a cada ano, em um curso espiral que aumenta cada vez mais, rumo ao colossal abismo adiante. Mesmo não havendo perigo imediato de sermos varridos para o esquecimento, chegará o tempo em que todas as coisas terrestres serão condenadas a perecer, quando a terra estiver fria demais para ter vida e os melhores pensamentos humanos serão perdidos para sempre. Então a nossa terra, como todo o resto, terá se juntado aos bilhões de globos sem vida.”B. Nirvana.O nirvana é uma filosofia oriental hindu e budista (que, em certos períodos da história, tem afetado o pensamento cristão), a qual ensina que, na morte, toda a existência pessoal do homem cessa e é absorvida por um grande princípio que dá vida ao universo. De acordo com esse pensamento, o homem, enquanto viver, pode ser representado por uma pequena onda passando sobre um poderoso oceano. Mas, quando o vento para (o momento da morte), a onda é, então, recebida de volta pelo oceano de onde veio e perde, para sempre, a identidade anterior. Mateus 17.3 está entre os muitos versículos bíblicos que refutam o nirvana.Aqui, vemos Moisés e Elias reaparecendo a Pedro, Tiago e João no monte da Transfiguração. Isso aconteceu, obviamente, muito tempo depois de terem morrido e prova que a ausência nesta terra não significa a extinção da personalidade (veja também 1 Co 15.12-20,42-49).C. Universalismo.O universalismo é a suposição de que a maior parte da humanidade, se não toda, irá para o céu:Nem todos que se chamam (ou são chamados pelos outros) de universalistas, necessariamente, supõem que não exista inferno (pois pode existir um inferno temporário para alguns) ou que o número total de pessoas no céu será igual ao número de humanos e de anjos que foram criados no início (pois alguns anjos e humanos podem ser aniquilados). O que o universalismo exige é que, de eternidade a eternidade, nãohaja pessoas no inferno ou não incluídas no reino do céu. (TOON, Peter. Heaven and Hell. p. 183)Jon Braun identifica duas suposições filosóficas nas quais o universalismo é baseado:A primeira é que o amor de Deus é tão perfeitamente bom e perfeitamente soberano que não é possível que Ele sofra a derrota de permitir que uma de Suas criaturas acabe sendo punida eternamente. Isso poderia significar, segundo ele, que há algo mais poderoso que o amor de Deus. A segunda suposição tem a ver com o livre arbítrio do homem. Despido de toda a linguagem filosófica sofisticada, isso se resume ao argumento de que, se o homem está na encruzilhada com apenas duas opiniões, uma levando ao céu e a outra ao tormento eterno, ele não tem livre arbítrio de verdade. (Whatever Happened to Hell?. p. 42) Orígenes da Alexandria, na verdade, ensinou que até Satanás iria se reconciliar com Deus um dia. Além de seu grave erro em relação ao universalismo, Orígenes também era o pai do arianismo, o qual negava a deidade dejesus Cristo. Seu ensinamento sobre as duas questões foi condenado severamente no concilio de Constanti- nopla em 543 d.C.1. O argumento do universalismo analisado (Jo 12.32; At 3.20,21; Rm 5.18;1 Co 15.22; Ef 1.10; Fp 2.10,11).2. O argumento do universalismo refutado.a. Primeiro, a esperança de Orígenes para a salvação final de Satanás não será realizada definitivamente. Na verdade, será o contrário. Satanás, juntamente com o anticristo e com o falso profeta, sofrerá o julgamento do inferno eterno (Ap20.10).b. Segundo, devemos perceber que a Bíblia usa, com frequência, a palavra todo em um sentido restrito, como uma referência a todos de uma categoria, em vez de todos sem exceção - os exemplos são muitos.
Mateus diz-nos que toda a Judeia foi ouvir João Batista (3.5,6). Lucas registra que um decreto foi feito para que todo o mundo se alistasse (2.1). E os discípulos de João Batista queixaram-se de que todo homem estava seguindo Cristo. Nas passagens escritas por Paulo, está claro que todos os que estão em Adão morrem, enquanto todos os que estão em Cristo têm vida. O todo tem limitações agregadas a ele de acordo com o contexto. (LUTZER, Erwin. Corning to Grips with Hell. Moody, 1990. p. 14)c. Terceiro, a passagem em Filipenses não ensina que todos aceitarão Cristo como salvador, mas que todos irão reconhecê-lo como soberano um dia (Ap 5.13).Essa confissão da criatura sobre o seu criador inclui também o mundo dos demônios (Mc 1.23,24).D. Reencarnação.Essa é a crença na transmigração ou no renascimento da alma, a qual tem sido fundamental para a maior parte das religiões e das filosofias da índia. Se alguém semeia nesta vida, colherá na próxima. Boas obras resultam em um bom estado de nascimento, e ações más, em um mal estado de nascimento. Dessa forma, o estado de vida de alguém não é visto como algo acidental ou sem sentido, mas, para o bem ou para o mal, o resultado dos efeitos de uma existência anterior predetermina um estado futuro. Essa teoria não tem qualquer respaldo bíblico.E. Restauracionismo.Essa é a crença em que, em uma vida futura, todos receberão uma segunda chance de escolher Deus, algo que não fizeram nesta vida.1. Os motivos desta posição.Restauracionistas usam várias partes das Escrituras para “provar” sua visão (1 Tm 2.3,4; 4.10; 1 Pe 3.18,19). Entretanto, uma rápida olhada no contexto desses versículos mostra quetodos os “restaurados”, aqui, são os que aceitaram Cristo como salvador. A passagem em 1 Pedro tem sido objeto de certa controvérsia, mas em qualquer caso, ela não ensina restauracionismo. No versículo 19, o verbo pregou, em grego, não se refere à pregação do evangelho.2. A rejeição dessa posição.O restauracionismo também se contradiz com alguns versículos bíblicos (Pv 29.1; Mt 7.22,23; 12.32; Lc 16.26; Ap 22.11,18,19). Se esses versículos ensinam alguma coisa, eles declaram veementemente que, no momento da morte, não existe chance alguma de salvação para o não salvo. Podemos ficar tentados a discutir com Deus o porquê da questão, mas não o quê da questão.F. Condicionalismo.Erwin Lutzer compara isso à aniquila- ção:Esse ensinamento afirma que nem todos serão salvos, mas tampouco alguém estará consciente do tormento para sempre. Deus ressuscita os ímpios para julgá-los, os quais, depois, são jogados no fogo e consumidos. Os justos recebem vida eterna enquanto os descrentes recebem morte eterna. O inferno é aniquilação. (Corning to Grips with Hell. p.15)Essa falsa doutrina será avaliada com mais detalhes na discussão sobre aniquilação. De certa forma, o condicionalismo é uma heresia ainda maior do que a do universalismo ou do restauracionismo, pois ensina que todos os seres humanos foram criados originalmente sem almas imortais, algo que é claramente refutado nas Escrituras (Dn 12.2). Na passagem, está escrito que os salvos e os perdidos são eternos.G. Aniquilacionismo.Essa teoria, aceita pelas testemunhas de Jeová e também por muitos outros grupos, ensina que todos os ímpios serão descriados ou aniquilados por Deus um dia. Harold Bryson traça algumas variações dessa visão:O aniquilacionismo é expresso de várias formas. Uma delas é que, na morte, todos os não salvos deixam de existir. Outra forma alega que a aniquilação não ocorre imediatamente. De acordo com essa variação, os não salvos permanecem no inferno em um estado consciente até o dia do julgamento. Após o julgamento, eles deixam de existir. Essa forma de aniquila- cionismo permite que haja tempo de sofrimento suficiente para cumprir a penalidade total dos pecados. (Yes, Virgínia, There Is a Hell. p. 39)Peter Toon cita um atual defensor dos aniquilacionismo:Já nos referimos a essa posição aceita neste século pelos principais escritores anglicanos. Mais recentemente, Brian Heb- blethwaite escreveu:Se as criaturas podem rebelar-se contra o solo sagrado do seu ser em um nível que as tornem completamente incapazes de serem remidas, não há sentido em Deus man- tê-las existindo para sempre nesse estado eterno de privação. E muito mais plausível supor que a linguagem da condenação e da perda eterna seja uma figura de linguagem criada para causar a incrível possibilidade de um homem perder, por meio de suas ações e atitudes, o direito ao destino eterno e tornar-se incapaz de ser levado ao amor e à vida de Deus. Mas, se essa terrível possibilidade cumprir-se, deve significar que o perdido traz a própria aniquilação e desaparece da existência em vez de ser ressuscitado para sempre e colocado em um estado de condenação eterna. A pura falta de sentido desse estado de poder continuar para sempre mostra, claramente, que a imortalidade condicional é moral e religiosamente mais plausível do que a punição eterna.Mas, ele não quer realmente acreditar em aniquilação, pois prossegue:Há pessoas que gostariam de ser capazes de esperar que até mesmo a possibilidade de perda eterna, no sentido de aniquilação, nunca seja realizada de fato. Supor que haja um tempo em que o Deus de amor, o qual chegou ao ponto de crucificar Jesus para ganhar o amor dos homens, tem de excluir uma pessoa criada como alguém absolutamente irredimível, é uma conclusão difícil para o cristão.Na verdade, ele quer acreditar em uma segunda chance após a morte, em um processo que é como um purgatório para todos (batizados e não batizados, igualmente). Ele diz:Assim que nos livramos da antiga ideia de que as oportunidades de arrepender-se e de responder ao amor de Deus estão restritas a uma única vida na terra, é melhor esperarmos que o amor paciente e o autos- sacrifício de Deus, no final, prevalecerão acima do pecador mais rebelde. Em outras palavras, a noção de imortalidade condicional faz mais sentido em conjunto com a antiga ideia da finalidade da morte. (Hea- ven and Hell. p. 186,187)Recentemente, alguns estudiosos evangélicos foram para o lado da aniquilação. Dentre eles, Clark Pinnock e Edward Fudge.Erwin Lutzer parafraseia a posição de Pinnock:Clark Pinnock, da Universidade Mc- Master em Toronto, Canadá, pergunta como alguém é capaz de imaginar, por um momento, que o Deus que deu o Seu Filho para morrer na cruz “instalaria uma câmara de tortura em algum lugar, na nova criação, para submeter à dor eterna os que o rejeitam?”. Ele observa que é difícil defender o cristianismo diante do problema do mal e do sofrimento sem ter de explicar o inferno também.Pinnock acredita que o fogo de Deus consome os perdidos. Portanto, Deus não cria os ímpios para torturá-los, mas para declarar julgamento sobre eles e condená- -los à extinção, que é a segunda morte. A punição eterna, de acordo com Pinnock, significa que Deus sentencia os perdidos para a morte final e definitiva. (Corning to Grips with Hell. p. 16)Jon Braun esboça e critica o argumento de Fudge:Um artigo de 1976 do Christianity Today, intitulado “Colocando o inferno no seu lugar”, oferece um exemplo típico de uma versão suave do inferno. Nele, o autor Edward Fudge aborda perigosamente o ensinamento bíblico do tamanho e da extensão da punição eterna.
[...] Ele faz uma tentativa incrivelmente superficial de demonstrar por que devemos falar dos tormentos do inferno como coisas aiônicas ou nova era, em vez de eterno ou perpétuo.Em nossas versões comuns, essa palavra [aionos, a palavra grega para eterno] é geralmente traduzida como perpétuo ou eterno. Uma tradução melhor, provavelmente, seria a transliteração “aiônico” ou “nova era”. Aionos designa uma qualidade da Era que está por vir.De repente, a palavra aionos não significa realmente perpétuo ou eterno. Agora, é uma qualidade - na terra, no céu ou no inferno.[...]Aqui, temos a punição - punição que expressa ira e justiça. Lá, temos a vida. Ambos os termos são ricos em significado para os habitantes da Era atual. Mas, ambos são qualificados pela mesma palavra: aiônico. A punição e a vida são de uma qualidade pertencente à Era que está por vir, e pode finalmente ser descrita por aiônico.Não é possível! Esse malabarismo arbitrário com as palavras foi longe o suficiente. Vida aiônica é vida eterna, não é uma qualidade de duração desconhecida, e punição aiônica, finalmente, pode ser descrita somente por eterno. [...] No Novo testamento, essas palavras referem-se a um período eterno de tempo, não a uma qualidade. [...] A insípida conclusão do artigo é chocante. [...]O inferno é uma retratação do Novo Testamento, apresentando o destino dos não salvos. Mas, como vimos, não é a única: não é nem mesmo a principal. Nem é a definitiva. ('Whatever Happened to Hellf. p. 96,97 [os grifos em itálico são meus])Os que acreditam em aniquilacionismo tentam reforçar as bases de suas alegações citando certos versículos bíblicos em Salmos (SI 37.9; 145.20).Entretanto, é importante observar que a mesma palavra grega, karath, traduzida como desarraigados no Salmo 37.9, também é usada em referência à crucificação do Messias conforme a profecia de Daniel9.26. Cristo certamente não foi aniquilado no Calvário. No Salmo 145.20, a palavra hebraica idêntica, traduzida como destruído, é usada para descrever a punição do Egito (Êx 10.7) e Israel (Os 13.9), e nenhuma das duas foi aniquilada.Quanto ao Novo Testamento, aniquili- nacionistas tentaram mostrar que, independentemente das palavras eterno e perpétuo estarem ligadas a palavras de ação, elas referem-se ao resultado da ação, não à ação em si. Por exemplo, a frase julgamento eterno não significa que a duração do julgamento, em si, será eterna, mas que as conseqüências dele serão. Redenção eterna não significa que o ato de Cristo continua eternamente, embora as conseqüências continuem.Erwin Lutzer, entretanto, logo refuta essa alegação:A palavra grega apollumi é usada em passagens como Mateus 9.17; Lucas 15.4 e João 6.12,17. Em nenhuma dessas ocorrências ela significa passar da existência. Morey escreve: “Não há uma única situação no Novo Testamento em que apollumi significa aniquilação no sentido específico da palavra”. O léxico Inglês-Grego de Thayer define-a como ser liberto da tristeza eterna. (Corning to Grips with Hell. p. 18)H. Nova Era.A filosofia da Nova Era é baseada nas seguintes ideias hinduístas antigas:Monismo - Tudo é um. Há uma unidade essencial a tudo no universo.Panteísmo - Tudo é deus. O universo é deus. Então, cada parte do universo, visível e invisível, é uma parte de deus.Maya - Tudo é uma ilusão. A mente pode manipular a realidade, então, o que é percebido não tem outra realidade senão a que é dada pela mente.Outro conceito hindu, a reencarnação, envolve a eliminação do carma de alguém- pagando pelas más ações - por meio do renascimento em uma sucessão de vidas.Na morte, as reencarnações humanas ocorrem até que a pessoa alcance a unidade com Deus. Não existe, então, vida eterna como uma pessoa ressurreta. Isso significa que não existe céu ou inferno literalmente. A atriz Shirley MacLaine foi a defensora mais famosa do movimento na última parte do século 20. Aqui, temos uma de suas afirmações:Almas individuais separam-se da vibração superior no processo de criar várias formas de vida. Seduzidas pela beleza da própria criação, elas ficam presas no físico, perdendo a conexão com a luz divina. (MACLAINE, Shirley. Dancing in the Li- ght. p. 354)I. Espiritismo.O espiritismo alega que, após a vida na terra, a vida continua no mundo espiritual, onde o espírito da pessoa pode progredir de um nível para outro. O céu e o inferno são meramente estados mentais.
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