segunda-feira, 1 de julho de 2019

#tbs_681 - "Se a penalidade por nossos pecados é a eternidade no inferno, como é que a morte de Jesus pagou por essa penalidade se Ele não passou a eternidade no inferno?"

Se enxergarmos Jesus meramente como um homem, então é natural fazer esta pergunta. Entretanto, a razão por que Jesus não teve que passar a eternidade no inferno é que Ele não é apenas um homem, mas o homem-Deus. A segunda pessoa da Trindade assumiu carne e viveu entre os homens sob a forma de um homem. No entanto, Ele era um homem como nenhum outro porque a Sua natureza era de Deus - santo, perfeito e infinito.

Várias passagens atestam a este fato, tais como a passagem de abertura do Evangelho de João. Lá lemos o seguinte:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1:1–3, 14).

Esta passagem dá testemunho claro de que o Verbo eterno, que é co-eterno com Deus e da mesma essência que Deus, assumiu a carne humana e habitou ("armou a sua tenda" ou "criou o seu tabernáculo") entre nós. Como o Apóstolo Paulo diz a respeito de Jesus: "porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9).

Com isso em mente, vamos avaliar a pergunta mais de perto. É certamente verdade que a penalidade pelos nossos pecados é uma eternidade no inferno. A Bíblia diz que todos pecaram (Romanos 3.23) e que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). O livro de Apocalipse diz que aqueles cujos nomes não estão no livro da vida do Cordeiro são lançados no lago de fogo onde serão atormentados "pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20:10, 15).

No entanto, como pode a morte de Jesus expiar os pecados de cada pessoa que já viveu? Aqui é onde se encaixa a discussão de Jesus sendo o Deus-homem. Se Jesus fosse um mero homem (com pecado próprio), então a sua morte não expiaria nem o seu próprio pecado, muito menos os pecados de outra pessoa. No entanto, Jesus não é um mero homem; Ele é Deus em carne humana. Como homem, Ele pode se identificar com aqueles por quem se sacrificou. Como um homem perfeitamente sem pecado, Ele pode expiar os pecados da humanidade sem primeiro ter de expiar o seu próprio. Finalmente, como Deus, Ele pode satisfazer plenamente a ira de Deus que os nossos pecados incorrem.

O pecado contra um Deus infinito deve ser pago infinitamente. É por isso que o pagamento pelo nosso pecado deve ser infinito. Há apenas duas opções para um pagamento infinito. Ou uma criatura finita (o homem) deve pagar por seu pecado por uma quantidade infinita de tempo, ou um Ser infinito (Jesus) deve pagar essa dívida de uma vez por todas, por todos os homens de todos os tempos. Não há outras opções. Um pecado contra um Deus infinitamente santo exige uma satisfação igualmente infinita como forma de pagamento, e até mesmo uma eternidade no inferno não dissiparia a ira infinita e justa de Deus contra o pecado. Apenas um Ser divino poderia suportar a ira infinita de um Deus santo contra o nosso pecado. É necessário que um Ser igualmente infinito seja o substituto da humanidade para satisfazer a ira de Deus. Jesus, como o homem-Deus, é o único Salvador possível.

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