quinta-feira, 16 de maio de 2019

#tbs_441- "O amor de Deus é condicional ou incondicional?"

O amor de Deus, como descrito na Bíblia, é claramente incondicional no que diz respeito ao seu amor sendo expresso aos objetos do seu amor (ou seja, o seu povo), independentemente de como o objeto amado responda a esse amor. Em outras palavras, Deus ama porque o amor faz parte da sua natureza (1 João 4: 8), e esse amor move-o à ação benevolente. A natureza incondicional do amor de Deus é mais evidente no evangelho. A mensagem do evangelho é basicamente uma história de resgate divino. Quando Deus considera a situação do seu povo rebelde, Ele determina salvá-los dos seus pecados, e essa determinação é baseada em seu amor divino (Efésios 1:4-5). Ouça as palavras do apóstolo Paulo de sua carta aos Romanos:

“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:6-8).

Lendo pelo livro de Romanos, aprendemos que somos alienados de Deus devido ao nosso pecado. Estamos em inimizade com Ele e sua ira está sendo revelada contra os ímpios por sua injustiça (Romanos 1:18-20). Rejeitamos a Deus, e Ele nos entrega ao nosso pecado. Também aprendemos que temos todos pecado e carecemos da glória de Deus (Romanos 3:23). Aprendemos também que nenhum de nós buscamos a Deus, nenhum de nós fazemos o que é reto diante dos seus olhos (Romanos 3:10-18).

Apesar dessa hostilidade e inimizade contra Deus (pelos quais Deus seria perfeitamente justo em nos destruir totalmente), Deus revela o seu amor para conosco em enviar o seu Filho, Jesus Cristo, como a propiciação (ou seja, o apaziguamento da justa ira de Deus) pelos nossos pecados. Deus não esperou que melhorássemos a nós mesmos como uma condição da expiação pelos nossos pecados. Pelo contrário, Deus condescendeu em tornar-se um homem e viver entre o seu povo (João 1:14). Deus experimentou a nossa humanidade - tudo que significa ser um ser humano - e, em seguida, ofereceu-se voluntariamente como uma expiação substitutiva pelo nosso pecado.

Esse resgate divino resultou em um ato gracioso de auto-sacrifício. Como Jesus diz no Evangelho de João: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (João 15:13). Isso é precisamente o que Deus, em Cristo, tem feito. A natureza incondicional do amor de Deus é bem clara em mais duas passagens das Escrituras:

"Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos" (Efésios 2:4-5).

"Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1 João 4:9-10).

É importante notar que o amor de Deus é um amor que inicia; nunca é uma resposta. Isso é precisamente o que faz com que seja incondicional. Se o amor de Deus fosse condicional, então teríamos que fazer algo para ganhar ou merecê-lo. Teríamos de ter alguma forma de apaziguar a sua ira e purificar-nos de nossos pecados antes que Deus fosse capaz de nos amar. Mas essa não é a mensagem bíblica. A mensagem bíblica – o evangelho- é que Deus, motivado pelo amor, moveu-se incondicionalmente para salvar o seu povo dos seus pecados.

Gotq

Nenhum comentário:

Postar um comentário