podemos dizer que a sorte existe sim, mas não como as pessoas creem nela e os dicionários a definem. Ela existe como a aplicação da vontade soberana de Deus sobre tudo e todos. Deus, soberanamente, governa todas as coisas e todos os fatos de nossa vida.
Por
Carlos Ribeiro
Tbs
P250
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