domingo, 27 de outubro de 2019

O que são sacramentos e quantos sacramentos existem na Bíblia?

O  que  são  sacramentos  e  quantos  sacramentos existem  na  Bíblia? Eu  vim  da  igreja  católica  e  lá  é  ensinado  a  nós  que  existem  sete sacramentos,  sendo  (batismo,  crisma  ou  confirmação,  eucaristia, reconciliação  ou  penitência,  unção  dos  enfermos,  ordem  e  matrimônio). Agora  me  tornei  evangélico  e  fiquei  meio  confuso  com  esse  assunto.  Me parece  que  a  igreja  evangélica  não  entende  a  questão  dessa  forma  e  não aceita  que  existem  sete  sacramentos  que  podem  ser  administrados  ao homem.  A  Bíblia  diz mesmo  que  são  sete  sacramentos  ou são  menos? Caro  leitor,  fico  feliz  por  me  dar  a  oportunidade  de  falar  um  pouco  sobre esse  assunto.  Primeiramente  precisamos  compreender  que  existem diferenças  entre  a  teologia  católica  e  a  teologia  reformada.  Na  teologia católica  são  admitidos  sete  sacramentos,  enquanto  a  teologia  reformada admite  apenas  dois  sacramentos,  pois  são  apenas  dois  os  que  foram ordenados  por  Jesus  Cristo.  Mas  antes  de  detalharmos  mais  sobre  esses dois sacramentos,  vamos relembrar  o  que  significa  sacramento. Segundo  a  Confissão  Belga  (importante  símbolo  de  fé  das  igrejas reformadas),  sacramentos  “são  sinais  e  selos  visíveis  de  uma  realidade interna  e  invisível”.  Isso  significa  que  o  sacramento  é  algo  que  podemos ver,  que  foi  dado  por  Deus  para  nossa  bênção,  para  que  nossos  sentidos pudessem  se  beneficiar  por  algo  visível  e  que  mostra  uma  realidade  que já  aconteceu em  nosso  interior. A  igreja  reformada  admite  apenas  dois  sacramentos,  que  são  o  Batismo  e a  Ceia  do  Senhor,  pois  foram  apenas  estes  dois  ordenados  pelo  Senhor. Conforme  a  definição  de  sacramentos,  entendemos  que  quando  alguém  é batizado,  temos  ali  o  sinal  visível  (a  água  sendo  derramada,  o  simbolismo da  purificação  da  água)  como  símbolo  de  uma  realidade  que  já  ocorreu na  vida  da  pessoa,  que  é  o  lavar  regenerador  do  Espírito  Santo  (Tito  3:5). Na  Ceia  do  Senhor  se  dá  da  mesma  forma.  Cristo  estabeleceu  os elementos  visíveis,  o  pão  e  o  vinho,  que  tomamos  como  um  memorial  do que  aconteceu  invisivelmente  em  nossa  vida,  que  foi  o  crer  no  sacrífico de  Jesus Cristo,  que  derramou seu corpo  e  sangue  para  nos salvar. É  evidente  que  os  sacramentos  em  si  (batismo  e  ceia  do  Senhor)  não terão  efeito  positivo  se  aquele  que  os  recebe  não  tiver  em  sua  vida  essa realidade  que  esses  sacramentos  exigem.  Alguém  pode  chegar  a  se batizar,  enganando  os  homens,  sem  que  haja  em  seu  coração  uma conversão genuína. Porém, nesse caso, o batismo perde todo o significado positivo naquela vida. A seriedade dos sacramentos é tão grande que Paulo orienta a igreja de Corinto, que estava tomando o sacramento da Santa Ceia de forma incorreta, a avaliar com seriedade o que estava fazendo, pois, tratando o sacramento da forma errada, estava trazendo juízo para si: “Examine se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” (1 Coríntios 11:28-30). Fora esses dois sacramentos não temos nenhum outro ordenado por Jesus Cristo a ser observado pela sua igreja.

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Por 

          Carlos Ribeiro da tbs... 

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