domingo, 3 de dezembro de 2023
#04 - QUEM É JESUS?
Quem é Jesus? Essa é uma pergunta simples, mas que faz toda a diferença. Claro que para nós, cristãos, não há a menor dúvida com relação à resposta: Jesus Cristo é o Senhor. Filho de Deus, é aquele que veio dos céus, se tornou um de nós no ventre da virgem Maria, assumiu nossa humanidade, viveu entre pessoas comuns, comeu do nosso pão, bebeu da nossa água, respirou nosso ar, andou na nossa terra, entregou-se na cruz pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus, aguardando o momento de retornar para julgar os vivos e os mortos e para sempre reinar com seu povo no novo céu e na nova terra, onde habita a justiça. Esse, em resumo, é o que o cristianismo histórico acredita a respeito de Jesus e que está nas confissões e nos grandes credos produzidos ao longo dos séculos. O grande ponto a respeito da personalidade de Jesus, ou de sua pessoa, é a questão das fontes. Onde aprendemos a respeito de Jesus? Quais são as fontes que nos apresentam informações sobre ele? Basicamente, temos os evangelhos e as cartas escritas por discípulos de Jesus, documentos que datam do primeiro século. Desses, temos diversas cópias. São aproximadamente cinco mil cópias, produzidas ao longo dos anos, até que a imprensa fosse criada. A partir daí, essas cópias, que até então eram feitas manualmente, passaram a ser feitas de maneira mecânica. Essas cópias mecânicas reproduzem, com exatidão, aqueles documentos originais produzidos no primeiro século. Esses documentos, que são primários, nos apresentam Jesus exatamente como falamos: o Filho de Deus, o Messias esperado pela nação de Israel, que fora anunciado pelos antigos profetas seis ou sete séculos antes de ele vir ao mundo. E isso com detalhes precisos quanto ao seu nascimento, às circunstâncias e razão da sua morte e quanto às suas reivindicações. Esses evangelhos, que foram escritos por aqueles que andaram com Jesus, nos dizem que ele, com frequência, reivindicava que os seus discípulos renunciassem inclusive à própria vida para poder segui-lo; que o amassem mais que à própria família. Deveriam, inclusive, estar dispostos a renunciar, se necessário, às riquezas e aos bens materiais para segui-lo. E mais: Jesus dizia às pessoas que deveriam ter fé nele da mesma forma que tinham fé em Deus Pai. Além disso, Jesus aceitava adoração. Várias vezes, os discípulos se curvaram para adorá-lo e ele não recusou; antes, aceitou ser adorado. Jesus disse, ainda, que as pessoas poderiam pedir-lhe coisas e essas lhe seriam concedidas, da mesma forma que as pessoas pediam ao Pai. Ele fez declaração do tipo: “Quem me vê, vê o Pai!” (Jo 14.9) e “O Pai e eu somos um” (Jo 10.30). Com tudo isso em mente, vem a grande questão: de acordo com essas fontes, Jesus de fato se apresenta como o próprio Deus em forma humana. Seria essa a afirmação de um louco megalomaníaco cheio de retórica e de poderes extraordinários que ultrapassam nossa compreensão? Quando pesamos as evidências, chegamos à conclusão de que não há a possibilidade de Jesus ter sido um enganador megalomaníaco, porque ele tinha muitos inimigos e, quando disse que depois de morto haveria de ressuscitar, a coisa mais simples para os judeus e para os romanos, depois de sua morte, teria sido apresentar seu corpo. “Está aqui o corpo de Jesus! Ele não ressuscitou”. Pronto, problema resolvido, loucura confirmada. Mas não foi o que aconteceu. Onde está o corpo de Jesus? Nunca foi apresentado. Seus discípulos eram judeus. Judeus são monoteístas, criados aprendendo que só existe um Deus. Dessa forma, para que um judeu acredite que um determinado homem é Deus, isso representa uma quebra de paradigma tremenda. É uma revolução. E não foi só na cabeça de uma pessoa, foi na cabeça de doze e depois na de centenas de milhares. E aqui citamos um judeu ilustre: Paulo. Ele era um rabino extremamente preparado do ponto de vista intelectual, zeloso dentro da tradição mais nobre do judaísmo, que chegou a perseguir cristãos porque não podia aceitar aquilo que eles diziam: que Jesus era Deus. Pois bem, esse homem finalmente concluiu que estava errado e tornou-se o maior pregador do cristianismo, além de autor canônico. Portanto, quando examinamos as evidências, a pergunta se apresenta: será que um louco conseguiria produzir todo esse efeito? Seria ele capaz de criar uma doutrina que fala de amor, justiça e verdade; que demanda de você que se dê pelos seus inimigos; que o motiva a viver para a glória de Deus? Será que um louco conseguiria atrair tantas pessoas e formar aquela que é a maior religião mundial baseada no amor ao próximo e no amor a Deus? As evidências apontam como verdade o que ele disse de fato. Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, que veio ao mundo com a finalidade de, na cruz do Calvário, derramar seu sangue para salvar pecadores. Ele não foi simplesmente um profeta judeu que os discípulos endeusaram, um iluminado, ou um reformador do judaísmo a quem os discípulos acabaram atribuindo milagres e prodígios. Não. Jesus foi exatamente aquilo que a Bíblia nos diz que ele foi. A pergunta sobre quem foi Jesus não tem muita importância se não vier acompanhada de outra: qual deve ser nossa atitude em relação a ele? Porque, se Jesus é o que afirma ser, o Filho de Deus, o próprio Deus; que tem todo o poder nos céus e na terra; que voltará; que é o único e suficiente Salvador, então a nossa atitude com relação a ele só pode ser uma: a de adorá-lo. Essa percepção nos leva a nos curvar diante dele, servi-lo, e a viver para agradá-lo e para anunciar seu nome em todo lugar. Lembre-se sempre disto: ele vive. Ele é Senhor. Curve-se diante dele. Vá a ele e receba o perdão de seus pecados e um sentido para a sua vida.
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