sábado, 30 de outubro de 2021
O texto bíblico de João 14.6 nos diz que ninguém vai ao pai sem primeiro passar por Jesus?
É verdade que Saulo (Paulo) caiu de um cavalo quando Jesus apareceu à ele perto da cidade de Damasco (Atos 9.4).
Será que Pedro disse à Jesus para onde iremos nós em (João 6.68) ?
É verdade que todos que crêem em Jesus tem a vida eterna (João 6.47)?
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Constantino mudou o sábado para o domingo?
quais são os mandamentos de Jesus?
Nota Apologética:
I João 2:4
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
Argumento: "Afirmam os adventistas: “quem não guarda o sábado, que está entre os mandamentos, é mentiroso.”
Resposta apologética: Nada diz que na guarda dos mandamentos, no texto em apreço, esteja incluso o decálogo. É apenas especulação dos adventistas.
Ponderemos no seguinte:
a) nos versos1 e 2, João fala de Jesus e usa o pronome possessivo “seus” o que revela tratar-se dos mandamentos de Jesus (At 1.2) e não do decálogo;
b) Jesus deu mandamentos aos seus seguidores, mas nunca mandou guardar o sábado (Jo 14.15,21; 15.10; I Jo 2.3; 5.3);
c) O caráter dos mandamentos de Jesus é revelado nas seguintes passagens (I Jo 3.23; 4.21; II Jo 5; Mt 28.18-20);
d) Paulo declarou todo o conselho de Deus (At 20.20,27) e disse que o que escrevia eram mandamentos de Deus (I Co 14.37), mas nunca mandou ninguém guardar o sábado, pelo contrário, afirmou que o sábado fazia parte das coisas temporárias da lei, que se constituíam de sombras das coisas futuras (Cl 2.14-17; Gl 4.21-31). Afirmou também que, guardar o sábado ou dias religiosos era decair da graça (Gl 4:10,11; 5:4);
e) Os mandamentos de Jesus não eram pesados (I Jo 5.3), enquanto que os mandamentos da lei do Antigo Concerto o eram (At 15.10);
f) Além disso os dez mandamentos falham em prescrever os princípios morais de caráter e atitude humanos:
1) mansidão (Sl 37.9-11);
2) bondade e misericórdia (Mq 6.8);
3) pureza de coração (Sl 24.3);
4) coração contrito (Sl 51.17), etc.
Os Adventistas estão errados em admitir que sempre que se fala de Mandamentos no Novo Testamento o entendimento que se deva ter é que se refiram aos dez mandamentos. Os que possuem as qualidades citadas acima cumprem muito além dos dez mandamentos.
sábado, 7 de agosto de 2021
O que é o Hinduísmo e em que os hindus acreditam?
O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas – alguns dos seus manuscritos sagrados são de 1400 a 1500 A.C. Também é uma das religiões mais diversas e complexas, possuindo milhões de deuses. Os hindus possuem uma grande variedade de crenças básicas e contêm muitas seitas diferentes. Apesar de ser a terceira maior religião do mundo, o Hinduísmo existe primeiramente na Índia, Nepal e em menor escala em alguns países ao redor.
Os textos principais do Hinduísmo são: Veda (considerado o mais importante), Upanishadas, Mahabharata e o Ramayana. Essas escrituras contêm hinos, encantamentos, filosofias, rituais, poemas, e histórias nas quais os hindus baseiam suas crenças. Outros textos usados pelo Hinduísmo são os Brahmanas, Sutras e os Aranyakas.
Apesar de o Hinduísmo ser conhecido como uma religião politeísta, com cerca de 330 milhões de deuses, também tem um "deus" que é supremo: Brahma. Acredita-se que Brahma seja uma entidade que habita em toda área da realidade e existência, por todo o universo. Acredita-se que Brahma seja um deus impessoal que não pode ser conhecido e que ele existe em três formas separadas: Brahma—Criador; Vishnu—Preservador e Shiva – Destruidor. Essas "facetas" do Brahma são também conhecidas através de muitas encarnações de cada uma. É extremamente difícil descrever a teologia hindu exatamente, já que praticamente todo sistema de teologia é influenciado de uma forma ou outra pelo Hinduísmo. O Hinduísmo pode ser:
1) Monístico – Apenas uma coisa existe; a escola de Sankara
2) Panteísta – Apenas uma coisa divina existe, por isso Deus é idêntico ao mundo; Brahmanismo
3) Panenteísmo – O mundo faz parte de Deus; a escola de Ramanuja
4) Teísta – Apenas um Deus, distinto da Criação; Hinduísmo Bhakti
Ao observar outras escolas do Hinduísmo, alguém pode defender a ideia de que o Hinduísmo seja ateísta, deístico ou até mesmo niilista. Com tanta diversidade sob o título "hindu", é preciso perguntar: o que faz uma religião "hindu" em primeiro lugar? O ponto principal em questão é se um sistema de crença enxerga os Vedas como sagrado ou não. Se sim, então é hindu. Se não, então não é. O assunto mais importante, no entanto, é intangível. Os Vedas são mais do que simples livros de teologia. Eles contêm uma rica e colorida "theo-mitologia", quer dizer, uma mitologia religiosa que deliberadamente se mistura com mitos, teologia e história para atingir uma base em forma de histórias. Essa "theo-mitologia" é tão bem fixada à história e cultura da Índia, que rejeitar os Vedas pode ser encarado como rejeitar a Índia. Portanto, um sistema de crença é rejeitado pelo Hinduísmo se não adotar a cultura indiana de uma forma ou outra. Se aceitar a cultura indiana e sua história theo-lendária, então pode ser enxergado como "hindu", mesmo se sua teologia for teísta, niilista, ateísta ou outra. Essa aceitação simultânea de tantas contradições pode ser uma dor de cabeça para as pessoas ocidentais que tentam achar consistência lógica e defesa racional nas opiniões religiosas do Hinduísmo. No entanto, é bem verdade que Cristãos não são mais lógicos do que os hindus quando clamam uma fé no Yahweh, mas ao mesmo tempo vivem suas vidas como ateus praticantes, negando a Cristo com suas vidas. Para o hindu, o conflito é uma contradição lógica e genuína. Para o Cristão, o conflito é provavelmente uma questão de hipocrisia.
O Hinduísmo também tem uma visão diferente da humanidade. Porque Brahma é tudo, o Hinduísmo acredita que todos são divinos. Atman, ou cada ser, é um com Brahma. Toda realidade fora do Brahma é considerada uma simples ilusão. O objetivo espiritual de um hindu é se tornar um com o Brahma, deixando então de existir em sua forma ilusória de "ser individual". Essa liberdade é conhecida como “moksha”. Até o estado “moksha” ser alcançado, o hindu acredita que essa pessoa vai continuar reencarnando para que possa trabalhar em se tornar a auto-realização da verdade (a verdade de que apenas Brahma existe, nada mais). A forma em que cada pessoa reencarna é determinada pelo Carma, o qual é um princípio de causa e efeito governado pelo equilíbrio da natureza. O que uma pessoa fez no passado afeta e corresponde com o que acontece no futuro, incluindo o passado e futuro de diferentes vidas.
Apesar de esse ser um simples resumo, é fácil ver que o Hinduísmo se opõe ao Cristianismo bíblico em quase todas as áreas do seu sistema de crença. O Cristianismo tem um Deus que é pessoal e conhecível (Deuteronômio 6:5; 1 Coríntios 8:6); um só livro conhecido como as Escrituras; ensina que Deus criou a terra e tudo que nela existe (Gênesis 1:1ff; Hebreus 11:3); acredita que o homem foi criado à imagem de Deus e vive apenas uma vez (Gênesis 1:27; Hebreus 9:27-28) e ensina que a salvação é somente através de Jesus Cristo (João 3:16; 6:44; 14:6; Atos 4:12). O Hinduísmo como um sistema religioso falha porque deixa de reconhecer Jesus como o Deus-homem e Salvador, a única fonte suficiente de salvação para toda a humanidade.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
segunda-feira, 12 de julho de 2021
O imperador romano Constantino foi o responsável pela introdução da doutrina pagā da Trindade no cristianismo, no Concilio de Niceia, em 325 d.c.?
Nas religiões antigas da Babilônia, Egito e Índia, vemos as imagens de tríades de deuses. Foi de lá que os cristãos copiaram a doutrina da Trindade?
Os primitivos cristãos ensinavam a Trindade?
A Bíblia afirma que Deus não é de confusão. Portanto, como a doutrina da Trindade é confusa e contraditória, não pode ser uma doutrina bíblica (1Co 14.33)?
A Biblia declara que Deus é um, e não três (Dt 6.4)?
Existe alguma característica essencial da natureza divina que prove a unidade composta de Deus?
Se Deus estava sozinho na criação, como acreditar que existe uma Trindade criadora e eterna (Is 44.24)?
Como pode existir uma Trindade de três seres distintos de igual natureza divina se a Bíblia afirma que não existe ninguém semeIhante a Deus (Is 40.25)?
domingo, 11 de julho de 2021
Como a doutrina da Trindade pode ser bíblica se as escrituras afirmam que o Pai não é o Filho (Jo 8.17, 18)?
Como posso crer na Trindade se ela está além da compreensão humana?
Por que devo crer na Trindade, se nem mesmo tal palavra aparece na Bíblia?
Todas as pessoas que negam a doutrina da Trindade também negam a divindade de Cristo?
É a doutrina da Trindade um ensino claramente bíblico?
Qual a definição de Trindade?
sexta-feira, 9 de julho de 2021
O que a Bíblia diz sobre doenças pandêmicas?
O que a Bíblia diz sobre quais comidas devemos comer? Há comidas que um Cristão deve evitar?
Romanos 14:1-23 nos ensina que nem todo mundo é maduro o suficiente em sua fé para aceitar o fato de que todas as comidas são puras. Como resultado, se estivermos com alguém que se ofenderia por comermos comida “impura” – devemos parar de comer esse tipo de comida para não ofender a outra pessoa. Temos o direito de comer o que quisermos, mas não temos o direito de ofender a ninguém, mesmo se estiverem errados. Para o Cristão dos dias de hoje, no entanto, temos a liberdade de comer o que tivermos vontade de comer, contanto que não cause outra pessoa a tropeçar em sua fé.
Na Nova Aliança da graça, A Bíblia se preocupa muito mais com o quanto comemos do que com o que comemos. Apetites físicos são uma analogia de nossa habilidade de nos controlar. Se somos incapazes de controlar nossos hábitos alimentares, somos também incapazes de controlar outros hábitos, tais como: os hábitos da mente (desejo sexual, cobiça, ira/ódio injustos) e da nossa boca, como os de fofoca e brigas. Não devemos deixar que nossos apetites nos controlem; na verdade, nós que devemos controlá-los. Veja Deuteronômio 21:20; Provérbios 23:2; 2 Pedro 1:5-7, 2 Timóteo 3:1-9, 2 Coríntios 10:5.
quinta-feira, 8 de julho de 2021
Os verdadeiros restauradores do Sábado são os adventistas? o sábado precisa ser restaurado como dizem os adventistas do sete dia?
Será que os adventistas estão cumprindo toda a lei?
As 10 perguntas que os adventistas precisam responder...
As 10 perguntas que os adventistas precisam responder
Muitas pessoas passam a vida inteira dentro duma religião, filosofia ou credo sem ao menos perguntar se realmente estão seguindo o caminho certo. Foi assim que a Igreja Católica conseguiu manter cativo nas cadeias da ignorância religiosa as pessoas na Idade Média, até que finalmente chegou o iluminismo da Reforma libertando-as das garras da ignorância. Uma das mais nobres faculdades que Deus dotou o ser humano foi o seu raciocínio, então devemos colocá-la para funcionar. Devemos fazer perguntas, indagar e não aceitar nada que nos é oferecido sem que passe pelo crivo da lógica e da teologia bíblica. E se tratando de religião, devemos ter mais cuidado ainda, caso contrário correremos o risco de estarmos nos afastando dos caminhos de Deus.
Você amigo adventista foi ensinado que o sábado é a “pedra de toque” (O Grande Conflito pág. 611) da fidelidade para com Deus. O sábado se destaca tanto nos ensinos do adventismo que Ellen G. White chega a dizer que “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 23 – 2ª edição, 1956). Pois bem, gostaria que você raciocinasse um pouco sobre este assunto meditando nestas perguntas logo abaixo:
1. Se o sábado é tão importante, porque então não há um mandamento sequer para guardá-lo desde Adão até Moisés?
2. Se o sábado não era somente para o judeu, então porque Deus diz que era um sinal entre Deus e Israel somente? (leia Ezequiel 20:12,20).
3. Se o sábado existia desde o Éden, então porque Deus diz que ele foi dado no deserto?
4. Se o sábado tem força de lei para a igreja, então porque nunca vimos a igreja primitiva se reunir no sábado, mas sempre no 1º dia da semana? (leia Atos 20:7 e I Coríntios 16:2).
5. Se o sábado se revesti de tamanha importância, então porque Jesus não realizou sua maior obra nele – a ressurreição.
6. Se o sábado era assim de tamanha importância, então porque os evangelistas registram sempre as aparições no 1º dia da semana e não no sétimo? (leia Mateus 28:1; Marcos 16:1; Lucas 24:1 e João 20:1).
7. Porque após a morte dos apóstolos a igreja continuou se reunindo aos domingo e não no sábado?
8. Porque nesta época a história registra que o sábado era guardado somente por seitas do judeu-cristianismo?
9. Porque Homens de Deus como Lutero, Calvino, Wesley, Moody, Finey e tantos outros, citados por Ellen White, guardaram o domingo e não o sábado?
10. Se o sábado fosse parte de uma lei moral poderia uma lei cerimonial quebranta-lo, como era o caso da circuncisão? (leia João 7:22,23)
Ai está amigo adventista, espero que medite nisto com um coração sincero em oração. Portanto, se souber que esteve errado até agora estará disposto a mudar?
Pense nisso!
segunda-feira, 5 de julho de 2021
A Bíblia ensina que Jônatas é Davi eram homossexual?
Introdução
Muito tem sido dito e escrito sobre o amor entre Jônatas, filho de Saul, e Davi, filho de Jessé. Era homossexual a relação que eles tinham? Este estudo tratará não de uma passagem específica, mas de uma série de versículos que, uma vez distorcidos e mal compreendidos, são usados para corroborar a prática homossexual.
Para responder a essa pergunta sobre a relação entre Jônatas e Davi, é necessário que compreendamos o uso da palavra amor no Antigo Testamento, não só dentro da história que envolve Jônatas e Davi, mas em outras envolvendo outras pessoas.
Em nosso próximo estudo (post), veremos como o projeto na criação de Deus para os seres humanos era de uma relação heterossexual entre as pessoas. Este é o projeto natural de Deus. Com o afastamento da humanidade, este projeto, bem como tantas outras coisas, se quebrou, dando origem à homossexualidade como um fruto de abandono de Deus da raça humana, do entregar de Deus às paixões infames da carne a humanidade como um todo. Um sinal disso é justamente as relações homoafetivas.
Veremos que a relação homossexual é fruto de uma mentira na qual a humanidade está. Vimos que:
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. (Romanos 1:25-27)
Este ponto da teologia-bíblica sobre a homossexualidade é claro para todos nós. Não se trata de uma opinião pessoal, ou da cultura de um povo. Trata-se da Palavra de Deus sobre o assunto.
Exposição
Posto isso, vamos às passagens que, normalmente, são distorcidas para forçar, discriminatoriamente (diga-se de passagem), um pecado na vida de Davi que nunca existiu.
Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto. Saía Davi aonde quer que Saul o enviava e se conduzia com prudência; de modo que Saul o pôs sobre tropas do seu exército, e era ele benquisto de todo o povo e até dos próprios servos de Saul. (1Samuel 18.1-5)
Bem, aqui começa a confusão. Jônatas amou Davi como à sua própria alma. A palavra usada aqui é אַהֲבָה, de אָהֵב. Esta palavra é normalmente associada em traduções com a palavra amor e, pode estar ligada tanto ao amor como afeição, quanto como atração, ou como um cuidado amoroso entre amigos, ou ainda como um amante mesmo.
O primeiro ponto que temos que considerar aqui é que tanto Jônatas quanto Davi eram homens desempenhando seus papéis na nação, casados e tendo filhos. Davi, inclusive, chegou a ter oito mulheres, indicando qual era sua real dificuldade. Se Davi era, realmente, tentado por homens, como explicar essas oito além das muitas concubinas?
Em segundo lugar, é importante observar que o amor apresentado em 1Samuel 18 nada tem de conotação sexual, não podendo se traduzir אַהֲבָה como um amor de atração. A mesma ideia que se apresenta em 1Samuel 18 aparece nos versos abaixo:
Assim, Davi foi a Saul e esteve perante ele; este o amou muito e o fez seu escudeiro. Saul mandou a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça. E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele. (1Samuel 16.21–23)
Este texto nos diz que Saul, pai de Jônatas, também amou a Davi. Estaria o texto apresentando uma possível relação homoafetiva entre Saul e Davi? Vejamos o texto abaixo:
Enviou também Hirão, rei de Tiro, os seus servos a Salomão (porque ouvira que ungiram a Salomão rei em lugar de seu pai), pois Hirão sempre fora amigo de Davi. (1Reis 5.1)
Já neste texto, temos outro rei amando Davi. Hirão, rei de Tiro, é apresentado como alguém que todo o sempre amou a Davi. Embora nas versões em português apareça que Hirão sempre fora amigo de Davi (ARA), ou, Hirão havia sido sempre muito amigo de Davi (A21), no texto original, as palavras que aparecem são כָּל־הַיָּמִֽים … אֹהֵ֗ב, ou seja, amou … todo o sempre. אֹהֵ֗ב é a mesma palavra usada para falar do amor de Jônatas por Davi. Estaria o texto dizendo que, além de Jônatas, Saul e Hirão também o amavam homossexualmente?
Bem, outra passagem mal usada é 2Samuel 1.26, na qual Davi afirma que o amor de Jônatas era maior do que o das mulheres:
Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres. (2Samuel 1.26)
Em que sentido esse amor ultrapassava o de mulheres? No sentido de que a amabilidade de Jônatas superava o modo como algumas mulheres amavam e tratavam a Davi na época. Veja essa experiência de Davi com sua primeira esposa, irmã de Jônatas:
Ao entrar a arca do Senhor na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração … Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos, como, sem pejo, se descobre um vadio qualquer! (2Samuel 6.16,20)
Em comparação com o amor de Mical, também filha de Saul, o amor de Jônatas ultrapassava o amor de mulheres. Davi (e muito menos o texto bíblico) não está dizendo que ama Jônatas mais do que ama as mulheres. Davi está apenas percebendo que o amor que Jônatas demonstra por ele é maior do que o cuidado que ele vinha recebendo de mulheres. Para enxergar um amor homossexual aqui, somente usando as lentes da homofobia ou do preconceito.
Sempre foi (e ainda é) comum que homens encontrem em outros homens o cuidado e o amor que, em determinadas situações, supera o amor de mulheres. Considere promessas feitas na guerra por companheiros que dão a vida uns pelos outros, e que se comprometem, como fez C. S. Lewis durante a 1ª Guerra Mundial, com seu amigo Paddy Moore, a cuidar da família um do outro no caso de um deles morrer lutando. Moore faleceu em 1918 durante a guerra na qual ele e Lewis lutaram contra o jovem e, ainda desconhecido, Adolf Hitler, especialmente na Batalha do Somme, em 1916.
Em meio a guerras e outras situações que produzem aflições em nosso coração, se temos um amigo junto a nós, é natural que percebamos o amor cuidadoso desse amigo. Vemos isso na relação entre pais e filhos, entre irmãos e entre amigos. No entanto, não podemos cometer a tolice de, sempre que virmos um homem demonstrando cuidado amoroso ao seu amigo, considerarmos aquilo uma relação homossexual.
Um último absurdo que precisa ser considerado é o do beijo entre Jônatas e Davi:
Indo-se o rapaz, levantou-se Davi do lado do sul e prostrou-se rosto em terra três vezes; e beijaram-se um ao outro e choraram juntos; Davi, porém, muito mais. (1Samuel 20.41)
Qualquer pessoa não homofóbica (ou preconceituosa) saberá ler o contexto e entender o que está acontecendo. Infelizmente, esse tipo de atitude tem levado muitas pessoas a evitarem gestos de carinho por um amigo em público. Recentemente, um pai foi espancado em um show por ter dado um beijo e um abraço em seu filho. Um homem, homofóbico, vendo a cena, incomodou-se e decidiu bater naquele suposto gay. O pai apanhou tanto que terminou sem parte de uma orelha.
Por outro lado, encontramos gays celebrando quando um pai beija seu filho em público, especialmente se ambos já são adultos, porque preconceituosamente consideram aquilo como a atitude de dois gays, quando, na verdade, são pai e filho. Você consegue perceber para onde caminha isso?
Com o tempo, qualquer atitude de um pai com seu filho será tida como um incesto. Qualquer homem que abraçar seu amigo será tido como gay. E, como a Bíblia recomenda o ósculo santo, isso seria um sinal de aprovação bíblica da prática homossexual. Neste ponto, tanto homossexuais preconceituosos quanto homofóbicos raivosos agem de igual modo, ignorando o lado afetivo da amizade entre duas pessoas do mesmo gênero.
E, quando olhamos para a Bíblia, o que vemos é uma clara demonstração do que era, na cultura judaica, o beijo. Era tudo, menos a demonstração de homossexualidade. Veja:
Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram. (Gênesis 33.4)
José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos falaram com ele. (Gênesis 45.15)
Então, José se lançou sobre o rosto de seu pai, e chorou sobre ele, e o beijou. Gênesis 50.1
Disse também o Senhor a Arão: Vai ao deserto para te encontrares com Moisés. Ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou. (Êxodo 4.27)
Então, saiu Moisés ao encontro do seu sogro, inclinou-se e o beijou; e, indagando pelo bem-estar um do outro, entraram na tenda. (Êxodo 18.7)
Então, de novo, choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela. (Rute 1.14)
Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão e passado também o rei, este beijou a Barzilai e o abençoou; e ele voltou para sua casa. (2Samuel 19.39)
Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam. (Romanos 16.16)
Seriam todos esses casos, casos de homossexuais?
O beijo sempre foi uma prova de afeto, de respeito, e de amor por um amigo ou amiga, independentemente do sexo da pessoa que recebe o beijo.
É necessário ter uma proporção muito grande à imoralidade para enxergar no texto bíblico algo além do que está nele posto. É, aliás, isso que provavelmente há no coração de tais pessoas, uma mistura de homofobia e preconceito.
Homofobia por parte daqueles que olham para a Bíblia com raiva por ela apresentar essas cenas de afeição entre amigos, nas quais esses homofóbicos são incapazes de perceber outra coisa que não algo de conotação sexual. Veja que a homofobia está ligada também à perversão de mente.
E preconceito por parte das pessoas que, ao olharem para o texto, imediatamente veem sexualidade e julgam o carinho entre amigos como se fosse uma prova de sua homossexualidade. Sim, homossexuais que assim olham para os textos bíblicos são preconceituosos. Agem com um preconceito sobre aqueles que a Bíblia apresenta.
O melhor caminho para não cairmos neste erro da ignorância é não nos contentarmos com uma leitura rasa das Escrituras, mas procurarmos nos aprofundar cada vez mais. Conhecer melhor a mais profundamente as Escrituras é algo bom! O Senhor diz pelo profeta Oseias que seu povo se perde justamente por lhe faltar conhecimentos de Suas Palavras (Os 4.6).
W. P. Jr