(1) Honrar pai e mãe é um dos dez mandamentos, está registrado em Êxodo 20.12 e devemos sim cumpri-lo. Porém, muitos confundem honrar pai e mãe com ser obediente cegamente mesmo quando pai e mãe apontam caminhos que não agradam ao Senhor. Honrar pai e mãe não é isso. A honra significa respeito, consideração, estima por aqueles que cuidaram e cuidam de você como uma missão dada por Deus a eles. Posso honrar pai e mãe mesmo não concordando plenamente com eles em tudo. Discordar com respeito também é honrar.
(2) Seguir a Jesus Cristo é um mandamento bíblico, logo, é uma ordem de Deus. Deus está acima de nossos pais aqui na terra. Os pais não podem usar o fato de a Bíblia dizer que temos de honrá-los para dar uma ordem contrária aos princípios de Deus, pois a Bíblia é clara quando aponta que “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29). Jesus Cristo também se posicionou a esse respeito dizendo que “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10:37).
(3) Isso, porém, não significa que você deva declarar uma guerra contra seus pais pelo fato de não concordarem com a sua fé. Aqui cabe ao crente ser sábio e equilibrado e, através do diálogo, encontrar caminhos para tentar manter a paz na família. Isso é o ideal. Porém, não podemos negar que Jesus também declarou que “os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mateus 10:36). Às vezes a oposição dos familiares é muito grande a ponto de declararem guerra e haver perseguição dentro do lar. Mas é importante também recordar o que Jesus mandou: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). Honrar pai e mãe nesse caso é orar para que eles também conheçam Jesus.
(4) Você disse que tem tido muitas discussões com seus pais. Veja, é importante ter diálogos saudáveis. Brigar por causa dessa questão não é sábio. Tente deixar claro aos seus pais o que a Bíblia diz e não entre em provocações, gritaria, violência. Honre-os na maneira de conversar com eles e de tratá-los e ore pela vida deles para que enxerguem que Deus em Sua palavra manda que sigamos a Jesus Cristo e é isso que você irá fazer e que gostaria que eles te respeitassem nessa decisão.
(5) Um testemunho pessoal: quando eu e o meu irmão nos convertemos tínhamos por volta de 15, 16 anos de idade. Nossa família era católica e os primeiros meses em uma fé diferente da deles não foram fáceis. Mas viver o evangelho dentro de casa, sendo bons filhos e honrando os pais da forma correta nos ajudou a vencer essa barreira inicial. Hoje minha mãe já entregou a vida a Jesus e meu pai está cada vez mais ouvindo de Deus. Não foram dias fáceis. O ideal é não abandonar a Jesus e nem a igreja e também não abandonar seus pais, mas ser sal e luz para eles.
Por
Carlos Ribeiro tbs.
P250
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